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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE - UFCG

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL E AMBIENTAL - PPGECA

Capilaridade, coesão e sucção em solos

Disciplina: Percolação e adensamento dos solos


Doscente: Veruschka Escarião Dessoles Monteiro
Grupo: Laiana Ferreira, Mauro Henrique, Pabllo Araújo, Paulo Marinho, Thays Rodrigues
Sucção
 Potencial Total da Água no solo:

ψT = ψg + ψp + ψos + ψm

SOLOS SATURADOS ≠ SOLOS NÃO SATURADOS

Comportamento mecânico
Modelos

Parâmetros geotécnicos
Conceitos
convencionais
Sucção
 Membrana Contrátil
 Interface ar -água
 Quarta fase independente (Fredlund e Morgenstern (1977))

Tensão Superficial

Tensão de Tração

Comportamento do solo
Sucção
Marinho (1997) define a sucção como sendo “a pressão isotrópica da água intersticial, fruto
de condições físico-químicas, que faz como que o sistema água/solo absorva ou perca água,
dependendo das condições ambientais, aumentando ou reduzindo o grau de saturação”.

 Sucção Matricial
 Ua – Uw;
 Macroestrutura;
 Forças capilares e forças de adsorção que surgem;
 Tipo de partícula e do arranjo estrutural do solo.
 Sucção Osmótica
 Microestrutura;
 Diferença de concentração de íons entre o meio liquido e a água presente
nos interstícios do solo;
 Influência significativa em solos finos e a concentração do soluto
presente.
Sucção Umidade
volumétrica

 Curva Característica = Sucção Umidade


gravimétrica

Grau de Saturação
 Tensões de adensamento
Sucção
 Curva Característica

 Condições de compactação
 Tipos de solos;
Sucção
 Curva Característica
Sucção
 Métodos de Medição

 Medidas indiretas
 Papel Filtro

 Medidas diretas
 Tensiômetro Padrão
Sucção
 Métodos de Medição

 Medidas indiretas
 Papel Filtro

 Medidas diretas
 Tensiômetro Padrão
Sucção em Solos Não Saturados

 Solos Saturados:

Estado de Tensões
Efetivas σ’ = σ – u (Terzaghi, 1936)

 Define o estado de tensões e descreve o comportamento mecânico dos solos.


Sucção em Solos Não Saturados

 Solos Não Saturados:

 Pressão negativa da água nos poros (Ppor < Patm).


Sucção em Solos Não Saturados

 Sistema Trifásico (Lambe e Whitman, 1969);


 Membrana Contrátil (Fredlund e Morgenstern, 1977): exerce uma tensão de tração nos
materiais contíguos;
Sucção em Solos Não Saturados
 Influência de outras variáveis no comportamento dos solos não saturados;
 Diversas pesquisadores buscaram a solução para explicar esse comportamento: Bishop
(1959), Lambe (1960) e Fredlund e Morgenstern (1977);
 As fórmulas apresentam um parâmetro que é característico do comportamento do solo;
Sucção x Saturação x Resistência

 A condição de solos não saturados depende do grau de saturação do solo;


 Estabilização x Instabilização;
 Num solo não saturado a estrutura é suportada pela sucção e pode ser mantida até para
valores elevados de tensão de cisalhamento e compressão;
 Efeito da cimentação do solos;
 Resistência ao Cisalhamento dos Solos;
 Equação das tensões efetivas (Terzaghi, 1936): os poros são preenchidos por ar e água nos
solos não saturados;
Sucção x Saturação x Resistência

 Comportamento do solos na presença de água


Sucção x Saturação x Resistência
Capacidade de
Carga

Estruturas de Problemas Empuxo de


Contenção Geotécnicos Terra

Estabilidade
de Taludes
Sucção x Saturação x Resistência
 Efeitos do conteúdo de água no sistema solo não saturado – água – ar.

Baixa Elevada
Adsorção
Umidade Sucção

Elevada Baixa
Capilaridade
Umidade Sucção
Solos Não Saturados no Brasil: colapsíveis
Coesão

 Coesão real
 Atração química
 Coesão pequena em solos sedimentares
 Cimentação
 ≠C
 Fatores que afetam:
 Quantidade de argila
 Relação de pré-adensamento
 Diminuição da umidade
ou aumento da sucção
Coesão Aparente

 Solos Granulares
 Característica de solos úmidos
não-saturados
 Está diretamente relacionada à:
 Capilaridade
 Tensão superficial da água

 Também existe em argilas


Coesão
Controle da permeabilidade

 O que controla a percolação em solos saturados e não saturados?

• Ocluso (Alto S)
• Contínuo (Baixo S)
Controle da permeabilidade

 Fluxo de água causado por gradiente de carga hidráulica

 Processo de difusão decorrente da concentração química do meio ou


pelo gradiente térmico

 Segundo Casagrande (1952) a água também pode fluir em resposta ao


gradiente elétrico
Controle da permeabilidade

 Tentativas de explicar o fluxo em solos não saturados


 Gradiente hidráulico
 Gradiente de sucção matricial
 Grau de saturação
 Suposição: A água flui do ponto de menor teor de água para o de maior
teor de água.
 Variações de tipos de solos
 Variações no histórico de tensões
Controle da permeabilidade

 Tentou-se explicar o movimento do fluxo de água através do gradiente de


sucção matricial

 O fluxo nas 3 situações ocorrem da esquerda para direita


Controle da permeabilidade

 Fluxo de Ar
 Contínuo (Grau de Saturação decai em torno de 85%)
 Ocluso (Grau de Saturação acima de 90% (Matyas, 1967))
 Em condições naturais é devido a:
 Variação de pressão barométrica
 Infiltração da água de chuva
 Mudança de temperaturas

 Em aterros compactados
 Aplicação de cargas
Controle da permeabilidade

 Além da dependência da variação de pressão tem dependência de:


 Gradiente de elevação (Negligenciável)
 Gradiente de concentração (Menor influência)

 Dependências de concentração são regidos pela lei de Fick


 J = -D dC/dy

Onde: J = Taxa de massa de ar fluindo através da unidade de solo


D = Constante de transmissão do fluxo de ar através do solo
C = Constante de transmissão do ar através do solo
dC/dy = Gradiente de concentração na direção y
O sinal negativo indica que o ar flui do ambiente de maior concentração para o de menor concentração
Movimento da água no solo

 Fonte: http://gsr.lib.msu.edu/1980s/1988/880323.pdf
Movimento da água no solo

 Fonte: http://gsr.lib.msu.edu/1980s/1988/880323.pdf
Movimento da água no solo

 Fonte: http://gsr.lib.msu.edu/1980s/1988/880323.pdf
Saturação acima do nível d’água

 Quando o solo se encontra acima do nível d’água, allgumas condições podem ocorrer:

 Solo seco;

 Solo não saturado, devido a processos de infiltração (evaporação) e/ou capilaridade;

 Solo saturado por capilaridade.


Saturação acima do nível d’água

http://www.eng.uerj.br/
Saturação acima do nível d’água

 a água pode ascender por capilaridade até uma determinada altura, acima do lençol
freático, mantendo o solo saturado.

Fonte: http://water.usgs.gov/
Saturação acima do nível d’água

Perfil de pressão em solo saturado


Fonte: http://www.sns.org.br/

 A altura que a água pode subir por capilaridade acima do nível de água depende do tipo e
estado do solo.
menor índice de vazios maior ascensão capilar
Ar no solo não saturado

 Os solos não saturados podem ser classificados em três categorias:

Baixos graus de Graus intermediários de Ar ocluso


saturação saturação Grau de saturação acima
de 85 ou 90%
Ar no solo não saturado

 Bao et al. (1998) apud Weber (2013) sugere uma quarta categoria na classificação dos
solos não saturados:

solos compactados

Ar não está conectado com a atmosfera mas contínuo dentro da massa


de solo
Ar no solo não saturado

Variação da massa específica com a umidade


Ar no solo não saturado
 RESUMINDO:

(a) quando o ar encontra-se contínuo:

 o fluxo no solo valor da permeabilidade do ar nos vazios;


 a compressibilidade

 a sucção

 a fase água adere firmemente às partículas;

 grau de saturação o valor da sucção colapso na estrutura do solo;

(b) quando o ar encontra-se na forma de bolhas oclusas:

 a permeabilidade água;

 estas bolhas poderão causar diferentes compressibilidades no solo.


Sifonamento capilar em Barragens de Terra
Sifonamento capilar em Barragens de Terra
Estudo de Caso: Relação Sucção e Teor de
Umidade
Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Tema: Influência da Sucção no Módulo de Resiliência dos solos


típicos de subleito de pavimentos do Rio Grande do Sul

Autora: Márcia Rodrigues de Rodrigues

Outubro de 1997
Estudo de Caso: Relação Sucção e Teor de
Umidade
Os Objetivos da Pesquisa estão direcionados a estudar a influência da sucção no módulo
de resiliência de solos de diferentes características geotécnicas comumente utilizados em
subleito de pavimentos.

Determinar a relação entre a sucção e o teor de umidade para solos compactados


nas condições ótimas.
Estudo de Caso: Relação Sucção e Teor de
Umidade
Tuncer e Sabri (1979) definem que a sucção é a energia necessária para remover
uma infinitesimal quantidade de água do solos.

Potencial de Água
Pressão Externa Aplicada
Estudo de Caso: Relação Sucção e Teor de
Umidade
 Método de Papel Filtro
Estudo de Caso: Relação Sucção e Teor de
Umidade
AMOSTRA DE SOLO
A
Estudo de Caso: Relação Sucção e Teor de
Umidade
AMOSTRA DE SOLO
B
Estudo de Caso: Relação Sucção e Teor de
Umidade
AMOSTRA DE SOLO
C
Estudo de Caso: Relação Sucção e Teor de
Umidade
AMOSTRA DE SOLO
D
Estudo de Caso: Relação Sucção e Teor de
Umidade
Obrigado!!!

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