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SUMÁRIO

1 EMPRESA .................................................................................................................................. 3

2 TURBOMAQ, O CARRETEL ENROLADOR DA IRRIGABRASIL .......................................................... 4


2.1 Conceito .................................................................................................................................. 4
2.2 Sobre a sua utilização ............................................................................................................. 4
2.3 Vantagens do Carretel Enrolador ............................................................................................ 5
2.4 Cuidados com o Carretel Enrolador ........................................................................................ 5

3 TABELA DE APLICAÇÃO ................................................................................................................ 6

4 CONJUNTO MOTOBOMBA DA IRRIGABRASIL ............................................................................... 7


4.1 Bombas
4.1.1 Classificação .................................................................................................................. 7
4.1.2 Bomba Centrífuga Mono e Multiestágio ...................................................................... 7
4.1.3 Principais Componentes das Bombas Centrífugas ........................................................ 8

4.2 Motores de acionamento...................................................................................................... 12


4.2.1 Motores Elétricos fornecidos pela IRRIGABRASIL ....................................................... 12
4.2.2 Motores Diesel fornecidos pela IRRIGABRASIL ........................................................... 12
4.2.3 Consumo de Óleo Combustível .................................................................................. 12
4.2.4 Consumo de Óleo Lubrificante ................................................................................... 12

4.3 Manutenção de Conjunto Motobomba ................................................................................ 13


4.3.1 Manutenção de Conjuntos Elétricos ........................................................................... 13
4.3.2 Manutenção de Conjuntos Diesel ............................................................................... 13

4.4 Operação do Conjunto Motobomba Diesel .......................................................................... 14


4.4.1 Equipamentos com Escorva Automática .................................................................... 15

5 SEGURANÇA DO TRABALHO ....................................................................................................... 16

6 INÍCIO DE OPERAÇÃO ................................................................................................................. 17


6.1 Relatório de Inspeção e Entrega Técnica de Equipamentos .................................................. 17

7 PROCEDIMENTOS DE OPERAÇÃO ............................................................................................... 20

7.1 Velocidade de Transporte ..................................................................................................... 20


7.2 Posicionamento do Equipamento para Fertirrigação ............................................................ 20
7.3 Freio das rodas, Ancoragem e Conexões .............................................................................. 20
7.4 Procedimentos para Desenrolar a Mangueira ....................................................................... 20
7.5 Desenrolamento da Mangueira ............................................................................................ 21
7.6 Início do Recolhimento da Mangueira .................................................................................. 21
7.7 Troca de marchas .................................................................................................................. 21
7.8 Levante do Carro Irrigador e Desarme Automático .............................................................. 21
7.9 Pressões de Trabalho ............................................................................................................. 22
7.10 Término da fertirrigação ....................................................................................................... 22

8 COMPONENTES DO CARRETEL ENROLADOR .............................................................................. 23


8.1 Tubulação do Equipamento .................................................................................................. 23
8.2 Turbina e Injetor .................................................................................................................... 23
8.3 Redutor de Velocidade .......................................................................................................... 23
8.4 Freio do Redutor .................................................................................................................. 24
8.5 TDP – Tomada de Potência ................................................................................................... 25
8.6 Trava Anti-Recuo .................................................................................................................. 25
8.7 Relação de Polias ................................................................................................................. 25

1
8.8 Mancais do Carretel ............................................................................................................. 25
8.9 Corrente do Eixo Posicionador............................................................................................. 25
8.10 Eixo Posicionador ................................................................................................................. 26
8.11 Âncoras ................................................................................................................................ 26
8.12 Mangueira PEMD ................................................................................................................. 26
8.13 Desarme Automático / Fim de curso .................................................................................... 27
8.14 Levante do Carro Irrigador ou Barra Irrigadora ................................................................... 27
8.15 Rodas e Pneus ...................................................................................................................... 27
8.16 Trava do Giro do Carretel e do Levante ............................................................................... 28
8.17 Barra Irrigadora .................................................................................................................... 28
8.18 Carro aspersor ...................................................................................................................... 28
8.19 Engate para trator ................................................................................................................ 29
8.20 Pontos para Içamento .......................................................................................................... 30
8.21 Opcionais para o TURBOMAQ ............................................................................................. 30
8.21.1 Opcional Sinalização .............................................................................................. 30
8.21.2 Reposição da Carga da Bateria .............................................................................. 30
8.21.3 Sistema R-II ............................................................................................................. 31
8.21.4 Elevador manual das âncoras ................................................................................ 31
8.21.5 Aviso Sonoro .......................................................................................................... 31
8.21.6 Rodado ................................................................................................................... 31
8.21.7 Âncoras Hidráulicas ................................................................................................ 31
8.21.8 Giro Hidráulico. ...................................................................................................... 31
8.21.9 Recolhimento Hidráulico........................................................................................ 31
8.21.10 Mola de Tração ....................................................................................................... 32
8.21.11 Cor do equipamento .............................................................................................. 32
8.21.12 Canhão Aspersor .................................................................................................... 32

9 MANUTENÇÃO DO CARRETEL ENROLADOR ............................................................................... 33


9.1 Manutenção Diária do equipament ...................................................................................... 33
9.2 Manutenção Semanal ........................................................................................................... 33
9.3 Manutenção Anual (safra) .................................................................................................... 33
9.4 Cuidados Especiais com o equipamento .............................................................................. 34

10 SISTEMA BY-PASS ........................................................................................................................ 35


10.1 Componentes ....................................................................................................................... 35
10.2 Funcionamento ..................................................................................................................... 35
10.3 peração e Programação ........................................................................................................ 35
10.4 Modelos de Painéis Eletrônicos ............................................................................................. 35
10.5 Possíveis problemas .............................................................................................................. 36

11 CANHÃO ASPERSOR ................................................................................................................... 38


11.1 Modelos de Canhões ............................................................................................................ 38
11.2 Descrição do Canhão Aspersor ............................................................................................. 39
11.3 Instalação e Regulagem do canhão aspersor ........................................................................ 39
11.4 Manutenção do Canhão Aspersor ........................................................................................ 40
11.4.1 Inspeções .............................................................................................................................. 40

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ....................................................................................................... 43

NOTAS ............................................................................................................................................. 44

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1 EMPRESA

Primeira no desenvolvimento e fabricação de carretel enrolador no Brasil e América Latina, a


Irrigabrasil, há mais de 20 anos produz equipamentos de alta qualidade inovando com tecnologias
que possam atender as necessidades hídricas dos cultivos de cada produtor.
O respeito ao cliente, a qualidade do produto, assistência técnica e peças e reposição são os
principais valores de nossa empresa.

TURBOMAQ 90/FS/250, em exposição na fábrica.


Primeiro Carretel Enrolador produzido em série no Brasil.

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2 TURBOMAQ, O CARRETEL ENROLADOR DA IRRIGABRASIL

2.1 Conceito
O Carretel Enrolador Autopropelido é um sistema de irrigação mecanizado sobre rodas com
deslocamento contínuo montado sobre estrutura que se movimenta automaticamente sobre o campo
por ação hidráulica.
O Carretel Enrolador constitui-se basicamente de um conjunto motriz (uma turbina hidráu-
lica e um redutor de velocidade) que aciona um carretel conectado a uma mangueira especial de
Polietileno de Média Densidade (PEMD). A outra extremidade desta mangueira é ligada a um carro
irrigador com canhão aspersor ou barra irrigadora, tendo ambos uma eficiente distribuição de água
ou vinhaça.

Sistema motriz do Carretel Enrolador

2.2 Sobre a sua utilização


Pioneiro no setor sucroalcoleiro, o sistema executa uma perfeita e eficaz irrigação. Além da
irrigação com água, o sistema permite fertirrigar com vinhaça, estercos bovinos e suínos diluídos e diver-
sos outros tipos de resíduos industriais em qualquer tipo de cultura e em todas as fases de desenvolvi-
mento da cultura. Aplica a vinhaça na hora certa e na dosagem calculada. Com leis ambientais mais
severas para a preservação e conservação do meio ambiente, o sistema se mantém como uma excelente
solução para o destino da vinhaça e águas residuais, evitando a contaminação de mananciais e lençol
freático e ainda aumentando a produtividade e rentabilidade, dispensando o uso de adubos químicos.
Segundo depoimentos de produtores, o sistema aproveita melhor os mais diversos tipos de terrenos,
contornando problemas de declividade e áreas menores e ainda apresenta eficiência e qualidade de
irrigação superior às do sistema de aspersão convencional.
O equipamento está presente desde os pequenos até os maiores produtores e mais importantes
grupos empresariais do setor agropecuário nacional. O tamanho da área a ser irrigada, a topografia, o
tipo de cultura e as condições climáticas e de solo definem o equipamento com maior eficiência a ser
utilizado.
Em uma Usina Sucroalcoleira é produzida uma variada gama de produtos, sendo os principais:
variados tipos de açúcar, Álcool Anidro e Hidratado e Energia. Além destes, também são produzidos:

• Açúcar VHP (Very High Polarization): matéria prima para refinados;


• Álcool Hidratado Carburante: utilizado como combustível em veículos automotores e até
aviões no Brasil;
• Álcool Anidro Carburante: substitui a metila de chumbo na gasolina, também usado como
aditivo na gasolina;
• Levedura: transformação de microorganismos em sacarose (álcool);
• Bagaço Hidrolizado: fibra da extração do caldo usado como ração após o processo de hidrolise;
• Bagaço: fornecer energia (vapor) as caldeiras;
• Óleo Fusel: derivado da destilação do álcool e usado na indústria de cosméticos. Extraído em
pequenas quantidades;
• Melaço: subproduto do açúcar após a centrifugação;
• Vinhaça: subproduto do álcool. Vinho centrifugado, utilizado como adubo.

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A vinhaça, também conhecida como vinhoto, é um resíduo do processo de destilação do
álcool etílico anidro carburante, fonte rica em potássio (em torno de 3%), sendo um líquido que varia
da cor marrom escuro a amarelada, de natureza ácida, que sai da bica de destilação à temperatura
aproximada de 105º C, com cheiro nauseante, qualidade que está relacionada ao teor residual de
açúcar o qual, por sua vez, provoca um processo de putrefação tão logo a vinhaça é descarregada. Sua
composição é bastante variável, dependendo principalmente da composição do vinho que por sua vez
depende de fatores como a natureza e a composição da matéria prima, o sistema usado na preparação
do mosto, o método de fermentação adotado, o tipo de aparelho e a maneira de destilação.
Este subproduto da cana-de-açúcar pode ter hoje apenas três destinos, sendo a geração de
energia através de biogás, sua inclusão para mistura na ração bovina e a sua aplicação in natura ou
diluída através de fertirrigação com Carretel Enrolador em áreas plantadas com cana-de-açúcar, sendo
esta última a mais utilizada pelas Usinas Sucroalcooleiras, pois ainda propicia a mineralização do solo,
imobilização de nitrogênio, nitrificação e elevação do pH do solo por meio da oxidação da matéria
orgânica, elevação nos teores de potássio, cálcio e magnésio, redução do teor de alumínio e elevação da
CTC, entre outras.

2.3 Vantagens do Carretel Enrolador


• Conjunto com grande versatilidade;
• A aplicação pode ser por Canhão Aspersor ou Barra Irrigadora;
• Proporciona maior e melhor uniformidade e precisão de aplicação;
• Melhor custo / benefício no mercado;
• Menor risco de insalubridade;
• Mobilidade, facilmente transportado para outras áreas.
• Facilidade de operação;
• Redução de Mão-de-Obra, necessitando em alguns casos apenas um operador;
• Menor perda da área com canais de vinhaça, devido ao maior espaçamento entre os mesmos;
• Menor quantidade de tubulação e acessórios;
• Maior tempo efetivo de aplicação de vinhaça por dia;
• Maior rendimento operacional;
• Possibilidade de aplicação da vinhaça com uma distribuição por aspersão mais uniforme em
função do tubo operar em nível;
• Menor quantidade de mudanças e transporte do Conjunto;
• Não exige sistematização da área a ser fertirrigada, operando em diversas topografias;
• Tubulação do equipamento em aço inox, elevando a vida útil;
• Irriga todos os tipos de culturas;
• Baixo custo de manutenção;
• O sistema contribui com o meio ambiente.

2.4 Cuidados com o Carretel Enrolador


• Em geral necessita de um trator de média potência;
• Exige um maior cuidado por se tratar de um equipamento grande e pesado;
• Ventos com velocidades acima de 19 km/h, sendo classificados como brisa suave e força do
vento nº 2, conforme escala de Beaufort.

Modelos de TURBOMAQ

5
3 TABELA DE APLICAÇÃO

6
4 CONJUNTO MOTOBOMBA DA IRRIGABRASIL

O conjunto motobomba tem a finalidade de captar a água / vinhaça do rio, reservatório ou canal
e impulsionar sob pressão por meio do sistema até o canhão aspersor. A fonte de energia pode ser
através de energia elétrica, motores a diesel ou energia alternativa.
A IRRIGABRASIL faz a montagem e acoplamento do conjunto motobomba, completa, tanto
para montagem direta, para irrigação ou fertirrigação. Oferece conjunto motobomba elétrica e a diesel
sobre carreta ou base fixa, adequada às particularidades de cada cliente.

4.1 Bombas
Bombas são máquinas operatrizes hidráulicas que transferem energia ao fluído com finalidade
de transportá-lo de um determinado ponto a outro. Realizam o trabalho de sucção e recalque do fluído
sob pressão, e para isto recebem energia de uma fonte motora e cedem parte desta energia ao fluído sob
forma de energia de pressão, energia cinética ou ambas, isto é, aumentam a pressão do líquido, a
velocidade ou ambas as grandezas.

4.1.1 Classificação
Não existe uma terminologia homogênea sobre bombas, pois há vários critérios para designá-
las, entretanto, podemos classificar em duas grandes categorias:

• Bombas Centrífugas;
• Bombas Volumétricas (Bombas de Embolo e Rotativas).

4.1.2 Bomba Centrífuga Mono e Multiestágio


Uma bomba centrífuga na qual o eixo do rotor esta numa posição horizontal, e geralmente
necessita de escorvamento para começar a funcionar.
Este tipo de bomba tem por princípio de funcionamento a transferência de energia mecânica para o
fluído a ser bombeado em forma de energia cinética. Por sua vez, esta energia cinética é transformada em
energia potencial (energia de pressão) sendo esta sua característica principal. O movimento rotacional de um
rotor inserido em uma carcaça (corpo da bomba) é o órgão fundamental responsável pela transformação.
As bombas de multiestágio possuem corpos de estágios verticalmente seccionados, os corpos
de estágios vedados entre si por meio de anéis o’ring e unidos nos corpos de sucção e recalque através de
tirantes. O eixo é vedado através de gaxeta na execução Standard e dotado de buchas protetoras na
região do engaxetamento e possui luvas distanciadoras. O rotor é fechado, radial e de fluxo único, possui
equilíbrio de empuxo axial através de furos de alívio no lado dianteiro e traseiro. Os anéis de desgaste são
montados nos lados dianteiro e traseiro do rotor, alojados nos corpos de sucção, recalque, estágios e
difusores. Os mancais são lubrificados a óleo e situados nas duas extremidades da bomba, com rolamen-
to de rolo cilíndrico no lado do acionamento e de esfera de duplo contato angular no lado do recalque.
A cavitação é um fenômeno causado pela formação de bolhas de vapor, que ocorre no interior das
bombas, em função da má instalação e/ou variação do nível do líquido na sucção. As bolhas de vapor são
arrastadas para locais de maior pressão onde se condensam violentamente, gerando um choque inelástico do
líquido com as partes internas da bomba (rotores, carcaças, etc), sendo que este choque ocasiona um arrancamento
de partículas de metal, o que se denomina erosão cavital. O desgaste pode assumir grandes proporções tais que
pedaços de metal podem soltar-se das peças. Além de provocar corrosão, desgastando, removendo partículas e
destruindo rotores e tubos de sucção junto à entrada da bomba, a cavitação também afeta a desempenho da
bomba provocando queda do rendimento, aumento da potência do eixo, marcha irregular, trepidação e vibra-
ção (pelo desbalanceamento que causa) e ruídos, provocado pelo fenômeno de implosão de bolhas.
São inúmeros os modelos e marca de bombas centrífugas existentes no mercado que podem ser
utilizadas com o sistema de Carretel Enrolador para a fertirrigação de vinhaça em Usinas e Destilarias,
porém, ganham destaques algumas bombas que citamos a seguir:

• Bomba Centrífuga de monoestágio (apenas um rotor):


ø Marca Equipe, modelos EQ 90-48, EQ 100.50, EQ 125.55;
ø Marca Imbil, modelos ITA 100-500/2, INI 80.500.

• Bomba Centrífuga de multiestágio (dois ou mais rotores):


ø Marca Imbil, modelo BEW 125/4.

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Para uso em soluções corrosivas, tais como resíduos industriais e vinhaça, é recomendado optar
pelas bombas tipo Versão Vinhaça (onde o Eixo e Rotor são em Aço Inox e a carcaça em FºFº) ou Totalmente
Inox (corpo, tampa, eixo e rotor são em Aço Inox), sendo que a bucha é em aço VC 150 para ambas.

Motobomba Elétrica rebocável Motobomba Diesel rebocável

4.1.3 Principais Componentes das Bombas Centrífugas


Os principais componentes das bombas centrífugas são:

• Rotor
É o componente que transforma a energia de rotação em energia de velocidade e energia
pressão. O rotor consiste em paredes laterais, pás e cubo. Em função da velocidade específica da bomba
o rotor pode ser do tipo radial, semi-axial ou axial. Além destas classificações existem outros tais como
rotor de fluxo simples ou duplo, fechado, semi-aberto e aberto.

Rotor

• Corpo Espiral
Além de conter o fluído bombeado, completa a transformação da energia cinética em energia
de pressão. As carcaças podem ser definidas em 04 tipos: Simples Espiral, Dupla Espiral, Circular ou
Combinada com Circular e Espiral simples.

Carcaças

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• Difusor
Os difusores têm como função direcionar o fluxo. São utilizados principalmente em bombas
multiestágios.

• Eixo
Tem como função transmitir o torque do acionador ao rotor. O eixo é projetado para que tenha
uma deflexão máxima pré-estabelecida quando em operação. Este fator é importante para evitar que as
folgas entre as peças rotativas e as estacionárias se alterem em operação, o que provocaria seu contato,
desgaste prematuro e maior consumo de energia.

• Luva Protetora do Eixo


Têm a função de proteger o eixo contra a corrosão, erosão e desgaste do fluído bombeado.

• Anel Cadeado
Tem a função de lubrificar e refrigerar as gaxetas. Este anel cria um anel líquido de vedação
impedindo a entrada de ar.

• Anel Centrifugador
Tem a função impedir a entrada do produto bombeado para o suporte do mancal pelo eixo.

• Anéis de Desgaste ou Placa de Desgaste


São peças montadas na carcaça do rotor que, mediante pequena folga, fazem a vedação entre
as regiões de sucção e descarga. A manutenção destas peças evita a substituição de peças mais caras,
como rotores e carcaças.
Em geral são montados anéis de desgaste para rotores fechados e placas de desgaste para
rotores abertos, não sendo uma regra.

• Caixa de Gaxeta
A caixa de gaxeta tem como principal função proteger a bomba contra vazamentos nos pontos
onde o eixo passa através da carcaça. Entretanto, sua função varia conforme o próprio desempenho.
Assim sendo, se uma bomba opera com pressão de sucção negativa, sua função é evitar a entrada de ar
para dentro da bomba. Entretanto, se a pressão é acima da atmosférica, sua função é evitar vazamento
do líquido para fora da bomba. Tem a forma cilíndrica e acomoda certo número de anéis e em algumas
vezes utiliza anel de selagem.

Existem diversos tipos de engaxetamento, tais como:


ø Amianto Grafitado;
ø Amianto trançado com fios metálicos antifricção, impregnado e grafitado;
ø Amianto de alta resistência e flexibilidade, impregnado com composto especial e acabado
com grafite;
ø Amianto impregnado com Teflon® e lubrificado; não grafitado;
ø Teflon® puro trançado em filamentos e lubrificado; não grafitado;
ø Grafite puro.

• Suporte de Mancal
Sua função é alojar os mancais que suportam as forças axiais e radiais.

• Mancais e Rolamentos
Suportam os esforços axiais e radiais resultantes da ação centrífuga do equipamento, bem
como qualquer desalinhamento, por menor que seja, reflete na operação/vida útil deste componente.

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Curva manométrica da bomba Equipe, modelo EQ 90.48.

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ITA 100.500/2 1780rpm

1º Ø Máximo 330 mm Ø Mínimo 330 mm Largura 15 mm


2º Ø Máximo 405 mm Ø Mínim 260 mm Largura 11 mm
Flange de Sucção 125 mm Flange Pressão 100 mm
Peso específico 1 kgf/dm³ Viscosidade μ = 1 cP
Curva manométrica da bomba Imbil, modelo ITA 100.500/2

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4.2 Motores de acionamento

4.2.1 Motores Elétricos fornecidos pela IRRIGABRASIL


A empresa fornece motores elétricos desde 30 até 300 cv, juntamente com chaves de partida,
transformadores e demais acessórios, tais como carreta rebocável até para transformadores elétricos.

4.2.2 Motores Diesel fornecidos pela IRRIGABRASIL

• Motores Diesel até 100 CV:

Agrale (3.500 rpm) Potência (cv) MWM Potência (cv) Mercedes Benz Potência (cv)
M 790 24 D 229/4 60 OM 364 65
M 795W 30 D 229/6 90 OM 366 95

• Motores Diesel de 101 a 200 CV:

MWM Potência (cv) Mercedes Benz Potência (cv)


TD 229-EC/6 125 OM 366-A 145
6.10.T 165 OM 366-LA 159
6.10.TCA 195

• Motores Diesel acima de 201 CV:


Mercedes Benz Potência (cv) Cummins Potência (cv) Scania Potência (cv)
OM 447-A 270 6. CTAA 285 DS-11 305
OM 447-LA 342 DSC-11 342
DS-14 370
DSC-14 442

4.2.3 Consumo de Óleo Combustível

Para se obter o consumo de óleo combustível de motores a diesel, utilizar a fórmula a seguir:

Consumo = (Pot x Cespd) / (1.000 x Pespd), onde:


Consumo de óleo lubrificante em l/h,
Pot é a potência do motor em kw,
Cespd é o Consumo específico de diesel em g/kwh,
Pespd é o Peso específico do diesel em kg/l.

Consumo máximo de motores diesel MWM


Modelo Cv Kw Cespd Pespd Consumo Máx. (l/h)
D 229/4 60 44 216 0,88 10,8
D229/6 90 66 217 0,88 16,27
TD 229-EC/6 125 92 224 0,88 23,42
6.10.T 165 121 209 0,88 28,74
6.10.TCA 195 143 197 0,88 32,01

4.2.4 Consumo de Óleo Lubrificante


O consumo de óleo lubrificante em relação ao óleo diesel para motores MWM é de até 0,5 % do
consumo de óleo diesel.

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Motobomba Diesel sobre carreta rebocável

4.3 Manutenção de Conjunto Motobomba

4.3.1 Manutenção de Conjuntos Elétricos


A manutenção dos motores elétricos, quando adequadamente aplicada, resume-se numa inspeção
periódica quanto a níveis de isolamento, elevação de temperatura, desgastes excessivos, correta lubrificação
dos rolamentos e eventuais exames no ventilador, para verificar o correto fluxo de ar. A freqüência com que
devem ser feitas as inspeções depende do tipo de motor e das condições do local de aplicação do motor.

• Limpeza
Mantidos limpos, isentos de poeira, detritos ou óleo, eliminar o acúmulo de pó nas pás do
ventilador e nas aletas de refrigeração. Também é recomendada uma limpeza na caixa de ligação. Esta
deve apresentar os bornes limpos, sem oxidação, em perfeitas condições mecânicas e sem depósitos de
pó nos espaços vazios.

• Manutenção
Abrange a observação no estado geral em que se encontram os mancais, lubrificação e limpeza,
exame minucioso dos rolamentos. Os motores WEG são equipados com rolamentos de esfera ou de
rolos, lubrificados com graxa. Os rolamentos devem ser lubrificados para evitar contato metálico entre
corpos rolantes e também para proteger os mesmos contra corrosão e desgaste.

• Lubrificação
Quanto à lubrificação, os intervalos de tempo, quantidade e tipo de graxa correta são aspectos
importantes para uma boa lubrificação. Estes dados são especificados na placa de identificação do motor.

4.3.2 Manutenção de Conjuntos Diesel


• Verificar o nível de óleo com o motor nivelado e parado a pelo menos 30 minutos. Completar
o nível sempre com óleo de mesma marca e tipo;
• Drenar o sistema de combustível diariamente através do filtro de combustível sedimentador;
• Nível do líquido de arrefecimento;
• Acionar a válvula de drenagem automática do filtro de ar;
• Verificar vazamentos, tais como:
ø Água do sistema de arrefecimento: radiador, bomba de água, mangueiras, intercambiador
de calor, etc;
ø Óleo Lubrificante: Cárter, juntas, retentores, filtros, bomba de óleo, tubulações, etc;
ø Combustível: Tanque, bomba alimentadora, filtros, tubulações, etc.
• Estado geral e tensão das correias:
ø A tensão das correias está correta quando tensionadas pelo polegar, se desloca 8 mm;
ø Com correias novas funcionar o motor por 15 min e reesticá-las.

Nível óleo motor Nível da água e tensão das correias

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4.4 Operação do Conjunto Motobomba Diesel
A inspeção diária é de responsabilidade do operador. Atenção redobrada no amaciamento de
Motobombas novas (motor nas 50 horas iniciais).

Antes de colocar em funcionamento deve-se proceder da seguinte forma:


• Verificar a inclinação da motobomba depois de estacionada, 15º no máximo;
• Verificar o nível de óleo no motor e no mancal da bomba, o nível de água no radiador, o nível
de água da bateria e a tensão das correias;
• Verificar os filtros de combustível e ar, fechar totalmente o registro da saída da bomba;
• Escorvar (encher) a bomba e sua tubulação com vinhaça para eliminar o ar nela existente;
• Encher o tanque de sucção se necessário;
• Fechar o registro de recalque no início de operação (saída dabomba);
• Verificar se o canal onde será colocado o crivo da sucção (também conhecido por cebolão, chupão,
sapo) está limpo, e não deixar o crivo encostar-se ao leito do canal para evitar a captação de sujeira.

Crivo Inox Crivo Inox entupido

Para dar partida no motor, colocar o estrangulador em 2/3 do seu curso. Acionar a partida até o
motor pegar (tempo máximo de 07 segundos). Não pegando esperar de 30 a 60 segundos para recupe-
ração da bateria.

• Ao dar a partida, se o motor estiver frio, deve-se aguardar o seu aquecimento;


• Não acelerar excessivamente nos primeiros 30 segundos de funcionamento;
• Não girar a chave de partida com o motor em funcionamento.

Após colocar em funcionamento, verificar:


Após a partida no conjunto, acelerar lentamente o motor até que o manômetro do carretel
alcance a pressão de trabalho desejada (entre 8 a 12 kg/cm²). Durante a operação deve-se observar
periodicamente se a sucção não está entupida, principalmente quando a captação é feita em um canal
que possa conter palha ou próxima a áreas onde a colheita é mecanizada.

No motor, verificar os seguintes itens:


• Temperatura de óleo: de 90º a 110º C;
• Temperatura da água: de 80º a 90º C;
• Pressão de óleo;
• Ruídos anormais.

Na bomba centrífuga, verificar os seguintes itens:


• Verificar possíveis vibrações e ruídos anormais;
• Controlar a temperatura dos mancais, sendo que a mesma não deva exceder a 45º C da
temperatura ambiente;
• Ajustar o engaxamento apertando as porcas do aperta-gaxeta de maneira uniforme, permi-
tindo o gotejamento (mínimo de 10 cm³ e máximo de 20cm³/minuto).
• A lubrificação da gaxeta é feita pelo próprio líquido bombeado;
• Verificar a pressão de sucção, pressão recalque e a vazão.

14
Painel de Instrumentos Pressostato na saída bomba

Tanque de sucção Saída da bomba Inox

Para a parada do conjunto:


• Reduzir gradualmente a rotação do motor até aproximadamente 1000 rpm;
• Fechar lentamente o registro de recalque;
• Se houver, fechar o registro da sucção;
• Desligar o motor observando a parada gradual do equipamento;
• Não desligar o motor em alta rotação. Aguarde 30 segundos em marcha lenta antes de
desligá-lo.

4.4.1 Equipamentos com Escorva Automática


Após a partida, quando o motor atingir 600 rpm, é aberto o registro da mangueira do venturi (1)
e restringida a saída dos gases do escapamento (2), até a saída de líquido pelo venturi (3). Fechar o
registro da mangueira do venturi e abrir lentamente o registro de saída da bomba (4), liberar a saída de
gases e elevar a aceleração até que o carretel alcance a pressão de trabalho. Caso a escorva não ocorra,
verificar se não há entrada de ar pela sucção, gaxeta, mangueira do venturi ou vedações da bomba.

Conjunto motobomba com escorva automática Curva dupla em inox

15
5 SEGURANÇA DO TRABALHO

Como se trata de um equipamento grande e pesado exige operadores treinados e maior cuida-
do com seu manejo para evitar acidentes com pessoas despreparadas e com o próprio equipamento.
Para um perfeito funcionamento do Conjunto de Fertirrigação da IRRIGABRASIL, sempre man-
ter crianças e pessoas despreparadas distantes do equipamento em funcionamento. Além de seguir os
cuidados anteriormente citados são necessários outros, tais como:

• Sempre usar botinas;


• Sempre usar protetor auricular enquanto próximo ao conjunto motobomba;
• Usar óculos de proteção de lente escura durante o dia e lente transparente durante a noite;
• Usar luvas;
• Usar roupas apropriadas;
• Não fumar próximo ao tanque de combustível;
• Evitar jogar tocos de cigarro aceso na palha;
• Evitar palhas próximas à motobomba devido às faíscas expelidas pelo escape;
• Manter sempre o TURBOMAQ com suas carenagens / proteções;
• Não se aproximar do canhão aspersor quando em funcionamento;
• Utilizar a proteção no cardã quando enrolar mangueira através da TDP;
• Velocidade máxima de transporte de 10 km/h;
• Velocidade máxima de desenrolamento da mangueira de 5 km/h;
• Inclinação longitudinal máxima de 30º;
• Inclinação transversal máxima de 15º;
• Evitar que o jato do canhão aspersor atinja a Rede Elétrica de Alta e Baixa Tensão;
• A vinhaça que sai da destilaria com uma temperatura elevada pode causar queimaduras nos
operadores;
• Verificar periodicamente as condições dos diques (muros ao redor dos tanques de vinhaça);
• Vazamentos na tubulação que transporta a vinhaça;
• Verificar se não há rompimentos de canais.

Inclinação Longitudinal e Transversal

Rompimento de diques

16
6 INÍCIO DE OPERAÇÃO

Para todo equipamento vendido pela empresa, é realizada a Entrega Técnica por um técnico da
própria empresa ou pelo seu representante, quando solicitado, mas em casos onde não houver a Entrega
Técnica por diversos motivos, favor verificar os itens a seguir:

6.1 Relatório de Inspeção e Entrega Técnica de Equipamentos


Material do Pedido:
• Quantidades e Especificações
• Condições do equipamento e acessórios na entrega

Pintura:
• Estado de conservação

Carenagens e Cobertura em Fibra:


• Fixação e aperto dos parafusos
• Estado de conservação

Rodado:
• Estado dos pneus
• Calibragem
• Fixação dos pneus e rodas
• Reaperto nos cubos de roda
• Furação do disco de freio (encaixe pino / furo)

Motobomba:
• Verificar os níveis de água e óleo do motor
• Verificar o nível de óleo no mancal da bomba
• Verificar os filtros de ar, óleo e combustível
• Verificar as tensões na correia do ventilador
• Verificar os pólos da bateria
• Apertar o filtro de ar
• Encher o tanque de sucção (quando instalado)
• Verificar o sentido de rotação da bomba (motor elétrico)

Carretel Enrolador

Mangueira PEMD:
• Estado de conservação
• Devidamente enrolada no carretel

Redutor:
• Verificar o nível de óleo
• Alinhamento do pinhão c/ cremalheira
• Alinhamento da correia da turbina – redutor
• Aperto dos parafusos da base e suporte do redutor
• Pastilhas do freio
• Retentores e selos
• Engrenagem de saída do eixo

Elétrica e By-pass:
• Verificação da fiação e funcionamento dos componentes
(alternador, painel solar, pontos de luz, giroflex, sirene, etc)
• By-pass completo
• Carga da bateria
• Sensor com cabo
• Magnetização dos imãs

17
• Rolete do sensor
• Suporte do rolete
• Motoredutor do by-pass
• Caixa proteção de metal
• Placa adesiva frontal
• Vedação do eixo do by-pass
• Triângulo operação manual

Giro do Carretel:
• Rala completa
• Bicos graxeiros
• Bucha de nylon do eixo central
• Bucha de nylon eixo central da RII
• Anel de encosto em aço inox do eixo central da RII
• Anel de borracha de vedação do eixo central da RII
• Parafuso Allen do mancal central da RII

Mancais do Eixo do Carretel:


• Mancal completo
• Carcaça em FºFº
• Verificar aperto dos parafusos.

Eixo Posicionador:
• Estado geral
• Engrenagem dentada do eixo posicionador
• Corrente
• Chaveta do eixo posicionador
• Suporte dos roletes
• Rolete superior e inferior com eixo
• Roletes laterais com eixos

Aperto dos Parafusos:


• Reaperto geral no conjunto
• Verificar o aperto dos seguintes itens: Mesa e Base do redutor,
Vareta do desarme, Esticador da correia, Giro da base do carretel, etc.

Desarme Automático / Guincho:


• Varão de desarme
• Mola
• Batente
• Travessa retangular do batente
• Estado geral da travessa do guincho baixo
• Estado geral da travessa do guincho alto
• Estado geral da talha
• Cabos de aço e correntes
• Estado geral da catraca

Carro Irrigador / Barra Irrigadora:


• Eixo da roda
• Rolamento
• Retentor
• Cabos de aço
• Travessa de reforço
• Rodas

18
Canhão Aspersor:
• Estado de conservação, bocais, manuais

Acessórios:
• Borrachas de vedação
• Parafusos
• Extensores
• Furações de flanges
• Furação das âncoras
• Pinos e travas em geral
• Mangueira de alta pressão e ponteiras
• Manivela do freio
• Alavanca de mudança de velocidade
• Volante de recolhimento manual

Manutenção:
• Manômetro na posição open (aberto) e com glicerina
• Verificar a presença e o estado dos bicos graxeiros: mancais do eixo central, posicionador,
pescoço de ganso, rala, roletes do posicionador, varão de desarme, esticador da correia,
esticador da corrente do eixo posicionador.
• Verificar possíveis vazamentos dos suportes de rolamentos
• Verificar o tensionamento da corrente do eixo posicionador
• Verificar o tensionamento da correia da turbina / redutor
• Verificar o sistema de desarme
• Verificar o perfeito giro do carretel
• Verificar o rolete do sensor se está girando livre e sobre a mangueira
• Verificar o engraxamento da rala do giro
• Verificar o engraxamento do pinhão / cremalheira
• Girar em 360º o carretel.
• Retirada do pino trava do varão de desarme automático do redutor quando levantar ou
baixar o carro irrigador ou barra irrigadora ao solo (Equipamentos com Guincho Alto)

19
7 PROCEDIMENTOS DE OPERAÇÃO

7.1 Velocidade de Transporte


Recomendamos no máximo 10 km/h (segunda marcha reduzida).

7.2 Posicionamento do Equipamento para Fertirrigação


Posicionar o equipamento (girar) de maneira que o carro irrigador fique em linha paralela ao do
plantio, ou seja, o Carretel estacionado e posicionado a 90º do seu eixo.

Posição Ideal de Trabalho

7.3 Freio das rodas, Ancoragem e Conexões


Após o posicionamento do carretel, acionar o freio das rodas e fazer uso das âncoras (sapatas),
pois as mesmas dão uma melhor estabilidade ao carretel no desenrolar e enrolar da mangueira. Além
disto, auxilia no equilíbrio do equipamento. A âncora frontal ou macaco auxilia no nivelamento da altura
do equipamento provido de duas rodas. Após, conectar a mangueira adutora da rede de abastecimento
ou baixar o crivo no canal, sempre lembrando que no mínimo se deve ter uma lâmina mínima de água ou
vinhaça de 60 cm e sem palhas próximas a captação. Quando necessário, fazer uma barreira de conten-
ção no canal para elevar a lâmina. Também conectar e verificar o bocal do canhão e os bocais da barra
irrigadora.

Freio da roda

7.4 Procedimentos para Desenrolar a Mangueira


Antes do desenrolar da mangueira são necessárias três etapas, sendo que a primeira é colocar o
redutor em ponto morto (posição 0), liberar a Trava Anti-Recuo e manter o redutor levemente freado,
pois este procedimento impede que o carretel desenvolva velocidade de desenrolamento maior que a
efetuada pelo trator. Retirar pino trava do varão do desarme redutor quando levantar ou abaixar o carro
aspersor ou barra irrigadora no sistema com catraca ou talha.

20
7.5 Desenrolamento da Mangueira
Procede-se engatando o Carro Irrigador ou a Barra Irrigadora ao trator através de um cabo de
aço ou cambão, respectivamente. Desenrolar os cem primeiros metros em linha reta para depois começar
a fazer curvas. Respeitar a velocidade máxima de desenrolamento do carro irrigador ou barra irrigadora
que é de 5 km/h (segunda marcha reduzida).
Não desenrolar a mangueira PEMD por cima de tocos, pedaços de madeira ou pedra. É impor-
tante observar o desenrolar do carretel, pois quando surgir à faixa branca no carretel ou a luz de sinaliza-
ção, o trator só poderá percorrer no máximo mais 15 metros.

Faixa de advertência

7.6 Início do Recolhimento da Mangueira


Após desenrolar a mangueira, acionar a Trava Anti-Recuo, liberar o freio do redutor. Ligar o
painel eletrônico computadorizado e programar a velocidade desejada de enrolamento da mangueira.
Engatar a marcha correspondente à velocidade programada. Antes de engatar a marcha no redutor
(posição I ou II), esperar o sistema ser pressurizado e a turbina ter potência para acionar o redutor.

7.7 Troca de marchas


Para trocas de marcha o redutor deve ser levemente freado e a Trava Anti-Recuo estar acionada,
evitando que o carretel gire em sentido contrário e desorganize a mangueira já enrolada corretamente. O
ideal seria parar o equipamento.

7.8 Levante do Carro Irrigador e Desarme Automático


Após o perfeito enrolamento da mangueira de toda a faixa fertirrigada, o Carro Irrigador é
levantado automaticamente por um guincho que após realiza o desarme automático, parando o
enrolamento da mangueira. Para equipamentos com Carro Irrigador para culturas de porte elevado,
equipamentos sobre Julieta ou Barra Irrigadora, primeiramente é realizado o desarme automático e após
é necessário levantar manualmente o Carro Irrigador ou Barra Irrigadora por meio de catraca ou talha,
respectivamente. Depois de realizado o levante, é necessário utilizar os dispositivos de segurança do
levante, sendo duas correntes no levante automático e dois cabos de aço nas laterais do guincho alto.

Levante automático

21
7.9 Pressões de Trabalho
Recomendamos trabalhar dentro da faixa de 8 até 12,5 kgf/cm² na entrada do equipamento ou
consultar a Tabela de Aplicação.
Sempre verificar o manômetro de pressão.

Manômetro de pressão com glicerina.

7.10 Término da fertirrigação


Ao término da fertirrigação e levante do Carro Irrigador, levante as âncoras e gire o Carretel para
a faixa oposta ou na posição de transporte, trave o giro e desconecte a mangueira adutora da entrada do
carretel e enrole-a no suporte apropriado. Procure mantê-lo limpo, lubrificado e guardando em local
coberto. Também recomendamos guardar o equipamento sem vinhaça dentro das mangueiras.

22
8 COMPONENTES DO CARRETEL ENROLADOR

O TURBOMAQ passa por rigoroso controle de qualidade desde escolha de matéria prima, fabri-
cação e entrega ao cliente. São realizados testes rigorosos durante sua fabricação, dividida em Pré-
Montagem, Montagem e Acabamento.
Os testes realizados dividem-se em 4 etapas:
• Teste dos componentes: todos componentes do equipamento são avaliados individualmente;
• Teste hidrostático: testado turbina hidráulica e toda tubulação do equipamento;
• Teste final do equipamento: última etapa da avaliação, onde todos componentes são testa-
dos em conjunto após o equipamento terminado;
• Vistoria de liberação do equipamento: rigorosas vistorias no equipamento, estando os equi-
pamentos dentro dos padrões de qualidade, receberam as etiquetas de aprovação (Pré-Mon-
tagem – Montagem – Acabamento) do Departamento de Controle de qualidade.

8.1 Tubulação do Equipamento


A tubulação do equipamento varia de acordo com o modelo e material de fabricação. Para
máquinas que trabalham com vinhaça é utilizada toda a tubulação principal em aço inox. Para máquinas
que trabalham com água utiliza-se o aço carbono. Todas as conexões são vedadas por meio de um orin’g,
exceto a flange de entrada das máquinas para vinhaça.
Para os equipamentos modelos 75, 90 e 110 são dispostos de uma ou duas entradas de vinhaça.
Já, para os equipamentos 110-6R, 125 e 140 dispoe-se da opção de entrada de vinhaça pelo mancal inferior
do chassi do carretel. Este opcional é chamado de RII e com este não necessita desacoplar a mangueira
adutora de alta pressão do equipamento ou da válvula de linha para fazer o giro do carretel. Na entrada da
máquina para vinhaça há um manômetro de pressão com glicerina para leitura da pressão de entrada.
A mangueira adutora de alta pressão tem o diâmetro de 102mm, com espessura de parede de
2,5mm, pressão de serviço de 10 kgf/cm², pressão de ruptura de 30 kgf/cm² e limite de tração de 2.400kg.
Recomendamos que a mangueira de entrada trabalhe sem formar dobras.

8.2 Turbina e Injetor


A turbina hidráulica tipo Pelton transforma energia hidráulica em energia motriz, por meio da
passagem da vinhaça pelo injetor da turbina. Para os TURBOMAQ 75 e 90/GSV a carcaça e o rotor da
turbina são em alumínio, sendo que para os modelos 110, 125 e 140/GSV a carcaça da turbina é em
alumínio fundido e o rotor em aço inox.
Esta turbina tem a potência de 4 cv e é composta internamente por um rotor em forma de
caracol, um eixo transferidor de potência através de rolamentos, chavetas, suporte de rolamentos para
acomodar as partes móveis e selo mecânico.
O Injetor da turbina é de diâmetro variável conforme o modelo e vazão do equipamento. O
injetor com seu bico concêntrico direciona o jato d’vinhaça no meio da concha do rotor, aumentando
assim o rendimento da turbina e reduzindo a perda de carga.

8.3 Redutor de Velocidade


Os redutores de velocidade utilizado atualmente em nossos equipamentos são importados da
Itália, e seguem como padrão a tabela a seguir:

23
TURBOMAQ Modelo Nº marchas TURBOMAQ Modelo Nº marchas

50 D 741 01 110 – 4R D 742 B 02


75 e 90 D 745 02 125 e 140 D 742 B 02
110 – 2R D 744 02 140 H D 742 B 02
Modelos de redutores de velocidade

O redutor, por meio de engrenagens, faz a redução de velocidade, e como conseqüência aumen-
ta o torque para girar a cremalheira ou corrente de transmissão. O redutor D 742B, por exemplo, tem a
potência de 3,5 cv e força de tração para 10 toneladas.
Em geral a primeira marcha do redutor é empregada para velocidades até em torno de 50 m/h,
sendo que a segunda marcha empregada para velocidades superiores.
Para a troca de marcha com o equipamento em movimento, é recomendado que primeiro seja
acionado a Trava-Anti-Recuo e freio para então efetuar a mudança de marcha. O principal motivo de
quebra do redutor é o tranco.
Para sua lubrificação, são utilizados 10 litros de óleo SAE90, podendo ser adicionado aditivo.

Redutor de Velocidade D742 B


8.4 Freio do Redutor
O freio do redutor tem 03 finalidades:
• Impedir que o carretel desenvolva velocidade de desenrolamento maior que a efetuada pelo
trator;
• Mudança de marchas;
• Transporte do equipamento.

Para os TURBOMAQ 75 e 90, o sistema de freio é composto por uma cinta de asbesto e, para
os TURBOMAQ 110, 125 e 140 o sistema de freio é composto por 02 pastilhas e uma manivela.

Freio do redutor de velocidade 90

24
8.5 TDP – Tomada de Potência
A tomada-de-potência do trator (TDP) é usada para enrolar a mangueira, quando por qualquer
motivo houver interrupção da aplicação, como chuva, falta de vinhaça no canal ou o processo de
enrolamento automático for interrompido.
O TURBOMAQ possui como opcional um motor hidráulico acionado pelo hidráulico do trator.

8.6 Trava Anti-Recuo


A Trava Anti-Recuo é um dispositivo que evita trancos ao redutor e que o carretel volte e desor-
ganize a mangueira enquanto houver mudança de marcha, queda de pressão, desarme automático ou
desligamento do conjunto motobomba. Para fazer o desenrolamento da mangueira esta trava deve estar
desarmada, com riscos de danos ao redutor, mangueira, eixo do carretel, mancais, aro base, pinhão,
cremalheira e a estrutura do carretel.

Trava anti-recuo

8.7 Relação de Polias


A relação de polias implica diretamente na velocidade de recolhimento desenvolvida pelo carre-
tel. Esta relação pode melhorar consideravelmente a velocidade de enrolamento da mangueira e ajudar
a diminuir a perda de carga na turbina.
A relação utilizada como padrão é de 4” x 4” Ø.
Como exemplo, podemos citar uma segunda relação de polias, a de 3” x 6”, utilizada em máqui-
nas para culturas de porte elevado.
As trocas por outras relações são realizadas em casos extremos, quando existe a necessidade de
se aumentar ou diminuir ainda mais a velocidade de recolhimento da mangueira quando o painel eletrô-
nico computadorizado não obtém sucesso mesmo quando a válvula by-pass esteja inteiramente aberta
ou fechada.
Quando há a troca nesta relação, pode haver uma diminuição de torque na turbina, motivando
a variação de velocidade em terrenos íngrimes. Em máquinas com alto rendimento da turbina, onde é
desejado velocidades muito baixas onde a polia motora da turbina é de 3” e a do redutor de 6”, se tem
feito a troca por outra de 7” ou até 8”. Através destas trocas de Relação de Polia que se obtêm velocida-
des de recolhimento desejadas.

8.8 Mancais do Carretel


O mancal do TURBOMAQ foi projetado para suportar o peso da mangueira PEMD e da vinhaça
contida dentro dela, resistindo a grandes esforços radiais. Este mancal é hidrodinâmico, e não pode
receber cargas axiais.
O mancal não possui rolamentos ou qualquer outro recurso que o auxilie a absorver este peso
em altas rotações, e por este motivo é recomendado constante lubrificação (graxa) e velocidade de
desenrolamento da mangueira igual ou menor que 05 km/h (segunda marcha reduzida do trator). O
mancal esquerdo é totalmente em FºFº, e o mancal direito possui uma bucha de nylon, pois neste que
passa a tubulação principal para alimentar a mangueira PEMD.

8.9 Corrente do Eixo Posicionador


A corrente transmite a força do eixo do carretel até o eixo ranhurado do posicionador da man-

25
gueira por meio de duas engrenagens e um esticador. Não pode haver folga excessiva, pois pode
acontecer o que chamamos de “pular o dente da engrenagem” e atrasar ou adiantar o posicionador da
mangueira. Esta corrente tem a função de proteger o Eixo posicionador e bucha.
No caso de rompimento da corrente, verificar a posição em que a bucha parou no eixo ranhurado
para detecção do problema.

8.10 Eixo Posicionador


Sistema que ajuda a posicionar corretamente a mangueira no carretel quando do seu desenrolar
e enrolar, sem falhas ou espaços. O Eixo Posicionador é calculado para que cada passo do canal de
chaveta desloque o posicionador na medida correta do diâmetro de cada mangueira PEMD. O posicionador
é interligado ao eixo ranhurado por meio de uma bucha, e o movimento é realizado através de uma
chaveta que está entre o eixo e a bucha. Deve ser mantido muito bem engraxado.

8.11 Âncoras
As âncoras são sapatas reguláveis que tem a função de fixar e apoiar o Carretel no solo quando
for desenrolar a mangueira, recolher e realizar o levante do Carro Irrigador ou Barra Irrigadora. Pode ser
manual ou com redutor manual para levante das âncoras.

Âncora com redutor manual

8.12 Mangueira PEMD


A mangueira do carretel é de fundamental importância, pois é através dela que o carro irrigador
ou barra irrigadora é desenrolado e recolhido. A mangueira sofre tração, atrito, pressão interna e ainda
as condições climáticas. A sua vida útil mínima está estipulada em dez mil horas e podendo chegar a até
dezoito mil horas quando trabalhando com vinhaça. Na empresa temos notado que a mangueira para
máquinas com vinhaça tem uma vida útil de 5 a 7 anos, e mangueiras para água de 10 a 15 anos, sempre
ressaltando os cuidados, tais como tomar cuidado no desenrolar e no enrolar para não passar por cima
de tocos, metais, pisos, asfalto e outros para manter a longividade da mangueira.
A mangueira é de polietileno de média densidade, com matéria prima importada, 100% pura,
marca Tigre e podendo variar de 50 a 140 mm em seu diâmetro externo.
Para esta mangueira não é recomendado fazer consertos, reparos ou emendas, a não ser em
casos específicos, mas sempre lembrando que estes procedimentos diminuem a durabilidade da mesma.
Para irrigações com água é utilizada a tipo PN 08, para vinhaça PN 10 e para outros casos tem a opção de
mangueira PN 8/10.

TURBOMAQ Ø externo Espesura Espesura


mangueira (mm) Tipo PN 08 (mm) Tipo PN 10 (mm)

50 50 3,2 —
75 75 5,6 —
90 90 6,7 —
110 110 8,1 10
125 125 9,3 11,4
140 140 10,3 12,7
Espessura das mangueiras PEMD

26
8.13 Desarme Automático / Fim de curso
O Desarme Automático é um mecanismo que quando acionado desengata o redutor colocando-
o em ponto morto (posição 0) e parando o processo de enrolamento. Nas máquinas onde o levante do
carro aspersor ou barra irrigadora é realizado através de catraca ou talha, há um pino trava no varão de
desarme que quando o carretel estiver enrolando deverá estar armada. Quando a Carro Aspersor ou a
Barra Irrigadora for levantada ou baixada ao solo e transporte esta trava não deve estar armada, pois
acarretara esforço no redutor de velocidade.

8.14 Levante do Carro Irrigador ou Barra Irrigadora


Este dispositivo tem como função erguer ou baixar o carro irrigador ou barra irrigadora ao solo.
O levante automático ou manual se dá através de um guincho. É utilizado ao término da faixa fertirrigada,
para fazer o giro, mudança de posição, transporte e término da fertirrigação. Existem 02 tipos de Guin-
chos, sendo o primeiro chamado de Guincho Baixo, o qual permite o levante automático do carro irrigador.
O segundo tipo é chamado de Guincho Alto, o levante do carro irrigador ou barra irrigadora neste caso
é manual, por meio de catraca para equipamentos com carro aspersor para culturas de porte alto ou
talha para equipamentos com Barra Irrigadora.

8.15 Rodas e Pneus


Existem várias opções para o rodado dos equipamentos.
Para os equipamentos de duas rodas é utilizado um eixo traseiro com pneus simples e para os
demais modelos dois eixos, com pneus simples na dianteira e dupla no eixo traseiro.

ModeloEquipamento Modelo Pneu e Roda Capacidade Carga Pressão Mí -Máx


(LBS/POL²)

Motobomba 6.00 x 16 C
75 GS / GSV 6.45 x 14 C 20 – 30
90 GS/GB/GSV 7.50 x 16 E 24 – 60
110 GS/GB/GSV 11L 15 F 24 – 52
110/125/140-6R 7.50 x 16 E 24 – 60
GS/GB/GSV
140 H/HV 11.5/80 x 15.3 51 – 60

Tabela do rodado, capacidade e pressão dos pneus

Como opção ao pneu 7.50 x 16 temos o pneu balão – 11L x 15, que equipam equipamentos
modelo 110.
O TURBOMAQ 140 H é equipado com o pneu 11.5 x 80 x 15.3, sendo este pneu e roda também
opcional aos demais modelos. Os pneus com pressão incorreta sofrem desgaste prematuro e comprome-
tem a segurança.

Pneu e Roda - 11L 15 Pneu e Roda - 11.5/80 x 15.3

27
8.16 Trava do Giro do Carretel e do Levante
O sistema de trava do giro do carretel é um dispositivo que tem o objetivo de travar o carretel
em uma determinada posição, tanto para transporte como para a fertirrigação.
Já o sistema de trava do levante é um dispositivo que auxilia a manter o carro irrigador ou barra
irrigadora levantados, tanto para transporte como para mudança de hidrantes. Para máquinas com siste-
ma de levante via catraca ou talha este dispositivo são dois cabos de aço nas extremidades do Guincho
Alto, sendo um em cada ponta, e para máquinas com levante automático, os dispositivos são duas
correntes de aço e também com uma em cada extremidade do Guincho Baixo.

Travas do giro do carretel

8.17 Barra Irrigadora


A Barra Irrigadora fertirriga uma faixa de até 54m de largura, tendo 48m de estrutura. O principal
objetivo na utilização da barra é uma perfeita uniformidade e qualidade de aplicação. Necessita de
pressão de trabalho menor que o Canhão Aspersor.
Não é recomendado o seu uso em terrenos com declive superior a 3% ou em terraços e canais.
As treliças e toda a tubulação da Barra Irrigadora são em aço inox ou alumínio, e o carro da barra
em aço zincado.
É composta por um carro central de quatro rodas com bitola regulável ou fixa, onde é montada
toda a estrutura de sustentação das treliças.
Os bocais são de bronze e a Barra Irrigadora permite regulagem de altura que varia desde 1,0 até
2,7 metros de altura do solo as treliças.
No carro da barra irrigadora, a mangueira de polietileno de média densidade é conectada a uma
tubulação de entrada, passando por uma mangueira do tipo parsch que é conectada a um filtro, que tem
duas saídas, uma para cada lado da barra. O carrinho tem quatro rodas com pneus, sendo com bitola
regulável.

Barra Irrigadora inox Barra Irrigadora aço zincado

8.18 Carro aspersor


O Carro Irrigador é de aço carbono com tubulação em aço inox, onde em uma extremidade é
conectada a mangueira e a outra ao canhão aspersor, sendo seus engates flangeados. É acoplado ao
trator por meio de um cambão de cabo de aço.
As rodas do Carro Irrigador são de aço, podendo ser substituídas por rodas com pneus, além de
uma terceira roda opcional.

28
Existem 04 tipos de Carros Irrigadores:
1 Carro para Culturas de porte baixo – carro padrão;
2 Carro com extensor para Milho – para culturas de médio porte;
3 Carro para Cana Alta – a própria estrutura do carro é mais alta;
4 Carro para Culturas de porte alto – Laranja, Café, Mamão.

No carro irrigador para Citrus o aspersor fica a uma altura média de 4 m do solo, sendo utilizado
um tanque cilíndrico na parte inferior do carro para melhor estabilidade.
Quanto as suas bitolas, o carro irrigador varia conforme seu modelo e tipo de cultura, podendo
ser de bitola fixa ou regulável.

Modelo Bitola Regulável Bitola Fixa

75 e 90 1.590 – 2.500 1.600


110 – 2R 1.600 – 2.600 1.600
125 e 140 – 6R 1.990 – 3.200 2.200

OBS 1: Medidas em mm.


OBS 2: Medidas de centro a centro das rodas.

Tabela de bitola carro irrigador

Carro Irrigador para Cana Alta Carro Irrigador para Culturas de Porte Alto

Carro Irrigador de Espera

8.19 Engate para trator


O engate para trator é exclusivamente para transporte.
No caso dos equipamentos com 02 rodas, o engate é auxiliado por uma barra de aço que é
conectada no três pontos do trator.

29
Engate para trator – TURBOMAQ 2R

8.20 Pontos para Içamento


Para içar o equipamento foram instalados 04 olhais no cavalete, sendo dois de cada lado da
máquina e próximo aos mancais.
Recomendamos utilizar estes olhais sempre que o equipamento tiver que ser içado, para carre-
gamento ou descarregamento, sem danos a estrutura.

8.21 Opcionais para o TURBOMAQ

8.21.1 Opcional Sinalização


Para sinalização do equipamento, contamos com um ponto de luz para o painel e de um giroflex,
completo, com fiação e conexões.
Muito solicitado pelas Usinas Sucroalcooleiras, pois facilita o dia-a-dia dos operadores. Facilita o
transporte no campo, ajuda a sinalizar o tratorista quando parar de desenrolar a mangueira, pedido de
ajuda, entre outros.

Sinalização e Giroflex.

8.21.2 Reposição da Carga da Bateria


Este sistema repõe a carga da bateria. Oferecemos duas opções, o alternador 12 V acoplado ao
redutor com fiação e conexões. No caso do alternador, também é substituída a bateria original por uma
de maior amperagem.

30
Alternador Painel solar

8.21.3 Sistema R-II


Este sistema facilita o giro do carretel e alimentação do equipamento através da motobomba. É
um sistema monobloco, através de um mancal que interliga a base superior com a inferior.

8.21.4 Elevador manual das âncoras


É um redutor mecânico que auxilia o levante das âncoras telescópicas.

8.21.5 Aviso Sonoro


É um dispositivo que aciona uma sirene ao fim do término do enrolamento da mangueira insta-
lada no carretel.

8.21.6 Rodado
Este opcional permite que seja substituído as rodas e pneus do modelo Standard. Podem ser
utilizados pneus militares, roda e pneu do tipo Trelleborg entre outros.

8.21.7 Âncoras Hidráulicas


Com este dispositivo é possível que a subida e descida das âncoras do carretel sejam efetuadas
através do sistema hidráulico do trator.

8.21.8 Giro Hidráulico.


Com este dispositivo é possível que o giro do carretel seja efetuado através do sistema hidráulico
do trator.

Giro hidráulico

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8.21.9 Recolhimento Hidráulico
Com este dispositivo é possível que a mangueira PEMD seja recolhida com o auxílio do sistema
hidráulico do trator.

Recolhimento hidráulico da mangueira

8.21.10 Mola de Tração

Esta mola é instalada no cabeçalho de reboque do carretel ou motobomba, fazendo que o


cabeçalho fique previamente regulado a uma determinada altura.

Mola de tração

8.21.11 Cor do equipamento


A cor utilizada como padrão é a vermelha, mas podendo ser também alterada sob pedido e
estudo da fábrica.

8.21.12 Canhão Aspersor


O canhão aspersor utilizado como padrão no carretel é o modelo TWIN 202 PRO, reversão lenta,
marca Komet. Pode ser substituído por outros modelos nacionais e importado.

32
9 MANUTENÇÃO DO CARRETEL ENROLADOR.

9.1 Manutenção Diária do equipamento


• Verifique o estado e pressão dos pneus (60 libras ou verificar tabela de pressão atrás da
tampa do painel);
• Verifique o estado geral, alinhamento e tensão das correias;
• Verifique os manômetros de pressão quanto ao seu funcionamento;
• Verifique a pressão de entrada na máquina (ideal de 8 a 12 Kgf/cm² ou recomendação confor-
me Tabela de Aplicação);
• Verifique o estado geral e limpeza do painel eletrônico;
• Verificar carga da bateria e alternador;
• Verificar alinhamento de polias;
• Verificar se há vazamentos no conjunto, principalmente no mancal hidrodinâmico e no cubo
da turbina.

9.2 Manutenção Semanal


• Verifique o aperto dos cubos e parafusos das rodas;
• Engraxar e lubrificar todos os pontos necessários, tais como mancais, correntes, fim de curso,
eixo posicionador, pinhão, cremalheira e outros.
• Lavar o equipamento;
• Para lubrificar as correntes usar óleo 90.

9.3 Manutenção Anual (safra)


Transmissão:
• Verificar alinhamento do pinhão e cremalheira;
• Verificar o estado geral e desgaste da Engrenagem de saída do redutor (pinhão);
• Verificar o estado geral e desgaste da cremalheira.
Máquinas com corrente (mais antigas):
• Verificar o estado geral e desgaste da corrente de transmissão;
• Verificar o estado geral e desgaste dos pinos de arrasto;
• Verificar o estado geral e desgaste do aro base da corrente;
• Verificar o estado geral e desgaste da mola do esticador da corrente.
Redutor de Velocidade D 742B:
• Trocar o óleo do redutor 01 vez ao ano (safra), ou a cada 01 safra, sendo necessários para isto
10 litros de óleo 90 (capacidade do redutor de 12 litros);
• Verificar vazamentos no retentor do eixo de saída do pinhão;
• Verificar vazamentos no retentor do eixo de entrada;
• Verificar possíveis vazamentos;
• Verificar o estado geral e desgaste das pastilhas de freio do redutor.
Turbina Hidráulica, tipo Pelton:
• Verificar o estado geral e desgaste da carcaça em alumínio fundido;
• Verificar o estado geral e desgaste do rotor em aço inox;
• Verificar o estado geral e desgaste do injetor em aço inox da turbina;
• Verificar o estado geral e desgaste do esticador das correias;
• Verificar o estado geral e desgaste das correias (A46);
• Verificar o alinhamento das polias.
Carenagens:
• Verificar o estado geral e aperto das carenagens laterais (em forma de triângulo);
• Verificar o estado geral e aperto dos parafusos da carenagem frontal (branca);
• Verificar o estado geral e aperto da carenagem da corrente do posicionador;
• Verificar o estado geral e aperto da carenagem do eixo posicionador.
Rodado Traseiro Duplo ou Trelleborg:
• Verificar o estado geral dos pneus e a calibragem correta (verificar tabela);
• Verificar o estado geral das Rodas;
• Verificar o estado geral dos cubos de roda;
• Trocar a graxa dos cubos de roda.
>> Máquinas mais antigas:

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• Verificar o estado geral e desgaste do tambor de freio;
• Verificar o estado geral e desgaste das lonas de freio.
Rodado Dianteiro:
• Verificar o estado geral dos pneus e a calibragem correta (verificar tabela);
• Verificar o estado geral das Rodas;
• Verificar o estado geral dos cubos de roda;
• Trocar à graxa dos cubos de roda.
Giro do Carretel:
• Verificar o estado geral da rala;
• Verificar a lubrificação da rala;
• Verificar o estado geral das travas do giro do carretel.
>> Máquinas mais antigas:
• Verificar o estado dos roletes com eixo;
• Verificar a lubrificação.
Mancais do Eixo Central:
• Verificar o estado e aperto dos parafusos em inox do mancal hidrodinâmico;
• Verificar a lubrificação dos mancais;
• Verificar o estado geral dos mancais;
• Verificar o estado geral e desgaste da bucha em nylon;
• Verificar o estado geral e desgaste do anel de vedação da bucha em nylon;
• Verificar o estado geral e desgaste da flange e contra-flange em aço inox;
• Verificar o estado geral do eixo central do carretel.
Guincho de Levante:
• Verificar o estado geral e desgaste da catraca;
• Verificar o estado geral e desgaste dos cabos de aço;
• Verificar o estado geral da manivela ou volante de apoio;
• Verificar o estado geral da travessa de levante do carro irrigador;
• Verificar o estado geral das âncoras;
• Verificar o estado geral do elevador manual das âncoras.
Mangueira PEMD PN 8 ou PN 10:
• Verificar o estado geral da mangueira de Polietileno de Média Densidade;
• Verificar o estado geral das abraçadeiras da mangueira.
Mangueira Adutora de Alta Pressão:
• Verificar o estado geral da mangueira adutora de 4” Ø.;
• Verificar o estado geral das abraçadeiras da mangueira;
• Verificar o estado geral das ponteiras macho e fêmea de FºFº.
Sucção da Motobomba:
• Verificar o estado geral e desgaste do crivo em aço inox
• Verificar o estado geral do mangote flexível de sucção
• Verificar o estado geral das abraçadeiras do mangote de sucção
Saída de Pressão da Motobomba:
• Verificar o estado geral da peça fêmea 6” Ø em aço inox ER x 4” Ø estriada
• Verificar o estado geral das abraçadeiras de 4” Ø

9.4 Cuidados Especiais com o equipamento:


• Verificar periodicamente, o correto aperto e fixação de todos os componentes da máquina;
Nunca colocar a máquina em funcionamento sem que as carenagens estejam devidamente pre-
sentes e fixadas;
• Evitar se aproximar do aspersor canhão quando em operação;
• Nunca ligar o conjunto motobomba sem conectar a mangueira adutora do carretel na saída
adutora da bomba.

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10 SISTEMA BY-PASS

O sistema by-pass é responsável pela lâmina aplicação (quantidade de vinhaça aplicada) na


faixa. O painel eletrônico computadorizado do TURBOMAQ é responsável pelo acionamento de uma
válvula de desvio que aumenta ou diminui a vinhaça injetada na turbina, aumentando ou diminuindo a
velocidade de recolhimento da mangueira.

10.1 Componentes
O conjunto é composto por:
• Caixa de proteção metálica;
• Placa eletrônica;
• Placa adesiva frontal;
• Sensor com cabo;
• Suporte do rolete;
• Rolete e imãs;
• Motoredutor;
• Carcaça externa do by-pass;
• Borboleta do by-pass;
• Eixo da borboleta da válvula;
• Vedação do eixo do by-pass;
• Triângulo de operação manual (By-pass manual).

10.2 Funcionamento
Quando a mangueira começa a ser desenrolada, o painel realiza a leitura da quantidade de
metros de mangueira desenrolada. Após programar o painel e pressionar a tecla Start ou Iniciar, o
motoredutor começa a fechar lentamente a válvula by-pass para iniciar o recolhimento da mangueira. O
conjunto sensor de velocidade que está situado junto com o guia de recolhimento da mangueira executa
a leitura da velocidade de recolhimento e emite sinais para o painel eletrônico em curtos períodos de
tempo. Com os dados emitidos pelo sensor, o painel eletrônico ajusta à velocidade programada, fazendo
com que a válvula by-pass abra ou feche até alcançar a velocidade programada até o final do ciclo. Toda
vez que o painel eletrônico é ligado acontece a abertura total da válvula by-pass.

10.3 Operação e Programação


Para um melhor entendimento sobre operação, navegação e programação é recomendado con-
sultar o manual dos painéis eletrônicos.
Após programar a velocidade de recolhimento do carretel conforme a lâmina a ser aplicada,
soltar o freio do redutor e engatar marcha no redutor.

10.4 Modelos de Painéis Eletrônicos


Nos atuais equipamentos são utilizados dois modelos de série: o modelo IRR 150M e o modelo
nacional IRR 100E. Como opção a estes dois modelos, temos o modelo importado sob encomenda IRR 450M.
O modelo anterior IRR 100M, também continua como outra opção, sendo que a empresa conta
com peças em estoque para garantir a reposição aos seus clientes.
Nestes novos modelos de painéis eletrônicos, além da programação da velocidade de recolhi-
mento e verificação automática da carga da bateria, contam com outras funções tais como:

Função / Modelo IRR 100E IRR 150M IRR 450M


Fusível de proteção X X X
Iluminação X
Horímetro X X X
Ajuste Manual X X
Pausa Inicial X X
Pausa Final X
Data e Hora X X
Metragem de mangueira X X
Programações de ciclo (4) X X
Auto Teste X X X

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A bateria para ambos os sistemas é de 12 volts, 36 Ah e com autonomia de até 550 horas. Para
recarregar a carga da bateria existem opcionais tais como alternador e painel solar.

Painel IBC 1000 Painel IRR 150

Painel IRR 450M PainelIBC 3000

10.5 Possíveis problemas


Cuidados com o sistema:
• Não lavar o painel eletrônico com jato de alta pressão;
• Não utilizar produtos químicos para limpeza;
• Não retirar a placa adesiva do painel eletrônico;
• Não romper os cabos elétricos;
• Manter o rolete do sensor sempre limpo;
• Não usar chaves ou outros objetos para operar o painel.

Após o ciclo ser iniciado, o painel pode dar algumas mensagens de erro, tais como:

>> IRR ERROR / Ciclo Incorreto:

Caso ocorra algum problema como o redutor não engatado, falta de vinhaça, pressão baixa ou
velocidade programada superior a máxima ou mínima alcançada pelo equipamento.

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>> REG

Quando o motoredutor alcança o fim de curso, ou seja, todo aberto ou fechado, o painel exibirá
esta mensagem.

Possíveis Causas Possíveis Problemas

Conectores desconectados Verifique a conexão


Fios rompidos Verifique a conexão
Oxidação nos terminais Verifique a oxidação e elimine-a
Conectores ou terminais curto circuitados Limpe os conectores e terminais
pela vinhaça
Engrenagem do motoredutor quebrada / Substitua o motoredutor
Motor girando em falso
Rolete travado Destrave o rolete
Rolete desalinhado - longe imãs Alinhe o rolete
Imãs c/ defeito Substitua os imãs

>> STOP TROL

Ao terminar de enrolar a mangueira, o carro irrigador pará. Conseqüentemente, o painel detec-


ta que a velocidade de enrolamento da mangueira está igual a 0, começa a controlar o motoredutor
através de pulsos e exibe esta mensagem.

>> REG STOP

Após algum tempo, o painel reajusta o motoredutor para velocidade igual a 0, para estar pronto
o próximo ciclo. O painel mostra esta mensagem e está pronto para ser desligado.

Quando o painel eletrônico não alcançar a velocidade programada, favor verificar os itens a
seguir:

·Caso o motoredutor não esteja conseguindo fechar o by-pass, pode existir algum tipo de sujeira
(pedra, galho, etc) travando o eixo e evitando que a borboleta se feche. Neste caso desmontar a tubula-
ção e efetuar a limpeza da válvula.

Motoredutor Sensores do painel IBC 3000

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11 CANHÃO ASPERSOR

O Canhão Aspersor é de grande importância, pois este é quem faz a distribuição de vinhaça. Um
canhão aspersor de qualidade juntamente com a manutenção e regulagem adequada, complementa o
Carretel Enrolador.
Os canhões aspersores podem ser de círculo cheio ou setorial, ou seja, podem circular num ângulo
de 360º sobre sua base ou trabalhar em setores, conforme regulagem de arme e desarme no prato (regulagem
de ângulo). O ângulo de inclinação do canhão pode variar entre 18 e 24 º, podendo chegar até 45º,
dependendo do uso do canhão aspersor. O ângulo padrão de lançamento do jato é de 24º.
Em dias de vento intenso, é recomendado reduzir o espaçamento entre hidrantes para diminuir
a deriva do jato. Porém, em regiões de menor intensidade de ventos é possível aumentar o espaçamento
entre hidrantes.
O material utilizado na fabricação dos canhões geralmente é o alumínio, sendo que em alguns
canhões importados é possível encontrar mistura de alumínio fundido, injetado e partes plásticas.
Podem ser de reversão rápida como de reversão lenta, sendo que este último tem sido a prefe-
rência das Usinas.

11.1 Modelos de Canhões


Para o TURBOMAQ temos 05 opções de modelos diferentes, como segue tabela abaixo:
* Canhões e demais peças importadas diretamente da Itália.

TURBOMAQ PLONA KOMET* SIME*

75 RL 250 TWIN 101 Plus Royal


90 PS 30 / RL 300 TWIN 140 Plus Reflex / Big River
110 PLS 40 / RL 400 TWIN 160 Pro GEMINI / Explorer
125/140 PLS 40 / RL 400 TWIN 202 Pro GEMINI / Explorer

O canhão aspersor utilizado na versão Standard do TURBOMAQ/GSV é o modelo Twin 202


PRO, marca Komet.

Canhão Aspersor Explorer Canhão Aspersor PLS 40

Canhão Aspersor Twin 202 PRO* Canhão Aspersor Gemini*

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*A IRRIGABRASIL conta com um variado e amplo estoque de peças, devido a uma parceria
consolidada com a KOMET e SIME.

11.2 Descrição do Canhão Aspersor


Os canhões são compostos basicamente em três partes.
No caso do aspersor RL 400, a primeira parte seria a base, composta pela luneta, prato, disco de
freio, sapata, e sistema de arme e desarme da reversão. A segunda parte sendo formada pelo conjunto
tubo injetor e a terceira parte formada pelos bocais e balancins de avanço. O balancim é composto por
uma haste, aleta, contra peso, eixo, rolamento ou bucha. No aspersor Gemini o avanço e reversão se dão
através de uma turbina impulsionada por um injetor.
O controle de giro do canhão é feito através de um sistema de freio regulável, composto pelo
prato, disco e sapata.
A tubulação do conjunto tubo injetor é de quatro polegadas de diâmetro.
A regulagem de ângulo no canhão indicada é entre 180º e 220º.
As velocidades de avanço e de reversão são reguláveis, através do grau de inserção da aleta no
jato de vinhaça. Quanto maior o grau de inserção, maior a velocidade de avanço. Os aspersores saem de
fábrica testado e regulado pelo teste de freqüência, que nada mais é do que o número de golpes ou
avanço dividido pelo tempo.

11.3 Instalação e Regulagem do canhão aspersor


Cuidados com o Canhão Aspersor
• Não dirija o jato d’água sobre linhas de energia elétrica, o operador pode ser eletrocutado;
• Mantenha-se afastado do canhão aspersor e da trajetória do jato, pois o impacto pode causar
lesão corporal;
• Para evitar danos no mecanismo durante o transporte não empilhe os canhões e proteja os
balancins de batidas, mesmo fixado sobre o Carro Irrigador, utilizando calços.

Instalação do Canhão
• Verificar e trocar se necessário, o diâmetro dos bocais a serem utilizados. Recomendamos
utilizar graxa na rosca do bocal principal;
• Fixar o canhão aspersor no Carro Irrigador ou de Espera apertando de forma cruzada os
parafusos do flange antes de iniciar a operação. Caso o aspersor venha a funcionar em posi-
ção inclinada, aumentar a força do freio.

Regulagem da Área a ser irrigada


Utilizado no Canhão Aspersor para área setorial ou círculo cheio (360º). Recomendamos esta
regulagem quando o canhão funcionar no Carro de Espera.

Para regulagem do setorial


• Movimentar com as mãos a lingüeta, empurrando até regular o setor a ser irrigado, ou ainda,
no caso do canhão RL 400 apontar o canhão ao centro do setor a ser irrigado e encostar as
lingüetas no pino de engate/desengate. Então empurrar o canhão para a direita e para a
esquerda, sendo que o pino de engate/desengate encostar-se-á na lingüeta liberando o fim
de curso, delimitando a área a ser irrigada.

Regulagem do Freio
O sistema de freio do canhão é regulado na fábrica, não sendo necessária nova regulagem, a
não ser quando o canhão funcionar em área inclinada.

Para regulagem do freio


• Aperte a porca para freiar o contrário para soltar. Aperte ou solte as três porcas na mesma
proporção;
• Após a regulagem do freio, regular o avanço, diminuindo o número de golpes.

Regulagem do Avanço
Para obter o avanço desejado, o número de golpes em um percurso de 90º deve estar entre 50
até 84 golpes para 4 Kgf/cm².

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Para regulagem do avanço:
• Para maior avanço, ajustar a aleta para dentro do jato;
• Para menor avanço, ajustar a aleta para fora do jato.

Quando houver situações de forte intensidade de vento, recomendamos regular o canhão com
um maior avanço contra o vento.

Correção de Problemas
• Problema: O canhão não avança
Causas / Soluções:
Falta de pressão no sistema >> Aumentar a pressão;
Pouca penetração da aleta no jato >> Regular aletas para dentro do jato;
Força de freio muito alta >> Soltar o freio;
Balancim preso >> Verificar item manutenção.

• Problema: Reversão lenta ou não faz a reversão


Causas / Soluções:
Pouca penetração da aleta no jato >> Regular aletas para dentro do jato;
Balancim preso >> Verificar item manutenção;
Sujeira no sistema de reversão >> Inspecionar e limpar;
Falta de lubrificação >> Lubrificar o sistema de reversão com óleo fino.

Caso persista o problema, proceder da seguinte forma:


>> Verificar a mola do sistema de reversão;
>> Inspecionar o sistema de reversão;
>> Verificar se a roldana do “S” do sistema de reversão esteja afastada e com folga com relação
ao batente;
>> Verificar se o pino engate/desengate está encostado na lingüeta quando realizado a rever-
são. Caso esteja, ao invés da reversão, o pino começa a empurrar a lingüeta, fazendo que não ocorra a
reversão. Se ocorrer, recomendamos que retire a mola da lingüeta e abra um pouco as duas pernas do
fim de curso.

• Problema: Gota Grossa


Causas / Soluções:
Falta de pressão no sistema >> Aumentar a pressão.

11.4 Manutenção do Canhão Aspersor

O plano de Manutenção Preventiva para os canhões marca Plona, Linha RL, considera:

Tipo de líquido utilizado para irrigação e período de manutenções:


>> Água – a cada 2.000 horas.
>> Vinhaça – a cada 1.000 horas.

As inspeções abaixo descritas servem para a manutenção preventiva de qualquer tipo de líquido
para irrigação, porém deve ser obedecido o período especificado para cada líquido.

11.4.1 Inspeções
• Antes de desmontar o canhão verifique o seu estado geral, como por exemplo, falta de com-
ponentes, componentes danificados, peças com movimento presas, etc;

• Desmontar o balancim direito e esquerdo:


>> O’rings: Trocar os 02 o’rings sempre;
>> Retentores: Trocar os 02 retentores (montar com graxa grau NLG12 nos lábios de vedação);
>> Batente: Verificar se os 02 batentes estão bem fixos;
>> Rolamento: Verificar os 04 rolamentos conforme item (*1);
>> Eixo: Verificar os 02 eixos conforme item (*2).

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• Sistema da reversão, (não é necessário desmontar).
>> Roldana: Verificar se as 02 roldanas estão bem fixas;
>> Sistema de Engate/Desengate: Verificar movimentando o pino;
>> Limitador: Verificar se esta bem fixa e aba oposta ao apoio do fundo da peça não esta
torcida;
>> Flexível: Verificar conforme item (*3).

• Flexível (desmontar retirando os 2 parafusos do suporte).


>> O’ring do prato: Trocar;
>> Rolamento: Verificar conforme item (*1);
>> Pino Elástico: Trocar;
>> Luneta: Limpar furo de diâmetro 2,0 mm. entre os O’ring;
>> Mola: Verificar o par conforme o item (*4);
>> O’ring da Luneta: Trocar.

OBS.: Ao montar a luneta colocar graxa nos seguintes componentes:


>> nos dois O’ring.
>> as duas molas.

• Injetor 24º
>> Porca diafragma: Desmontar, colocar graxa Anti Ruste fluido da Texaco ou similar na rosca
e montar;
>> Batente: Verificar se os 02 batentes estão bem fixos;
>> Fixação do Limitador: Verificar se esta bem fixa;
>> Anel Inox: Verificar conforme o item (*5).

Item (*1)– Proceder da seguinte forma:

>> Lavar / secar e avaliar;


>> Não deve ter sinais de ferrugem;
>> Testar o giro deve ser suave;
>> Verificar a blindagem se estiver amassada, poderá prender a gaiola do rolamento.
# Caso o rolamento não atenda as especificações acima relacionadas deve ser substituído por
um novo.
# Caso o rolamento não apresente nenhum defeito, colocar 5 gotas de óleo fino na gaiola e
montar novamente com a blindagem voltada para a parte externa.

(Óleo viscosidade conforme norma ISO VG 10 ou VG 32, na Plona é utilizado óleo da marca
Singer VG 10).

OBS.: Não colocar graxa nos rolamentos, prejudica o funcionamento.

Item (*2)– Proceder da seguinte forma:

>> Verificar se houve desgaste no Ø 20,65 mm. apoio do retentor, se fez um sulco de profun-
didade de mais de 0,20 mm; substituir o eixo.

Item (*3)– Proceder da seguinte forma:

>> Verificar o funcionamento do sistema da reversão manualmente, movendo o flexível para a


direita e para a esquerda observando a movimentação do “S” que deve girar de um lado para o outro até
encostar-se ao injetor. Para retirar a mola montada entre o flexível e o “S” deve ser desmontado o Limitador.

Item (*4)– Proceder da seguinte forma:

>> Medir o comprimento das duas molas, devem ser iguais. Se o comprimento for inferior a
28,0 mm ou houver diferencia de altura, deverão ser substituídas.

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Item (*5)– Proceder da seguinte forma:

>> Verificar se houve desgaste no diâmetro (apoio dos O’ring) com profundidade maior de 0,2
mm; substituir o anel inox, utilizando bucha guia para colagem do mesmo, usando adesivo Araldite
profissional 24 horas.
Inspeção visual específica: Observar a chaleira, peça onde é montado o rolamento e a trava do
mesmo, não deve ter sinais de desgaste, caso apresente defeitos, consultar a fábrica.

OBS.: Todas as peças não indicadas devem ser vistoriadas visualmente.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

FREIRE, W.J; CORTEZ, L.A.B. Vinhaça de cana-de-açúcar. Guaíba: Agropecuária, 2000.

IRRIGABRASIL Indústria e Comércio de Máquinas LTDA: Publicações.

PARANÁ, L. G. L; Trabalhador no Cultivo de Plantas Industriais – Cana-de-Açúcar – Fertirrigação. Curitiba:


Senar-PR, 2003.

PEDROZO, Marcelo A. O uso do carretel Enrolador Autopropelido – TURBOMAQ na aplicação de vinhaça


em Usinas Sucroalcooleiras. , fev 2004. 80 pág. Monografia – Engenharia Agrícola, Irrigação. Faculdade
de Ciências Agrárias e Recursos Naturais de Curitiba / PR. Faculdades Integradas Espírita.

PLONAEquipamentos LTDA: Publicações.

Tempo de Irrigar: Manual do Irrigante / Programa Nacional de Irrigação. PRONI, São Paulo. Mater, 1987.

TIMMERMANN, Carlos J. Irrigação por Aspersão – Sistema Convencional e Autopropelido. Lages, dez
1988. 114 pág. Relatório de Estágio Curricular – Agronomia, Irrigação. Centro de Ciências Agroveterinárias.
Universidade para o Desenvolvimento do Estado de Santa Catarina.

ZAMPIERI, R. H; Fertirrigação. Curitiba: Senar-PR, 1995.

43
NOTAS

·Em caso de dúvidas em consulta a este manual ou ilustrações, entre em contato com a
IRRIGABRASIL – Sistemas de Irrigação.
·Reservamos o direito de efetuar modificações em nossos produtos, sempre que necessário sem
que, por isso, incorram obrigações de qualquer espécie.

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