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Alegre - 2020
Fluidodinâmica em Processos Químicos
Capítulo 04 | Dinâmica dos Fluidos
A parte da Mecânica dos Fluidos que estuda o movimento de uma massa fluida sob a ação da gravidade
e/ou pressões externas. Pode ser estudada analisando o sistema ou o volume de controle.
Sistema – utilizado quando se deseja estudar o movimento de uma partícula individual de fluido ou de um
grupo de partículas conforme ela se movimenta através do espaço. Essa é uma abordagem quando se deseja
estudar a trajetória da partícula ao longo do tempo. Aplica-se as leis da física, como por exemplo a segunda
lei de Newton pela equação F = dP/dt, em que F é a força e dP/dt a taxa de variação da quantidade de
movimento do fluido.
Volume de controle – utilizado quando se deseja estudar uma região do espaço quando o fluido escoa
através dela. Bastante aplicada, como por exemplo aerodinâmica de aviões, neste caso, interesse é maior na
sustentação e no arrasto sobre uma asa do que saber o que está acontecendo com as partículas individuais
do fluido.
- Velocidade
Normalmente em dinâmica dos fluidos, o movimento de cada partícula fluida é descrito em função do vetor
velocidade, 𝑉, que é definido como a taxa de variação temporal da posição da partícula. A velocidade da
partícula é uma grandeza vetorial pois possui módulo, direção e sentido.
𝑉 = 𝑉 (x, y, z, t)
Pode ser escrita em termos de suas três componentes escalares nas direções x, y e z por u, v e w.
𝑉 = uî + v𝑗 + w𝑘
As coordenadas espaciais necessárias para especificar a velocidade do fluido podem ser empregadas na
classificação do escoamento em unidimensional, bidimensional e tridimensional.
As características do fluido (massa específica, velocidade e pressão) podem variar em qualquer ponto do
escoamento, mas não variam com o tempo. Na condição permanente, a vazão é constante, por exemplo.
D >>> d
D
d
Fluidodinâmica em Processos Químicos
Capítulo 04 | Dinâmica dos Fluidos
D >>> d
A definição para o escoamento laminar e turbulento pode ser obtido a partir da experiência de Reynolds
(1883) colocando água em um reservatório que por sua vez este estava conectado a um tubo de acrílico e no
fim deste uma válvula para permitir o controle da velocidade de descarga da água. Na centro da tubulação
foi injetado um corante do qual se deseja observar o comportamento. Ao abrir gradualmente a válvula três
situações:
O regime de escoamento, seja ele qual for depende das propriedades do fluido e do escoamento. Para
escoamento em condutos cilíndricos circulares, Reynolds determinou um valor que associa grandezas
relacionadas ao diâmetro D, a velocidade do fluido V e a viscosidade cinemática ν para qual o fluido passa
do escoamento laminar para o turbulento.
vD ρvD
𝑅𝑒 = =
ν μ
Observe o escoamento na região cônica, com velocidade menor na seção de área maior e o contrário na
seção de área menor, ou seja, com maior velocidade. Como a coordenada x é a única capaz de descrever a
propriedade do fluido (velocidade) o escoamento é unidimensional. Observe que em cada seção de área a
velocidade é a mesma para qualquer ponto, sendo possível obter sua variação ao longo do escoamento na
coordenada x, neste caso, diz-se que o escoamento é uniforme.
As coordenadas espaciais necessárias para especificar a velocidade do fluido podem ser empregadas na
classificação do escoamento em unidimensional, bidimensional e tridimensional.
Linhas de trajetória
• Conservação de massa;
• Quantidade de movimento (2ª lei de Newton);
• Quantidade de movimento angular;
• Conservação de energia, e
• Segunda lei da termodinâmica.
- Conservação da massa
Considere uma porção arbitrária de um fluido escoando em algum instante t0 escolhida como volume
de controle, o qual encontra-se fixo no espaço nas coordenadas x, y e z. Após um tempo Δt, o sistema
se movimenta para um novo local.
- Conservação da massa
𝜕 𝜕
=0 𝜌𝑑∀ + 𝜌V 𝑑𝐴 = 0 sc
V 𝑑𝐴 = 0 sc V 𝑑𝐴 = 0
𝜕𝑡 𝜕𝑡 vc sc
Entrada
α = 180° (cos α = -1)
𝑑𝐴 𝑑𝐴
Entrada Saída
(1) (2) Saída
𝑑𝑉 𝑑𝑉 α = 0° (cos α = 1)
Para um volume de controle não deformável, de tamanho e forma fixos, volume constante, velocidade
uniforme em cada entrada e saída, a equação pode ser simplificada para:
- A1V1 + A2V2 = 0
𝑄= V 𝑑𝐴
𝐴
Num escoamento não uniforme com fluido viscoso a velocidade no tubo não é uniforme (constante)
através da sua seção transversal. A velocidade média, V, em uma seção é definida como a velocidade
uniforme que, substituída no lugar da velocidade real, determina a mesma vazão na seção.
𝑄= V 𝑑𝐴 = 𝑉𝑚 𝐴
𝐴
1 𝑄
𝑉𝑚 = V 𝑑𝐴 =
𝐴 𝐴 𝐴
Fluidodinâmica em Processos Químicos
Capítulo 04 | Dinâmica dos Fluidos
- Conservação da massa
Exemplo: Considere o escoamento permanente de água em uma junção de tubos conforme o desenho.
As áreas das seções são: A1 = 0,2 m2, A2 = 0,2 m2, A3 = 0,15 m2. O fluido para fora do tubo através de
um orifício na indicação de número 4 com vazão volumétrica igual a 0,1 m3/s. As velocidades nas
seções 1 e 3 são V1 = 5 m/s e V3 = 12 m/s, respectivamente. Determine a velocidade do escoamento na
seção 2.
Hipóteses
• Estado estacionário;
• Fluido incompressível;
• Escoamento uniforme
sc V 𝑑𝐴 = 0
V2 = - 4,5 m/s
Exemplo: O fluido em contato direto com uma fronteira sólida estacionária tem velocidade zero; não
há deslizamento na fronteira. O escoamento sobre a placa plana adere-se à superfície da placa e forma
𝑚
uma camada-limite. O escoamento a montante da placa é uniforme com velocidade 𝑉 = 𝑈î; 𝑈 = 30 𝑠 .
A distribuição de velocidade dentro da camada limite ao longo de cd é aproximada por u/U =2(y/δ)-
(y/δ)2.
𝑄= 𝐴𝑎𝑏𝑐
V 𝑑𝐴 = 𝐴𝑎𝑏
ρV 𝑑 𝐴 + 𝐴𝑏𝑐
ρV 𝑑𝐴+ 𝐴𝑐𝑑
ρV 𝑑𝐴 +
0
𝑑𝑎
ρV 𝑑 𝐴 = 0
𝑄= 𝐴𝑎𝑏𝑐𝑑
V 𝑑𝐴 = 𝐴𝑎𝑏
ρV 𝑑 𝐴 + 𝐴𝑏𝑐
ρV 𝑑𝐴+ 𝐴𝑐𝑑
ρV 𝑑 𝐴 + 𝐴𝑑𝑎
ρV 𝑑 𝐴 = 0
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Capítulo 04 | Dinâmica dos Fluidos
- Conservação da massa
V
𝑄= ρV 𝑑𝐴 = ρV 𝑑 𝐴 + ρV 𝑑𝐴+ ρV 𝑑 𝐴 = 0 dA
𝐴𝑎𝑏𝑐𝑑 𝐴𝑎𝑏 𝐴𝑏𝑐 𝐴𝑐𝑑
𝑦𝑏 δ δ
ρV 𝑑 𝐴 = ρ𝑢𝑑 𝐴 = +- ρ𝑢 𝑤 𝑑𝑦 = − ρ𝑢𝑤 𝑑𝑦 = − ρ𝑈𝑤 𝑑𝑦 dy w
𝐴𝑎𝑏 𝐴𝑎𝑏 𝑦𝑎 0 0
V dA
𝑦𝑐 δ δ
𝑦 𝑦 2
ρV 𝑑𝐴 = ρ𝑢𝑑 𝐴 = +
+ ρ𝑢 𝑤 𝑑𝑦 = ρ𝑢𝑤 𝑑𝑦 = ρ𝑤𝑈 2 − 𝑑𝑦
𝐴𝑐𝑑 𝐴𝑐𝑑 𝑦𝑑 0 0 δ δ
𝑦2 𝑦3 δ 𝑦2 𝑦3 0 1 𝟐ρwU𝜹
= ρwU − − − = ρwUδ 1 − 3 =
δ 3δ2 δ 3δ2 𝟑
ρV 𝑑 𝐴 = − ρV 𝑑𝐴 − ρV 𝑑 𝐴 = 0
𝐴𝑏𝑐 𝐴𝑎𝑏 𝐴𝑐𝑑
𝟐ρwU𝜹
ρV 𝑑𝐴 = 𝝆𝑼𝒘𝒚 −
𝐴𝑏𝑐 𝟑
𝐴𝑏𝑐
ρV 𝑑𝐴 = 𝑚bc = 0,0372 kg/s ̇
𝜕
𝜌𝑑∀ + 𝜌V 𝑑𝐴 = 0
𝜕𝑡 vc sc
𝜕 𝜕 𝜕 ρ1𝑉 1𝐴1 𝜕
ρ∀ 𝑣𝑐 + ρ1𝑉 1𝐴1 = 0 ρ∀ 𝑣𝑐 = − ρ1𝑉 1𝐴1 ρ=− ρ = −2,34 𝑘𝑔/𝑚3
𝜕𝑡 𝜕𝑡 𝜕𝑡 ∀ 𝜕𝑡
Fluidodinâmica em Processos Químicos
Capítulo 04 | Dinâmica dos Fluidos
- Quantidade de movimento
Para um sistema em movimento a força total (forças de superfície e de campo) que atua no volume de
controle ocasiona na taxa da quantidade de movimento no volume de controle e/ou a taxa líquida na
qual a quantidade de movimento está saindo do volume de controle através da superfície de controle.
𝑑𝑃
𝐹= 𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎
𝑑𝑡
𝜕
𝐹 = 𝐹𝑠 + 𝐹𝐵 = 𝑉ρ𝑑∀ + 𝑉 ρ𝑉𝑑𝐴
𝜕𝑡 𝑣𝑐 𝑠𝑐
Para o escoamento em que o escoamento é uniforme e cada entrada e saída, a equação se torna:
𝜕
𝐹 = 𝐹 𝑠 + 𝐹𝐵 = 𝑉ρ𝑑∀ + 𝑉 ρ𝑉 𝐴
𝜕𝑡 𝑣𝑐 𝑠𝑐
Em mecânica dos fluidos a força de campo é normalmente a gravidade e a força de superfície a pressão
𝐹𝐵 = ρ𝑔 𝑑∀
𝑣𝑐
O sinal negativo é para assegurar que as forças de pressão sempre será
calculada atuando sobre a superfície de controle, lembrando que vetor do
𝐹𝑆 = −𝑝 𝑑 𝐴
𝐴
diferencial de área será sempre apontado para fora do escoamento.
A equação da quantidade de movimento é sempre para as três componentes escalares, medidas nas
coordenadas xyz do volume de controle.
𝜕 𝜕
𝐹𝑥 = 𝐹 𝑠𝑥 + 𝐹 𝐵𝑥 = 𝑢 ρ𝑑∀ + 𝑢 ρ𝑉𝑑𝐴 𝐹𝑥 = 𝐹 𝑠𝑥 + 𝐹 𝐵𝑥 = 𝑢 ρ𝑑∀ + 𝑢 ρ𝑉 𝐴
𝜕𝑡 𝜕𝑡 𝑣𝑐 𝑠𝑐
𝑣𝑐 𝑠𝑐
𝜕 𝜕
𝐹𝑦 = 𝐹 𝑠𝑦 + 𝐹 𝐵𝑦 = 𝑣 ρ𝑑∀ + 𝑣 ρ𝑉𝑑𝐴 𝐹𝑦 = 𝐹 𝑠𝑦 + 𝐹 𝐵𝑦 = 𝑣 ρ𝑑∀ + 𝑣 ρ𝑉 𝐴
𝜕𝑡 𝑣𝑐 𝑠𝑐 𝜕𝑡 𝑣𝑐 𝑠𝑐
𝜕 𝜕
𝐹𝑧 = 𝐹 𝑠𝑧 + 𝐹 𝐵𝑧 = 𝑤 ρ𝑑∀ + 𝑤 ρ𝑉𝑑𝐴 𝐹𝑧 = 𝐹 𝑠𝑧 + 𝐹 𝐵𝑧 = 𝑤 ρ𝑑∀ + 𝑤 ρ𝑉 𝐴
𝜕𝑡 𝑣𝑐 𝑠𝑐
𝜕𝑡 𝑣𝑐 𝑠𝑐
Fluidodinâmica em Processos Químicos
Capítulo 04 | Dinâmica dos Fluidos
- Quantidade de movimento
Exemplo: Um recipiente de metal, com 2 ft de altura e seção reta interna de 1 ft2, pesa 5 lbf quando
vazio. O recipiente é colocado sobre uma balança e a água escoa para o interior do recipiente através
de uma abertura no topo e para fora através de duas aberturas iguais nas laterais do recipiente,
conforme mostrado na figura. Sob condições de escoamento permanente, a altura da água no tanque é
1,9 ft. As entradas são iguais a 0,1 ft2 e a velocidade em 1 é igual a – 10 ft/s. Determine a leitura da
balança em lbf.
Hipóteses
• Estado estacionário;
• Fluido incompressível;
W tanque W H2O • Escoamento uniforme em
cada seção onde o fluido
cruza o VC
Ry
𝜕
𝜌𝑑∀ + 𝜌V 𝑑 𝐴 = 0 𝜌V 𝑑 𝐴 = 0
𝜕𝑡 vc sc sc
𝜕
𝐹𝑦 = 𝐹 𝑠𝑦 + 𝐹 𝐵𝑦 = 𝑢 ρ𝑑∀ + 𝑢 ρ𝑉𝑑 𝐴 𝐹𝑦 = 𝐹 𝑠𝑦 + 𝐹 𝐵𝑦 = 𝑣 ρ𝑉𝑑 𝐴
𝜕𝑡 𝑣𝑐 𝑠𝑐 𝑠𝑐
𝐹𝑠𝑦 = 𝑅 𝑠𝑦
- Quantidade de movimento
Exemplo: A água escoa em regime permanente através do cotovelo redutor de 90°. Na entrada do
cotovelo, a pressão é absoluta e igual a 220 kPa e a área da entrada da seção transversal é 0,01 m2. Na
saída, a seção possui área transversal de 0,0025 m2 e a velocidade média é de 16 m/s. O cotovelo
descarrega para a atmosfera. Determine a força necessária para manter o cotovelo estático.
𝐹
0
Hipóteses 𝜕
• Estado estacionário; 𝜌𝑑∀ + 𝜌V 𝑑 𝐴 = 0
𝜕𝑡 vc sc
• Escoamento uniforme em cada seção; 0
• Fluido incompressível; 𝜕
• Pressão atmosférica em todo VC 𝐹 = 𝐹𝑠 + 𝐹𝐵 = 𝑢 ρ𝑑∀ + 𝑢 ρ𝑉𝑑 𝐴
𝜕𝑡 𝑣𝑐 𝑠𝑐
Hipóteses x
• Escoamento apenas na direção x; 0
• FBx = 0;
𝐹 = 𝐹 𝑠𝑥 + 𝐹 𝐵𝑥 = 𝑢 ρ𝑉𝑑𝐴 𝑢2 = 0
• Não há velocidade na direção x na saída do cotovelo; 𝑠𝑐
• Escoamento uniforme em cada seção; 0
• Fluido incompressível;
𝐹 = 𝐹 𝑠𝑦 + 𝐹 𝐵𝑦 = 𝑣 ρ𝑉𝑑𝐴 𝑣1 = 0
• Pressão atmosférica em todo VC 𝑠𝑐
y
𝐹 𝑠𝑥 = 𝑢 ρ𝑉𝑑 𝐴 𝐹 𝐵𝑦 + 𝑅𝑦 = 𝑣 ρ𝑉𝑑 𝐴
𝜌V 𝑑 𝐴 = 0 𝐴2
sc 𝐴1
𝑝1 𝐴1 + 𝑅𝑥 = 𝑢 ρ𝑉𝑑 𝐴 𝑅𝑦 = 𝑣 ρ𝑉𝑑 𝐴
− ρ1𝑉 1𝐴1 + ρ2𝑉 2𝐴2 = 0 𝐴1 𝐴1
Rx = - 1,35 N
Ry = - 639 N
𝑅𝑥 = −𝑝1 𝐴1 + 𝑢1 (−ρ𝑉1 𝐴1) 𝑅𝑦 = −𝑣1 (ρ𝑉1 𝐴1)
𝑉 1 = 4𝑚/𝑠
𝑅𝑥 = −𝑝1 𝐴1 − ρ𝑉21 𝐴1 𝑅𝑦 = − ρ𝑉21 𝐴1
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Capítulo 04 | Dinâmica dos Fluidos
𝜕
𝜌𝑑∀ + 𝜌V 𝑑 𝐴 = 0
𝜕𝑡 vc sc
𝜕ρ
𝛻ρ𝑉 + =0
𝜕𝑡
𝜕𝑢 𝜕𝑣 𝜕𝑤
+ + = 𝛻𝑉 = 0
𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝜕𝑧
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Capítulo 04 | Dinâmica dos Fluidos
𝑑𝑉 𝑑𝑉 𝐷𝑉 𝐷𝑢
𝑑 𝐹 = 𝑑𝑚 com = =
𝑑𝑡 𝑑𝑡 𝐷𝑡 𝐷𝑡
Resumidamente
𝐷𝑉 𝐷𝑉
= 𝑉𝛻𝑉 +
𝐷𝑡 𝐷𝑡
𝐷𝑉
𝑑 𝐹 = 𝑑𝑚
𝐷𝑡
As forças de superfície e de campo agem sobre esta partícula de fluido, podendo ser expressa pela
segunda lei de Newton
𝑑𝐹 = 𝑑𝐹𝑠 + 𝑑𝐹𝐵
𝑑 𝐹 𝐵𝑥 = 𝐵𝑥𝑑𝑚 = 𝐵𝑥ρ𝑑∀
= 𝐵𝑥ρ𝑑𝑥𝑑𝑦𝑑𝑧
𝑑 𝐹 𝐵𝑦 = 𝐵𝑦𝑑𝑚 = 𝐵𝑦ρ𝑑∀= 𝐵𝑦ρ𝑑𝑥𝑑𝑦𝑑𝑧
Para a componente x
𝐷𝑢
𝑑 𝐹 𝑠𝑥 + 𝑑 𝐹 𝐵𝑥 = ρ𝑑∀
𝐷𝑡
𝑑 𝐹 𝐵𝑥 = 𝐵𝑥𝑑𝑚 = 𝐵𝑥ρ𝑑∀
= 𝐵𝑥ρ𝑑𝑥𝑑𝑦𝑑𝑧
𝑑 𝐹 𝐵𝑦 = 𝐵𝑦𝑑𝑚 = 𝐵𝑦ρ𝑑∀= 𝐵𝑦ρ𝑑𝑥𝑑𝑦𝑑𝑧
Foi visto que para um escoamento Newtoniano unidimensional e laminar, a tensão de cisalhamento é
proporcional à taxa de deformação angular. Para um escoamento tridimensional, a situação é um pouco
mais complicada. Considere um escoamento incompressível com viscosidade constante, desta forma
temos:
𝐷𝑉
ρ = ρ𝑔 − 𝛻𝑃 + μ𝛻2𝑉
𝐷𝑡
Quando os termos viscosos são muito pequenos e podem ser desprezíveis (μ=0) as equações
resultantes são conhecidas como Equações de Euller, que podem ser respresentadas na forma vetorial
pela seguinte equação:
𝐷𝑉
ρ = ρ𝑔 − 𝛻𝑃
𝐷𝑡
Fluidodinâmica em Processos Químicos
Capítulo 04 | Dinâmica dos Fluidos
Um líquido escoa para baixo sobre uma superfície plana inclinada em um filme laminar, permanente,
completamente desenvolvido e de espessura h. Simplifique as equações da continuidade e de Navier-
Stokes para modelar esse campo de escoamento. Obtenha expressões para o perfil de velocidade do
líquido, a distribuição de tensões de cisalhamento, a vazão volumétrica e a velocidade média.
Hipóteses
(a) Estado estacionário;
(b) Escoamento uniforme em cada seção;
(c) Fluido incompressível;
(d) Não escoamento em z, logo 𝜕/𝜕𝑧 = 0
(e) Escoamento completamente
(f) desenvolvido, com isso nenhuma
propriedade varia em x, 𝜕/𝜕𝑥 = 0
(g) Pressão atmosférica atua em todas as
direções
Equação da continuidade
Equação de Navier-Stokes
(a) (f) (d) (f) (f) (d)
𝜕𝑢 𝑢𝜕𝑢 𝑣𝜕𝑢 𝑤𝜕𝑢 𝜕𝑃 𝜕2𝑢 𝜕2𝑢 𝜕2𝑢
ρ + + + = ρ𝑔𝑥 − +μ + +
𝜕𝑡 𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝜕𝑧 𝜕𝑥 𝜕𝑥2 𝜕𝑦2 𝜕𝑧2
(a) (d) (f) (d)
𝜕𝑣 𝑢𝜕𝑣 𝑣𝜕𝑣 𝑤𝜕𝑣 𝜕𝑃 𝜕2𝑣 𝜕2𝑣 𝜕2𝑣
ρ + + + = ρ𝑔𝑦 − +μ + +
𝜕𝑡 𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝜕𝑧 𝜕𝑦 𝜕𝑥2 𝜕𝑦2 𝜕𝑧2
(a) (d) (d) (d) (d) (d) (d) (d) (d)
𝜕𝑤 𝑢𝜕𝑤 𝑣𝜕𝑤 𝑤𝜕𝑤 𝜕𝑃 𝜕2𝑤 𝜕2𝑤 𝜕2𝑤
ρ + + + = ρ𝑔𝑤 − +μ + +
𝜕𝑡 𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝜕𝑧 𝜕𝑧 𝜕𝑥2 𝜕𝑦2 𝜕𝑧2
𝜕2𝑢
0 = ρ𝑔𝑥 + μ
𝜕𝑦2
𝜕𝑃
0 = ρ𝑔𝑦 −
𝜕𝑦
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Capítulo 04 | Dinâmica dos Fluidos
𝜕2𝑢 𝜕𝑃
0 = ρ𝑔𝑥 + μ 0 = ρ𝑔𝑦 −
𝜕𝑦2 𝜕𝑦
Como o escoamento é realizado é função apenas de uma coordenada, a equação diferencial de segunda
ordem pode ser escrita da seguinte forma:
𝑑𝑢 𝜌𝑔𝑥 𝑠𝑒𝑛Θ 𝑦2
=− 𝑦 + 𝐶1 𝑢 = −𝜌𝑔𝑥 + 𝐶1y + C2
µ 2
𝑑𝑦 μ
Condições de contorno:
Quando u = 0 y = 0
0 = C2
Quando du/dy = 0 y = h
𝑠𝑒𝑛Θ 𝑠𝑒𝑛Θ
0 = −𝜌𝑔𝑥 ℎ + 𝐶1 0 = −𝜌𝑔𝑥 ℎ + 𝐶1
μ μ