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Irrigação por Aspersão

Notas de aulas
Profª Pauletti Rocha
Fornecimento de água
ao solo sob forma de
chuva artificial.

Vantagens

Desvantagens
Vantagens
• Aplica-se a qualquer tipo de terreno (topografia plana ou irregular);
1

• Pode ser utilizado em qualquer tipo de solo;


2

• Dispensa a sistematização do terreno;


3

• Pode ser automatizado;


4

• Modifica o microclima (resfriamento);


5
• A água pode ser aplicada uniformemente e com alta eficiência;
6

• Permite fácil controle da quantidade de água a ser aplicada;


7

• Existem equipamentos versáteis podem ser transportados para outras


8
áreas;

9 • Permite a quimigação;

• Proteção contra geada.


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Desvantagens
• Sofre efeito dos ventos – diminui a uniformidade
1

2 • Favorece desenvolvimento de algumas doenças (microclima);

• Imprópria para água com alto teor de sais;


3

4 • Propicia o desenvolvimento de plantas invasoras/daninhas;


Componentes do sistema:

• Aspersores • Acessórios • Tubulações • Motobomba


Aspersores
• A escolha correta do aspersor é
fundamental na irrigação por
aspersão convencional.

• Como escolher um aspersor?


• No que interfere a escolha correta
do aspersor?
Partes de um
aspersor
Classificação:
Quanto ao funcionamento:

• Rotativos e Estacionários

• Quando rotativos podem se apresentar com giro completo (360°) ou do


tipo setorial (90° a 180°), permitindo uma regulagem na amplitude de giro;
• Rotativos são os mais comuns;
• Diâmetro do bocais: variam de 2 até 30mm
Rotativo Estacionário
Quanto ao porte:
• Pequeno: PS Muito Baixa/Baixa
• Pressão: < 20 mca
• Baixa rotação: (3 a 6 rmp)
• Baixa vazão: <1m3/h
• Espaçamento: < 15 m
• Uso: micro aspersores ou aspersores
de jardins, pomar, estufas.
•Aspersor médio:

• Pressão: 20-40 mca


• Vazão: 1-6 m3/h
• Espaçamento: 12-36m
• Uso: feijão, soja, batata...
•Aspersor grande (canhão):

• Pressão: > 40 mca


• Baixa rotação
• Vazão: > 6 m3/h
• Espaçamento: > 30m
• Uso: culturas resistentes ao impacto de gotas
(cana, capim, milho).
Quanto ao ângulo:
• Sub-copa: 7 – 9° • Normal: 20-30°
Quanto ao material:
• Aço galvanizado
• Bronze
• Alumínio
• Aço inox
• Termoplástico
Fatores que afetam o desempenho:
• Diâmetro do bocal
Fatores que afetam o desempenho:
• Pressão
• Excessiva – provoca a
pulverização excessiva com
deposição de água próximo ao
aspersor;

• Pressão baixa – provoca uma


inadequada pulverização
proporcionando uma maior
deposição da água na
extremidade;
Fatores que afetam o desempenho:
• Vento – o vento altera o perfil de distribuição do aspersor;
Espaçamento entre aspersores
• Obtenção de boa uniformidade de aplicação os aspersores devem ser
espaçados de modo que se obtenha uma sobreposição entre os perfis de
distribuição (12x12, 12x18,18x18, 18x24,..., 30x30)
Intensidade de aplicação
• A intensidade de aplicação de água deve ser menor do que a capacidade
de infiltração do solo.

• I = intensidade de aplicação (mm/h)


• Q = vazão do aspersor (L/s)
• E1 = espaçamento entre aspersores (m)
• E2 = espaçamento entre linhas laterais
I ≤ VIB
Acessórios:
• São peças utilizadas na condução da
água até os aspersores;
• Registros, curvas, redução,
cotovelos, manômetros, válvulas de
derivação, tubo de subida, borrachas
para vedação, etc.
Motobombas:
• O conjunto motobomba tem finalidade de captar a água do
reservatório (rio, poço) é impulsioná-la sob pressão, através do sistema.
• Principais motores: elétricos, a diesel e a gasolina.
Tubulações:
• Transporte de água entre a motobomba e os aspersores;
• Ferro fundido, aço, cimento amianto, concreto, aço zincado, alumínio e
PVC rígido
• Comprimento padrão: 6 metros
• PS e a espessura da parede variam com o material;
• O conjunto de tubulações em um sistema de aspersão constitui-se de
linha principal e linhas laterais;

• LP – conduz água da motobomba até as linhas laterais;

• LL – conduzem água da linha principal até os aspersores. Podem ser fixa


e móvel (deve-se utilizar materiais mais leves)
Esquema de sistema de irrigação por aspersão
Tipos de Sistemas de aspersão:
• Sistemas Móveis – tubulações portáteis, instalados sobre a superfície do
terreno, permitindo que a linha lateral seja movimentada em diversas
posições, a movimentação pode ser manual ou mecânica;

• Sistemas Fixos – tubulações suficientes para irrigar toda a área do


projeto, sem mudança de tubulações.
Tipos de Sistemas de aspersão:
• Irrigação Convencional • Mecanizado

• Portátil • Lateral rolante


• Semi-portátil • Pivô-central
• Fixo-permanente • Sistema lateral
• Montagem direta
• Autopropelido
Sistema Convencional Portátil

• É caracterizado pela possibilidade de movimentar o


equipamento de um local para o outro, conforme a
necessidade de irrigação, quando não há tubulações,
acessórios e aspersores em quantidade e extensão suficientes
para abranger toda a área irrigada.
• Classificado em totalmente portátil e em semi-portátil;
Sistema totalmente portátil
• O sistema é totalmente movido de um local para o outro
(montados em carretas);

Sistema semi-portátil
 Dispõe-se de uma linha principal enterrada com hidrantes
dispostos na superfície em cada ponto de mudança da linha
lateral;
Sistema Convencional Portátil
• Para se ter uniformidade de aplicação na LL, a mesma deve estar disposta
em nível;
• A Linha Principal deve-se encontrar no sentido da declividade.
Sistema Convencional Permanente
• Neste sistema as tubulações são fixas e não movidas de um local para
outro, cobrindo simultaneamente toda a área irrigada;
Aspersão Convencional Permanente
• Como não há movimentação de tubulações de um local para
outro, teoricamente seria mais fácil irrigar toda a área de uma só
vez;

• Mas isto acarretaria um demanda de uma grande quantidade de


água em um determinado momento, o que seria inviável;

• Outro problema seria a necessidade de tubulações de diâmetro


muito elevado, aumentando o custo do sistema;
Sistema de Aspersão Mecanizado
• Tem por principais objetivos realizar a irrigação em grandes
áreas, elevar a eficiência de aplicação de água e diminuir os
custos com mão-de-obra;

• Para que ocorra movimentação, o aspersor (ou conjunto de


aspersores) é montado sobre um sistema mecânico dotado de
rodas.
Sistema de aspersão sobre rodas com deslocamento
lateral:

• Tem-se dois tipos:


• Um em que a linha lateral é o eixo das rodas. Neste a linha
lateral constitui o próprio eixo das rodas, que tem diâmetro de
1,20 a 1,40 metros, e o deslocamento lateral é feito por meio
de um mecanismo de engrenagens e correntes, acionado por
um motor localizado no meio da mesma (Rolão).
Lateral Rolante (rolão)
Sistema de aspersão sobre rodas com deslocamento
lateral:
• Outro em que a linha
lateral é instalada em
plano superior ao topo
das rodas, suportadas por
torres em forma de A,
apoiadas em rodas e
acionadas por um
conjunto motobomba
para cada torre.
Esquema: deslocamento lateral
Pivô Central
• É um sistema de movimentação circular, autopropelido a energia
hidráulica ou elétrica.
• É construído de uma linha com vários aspersores, de até 800 metros de
comprimento, com tubos de aço de acoplamento especial, suportada por
torres em forma de A dotadas de rodas, nas quais operam os dispositivos
de propulsão do sistema.
• O movimento do equipamento é de rotação em torno do ponto
pivô, que lhe serve de ancoragem e de tomada de água, que
pode derivar de poços profundos e de adutora.

• O sistema é dotado de recursos de ajustagem da velocidade de


rotação e de alinhamento da tubulação.

• A área irrigada por unidade, no Brasil, varia de 3 até 120


hectares.
Principais Vantagens:
• Economia de mão-de-obra na irrigação;

• Economia de tubulações, quando se usa água subterrânea;

• Boa uniformidade de irrigação;

• Após completar uma irrigação o sistema já está no ponto p/


iniciar a próxima;
Principais Desvantagens:

• Dificuldade de mudança
de área;
• Perde aproximadamente
20 % da área (cantos);
• Alta intensidade de
aplicação de água na
extremidade do
equipamento.
Pivô Central
Autopropelido
• Canhão hidráulico, montado sobre carreta;

• Desloca sobre um carreador, irrigando área de até 130 metros de largura


por até 500 metros de comprimento;

• O conjunto é constituído por um canhão hidráulico, uma carreta com


turbina e pistão hidráulico, uma mangueira de alta pressão de até 200
metros de comprimento, um cabo de aço de até 400 metros, acoplado a
uma linha principal com hidrantes, normalmente enterrada.
Aplicação de vinhaça
Autopropelido
• O deslocamento do sistema sobre a faixa irrigada se faz pela ação do
carretel, acionado pela turbina e pistão hidráulico, enrolando o cabo de
aço, que foi previamente esticado e ancorado na outra extremidade da
faixa a ser irrigada.

• Na carreta há um dispositivo para interrupção automática do


funcionamento do sistema, quando atingir o final da faixa;

• A mudança do equipamento para a faixa seguinte deve ser efetuada com


trator agrícola.
Autopropelido

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