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FACULDADE SÃO FRANCISCO DO CEARÁ - FASC

CURSO: ENGENHARIA CIVIL


2020.2

Estradas e
Transportes I
Aula 05 –
DOCENTE: MARIA INGRIDY LACERDA DINIZ
E-mail: ingridydiniz@fsf.edu.br
Curva de Transição

Para assegurar o conforto e a


segurança nas curvas, e reduzir
os incômodos da variação
brusca da aceleração
centrífuga, intercala-se entre a
tangente e a curva circular uma
curva de transição.

Com a utilização da curva de


transição o raio de curvatura
passa do valor infinito na
tangente, para um valor finito
na curva circular de forma
gradativa e suave.
2
Quando não usar curva de transição

Primeiramente é necessário verificar se, de fato, será necessário utilizarmos a curva de


transição para realizar a concordância da curva horizontal. Para isso, faremos uso da tabela
1:
Tabela 1 – Valores limite de raio para a dispensa de curvas de transição

3
Tipos de curva de transição

Lemniscata de Bernoulli

A Lemniscata de Bernoulli é a curva algébrica do quarto grau


de equação cartesiana que se assemelha muito ai símbolo
do infinito e sua principal propriedade como curva de
transição deve-se ao fato de que a magnitude da curvatura
em qualquer ponto é proporcional à distância daquele ponto
da origem.

ρ=k/r

• ρ é o raio de curvatura em um ponto P;


• k é uma constante;
• r é o raio vetor. 4
Tipos de curva de transição

Parábola cúbica

A parábola cúbica é uma curva gráfica resultantes de


uma equação do tipo y=ax³+bx²+c.

Além da sua função matemática muito conhecida, é


também utilizada em projetos rodoviários como
curva de transição de acordo do a formulação:

• y é a ordenada do ponto P;
• x é a abcissa do ponto P;
• k é uma constante. 5
Tipos de curva de transição

Parábola cúbica

Uma característica importante desse tipo de


curva é que as parábolas cúbicas convergem
mais lentamente que as espirais e, embora
sejam menos precisas que estas, são fáceis
de locar em campo por serem expressadas
em coordenadas cartesianas.

6
Tipos de curva de transição

Espiral de Cornu
A espiral de Cornu, também conhecida como clotóide, é um
tipo de curva em que o raio de curvatura é inversamente
proporcional ao comprimento, partindo da origem do eixo,
conforme a equação abaixo:

𝜌=𝑘
  /𝑙

• ρ é o raio de curvatura em um ponto P;


• k é uma constante;
• l é o comprimento do ramo da espiral.

7
Tipos de curva de transição

Espiral de Cornu

Justamente em razão disso, a espiral de Cornu garante um


decrescimento linear da curvatura conforme é percorrida,
proporcionando, assim, uma variação gradual da força
centrífuga.

Com isso, torna-se o tipo ideal de curva de transição, sendo,


portanto, recomendada pelo Departamento Nacional de
Infraestrutura de Transportes do Brasil.

8
Tipos de transição em espiral

O tipo de curva de transição mais indicado para as estradas brasileiras é a espiral de Cornu.
Portanto, agora iremos estudar os três tipos clássicos de transição usando essa espiral.

1 - Transição de centro e raio conservados


Nesse tipo de transição, basicamente o centro
e o raio da curva circular (azul) não são
alterados, mantendo a curva no local original,
porém as tangentes são afastadas para
permitir a inserção dos ramos em espiral
(vermelho), conforme o esquema.

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Tipos de transição em espiral

O tipo de curva de transição mais indicado para as estradas brasileiras é a espiral de Cornu.
Portanto, agora iremos estudar os três tipos clássicos de transição usando essa espiral.

2 - Curva espiral de centro conservado

Para esse segundo tipo de transição,


apenas o centro da curva circular é
conservado. Nesse caso, o seu raio original
(azul) diminui com o objetivo de permitir a
inserção dos ramos de transição em espiral
(vermelho), conforme a imagem:

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Tipos de transição em espiral

O tipo de curva de transição mais indicado para as estradas brasileiras é a espiral de Cornu.
Portanto, agora iremos estudar os três tipos clássicos de transição usando essa espiral.

3 - Curva espiral de raio conservado

Por fim, para o último tipo de transição,


raio da curva circular é conservado e o
centro (o) é deslocado para permitir a
inserção dos ramos de transição em
espiral (vermelho), conforme a figura:

 Esse é o método de transição mais utilizado na construção de rodovias 11


• TT é a tangente externa da curva com
transição;
• TS e ST são os pontos de início e fim da
curva com transição;
• le é o comprimento do trecho em espiral;
• SC é CS são os pontos de início e fim do
trecho de curva circular;
• Xc e Yc são as coordenadas de SC;
• PC’ e PT’ são os pontos de início e fim da
curva circular, deslocados;

Elementos da curva horizontal com transição 12


• q e p são as coordenadas de PC’;
• t é o deslocamento da curva circular;
• PI é o ponto de interseção das tangentes;
• Δ é o ângulo de deflexão das tangentes
externas;
• AC é o ângulo central da curva de transição;
• θ é ângulo central do trecho circular;
• Φ é o ângulo central do trecho em espiral;
• R é o raio da curva circular;
• O’ é o novo centro da curva circular
deslocada.

Elementos da curva horizontal com transição 13


Elementos da curva horizontal com transição

Pontos notáveis TS e ST
O ponto TS (tangent-spiral) equivale ao ponto de início da curva de
concordância composta por trechos em espiral e um trecho
circular, enquanto o ponto ST (spiral-tangent) equivale ao ponto de
término da curva de concordância e início do trecho reto.

• TS é a estaca de início da curva de concordância com transição;


• ST é a estaca de fim da curva de concordância com transição;
• PI é o ponto de interseção das tangentes;
• TT é a tangente externa da curva com transição (m);
• CS é estaca de fim do trecho circular;
14
• le é o comprimento do trecho em espiral (m)
Elementos da curva horizontal com transição

Pontos notáveis SC e CS
O ponto SC (spital-circular) equivale ao ponto de início do
trecho circular, no interior da curva de concordância,
enquanto o ponto CS (circular-spiral) equivale ao ponto de
término desse mesmo trecho e início do segundo trecho
espiral da curva composta

• SC é estaca de início do trecho circular;


• CS é estaca de fim do trecho circular;
• TS é a estaca de início da curva de concordância com
transição;
• le é o comprimento do trecho em espiral (m);
15
• Dθ  é o desenvolvimento do trecho circular (m).
Elementos da curva horizontal com transição

Pontos notáveis SC e CS
Existe também outro método para a locação do ponto SC,
que se dá através do cálculo de suas coordenadas Xc e
Yc:

• Xc é a abscissa do ponto SC (m);


• Yc é a ordenada do ponto SC (m);
• Φ é o ângulo central do trecho em espiral (rad);
• le é o comprimento do trecho em espiral (m).
16
Elementos da curva horizontal com transição

Tangente externa da curva com transição


Tangente externa (TT), neste caso,
representa os segmentos de reta que vão do
TS ao PI ou do PI ao ST. TT é, então,
calculado por

• TT é a tangente externa da curva com transição;


• p é a abscissa do ponto PC’ (m);
• q é a ordenada do ponto PC’ (m);
• R é o raio da curva circular (m);
• AC é o ângulo central da curva de transição (graus).
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Elementos da curva horizontal com transição

Coordenadas do ponto PC’ em relação a TS

• p é a abscissa do ponto PC’ (m);


• q é a ordenada do ponto PC’ (m);
• Φ é o ângulo central do trecho em espiral (graus);
• R é o raio da curva circular (m).
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Comprimento do trecho em espiral

O comprimento do trecho em espiral deve seguir alguns critérios e será determinado de acordo com a
média dos comprimentos máximo e mínimo, encontrados a seguir.
Critério de segurança
Esse critério estabelece o menor valor permitido para o comprimento da transição e usa como parâmetro a
distância percorrida por um veículo que trafega na velocidade diretriz, no tempo de 2 s, que é o tempo mínimo de
necessário para o giro do volante
O comprimento é, então, calculado conforme abaixo, lembrando que esse valor não pode ser inferior a 30 m.

• lemín é o comprimento mínimo do trecho em espiral (m), le≥30 m;


• V é a velocidade diretriz da pista (km/h) 19
Comprimento do trecho em espiral

Critério dinâmico de Barnett


O segundo critério estabelece uma taxa máxima de variação da aceleração centrífuga, com o objetivo de minimizar
os efeitos negativos do surgimento brusco dessa força.

Dessa forma, o comprimento da transição deve ser tal que permita o surgimento gradual do efeito da força
centrífuga, conforme abaixo.

• lemín é o comprimento mínimo do trecho em espiral (m), le≥30 m;


• V é a velocidade diretriz da pista (km/h);
• R é o raio da curva circular (m) 20
Comprimento do trecho em espiral

Comprimento máximo
O comprimento máximo da transição será o
correspondente ao ângulo central nulo da curva
circular, ou seja, as espirais se encontram e o
desenvolvimento da curva circular é zero

• lemáx é o comprimento máximo do trecho em espiral (m);


• R é o raio da curva circular (m);
• AC é o ângulo central da curva de transição (rad).

21
Comprimento do trecho em espiral

Comprimento a ser adotado

A comprimento que deverá ser adotado para o comprimento do ramo da espiral será a média entre o máximo e
mínimo encontrados pelos critérios anteriores, lembrando que o valor resultante deverá ser arredondado para um
valor igual a um número inteiro de estacas, ou múltiplo de 10

• leadot é o comprimento a ser adotado para o trecho em espiral (m);


• lemín é o comprimento mínimo dentre os critérios (m), le mín ≥ 30 m ;
• lemáx é o comprimento máximo (m). 22
Comprimento do trecho em espiral

Ângulo central do trecho em espiral

Os dois ângulo da espiral (Φ) são aqueles que,


somados com o ângulo central do trecho
circular, resulta no ângulo de deflexão das
tangentes externas e são obtidos por

• Φ é o ângulo central do trecho em espiral (graus);


• le é o comprimento do trecho em espiral (m);
• R é o raio da curva circular (m). 23
Comprimento do trecho em espiral

Ângulo central do trecho circular

O ângulo circular (θ) nada mais é do que o


ângulo formado entre os pontos SC e CS da
curva e é obtido por

𝜃=𝐴𝐶
  − 2. Φ
• θ é ângulo central do trecho circular (graus);
• Φ é o ângulo central do trecho em espiral (graus);
• AC é o ângulo central da curva de transição (graus), AC≥2.Φ.

24
Comprimento do trecho em espiral

Desenvolvimento do trecho circular


Desenvolvimento da curva (Dθ), neste caso,
representa o comprimento do arco que vai
desde o SC a CS e é obtido pela seguinte
expressão

𝐷𝜃=𝑅 .𝜃
 

• Dθ  é o desenvolvimento do trecho circular (m);


• R é o raio da curva circular (m);
• θ é ângulo central do trecho circular (rad).

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Comprimento do trecho em espiral

Deslocamento da curva circular

Deslocamento (t) é o valor do deslocamento do


centro da curva circular para a realização da
transição espiral entre a curva circular e a o
trecho reto da estrada.

• t é o deslocamento da curva circular (m);


• p é a abscissa do ponto PC’ (m);
• AC é o ângulo central da curva de transição (graus).
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Locação da curva horizontal com transição

Tentaremos entender melhor como aplicar


essa locação em um exemplo prático!

Lembre-se:

• le ≤ 60 m, locar estacas a cada 5 metros;


• Ɩe > 60 m, locar estacas a cada 10 metros

27
EXERCÍCIO RESOLVIDO

Você é responsável por um projeto rodoviário e necessita determinar os elementos de uma curva de concordância
horizontal com transição em espiral de raio conservado, sabendo que o estaqueamento da estrada é feito a cada
20 m, o ponto de interseção está localizado na estaca 228+17 m, o ângulo de deflexão das tangentes é 35°, o raio
da curva circular mede 500 m e sua velocidade diretriz é 80 km/h.

Passo 01: Verificar a necessidade da transição

Como nosso raio é 500 m e a velocidade diretriz da pista é 80 km/h, podemos confirmar a necessidade da
transição.
28
EXERCÍCIO RESOLVIDO

Você é responsável por um projeto rodoviário e necessita determinar os elementos de uma curva de concordância horizontal com
transição em espiral de raio conservado, sabendo que o estaqueamento da estrada é feito a cada 20 m, o ponto de interseção está
localizado na estaca 228+17 m, o ângulo de deflexão das tangentes é 35°, o raio da curva circular mede 500 m e sua velocidade diretriz
é 80 km/h.

Passo 02: Calcular o comprimento do trecho em espiral

Critério de segurança

Esse primeiro critério estabelece o menor valor permitido para o comprimento da transição e é calculado conforme
abaixo, lembrando que esse valor não pode ser inferior a 30 m.

29
EXERCÍCIO RESOLVIDO

Você é responsável por um projeto rodoviário e necessita determinar os elementos de uma curva de concordância horizontal com
transição em espiral de raio conservado, sabendo que o estaqueamento da estrada é feito a cada 20 m, o ponto de interseção está
localizado na estaca 228+17 m, o ângulo de deflexão das tangentes é 35°, o raio da curva circular mede 500 m e sua velocidade diretriz
é 80 km/h.

Passo 02: Calcular o comprimento do trecho em espiral

Critério dinâmico de Barnett

O segundo critério estabelece uma taxa máxima de variação da aceleração centrífuga, com o objetivo de minimizar os
efeitos negativos do surgimento brusco dessa força e é calculado conforme abaixo.

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EXERCÍCIO RESOLVIDO

Você é responsável por um projeto rodoviário e necessita determinar os elementos de uma curva de concordância horizontal com
transição em espiral de raio conservado, sabendo que o estaqueamento da estrada é feito a cada 20 m, o ponto de interseção está
localizado na estaca 228+17 m, o ângulo de deflexão das tangentes é 35°, o raio da curva circular mede 500 m e sua velocidade diretriz
é 80 km/h.

Passo 02: Calcular o comprimento do trecho em espiral

Comprimento máximo

O comprimento máximo da transição será o correspondente ao ângulo central nulo da curva circular e é calculado
conforme abaixo, lembrando que o ângulo será expresso em radianos.

31
EXERCÍCIO RESOLVIDO

Você é responsável por um projeto rodoviário e necessita determinar os elementos de uma curva de concordância
horizontal com transição em espiral de raio conservado, sabendo que o estaqueamento da estrada é feito a cada 20 m,
o ponto de interseção está localizado na estaca 228+17 m, o ângulo de deflexão das tangentes é 35°, o raio da curva
circular mede 500 m e sua velocidade diretriz é 80 km/h.
Passo 02: Calcular o comprimento do trecho em espiral
Comprimento a ser adotado
Por fim, o comprimento que deverá ser adotado para o comprimento do ramo da espiral será a média
entre o máximo e mínimo encontrados pelos critérios anteriores, lembrando que o valor resultante
deverá ser arredondado para um valor igual a um número inteiro de estacas, ou múltiplo de 10.

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EXERCÍCIO RESOLVIDO

Você é responsável por um projeto rodoviário e necessita determinar os elementos de uma curva de concordância horizontal com
transição em espiral de raio conservado, sabendo que o estaqueamento da estrada é feito a cada 20 m, o ponto de interseção está
localizado na estaca 228+17 m, o ângulo de deflexão das tangentes é 35°, o raio da curva circular mede 500 m e sua velocidade diretriz
é 80 km/h.
Passo 03: Cálculo do ângulo central do trecho em espiral

Os dois ângulos da espiral (Φ) são aqueles que, somados com o ângulo central do trecho circular, resulta no ângulo
de deflexão das tangentes externas e são obtidos por:

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EXERCÍCIO RESOLVIDO

Você é responsável por um projeto rodoviário e necessita determinar os elementos de uma curva de concordância horizontal com
transição em espiral de raio conservado, sabendo que o estaqueamento da estrada é feito a cada 20 m, o ponto de interseção está
localizado na estaca 228+17 m, o ângulo de deflexão das tangentes é 35°, o raio da curva circular mede 500 m e sua velocidade diretriz
é 80 km/h.
Passo 04: Cálculo do ângulo central do trecho circular

O ângulo circular (θ) nada mais é do que o ângulo formado entre os pontos SC e CS da curva e é obtido por:

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EXERCÍCIO RESOLVIDO

Você é responsável por um projeto rodoviário e necessita determinar os elementos de uma curva de concordância horizontal com
transição em espiral de raio conservado, sabendo que o estaqueamento da estrada é feito a cada 20 m, o ponto de interseção está
localizado na estaca 228+17 m, o ângulo de deflexão das tangentes é 35°, o raio da curva circular mede 500 m e sua velocidade diretriz
é 80 km/h.

Passo 05: Cálculo do desenvolvimento circular

Desenvolvimento da curva (Dθ), neste caso, representa o comprimento do arco que vai desde o SC a CS e é obtido
pela seguinte expressão, lembrando que o ângulo será dado em radianos:

35
EXERCICIO

Passo 06: Cálculo das coordenadas do ponto SC em relação a TS

36
EXERCICIO

Passo 07: Cálculo das coordenadas do ponto PC’ em relação a TS


Esse passo é extremamente importante para o cálculo da tangente externa da curva com transição.

37
EXERCICIO

Passo 08: Cálculo do deslocamento da curva circular Passo 09: Cálculo da tangente externa da curva com transição

Deslocamento (t) é o valor do deslocamento do Tangente externa (TT), neste caso, representa os
centro da curva circular para a realização da segmentos de reta que vão do TS ao PI ou do PI ao ST. TT
transição espiral entre a curva circular e a o trecho é, então, calculado por:
reto da estrada e é obtido por:

38
EXERCICIO

Passo 10: Locação dos pontos notáveis TS, SC, CS e ST


Agora que já calculamos todos os elementos necessários, já podemos iniciar a locação da nossa curva, a começar
pelos pontos notáveis TS, SC, CS e ST, conforme abaixo:

39
EXERCICIO

Passo 10: Locação da curva horizontal com transição

O próximo e último passo desse nosso exercício será alocar todas as estacas da curva horizontal,
considerando os dois trechos de transição e o trecho central circular.

Primeiro ramo de transição em espiral


Antes de iniciarmos a locação da primeira espiral, devemos considerar que a locação desse trecho
deverá obedecer ao seguinte critério:

• le ≤ 60 m, locar estacas a cada 5 metros;


• Ɩe > 60 m, locar estacas a cada 10 metros.

Portanto, como o le calculado no passo 02 é maior que 60 m, a locação da espiral ocorrerá a cada 10
m, ou seja, deverá haver sempre uma estaca intermediária entre duas estacas inteiras.

40
EXERCICIO Primeiramente, calcularemos a deflexão acumulada
entre os pontos TS E SC, de acordo com a formulação
abaixo:
Deflexão total do primeiro trecho em espiral

Deflexão parcial em função do comprimento da


espiral
Após o cálculo da deflexão total do primeiro ramo da
espiral, seguiremos para o preenchimento da
caderneta de anotação e locação das demais estacas
do trecho espiral, utilizando a expressão abaixo:

Deflexão do primeiro trecho em espiral 41


EXERCICIO
Tabela 2 – Caderneta de locação do primeiro trecho espiral

42
EXERCICIO
Tabela 2 – Caderneta de locação do primeiro trecho espiral

43
A deflexão acumulada em ST equivale ao valor de ic.
EXERCICIO

Trecho circular central


Os passos para a locação do trecho circular já foram estudados na aula anterior sobre Curvas
Horizontais Simples

Comprimento da corda em função do raio


Raio (m) Corda máxima (m)

R<150 5

150≤R<300 10

R≥300 20

O estaqueamento da curva circular de R=500 m pode ser feito a cada 20 m, não necessitando,
portanto, de estacas intermediárias.

44
EXERCICIO

Grau da curva circular Deflexão por metro

45
EXERCICIO

Deflexões parciais
Para esse passo, precisamos encontrar a deflexão parcial para 3 cordas importantes: a
corda de 16,33 m entre SC e a estaca 226, a corda de 20 m entras as estacas
intermediárias e a corda de 19,10 m (10-7,44) entre a estaca 231 e CS.
• Deflexão parcial para a corda de 16,33 m • Deflexão parcial para a corda de 20 m

• Deflexão parcial para a corda de 19,10 m

46
EXERCICIO
Caderneta de locação do trecho circular

A deflexão acumulada entre SC e CS equivale à metade do ângulo central do trecho circular (θ). No nosso resultado,
houve apenas uma pequena diferença de 2,9″ em virtude das aproximações. 47
EXERCICIO

Segundo ramo de transição em espiral

Assim como no primeiro ramo, o estaqueamento


da espiral deverá ocorrer a cada 10 m, com a
diferença de que, agora, o sentido da espiral será
invertido, ou seja, será feito do fim para o início.

48
Deflexão total do segundo trecho em espiral
EXERCICIO

Calcularemos a deflexão acumulada entre os pontos CS e ST

Deflexão parcial em função do comprimento da espiral


Após o cálculo da deflexão total do primeiro ramo da espiral, seguiremos para o preenchimento da caderneta de
anotação e locação das demais estacas do trecho espiral,

49
EXERCICIO Caderneta de locação do segundo trecho espiral

50
EXERCICIO

Caderneta de locação do segundo trecho espiral

A deflexão acumulada em ST equivale ao valor de jc, com uma pequena diferença de 0,02″ em
virtude das aproximações. 51
EXERCICIO

Resultado final

O resultado final do nosso estaqueamento


da curva horizontal com transição é o
seguinte:

52
OBRIGADA!
53

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