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ENGENHARIA CIVIL

FÍSICA EXPERIMENTAL E APLICADA

ATIVIDADE EXPERIMENTAL
DETERMINAÇÃO DE COEFICIENTE DE ATRITO ESTÁTICO E
CINÉTICO

Professor:Sebastião Ivaldo Carneiro Portela

Discentes:Vitor Oliveira
Igor Firmino
Ruan Carlos
Bruno Massay
Anderson Barros
Allerrandro Carvalho
Murilo Henrique de Macedo
Pedro Fontes

Brasília
09/08/2018
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO....................................................................................................... 3
2. DESENVOLVIMENTO............................................................................................ 4

2.1 MATERIAIS........................................................................................................... 5
2.2 METODOLOGIA................................................................................................... 6
2.3 RESULTADOS.................................................................................................... 10
3. CONCLUSÃO...................................................................................................... 11
REFERÊNCIAS......................................................................................................... 12

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1. INTRODUÇÃO

O presente relatório traz consigo um dos métodos de determinação do


coeficiente de atrito estático e cinético, realizado em uma atividade prática
laboratorial.
A força de atrito pode ser definida como uma força que se opõe ao movimento
dos corpos, podendo ser classificada de duas formas:
- Força de atrito cinético (ou dinâmico): é uma força que surge em oposição ao
movimento de objetos que estão se movendo;
- Força de atrito estático: atua sobre o objeto em repouso e dificulta ou
impossibilita que ele inicie o movimento;
Na experiência para definir a força e o coeficiente de atrito estático e dinâmico,
foi colocado um bloco de madeira maciço sobre a superfície de um plano inclinado
de madeira. O ângulo de inclinação deste plano é então aumentado manualmente
até que a força peso seja maior que a força de atrito e o bloco deslize.
Os objetivos do experimento são:
- Calcular o coeficiente de atrito estático entre o plano de madeira e o bloco em
função da inclinação do plano;
- Calcular o coeficiente de atrito cinético entre o plano de madeira o bloco;
- Comparar os valores obtidos entre os coeficientes de atrito estático e cinético
considerando a condição para que o experimento esteja correto;

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2. DESENVOLVIMENTO : FUNDAMENTO TEÓRICO

Para relacionar o atrito ao plano inclinado é preciso entender as leis de


Newton:
1ª Lei de Newton - Princípio da Inércia - Qualquer corpo em movimento
retilíneo e uniforme (ou em repouso) tende a manter-se em movimento retilíneo e
uniforme (ou em repouso). Um corpo movendo-se com velocidade constante não
tem uma força resultante agindo sobre ele. A 1a lei de Newton também pode ser
enunciada assim: Um objeto movendo-se com velocidade constante não tem uma
força resultante agindo sobre ele;
2ª Lei de Newton - Princípio Fundamental da Dinâmica - A segunda lei de
Newton é a lei fundamental da Mecânica. Existe uma relação muito simples entre
força e aceleração, isto é, a força F é sempre diretamente proporcional à aceleração
que ela provoca. No enunciado da lei de Newton, o termo F tanto pode representar
uma força como a força que resulta da soma de um conjunto de forças;
3ª Lei de Newton - Princípio da Ação e Reação - "Para toda força que surgir
num corpo como resultado da interação com um segundo corpo, deve surgir nesse
segundo, outra força chamada de reação, cuja intensidade e direção são as mesmas
da primeira, mas cujo sentido é o oposto da primeira."
No experimento realizado é possível observar a relação das leis de Newton e assim
determinar a força de atrito estático e a força de atrito cinético. Como mostra a figura
a seguir:

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2.1 MATERIAIS

Os materiais utilizados foram os seguintes:


- Trena – trena com marcações milimétricas e polegadas de 0 a 5 metros;
- Esquadro;
- Papel milimetrado;
- Calculadora científica;
- Câmera do Iphone 7 plus e 8 – além do recurso de câmera lenta;
- Lapiseira – Pentel 0.5mm;
- Marcador permanente preto;
- Programa de análise de vídeo – Technique;
- Tábua de madeira envernizada – 100cmx8cm;
- Tábua de MDF – usada como apoio
- Bloco de madeira maciço – 3,5x7,0x3,5cm – pesando aproximadamente 80g.

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2.2 METODOLOGIA

- Procedimento utilizado para a determinação do coeficiente estático:

Primeiramente colocou-se o plano de madeira sobre a mesa e o bloco sobre o


plano. Em seguida elevou-se o plano até a altura H máxima possível antes de o
bloco deslizar, o mesmo pode ser chamado de coeficiente de atrito estático crítico, a
altura medida com a trena, para minimizar erros o procedimento foi repetido cinco
vezes e em seguida tirada uma média das medidas obtidas.

Os dados estão apresentados na tabela abaixo:


Altura(H) Comprimento(L)
1ª 45 cm 89,9 cm
2ª 45 cm 89,9 cm H
3ª 48 cm 88 cm
4ª 49 cm 87 cm
5ª 46,75 cm 88,7 cm
Média 46,75 cm 88,7 cm L
Tabela 1 – Cateto oposto e cateto adjacente

A partir das medidas é possível calcular o ângulo da inclinação da seguinte forma:

𝑃𝑥 = 𝑃𝑎𝑡𝑚𝑎𝑥 → 𝑃 ∗ 𝑠𝑒𝑛𝜃 = 𝜇𝑒 ∗ 𝑁
𝑃 ∗ 𝑠𝑒𝑛𝜃 = 𝜇𝑒 ∗ 𝑃 ∗ 𝑐𝑜𝑠𝜃
𝑃∗𝑠𝑒𝑛𝜃
𝜇𝑒𝑚𝑎𝑥 =
𝑃∗𝑐𝑜𝑠𝜃
𝑠𝑒𝑛𝜃
𝜇𝑒 = = 𝑡𝑔𝜃
𝑐𝑜𝑠𝜃
46,75
𝜇𝑒 =
88,7

Logo, o coeficiente de atrito estático crítico (na eminência do movimento) é definido


a partir do valor da média:
𝝁𝒆𝒄 = 𝟎, 𝟓𝟐𝟕𝟎𝟓𝟕𝟒𝟗𝟕𝟏𝟖𝟐

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- Procedimento utilizado para a determinação do coeficiente cinético:

Primeiramente o plano inclinado foi colado na mesa e lentamente sua altura


foi aumentada até que o bloco começou a deslizar. A altura em que se deu o
deslizamento foi medida: 46,75cm.
Todo o procedimento foi filmado, os dados de posição e tempo a seguir foram
obtidos através do programa Technique.
T(s) X(cm)
0,0 0
0,06 10
0,2 20
0,31 30
0,39 40
0,47 50
0,53 60
0,60 70
0,65 80
0,71 90
0,76 100

Tabela 2- Posição x Tempo

A partir dessa tabela foi criado o gráfico a seguir:

Gráfico 1 - Posição x Tempo


Posição(cm)

120

100 100
90
80 80
70
60 60
50
40 40
30
20 20
10
0 0
0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8
Tempo(s)

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Em seguida foi feita a tabela para com os valores de tempo ao quadrado para
o cálculo da aceleração:
T(s²) X(cm)
0,00 0,0
0,036 10
0,04 20
0,0961 30
0,1521 40
0,2209 50
0,2809 60
0,36 70
0,4225 80
0,5041 90
0,5776 100

Tabela 3- Posição x Tempo ao quadrado

A partir dessa tabela foi feito um gráfico de onde foi possível calcular a
aceleração, com o uso de conhecimentos trigonométricos que estão na figura, foi
encontrada a tangente do ângulo apresentada a seguir:

Gráfico 2 – Posição pelo tempo ao quadrado 9


Logo, foi utilizada a fórmula para encontrar a aceleração, que foi encontrada
em cm/s² e foi passada para m/s²:
1 1
𝑆 = 𝑆0 + 𝑉0 𝑡 + 𝑎𝑡 2 → 𝑆 = 𝑆0 + 𝑉0 𝑡 + 𝑎𝑡 2
2 2
1 1
𝑆 = 𝑎𝑡 2 𝑎=𝑏
2 2
𝑆 = 𝑏∗𝑥 𝑡2 = 𝑥
1 1
𝑎=𝑏 → 𝑎=𝑏
2 2
𝑎 = 291,66 𝑐𝑚 ⁄𝑠²
𝑎 = 2,91 𝑚 ⁄𝑠 ²
Com o valor da aceleração calculamos o coeficiente de atrito cinético, logo
abaixo:
𝑃𝑥 − 𝐹𝑎𝑡𝑐 = 𝐹𝑟 → 𝑃𝑥 − 𝜇𝑐 ∗ 𝑁 = 𝑚 ∗ 𝑎
𝑃 ∗ 𝑠𝑒𝑛𝜃 − 𝜇𝑐 = 𝑃 ∗ 𝑐𝑜𝑠𝜃 = 𝑚 ∗ 𝑎
𝑚 ∗ 𝑔 ∗ 𝑠𝑒𝑛𝜃 − 𝜇𝑐 ∗ 𝑚 ∗ 𝑔 ∗ 𝑐𝑜𝑠𝜃 = 𝑚 ∗ 𝑎
𝑔 ∗ 𝑠𝑒𝑛𝜃 − 𝑎
−𝜇𝑐 =
𝑔 ∗ 𝑐𝑜𝑠𝜃
𝑔 ∗ 𝑠𝑒𝑛𝜃 − 𝑎
𝜇𝑐 =
𝑔 ∗ 𝑐𝑜𝑠𝜃

Substituindo as equações:
𝑔 ∗ 𝑠𝑒𝑛𝜃 − 𝑎
𝜇𝑐 =
𝑔 ∗ 𝑐𝑜𝑠𝜃
46,75
𝑠𝑒𝑛𝜃 = = 0,4675
100
88,7
𝑐𝑜𝑠𝜃 = = 0,887
100
0,4675 ∗ 9,80 − 2,91 1,6715
𝜇𝑐 = = = 0,1922
0,887 ∗ 9,80 8,6926

𝝁𝒄 = 𝟎, 𝟏𝟗𝟐𝟐

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2.3 RESULTADOS

O valor encontrado para o coeficiente de atrito estático crítico foi:


𝝁𝒆𝒄 = 𝟎, 𝟓𝟐𝟕𝟎𝟓𝟕𝟒𝟗𝟕𝟏𝟖𝟐
Esse valor encontrado condiz com os valores da literatura que apontam o
coeficiente para 0,5.
O valor encontrado para o coeficiente de atrito cinético foi:
𝝁𝒄 = 𝟎, 𝟏𝟗𝟐𝟐
Esse valor encontrado não se aproximou perfeitamente mas se aproximou
com os valores da literatura que apontam o coeficiente para 0,3.

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3. CONCLUSÃO

Os valores obtidos configuram-se positivos, pois o coeficiente de atrito


estático deve ser maior que o cinético e foi o que ocorreu, assim como foi passado
pelo professor em sala. Esta é uma condição para que o experimento esteja correto.
Também pode-se concluir a necessidade da realização do experimento várias
vezes para a diminuição dos erros de medida, o que foi de suma importância.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1- Halliday, David; Resnick, Robert & Walker, Jearl. Fundamentos de Física, Vol
1. Cap. 05 da 7 a. ed. Rio de Janeiro: LTC, 1996.
2- 2- TIPLER, P.A.. Física, Guanabara Dois, Rio de Janeiro, vol. 1. 1984.
3- H. M. Nussenzveig, Curso de Física Básica, vol. 1 Mecânica, 4a ed., Edgard
Blucher, 2002.

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