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Um carreia plana de poliamida F-1 de 150mm de largura é utilizada para

conectar uma polia de 50mm de diâmetro para acinar uma polia maior com razão de
velocidade angular de 0,5. A distância entre centros é de 2,7m. A velocidade angular
da polia menor é de 1750rpm, quando repassa uma potência de 1500W. é apropriado
um fator de serviço de Ks de 1,25. Dessa forma, você como Engenheiro responsável,
de acordo com a sua análise de Engenharia, determine:
Dados:
Corroa de poliamida F1
Largura da correia(b)= 150 mm ou 0,150 m
Diâmetro da polia motora(d)= 50 mm ou 0,05m
Razão de velocidade angular= 0,5
Frêquencia(f)= 1750 Rpm
Potência(Hnom) = 1500 W
Fator de serviço(Ks) = 1,25
a) O comprimento da correia
O comprimento da correia pode é encontrado a partir da equação:
1(𝜃𝐷 + 𝜃 𝑑)
𝐿= 4𝑐 − (𝐷 − 𝑑)² + 𝐸𝑞. 1
2
Onde:
L: Comprimento da correia.
C: Distância entre os centros das polias.
D: Diâmetro da polia movida.
d: Diâmetro da polia motora.
𝜃: Ângulo de abraçamento da polia motora.
𝜃 : Ângulo de abraçamento da polia movida.
Sendo os ângulos de abraçamento descritos pela seguinte equação:
𝐷−𝑑
𝜃 = 𝜋 − 2 sin 𝐸𝑞. 2
2𝐶
𝐷−𝑑
𝜃 = 𝜋 + 2 sin 𝐸𝑞. 3
2𝐶
Além disso, deve-se encontrar o diâmetro da polia movida. Uma vez que foi dado
que a razão entre as velocidades angulares é de 0,5 e sabendo que nesse sistema a
velocidade linear é igual, tem-se a seguinte equação para encontrar o diâmetro da polia
movida:
𝜋𝑑𝑓 = 𝜋𝐷𝑓 𝐸𝑞. 4
Então:
𝑑𝑓
𝐷= 𝐸𝑞. 4
𝑓′
Substituindo o valor de d e sabendo que a razão entre as velocidades angulares
é de 0,5, tem-se, portanto: 𝐷 = 100 𝑚𝑚 𝑜𝑢 0,1 𝑚
Desta forma, substituindo os valores dados pelo problema e o diâmetro
encontrado da polia movida nas equações 2 e 3 teremos:
𝜃 = 3,123 𝑅𝑎𝑑
𝜃 = 3,160 𝑅𝑎𝑑
Encontrado os ângulos de abraçamento(θ e θ’) , basta substitui-los na Equação
1, assim como os valores de distância entre centros(C) e dos diâmetros das polias (d e
D).
𝐿 = 5,635 𝑚
Figura 1: Geometria da correia plana

Fonte: Próprio autor.

b) Carregamentos no ramo tenso(F1), ramo frouxo (F2) e a máxima tração(F1a)


Para achar o carregamento do ramo tenso, basta aplicar a seguinte equação:

𝑇
𝐹1 = 𝐹𝑐 + 𝐹𝑖 + 𝐸𝑞. 5
𝑑
Onde:
F1: Tração no ramo tenso
Fi: Tração de pré carga
Fc: Tração circunferencial
T: Torque
d: Diâmetro da polia motora

Descobre-se a tração circunferencial por meio da seguinte equação:


𝑦𝑏𝑡𝑣²
𝐹𝑐 = 𝐸𝑞. 6
𝑔
Onde:
y: Peso específico em kN/m³
b: Largura da polia em metro
t: tamanho em metro
v: Velocidade linear da polia em m/s
g: Aceleração da gravidade em m/s²

Os valores de y e t são obtidos por meio da Tabela 17-2 (referente ao livro


Elementos de Máquinas Shigley)
Figura 2: Tabela polia

Fonte: Elementos de Máquinas de Shigley 8 ed.

Desta forma, tem-se os seguintes valores:


y= 9,5 kN/m²; b=0,150 m; t= 0,0013 e a velocidade dada por:

𝑣 = 𝜋𝑑𝑓 𝐸𝑞. 7

Substituindo os valores do diâmetro da polia motora, 0,05 m e da


frequência, 1750 RPM, na equação 7, obtém-se v=4,579 m/s. Sendo assim,
nossa tração circunferencial será:
𝐹𝑐 = 4,23 𝑁
Encontrado a tração circunferencial, encontra-se a máxima tração (F1a)

𝐹1𝑎 = 𝑏(𝐹𝑎)(𝐶𝑝)(𝐶𝑣) 𝐸𝑞. 8

Onde:
b:Largura da polia em metro
Fa: Tração permitida pelo fabricante ( encontra-se na figura 2 deste
documento) em kN/m
Cp: Fator de correção da polia
Cv: Fator de correção de velocidade

Por meio da tabela 17-4 (referente ao livro Elementos de Máquinas


Shigley) encontra-se o valor do fator de correção da polia. Já para o fator de
correção da velocidade (Cv) adota-se um valor de 1 para correias de poliamida.
Figura 3: Fator de correção de polia para correias planas

Fonte: Elementos de Máquinas de Shigley 8 ed.


Desta maneira, temos:
b=0,05 m
Fa= 6 kN/m
Cp= 0,7
Substitui-se esses valores na equação 8.
𝐹1𝑎 = 630 𝑁
Feito isso, encontra-se o torque por meio da seguinte equação:
(𝐻𝑛𝑜𝑚)(𝐾𝑠)(𝑁𝑑)
𝑇= 𝐸𝑞. 9
2𝜋𝑓
Onde:
T: Torque em Nm
Hnom: Potência em W
Ks: Fator de serviço
Nd: Fator de segurança
f: Frequência em RPS
Esses valores foram dados pelo estudo de caso proposto, sendo
Hnom=1500 W; Ks=1,25; f=1750/60 RPS; e Nd será adotado o valor de 1.
Sendo assim, ao substituir os valores na equação 9:
𝑇 = 10,2 𝑁𝑚
Com os valores do torque e da máxima tração, encontra-se a tração do
ramo frouxo, que é dada pela seguinte equação:
2𝑇
𝐹2 = 𝐹1𝑎 − 𝐸𝑞. 10
𝑑
Onde a tração máxima (F1a) vale 630 N; o torque (T) vale 10,2 Nm e o
diâmetro da polia motora (d) vale 0,05m. Portanto, substituímos esses valores
na equação 10.
𝐹2 = 220 𝑁
Tendo F2 e F1a, pode-se calcular a tração de pré carga (Fi) que equivale
a média aritimética entre F1a e F2, portanto:
𝐹𝑖 = 425 𝑁
Por fim, encontramos a tração no ramo tenso substituindo os valores que
aqui encontramos, isto é, Fc, Fi,T e d na equação 5.
𝐹1 = 634,2 𝑁
Desta forma, quanto as trações, temos:
F1= 634,2 N;
F2= 220 N;
Fi= 425 N;
F1a= 630N.
Figura 4: Trações atuantes na polia

Fonte: Próprio autor.


c) A potência entregue
A potência entregue é dada pela variação das trações (F1 e F2)
multiplicado pela velocidade, conforme a equação abaixo:
𝐻 = (𝐹1 − 𝐹2)𝑉 𝐸𝑞. 11
Sendo F1 = 634,2 N; F2= 220 N e v= 4,579 m/s, então, substituindo na
equação 11:
𝐻 = 1894,4 𝑊
d) O coeficiente de fricção e a condição se há ou não deslizamento.
O coeficiente de fricção é dado pela seguinte equação:
1 𝐹1𝑎 − 𝐹𝑐
𝐹 = ln 𝐸𝑞. 12
𝜃 𝐹2 − 𝐹𝑐
Para avaliar se há ou não deslizamento deve-se comparar o valor de F’
com o coeficiente obtido na figura 2 deste mesmo documento. A condição é dada
pelo seguinte fator:
𝑆𝑒 𝐹 < 𝐹𝑟𝑖𝑐 𝑛ã𝑜 ℎá 𝑑𝑒𝑠𝑙𝑖𝑧𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜.
Onde Fric é o coeficiente de fricção tabelado para determinado tipo de
correia.
Substituindo os valores de F1a, F2, Fc e o ângulo de abraçamento da
polia motora na equação 12:
𝐹 = 0,34
Pela figura 2, temos que Fric para correia de poliamida F1 vale 0,5, ou
seja, é maior que nosso F’. Portanto, não há deslizamento.

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