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O GOTEJAMENTO
B U L B O Ú M I D O
Dentro deste “bulbo” se formam três zonas com diferentes quantidades
de ar e de água:
a. A zona saturada – em baixo e em torno do gotejador,
forma-se uma zona onde existe um excesso de água e há
deficiência de ar;
b. A zona de equilíbrio – é a zona que existe uma excelente
relação entre o ar e a água;
c. A zona seca – é a zona onde existe um déficit de água e
um máximo de ar.
S o l o a r e n o s o S o l o
D i s t r i b u i ç ã o d e á g u a d e u m
O formato do bulbo úmido depende de quatro fatores:
a. O solo – O raio de umidecimento é favorecido pela
capilaridade do solo, ligado à capacidade de retenção de
água. A profundidade de umidecimento é dominada pela
força da gravidade, ou seja, pela capacidade de
drenagem do solo. Então teremos um bulbo mais
achatado nos solos argilosos e mais alongado nos solos
arenosos;
b. A vazão do gotejador – O raio de umidecimento depende
da regulagem do gotejador. Se regularmos um gotejador
para uma vazão de 1 ou 2 litros de água por hora, ele
produzirá um bulbo mais estreito do que quando
regulamos o mesmo gotejador para 4 ou 6 litros por hora.
Se analisarmos este comportamento em relação ao tipo
de solo, verificaremos que será necessário regularmos o
gotejador para maiores vazões em um solo arenoso e no
segundo diminuirmos a vazão ou aumentarmos o
espaçamento entre gotejadores;
D i s t r i b u iç ã o d e s a i s e m v o l t a d e u m g o t e j a d o r
G o t e j a d o r
Z o n a o n d e a l a v a g e m d o s s a i s é p e r m a n e n t e
Z o n a d e e q u i l í b r i o e n t r e t o d o s o s c o m p o n e n t e s .
Z o n a d e m a i o r c o n c e n t r a ç ã o .
A QUALIDADE DA ÁGUA
Todo e qualquer sistema de irrigação localizada requer
uma água livre de partículas, sejam elas minerais ou orgânicas. Para
tanto a água tem que passar pelo menos por uma filtragem antes de
adentrarem ao sistema de gotejamento.
Quando a água for proveniente de locais onde não
existe a contaminação por material orgânico, poços, por exemplo, então
uma simples filtragem, com filtros de tela ou de discos, é suficiente.
Quando existe a presença de material orgânico, como
água proveniente de minas, rios, lago, represas, etc., então se faz
necessário o uso do filtro de areia, que poderá ser construído seguindo-
se a tabela abaixo:
E N T R A D A D A Á G U A
A N T E P A R O
A R E I A L A V A D A
L Ã D E V I D R O
S A Í D A D A Á G U A
P E D R A B R I T A
F e + 2
I n v i s í v e l
F e + 3
V is í v e l
P r o c e s s o q u íI mn si co ol ú v e l
S o l ú v e l
d e o x i d a ç ãO o x i d a d o
R e d u z id o
RESOLUÇÃO DO PROBLEMA
Para que o ferro visível não venha a entupir as tubulações e as
passagens estreitas dos gotejadores (o que é um desastre), podemos
realizar algumas estratégias com base nas informações acima:
A - Manter o ferro sempre na forma solúvel (reduzido, ferroso,
invisível e dissolvido), pois assim não entupirá o sistema;
B - Precipitar (tornar visível) todo o ferro e passar a água por uma
lagoa de decantação para que o ferro precipitado vá para o fundo e
depois bombear o sobrenadante para os filtros;
C - Precipitar (tornar visível) todo o ferro antes dos filtros, para que
fique retido, e não entrem no sistema;
D - Precipitar uma parte e deixar a outra em solução até a saída
dos gotejadores.
0 , 1 5
b a ix o N o r m a l m e n t e
0 , 2 0 u t i l iz a d a s e m
t r a t a m e n t o .
0 , 5 0
m o d e r a d o T r a t a r s e n d o q u
1 , 0 p a r a a s c o n d i ç õ e
b r a s i le ir a s , a a
1 , 5 e o t a n q u e d e d
ç ã o s ã o m a is v
2 , 0
a l t ís s im o
3 , 0 C l o r a ç ã o c o m
q u e 6 ,5 , c o n t r o
ç ã o d e li m o f é r
3 , 5
> 4
M e l h o r e s r e s u l
d o t a n q u e d e d
S o m e n t e o t r a t
c o n ã o t e m s i d
E L x E P x E v p r x 0
T I = x K
V z e x N º e x E f i c .
O n d e :
T I = T e m p o d e I r r i g a ç ã o
E L = E s p a ç a m e n t o e n t r e l i n h a s
E P = E s p a ç a m e n t o e n t r e p l a n t a s
E v p r = E v a p o t r a n s p i r a ç ã o d e r e f e r ê n c
V z e = V a z ã o d o e m i s s o r ( m i c r o a s p e r s
N º e = N ú m e r o d e e m i s s o r e s p o r p l a n t
E f i c . = e f i c i ê n c i a 0 , 9 0 p a r a m i c r o s e
K = F a t o r v a r i á v e l c o m o t i p o d o s o l o
NECESSIDADE NECESSIDADE
CULTURA .ANUAL DIÁRIA POR M²
DE ÁGUA PARA GOTEJAMENTO
ABACATE 1300 1,51 litro por m² (*)
ABACAXI 1200 1,39 litro por m² (*)
ACEROLA 1400 1,33 litro por m² (*)
ALCACHOFRA - 5 A 6 litros por planta
ALGODÃO 1000 1,14 litro por m² (*)
BANANA 1500 1,58 litro por m² (*)
BERINJELA - 4 A 5 litros por planta
CACAU 1250 1,43 litro por m² (*)
CAFÉ 1100 1,28 litro por m² (¤)
CAJU 1200 1,39 litro por m² (*)
CAQUI 900 1,03 litro por m² (*)
CITRUS 1300 1,51 litro por m² (*)
COCO-DA-BAHIA 1500 1,00 litro por m² (*)
DAMASCO 900 1,03 litro por m² (*)
FIGO 1200 1,39 litro por m² (*)
GOIABA 1500 1,58 litro por m² (*)
GRAMADOS - 4 litros por m²
GUARANÁ 1300 1,51 litro por m² (*)
HORTALIÇAS - 6 A 7 litros por m²
KIWI 1200 1,39 litro por m² (*)
MAÇÃ 1000 1,14 litro por m² (*)
MAMÃO 1500 1,58 litro por m² (*)
MANGA 1400 1,33 litro por m² (*)
MARACUJÁ 1500 1,58 litro por m² (*)
MELÕES, MELANCIA, ETC. 1400 1,33 litro por m² (*)
MORANGO - 4 A 5 litros por m²
PEPINO - 5 A 6 litros por planta
PERA 1100 1,28 litro por m² (*)
PESSEGO 1000 1,14 litro por m² (*)
PIMENTÃO - 1,58 litro por m² (*)
PUPUNHA 1500 1,58 litro por m² (*)
QUIABO - 3 A 4 litros por planta
SERINGUEIRA 1400 1,33 litro por m² (*)
TOMATE 1300 1,51 litro por m² (*)
URUCUM 1200 1,39 litro por m² (*)
UVA 1300 1,51 litro por m² (*)
(*) A quantidade indicada deverá ser multiplicada pela área determinada
pela multiplicação do espaçamento entre linhas pelo espaçamento entre
plantas, conforme já descrito acima.
4
7
2 5 x D x J = V
0 , 0 0 0 1 3 5 X
D
O n d e :
D = D i â m e t r o e m m e t r o s
J = P e r d a d e c a r g a e m m / 1 0 0 m
V = V e l o c i d a d e d a á g u a e m m /s
2” 3” 4”
Q V J Q V J Q V J
360.0 0.051 0.006 720.0 0.005 0.010 1800.0 0.069 0.010
720.0 0.102 0.023 1080.0 0.076 0.010 2700.0 0.104 0.020
1080.0 0.153 0.050 1440.0 0.101 0.020 3600.0 0.138 0.030 Q = vazão
1440.0 0.204 0.085 1800.0 0.126 0.040 5400.0 0.207 0.060 litros por hora
1800.0 0.255 0.128 2700.0 0.190 0.070 7200.0 0.276 0.100
2700.0 0.382 0.271 3600.0 0.252 0.120 9000.0 0.345 0.140 V = velocidade
3600.0 0.509 0.461 5400.0 0.379 0.250 10800.0 0.414 0.200 metros por segundo
5400.0 0.764 0.978 7200.0 0.506 0.410 12600.0 0.484 0.260
7200.0 1.018 1.667 9000.0 0.632 0.610 14400.0 0.553 0.330 J = perda de carga
9000.0 1.273 2.521 10800.0 0.758 0.840 16200.0 0.622 0.410 m.c.a. por 100 metros
10800.0 1.528 3.531 12600.0 0.885 1.110 18000.0 0.724 0.490
12600.0 1.782 4.699 14400.0 1.010 1.420 21600.0 0.829 0.690
14400.0 2.037 6.018 16200.0 1.138 1.770 25200.0 0.967 0.900
16200.0 2.292 7.482 18000.0 1.264 2.150 28800.0 1.105 1.180
18000.0 2.516 9.095 21600.0 1.350 3.010 32400.0 1.243 1.460
21600.0 3.056 12.752 25200.0 1.770 4.010 36000.0 1.382 1.780
25200.0 3.565 16.962 28800.0 2.023 5.130 42200.0 1.658 2.500
28800.0 4.074 21.718 32400.0 2.276 6.380 50400.0 1.934 3.320
32400.0 4.584 28.140 36000.0 2.529 7.760 57600.0 2.210 4.250
36000.0 35.700 43200.0 3.034 10.870 64800.0 2.487 5.290
50400.0 3.540 14.470 72000.0 2.763 6.430
57600.0 4.046 18.530 79200.0 3.039 7.660
64800.0 4.552 23.050 86400.0 3.316 9.010
72000.0 5.057 28.010 93600.0 3.592 10.450
100800. 3.868 11.980
108000. 4.145 13.620
Q = Vazão em litros/hora V = Velocidade em metros/segundo J = Perda de carga em m.c.a
/100 metros
ROTINA DE MANUTENÇÃO