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FENÔMENOS DE TRANSPORTE

FENÔMENOS DE TRANSPORTE
MÓDULO A – MECÂNICA DOS FLUIDOS

- Introdução (justificativa)
- Fluido x Sólido
- Tensão normal e cisalhante
- Propriedades dos fluidos
- Estática
- Lei de Stevin
- Medidores de pressão
- Escoamento - classificação
- Equação da conservação da massa
- Equação da energia ideal
- Equação da energia real
FENÔMENOS DE TRANSPORTE
Por que estudá-los?

Não há nenhum setor da atividade humana que não seja, de um


modo ou de outro afetado por problemas associados à :

AUTOMOBILÍSTICO AGRÍCOLA

MEDICINA SIDERURGIA
 Mecânica dos fluidos;
ALIMENTOS  Termodinâmica; ESPACIAL

FARMACÊUTICO  Troca de Calor e Massa. PETROLÍFERO

ENERGIA QUANTIDADE DE MOVIMENTO MASSA


FENÔMENOS DE TRANSPORTE
Mecânica dos fluidos
É a ciência que tem por objetivo o estudo do comportamento
físico dos fluidos e das leis que os regem.

Aplicações:

Ação de fluidos sobre superfícies submersas;


Equilíbrio de corpos flutuantes;
Especificação do escoamento nas profundezas;
Ação de ventos sobre construções civis;
Estudo de lubrificação;
Cálculo de instalações hidráulicas;
Ações de fluidos sobre veículos.
FENÔMENOS DE TRANSPORTE
Subdivisão:

1- Estática
Estuda os esforços nos fluidos quando
não existe movimento relativo entre as
porções de fluido.

2- Dinâmica
Estuda o movimento e deformações nos
fluidos, provocadas por esforços de
cisalhamento.
FENÔMENOS DE TRANSPORTE
Introdução à Mecânica dos fluidos
A Mecânica dos Fluídos é a parte da mecânica aplicada que se
dedica a análise do comportamento dos líquidos e gases tanto em
equilíbrio quanto em movimento.
FENÔMENOS DE TRANSPORTE
Introdução à Mecânica dos fluidos
Fluido é uma substância que não tem forma própria e que se
deforma continuamente sob a aplicação de uma tensão
cisalhante (tangencial), não importando o quão pequeno
possa ser essa tensão.
FENÔMENOS DE TRANSPORTE
Introdução à Mecânica dos fluidos
FENÔMENOS DE TRANSPORTE
Introdução à Mecânica dos fluidos
Ao se aplicar uma força oblíqua sobre uma porção de fluido, será
possível identificar duas tensões ortogonais agindo sobre uma
área infinitesimal:

 TENSÃO DE CISALHAMENTO
T dT
  lim A0 
A dA

 TENSÃO NORMAL.
N dN
P  lim N 0 
A dA
FENÔMENOS DE TRANSPORTE
Introdução à Mecânica dos fluidos
A deformação de um fluido sob
influência da ação de
tensão tangencial denomina-
se Escoamento.

A tensão normal exercida por


um fluido é também
conhecida como Pressão.
FENÔMENOS DE TRANSPORTE
Propriedades dos fluidos
 Massa Específica (ρ) : A densidade absoluta, ou massa
específica, é a razão entre a massa de um material (sólido,
líquido ou gasoso) e o volume ocupado por esse mesmo
material. No Sistema SI é dado em kg/m³

M massa

 volume
FENÔMENOS DE TRANSPORTE
Propriedades dos fluidos

 Densidade relativa (d) : Densidade de um fluído é definida


como a razão entre a massa específica do fluído e a massa
específica de referência numa certa temperatura.

   
d  d 
 água  água  ar  ar

(Fluido: líquido) (Fluido: gás)

ρ ǂ d !!!
FENÔMENOS DE TRANSPORTE
Propriedades dos fluidos
 Volume Específico (ν) : Mais utilizado em termodinâmica ,volume
específico é o volume ocupado por unidade de massa. No Sistema SI
é dado em m³/kg

 volume

M massa
FENÔMENOS DE TRANSPORTE
Propriedades dos fluidos
 Peso Específico (γ) :O peso específico de um fluído é definido como o
peso por unidade de volume. Onde g= aceleração da gravidade No
Sistema SI é dado em N/m³

P mg
   g
 
FENÔMENOS DE TRANSPORTE
Propriedades dos fluidos
Exemplo
Se 6m³ de óleo pesam 47 kN, calcule seu peso específico, sua
massa específica, seu volume específico, e sua densidade.
Considerar  água = 1000 kg/m³
FENÔMENOS DE TRANSPORTE
Propriedades dos fluidos
Viscosidade absoluta ou dinâmica (µ)
É uma propriedade que determina o grau de resistência às tensões
de cisalhamento. A taxa de deformação de um fluido esta
diretamente ligada a sua viscosidade. Exemplo: óleo e água

Ela é responsável pelas perdas de energia associadas ao transporte


de fluidos em dutos, canais e tubulações.
Tem um papel primário na geração de turbulência.
FENÔMENOS DE TRANSPORTE
Propriedades dos fluidos
 Consideremos um escoamento
com velocidades diferentes, onde a
velocidade u da partícula varia em
relação a coordenada y.

 A velocidade de escoamento vai


aumentando em cada lamina de
fluido, pois quanto mais próximo a
parede, a velocidade tende a zero
(Principio da Aderência) .
FENÔMENOS DE TRANSPORTE
Propriedades dos fluidos
 Numa determinada camada de  Existe uma relação de
fluido atuam duas forças: uma proporcionalidade entre a
na direção do escoamento e tensão cisalhante ( F /A ) e
T
outra em sentido oposto. o gradiente de velocidade
du/dy
 Essas forças surgem devido ao
que chamamos de viscosidade du
do fluido. 
dy
FENÔMENOS DE TRANSPORTE
Propriedades dos fluidos
Introduzindo o coeficiente da viscosidade dinâmica ou absoluta
(µ) podemos definir a viscosidade do fluido pela relação:

Lei de Newton da Viscosidade


du
 
dy
Onde :
τ é a tensão cisalhante no SI [N/m²] ou Pa (lb/ft²)
µ é a viscosidade dinâmica no SI [N.s/m² ou Pa.s] mais comumente
na engenharia Centipoise (cP) Um centipoise (cP) é um
milipascal.segundo (mPa.s)
FENÔMENOS DE TRANSPORTE
FENÔMENOS DE TRANSPORTE
Propriedades dos fluidos

 A viscosidade absoluta de gases e líquidos apresenta


comportamento diferente em relação a dependência da
temperatura, conforme o quadro abaixo.
FENÔMENOS DE TRANSPORTE
FENÔMENOS DE TRANSPORTE
Propriedades dos fluidos
 Os fluidos que obedecem a lei da viscosidade de Newton são os
fluidos newtonianos, e eles englobam a maior parte dos fluidos.
Ex: (ar, água e óleo).
Fluidos não Newtonianos, não seguem
a lei linear de Newton e são tratados em
livros sobre reologia.
n
 du 
 yx  k  
 dy 
n = 1, fluido newtoniano, µ=k
n > 1, fluido dilatante
n < 1, fluido pseudo-plástico
k = índice de consistência
FENÔMENOS DE TRANSPORTE
Propriedades dos fluidos
Exemplos de fluidos Não Newtonianos:

1. Plásticos Ideais → também conhecidos como fluido de Bingham, este tipo de


fluido requer uma tensão de cisalhamento mínima para que ocorra o
movimento. Como exemplo temos: pasta de dente, manteiga, maionese,
chocolate, mostarda, lama perfuratriz.
2. Dilatantes → fluido a sua resistência aumenta com o aumento da tensão
aplicada. Como exemplo temos: areia movediça, polpas, suspensão de amido.
3. Pseudoplásicos → fluido que diminui a resistência com o aumento da tensão
aplicada. Como exemplo temos: natas, clara de ovo, purê de vegetais, soluções
de polímeros, suspensão coloidal, tinta látex, plasma sanguíneo, xarope,
melados.
FENÔMENOS DE TRANSPORTE
Propriedades dos fluidos
Escoamento entre placas
Uma simplificação da lei de Newton, ocorre num escoamento entre
placas paralelas, em que a diferença entre elas é pequena. Nesse caso
admite-se um perfil linear de velocidade (gradiente de velocidade
constante) :

du v
u( y)   Camada limite!!
dy h
Assim a lei de Newton da viscosidade será:

v
  Onde: v=velocidade do fluido
h h= espessura da placa
FENÔMENOS DE TRANSPORTE
Propriedades dos fluidos
 É muito comum encontramos a viscosidade dinâmica combinada
com a massa específica, resultando na viscosidade cinemática (υ).




Onde:
υ é a viscosidade cinemática no SI [m²/s=stokes (St)]
1 centiStoke =1cSt=10-² St=10-² cm²/s=106 m²/s
FENÔMENOS DE TRANSPORTE
Exemplo
Uma placa móvel está a velocidade constante 0,2 m/s e distante da
placa fixa 0,3 cm. Entre elas é colocada um óleo que sofre tensão de
cisalhamento de 0,05 N/m². Determine a viscosidade absoluta do
óleo. (Que consideração foi feita?)
FENÔMENOS DE TRANSPORTE
Exemplo
Uma placa quadrada de 1m de lado e 20 N de peso desliza
sobre um plano inclinado de 30° sobre uma película de óleo. A
velocidade da placa é 2 m/s, constante. Qual é a viscosidade dinâmica
do óleo se a espessura da película é 2 mm ?
FENÔMENOS DE TRANSPORTE
Exemplo
Petróleo bruto, com densidade relativa d= 0,85 e viscosidade absoluta
µ = 2,15x10-3 lbf.s/ft2, escoa de forma permanente sobre uma
superfície inclinada de θ= 30º numa película de espessura h =
0,125in. O perfil de velocidade é dado por:

g  y2 
u  hy  sen
  2 

Determine a magnitude da tensão de cisalhamento que atua sobre a


superfície.
FENÔMENOS DE TRANSPORTE
Introdução
 A estática dos fluidos é o estudo dos fluidos em repouso
absoluto. Se não há movimento relativo, não existem tensões
cisalhantes já que gradientes de velocidade, tais como du/dy, são
nulos. A única tensão que existe é a tensão normal ( Pressão).
FENÔMENOS DE TRANSPORTE
Introdução
 Sendo a pressão expressa pela relação p=F/A, suas unidades serão expressas pela
razão entre as unidades de força e as unidades de área, nos sistemas conhecidos.

A unidade SI é também conhecida pelo nome Pascal, abreviando-se Pa (1


N/m²=1Pa). Outras unidades utilizadas:
• Libras força por polegada quadrada = Lbf/pol²
• Atmosfera técnica métrica = atm
• Mílimetros de mercúrio = mmhg
FENÔMENOS DE TRANSPORTE
Introdução
Consideremos uma superfície de área A sobre a qual estão
aplicadas forças perpendiculares, sendo F a resultante dessas
forças. A pressão média (PM ) exercida por essa força sobre a
superfície é definida por:


F
PM 
A
FENÔMENOS DE TRANSPORTE
Introdução

Num fluido em equilíbrio, pontos que estejam num mesmo nível suportam a
mesma pressão.

PX  PY
FENÔMENOS DE TRANSPORTE
Introdução

As forças exercidas pelo fluido sobre uma superfície com a qual


esteja em contato são perpendiculares à superfície.
FENÔMENOS DE TRANSPORTE
Lei de Stevin
A lei de Stevin pode ser divida em duas partes:
1. Pressão hidrostática: só leva em consideração o liquido (P  gh )
2. Pressão absoluta: leva em consideração o liquido e o ar .
(
Pabs  Patm  gh )
FENÔMENOS DE TRANSPORTE
Lei de Stevin
A diferença de Pressão entre dois pontos distintos de um liquido
homogêneo em repouso é igual a exercida pela coluna que os separa.

FPx  mg  g  gAx hx  Ax hx


FPy  mg  g  gAy hy  Ay hy

Px  Py   (hy  hx )  gh
Py  Px  gh
FENÔMENOS DE TRANSPORTE
Lei de Stevin
 Todos os pontos de um fluido num plano horizontal tem a mesma pressão;

 A pressão independe do formato do recipiente;

 O aumento de Pressão de um fluido ocorre quando ele passa de um ponto para


outro (maior profundidade), ela depende do peso especifico do fluido e é
proporcional ao desnível.

 A lei de Stevin nem sempre se aplica aos gases , pois a densidade não é
uniforme;

 Ela é aplicada nos gases para pequenos desníveis onde a densidade varia muito
pouco;
FENÔMENOS DE TRANSPORTE
Lei de Stevin
Aplicações da Lei de Stevin
FENÔMENOS DE TRANSPORTE
Princípio dos vasos comunicantes
 Se os pontos A,B e C estão no  Esse permite que você transfira
mesmo nível e sendo o mesmo um liquido de um reservatório
fluido: para o outro sem bombeamento.
PA=PB=PC

 Observação:
FENÔMENOS DE TRANSPORTE
Medidas de pressão e manometria
FENÔMENOS DE TRANSPORTE
Medidas de pressão
As medidas de pressão são
realizadas em relação a uma
determinada pressão de
referencial;

Adota-se como referencia a


pressão nula (vácuo) ou a pressão
atmosférica local;

Pressão relativa pode ser


positiva ou negativa (pressões de
vácuo, são aquelas menores que a Na engenharia nos interessa a
pressão atmosférica local); pressão manométrica.
FENÔMENOS DE TRANSPORTE
Exemplos
A figura mostra um tanque de gasolina com infiltração de água.
Se a densidade relativa da gasolina é de 0,68 determine a pressão
no fundo do tanque ( Peso específico da água é 9800 N/m³ ).
Considere que o sistema esta a temperatura ambiente (20⁰C).
FENÔMENOS DE TRANSPORTE
Exemplo
O medidor de pressão B deve medir a pressão no ponto A em um
escoamento de água. Se a pressão em B é de 87 KPa, calcule a pressão
em A em KPa.
 água = 10000 N/m3 ,  Hg = 136000 N/m3 e  óleo = 9000 N/m3.
FENÔMENOS DE TRANSPORTE
Exemplo
Calcular a leitura do manômetro A da figura. Considere:
 Hg  136.000N / m3
FENÔMENOS DE TRANSPORTE
Introdução
Dois aspectos importantes na Mecânica dos fluidos são: a natureza viscosa dos
fluidos e a sua compressibilidade.
FENÔMENOS DE TRANSPORTE
Introdução
 Classificação do Escoamento
 3D → o vetor velocidade depende de três variáveis espaciais, ou
o campo de velocidade varia em três dimensões.

 2D → o vetor velocidade depende de duas variáveis espaciais,


ou o campo de velocidade varia em duas dimensões.

 1D → o vetor velocidade depende de apenas uma variável


espacial, ou o campo de velocidade varia em uma dimensão.
FENÔMENOS DE TRANSPORTE
Introdução
2D
 
V  V  x, y , z , t 

1D

V  uiˆ  vˆj  wkˆ
FENÔMENOS DE TRANSPORTE
Introdução
 Classificação do Escoamento
Regime Permanente: propriedades dos fluidos e sua velocidade não variam no
tempo.

Regime Transiente: propriedades dos fluidos e sua velocidade variam no tempo.


FENÔMENOS DE TRANSPORTE
Introdução
 Classificação do Escoamento

 Fluxo laminar: linhas de correntes formam lâminas. Baixa velocidade


do escoamento.

 Fluxo turbulento: linhas de corrente formam turbilhões. Alta


velocidade do escoamento.
FENÔMENOS DE TRANSPORTE
Introdução
 O número de Reynolds avalia se o escoamento flui de forma
laminar ou turbulenta. É um parâmetro adimensional que relaciona
forças viscosas com as forças de inércia, e é dado por:

VD ρ = massa específica;


Re  V= velocidade;
 D = diâmetro;
μ = viscosidade dinâmica

Para o caso de um fluxo de água num tubo cilíndrico:


 Re < 2.000 (Regime laminar)
 2.000 <Re< 2.400 (Transiente)
 Re > 2.400 (Turbulento)
FENÔMENOS DE TRANSPORTE
Introdução
 Classificação do Escoamento

 Fluido compressível: variação da massa específica não podem ser


desprezadas.

 Fluido incompressível: variações da massa específica desprezíveis.


FENÔMENOS DE TRANSPORTE
Introdução
 Em resumo:
FENÔMENOS DE TRANSPORTE
Exemplo

Um campo de velocidade é especificado como ,no


qual , e as coordenadas são medidas em
metros. O campo de escoamento é uni, bi ou tridimensional? Por
quê? Calcule as componentes da velocidade no ponto (2,1/2, 0).

19/11/2019 53
FENÔMENOS DE TRANSPORTE
Exemplo
Um fluido Newtoniano, que apresenta viscosidade dinâmica
igual a  = 0,38 Pa.s e densidade relativa igual a d= 0,91, escoa num
duto com diâmetro igual a D = 25mm. Sabendo-se que a velocidade
média do escoamento é V = 2,6m/s, determine o n° de Reynolds do
escoamento e a classifique se o escoamento é Laminar ou
Turbulento.

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FENÔMENOS DE TRANSPORTE
Equações importantes em Mecânica dos fluidos para o curso:

 Equações da Estática dos fluidos;


 Equação da Continuidade ou Conservação da Massa;
 Conservação da Energia( Bernoulli);
 Perdas de carga.
FENÔMENOS DE TRANSPORTE
Conceito Básico
Sistema: O sistema é definido como sendo certa quantidade fixa e definida de
massa.
i. Pode ser fixo ou móvel;
ii. Não ocorre transporte de massa;
iii. Quantidade de matéria permanece constante;
iv. Calor e trabalho podem atravessar o limite do sistema.

Fronteira do sistema: superfície


que delimita o sistema.

Vizinhança do sistema: tudo que pertence ao exterior e interage com o sistema.

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FENÔMENOS DE TRANSPORTE
Conceito Básico

Volume de Controle: região do espaço escolhida para a


realização da análise termodinâmica, conveniente para analisar
dispositivos ou equipamentos onde há fluxo de massa.

Superfície de controle:
análoga à fronteira do sistema, porém
com a possibilidade de existir fluxo
mássico através dela.

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FENÔMENOS DE TRANSPORTE
Conceito Básico
Propriedade extensivas (N): a propriedade dependente da massa.
Propriedade intensivas( ) : são as chamadas propriedades específicas
(por unidade de massa)
Regime permanente:
1. O VC não se move em relação ao sistema de coordenadas.
2. O estado da massa, em cada ponto do VC não varia com o tempo.
3. O fluxo e o estado da massa que cruza a SC não varia com o tempo.
As taxas nas quais o calor e trabalho cruzam a SC permanecem
constantes.

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FENÔMENOS DE TRANSPORTE
Conceito Básico
Regime uniforme:
1. O VC não se move em relação ao sistema de coordenadas.
2. O estado da massa interna ao VC pode variar com o tempo. (porém,
em qualquer instante o estado é uniforme)
3. O estado da massa que cruza a SC não varia com o tempo, mas as
vazões podem variar com o tempo
FENÔMENOS DE TRANSPORTE
Equação da Conservação da Massa
 Em regime permanente e fluido incompressível (ρ cte):


0   V dA
SC

Num regime permanente a vazão mássica que entra no volume


de controle é igual a que sai do volume de controle.
 Se o escoamento for uniforme:

  Nem sempre a vazão


 V dA  V A
SC
volumétrica
é constante!
FENÔMENOS DE TRANSPORTE
Equação da Conservação da Massa
 Sendo a vazão volumétrica
definida como:
 volume
Q
t tempo
Podemos relacionar a vazão
volumétrica por:

 A.s
Q   A.v
t t
Velocidade média é uma
velocidade fictícia constante na 
seção tal que multiplicada pela Q  A. v
área resulta na vazão do líquido.
FENÔMENOS DE TRANSPORTE
Equação da Conservação da Massa

 A definição de velocidade média na seção é uma


velocidade uniforme, a qual substituída no lugar da velocidade
real, reproduzirá a mesma vazão. Matematicamente podemos
escrever:

1
vm   vdA
A

determinaçao da velocidade média.docx


FENÔMENOS DE TRANSPORTE
Equação da Conservação da Massa
 Sendo a vazão mássica definida como:
 m massa  kg 
m
t tempo  s 
m
  m  
Como  , temos
 
Assim:
m  Q
t
 
Portanto a vazão massa pode ser:
mv A
FENÔMENOS DE TRANSPORTE
Equação da Conservação da Massa
Em suma:
Analisando as entradas e saídas (através da velocidade) da SC, bem
como a área (que sempre aponta para fora da a SC) o produto escalar entre
a velocidade e a área será positivo para o ponto (2) e negativo para o ponto
(1).
FENÔMENOS DE TRANSPORTE
Equação da Conservação da Massa
 Num escoamento em regime permanente e uniforme:


 
   
0    V dA     V A     V A
SC  entrada   saída
 

Generalizando:  m  m
entrada saída

Num regime permanente o fluxo de massa que entra no volume de


controle é igual a que sai do volume de controle.
FENÔMENOS DE TRANSPORTE
Equação da Conservação da Massa
 Num escoamento em regime permanente ,uniforme e
incompressível:

    
0   V dA    V A   V A 
SC   entrada   saída

Generalizando:
Q entrada   Qsaída

Num regime permanente e escoamento incompressível,


a vazão que entra no volume de controle é igual a que sai do
volume de controle.
FENÔMENOS DE TRANSPORTE
Exemplo

Água escoa num tubo convergente. Qual a velocidade na região 2 ?


Quais conclusões podemos tomar?
FENÔMENOS DE TRANSPORTE
Exemplo
O Venturi é um tubo convergente/divergente como mostrado na
figura. Determinar a velocidade na seção mínima (garganta) de
área 5 cm², se na seção de entrada de área 20 cm² a velocidade é
2 m/s. O fluido é incompressível.
FENÔMENOS DE TRANSPORTE
Exemplo
Um tubo admite água num reservatório com vazão de 20 litros/s . No mesmo
reservatório escoa óleo com vazão de 10 litros/s. A mistura homogênea é
descarregada por um tubo cuja área da seção circular é de 30 cm2. Determine:

a) A massa específica da mistura no tubo de descarga.


b) A velocidade da mistura no tubo de descarga.
FENÔMENOS DE TRANSPORTE
Introdução
Muitos problemas envolvendo o movimento dos fluidos exigem
que a primeira lei da termodinâmica, também chamada equação
da energia, seja usada para relacionar as quantidades de interesse.
Ex.:

 Calor transferido a um dispositivo(caldeira ou compressor);

 Trabalho feito por um objeto ( bomba ou turbina);

 Relacionar pressões e velocidades quando a equação de Bernoulli


não é aplicável (efeitos viscosos e escoamentos em tubulações ou
em canal aberto ).
FENÔMENOS DE TRANSPORTE
Introdução
Os únicos caminhos para variar a energia de um sistema
fechado são através da transferência de energia por meio do
trabalho ou calor. Um aspecto fundamental do conceito de
energia é que a energia se conserva, chamamos esse fato de
primeira lei da termodinâmica.
FENÔMENOS DE TRANSPORTE
Equação da Energia
Para um sistema a formulação da primeira lei da
termodinâmica será:
 dE 
 
   Q W
 dt  sistema
A forma da taxa do balanço de energia expressa em palavras:
variação quantidade líquida quantidade líquida
da quantidade da energia transferida da energia
de energia para dentro através transferida para
contida no = da fronteira do - fora através
sistema sistema por da fronteira do
durante um transferência de sistema por
certo intervalo calor durante o trabalho durante o
de tempo intervalo de tempo intervalo de tempo
FENÔMENOS DE TRANSPORTE
Equação da Energia
Como no tempo inicial o volume de controle e sistema coincidem,
podemos expressar a equação da energia na forma de volume de controle .

Aplicando o Teorema de Transporte de Reynolds, com N=E e =e , temos:

  
Q W   ed   e V dA
t VC SC

Em que a energia específica e inclui a energia cinética V²/2, a energia


potencial gz e a energia interna u, isto é:
V2
e  gz  u
2
FENÔMENOS DE TRANSPORTE
Equação da Energia
Portanto, a Equação da Energia para volume de controle pode ser
expressa:
   V 2  V 2  
Q W     gz  u  d     gz  u   V dA
t VC 2  SC
2 
Sendo:

Q: transferência da taxa de energia devido a diferença de temperatura.

:  taxa de trabalho realizado (ex. presença de bomba/turbina, efeitos


W
viscosos, trabalho devidos às forças de pressão, cisalhamento).
FENÔMENOS DE TRANSPORTE
Equação da Energia
 Considerações:
1. Escoamento isotérmico (sem variação de temperatura);
2. Sem realização de trabalho (sem presença de bomba/turbina e
efeitos viscosos desprezíveis);
3. Regime permanente (propriedades não variam no tempo);

Zero (1) Zero (2) Zero (3)


  V 2
  V 2  
Q W     gz  u  d     gz  u   V dA
t VC 2  SC
2 
FENÔMENOS DE TRANSPORTE
Equação da Energia
A equação anterior pode ser expressa:

V 2 P 
0     gz  u    V dA
SC
2 

Note que foi adicionado o termo P/ρ , relacionado ao trabalho


devido às forças de pressão que foi mudando para o lado direito e
é tratado como termo de fluxo de energia
FENÔMENOS DE TRANSPORTE
Equação da Energia
Da equação anterior podemos fazer mais algumas
considerações:
1. Considerar escoamento com uma entrada e uma saída.
 
2. Escoamento Uniforme;   V dA   V A
SC
3. Variação da energia interna u entre a entrada e saída desprezível;

 P V2   P V2 
1V1 A1    z    2V2 A2    z  0
 g 2 g entrada  g 2 g  saída
FENÔMENOS DE TRANSPORTE
Equação da Energia
Como 
1V1A1  ρ 2 V2 A 2  m( conservaçã o da massa)
Chegamos na equação da energia, dadas as considerações
anteriores:

EQUAÇÃO DE BERNOULLI

 P V2   P V2 
   z      z 
 g 2 g entrada  g 2 g  saída
FENÔMENOS DE TRANSPORTE
Exemplo
Um grande tanque de água tem um pequeno orifício, à distância h da
superfície da água, conforme a figura abaixo. Achar a velocidade de
escoamento da água através do orifício.
FENÔMENOS DE TRANSPORTE
Exemplo
A pressão no ponto S do sifão não deve cair abaixo de 25 kPa(abs).
Desprezando as perdas, determinar:
a) velocidade do fluido;
b) a máxima altura do ponto S em relação ao ponto (A);
Dados: P atm = 100 kPa; Peso específico água é 10.000 N/m³
FENÔMENOS DE TRANSPORTE
Exemplo
Num tubo de seçao circular com diamêtro de 10 cm, um tubo de
pitot foi instalado para medir a velocidade no eixo do tubo. Sendo o
fluido manomêtrico o mercúrio (Hg). Determine a vazão do tubo em
litros/segundo.
Adote : ρ Hg = 13.600 Kg/m³, ρ água = 1000 Kg/m³ e g=10m/s²
FENÔMENOS DE TRANSPORTE
Introdução
 Na engenharia é comumente utilizado energia dos fluidos por unidade
de peso, a qual denominamos “carga”;

 Sabe-se que no escoamento de fluidos reais, parte de sua energia


dissipa-se em forma de calor e nos turbilhões que se formam na corrente
fluida;

 Essa energia é dissipada para o fluido vencer a resistência causada pela


sua viscosidade e a resistência provocada pelo contato do fluido com a
parede interna do conduto, e também para vencer as resistências causadas
por peças de adaptação ou conexões (curvas, válvulas, etc).
FENÔMENOS DE TRANSPORTE
Introdução
De ordem prática, o estudo de perda de carga auxilia no
dimensionamento de bomba/turbina e a configuração da tubulação a
ser utilizada.
FENÔMENOS DE TRANSPORTE
Equacionamento
Partindo da equação da energia (Aula 5), fazendo as seguintes considerações:

1. Regime permanente;
2. Escoamento isotérmico;
3. Considerando apenas o trabalho de uma bomba ou turbina, ou de força
elétrica equivalente;
4. Escoamento uniforme;
5. Apenas uma entrada e uma saída;
6. Variação de energia interna desprezível;
7. Fluido real (considerando perdas de carga)
FENÔMENOS DE TRANSPORTE
Equacionamento
Pela equação da conservação da energia (aula 5) , dada as
considerações anteriores :

  P V2
   P V2  
 W  m   z   m   z   perdas m
 g 2 g entrada  g 2 g  saída


W  P V2   P V2 
    z      z   perdas
m  g 2 g  entrada  g 2 g

 saída
FENÔMENOS DE TRANSPORTE
Equacionamento
A nomenclatura de bombas e turbinas em sistema de escoamento é
 
convencional chamar o termo de energia ( W / m ) , associado a uma bomba,
de carga de bomba Hp , e o termo associado a uma turbina, de carga da
turbina HT .
Então a equação da conservação da energia, para um escoamento
incompressível, toma a forma:

 P V2   P V2 
   z   H P     z   H T  perdas
 g 2 g entrada  g 2 g  saída

Os termos Hp e HT representam a energia que é transferida para o


fluido e do fluido respectivamente.
FENÔMENOS DE TRANSPORTE
Equacionamento
 Se procura a energia fornecida pela turbina ou requerida pela bomba, deve-se usar
a eficiência de cada dispositivo:

 A potência gerada pela turbina, com eficiência é: T



WT  QH TT

 A potência gerada pela bomba, com eficiência é: P


 QH P
W P
P

Potência : [watts, ft-lb/s, HP]. 1 C.V=735,5 W


FENÔMENOS DE TRANSPORTE
Estudo das perdas

O termo relacionado as perdas de energia da equação da


conservação da energia é relacionado com dois tipos de
perdas:

 Perdas localizadas ou singulares

 Perdas distribuída
FENÔMENOS DE TRANSPORTE
Estudo das perdas
 A perda de carga distribuída (hf) ocorre devido ao atrito das
próprias partículas do fluido entre si. É denotada equação de Darcy-
Weissbach por:
L V2
hf  f
D 2g

Sendo:  
f    , Re 
L: comprimento do conduto; D 
d: diâmetro interno do conduto;
V: velocidade do fluido; No. de Reynolds
Rugosidade
f: fator de atrito relativa
FENÔMENOS DE TRANSPORTE
Estudo das perdas
Fator de atrito (f ) para:

64
 Regime laminar: f 
Re

 Regime turbulento – Diagrama de Moody (Tabela próximo slide).

 Correlaçoes semi-impíricas (Colebrook-White etc) ; Diâmetro


equivalente.
FENÔMENOS DE TRANSPORTE
FENÔMENOS DE TRANSPORTE
FENÔMENOS DE TRANSPORTE
Estudo das perdas
A perda de carga singular (hs) ocorre as perturbações bruscas no
escoamento (válvulas, registros, alargamento/estreitamento brusco ,
etc). A equação é descrita por:

V2
hs   K
2g
Sendo:
K: coeficiente de perda de carga singular fornecidos por tabelas
FENÔMENOS DE TRANSPORTE
Estudo das perdas
Outro método para determinação das perdas singulares é o
dos “comprimentos equivalentes”. É o comprimento fictício de uma
tubulação constante de mesmo diâmetro, que produziria uma
perda destruída igual à perda singular da singularidade. Sua
determinação pode ser feita da seguinte forma:

Leq V 2
h f eq  f
DH 2 g

Sendo :
A área da seção transvers al
DH  4.
PM perímetro molhado
FENÔMENOS DE TRANSPORTE
FENÔMENOS DE TRANSPORTE
FENÔMENOS DE TRANSPORTE
FENÔMENOS DE TRANSPORTE
Equação da Perda de Carga
Enfim, a Equação da Conservação da Energia, para um escoamento
incompressível (forma completa):

 P V2   P V2 
   z   H P     z   H T  h f  hs
 g 2 g entrada  g 2 g  saída

Sendo: V2 L V2 Perdas
hs   K hf  f
2g D 2g
“Head loss”!

Se qualquer uma das quantidades for zero (não existir) o termo apropriado é
simplesmente omitido.Ex : se o escoamento não tiver turbina o termo HT desse ser
desconsidera.
FENÔMENOS DE TRANSPORTE
Exemplo
Dois reservatórios são conectados por uma tubulação de
comprimento 100 m, diâmetro 50 mm e rugosidade relativa 0,002. Qual a
perda de carga no duto se a vazão é de 4 m³/h?
A massa específica de 780 kg/m³ e viscosidade dinâmica 1,7.10-³ Pa.s.
FENÔMENOS DE TRANSPORTE
Exemplo
Se a vazão de um tubo de ferro forjado de 10 cm de diâmetro é 0,04 m³/s,
encontre a diferença de elevação H para os dois reservatórios.
FENÔMENOS DE TRANSPORTE
Como escolher os pontos???
Um sistema de bombeamento deve ser projetado para
retirar a água de um reservatório A e elevá-la para um
reservatório B. A vazão de projeto do sistema é 7,2 m³/h
e o diâmetro da tubulação deve ser de 0,0508 m e no
recalque e 0,0762 m na sucção. Dado: Perda de carga nas tubulações: hL = 0,1929.Q²
[Q: m³/h, hL: m]

a- A potência que deve ser fornecida ao fluido

b- A potência de eixo considerando uma


bomba com 60% de eficiência.
FENÔMENOS DE TRANSPORTE
MÓDULO B – TRANSFERÊNCIA DE CALOR

- Motivação
- Modos de transferência de calor, conceito: condução, convecção
e radiação
- Condução de calor unidimensional e estado estacionário
- Convecção
- Radiação
- Condução 3D
- Transferência de calor transiente
FENÔMENOS DE TRANSPORTE
Introdução
A transferência de calor é fundamental para todos os ramos da
engenharia. Assim como o engenheiro mecânico enfrenta problemas de
refrigeração de motores, de ventilação, ar condicionado, etc., o
engenheiro químico ou nuclear necessita da mesma ciência em estudos
sobre evaporação , condensação ou em trabalhos em refinarias e
reatores.
FENÔMENOS DE TRANSPORTE
Introdução
É necessário o entendimento dos mecanismos físicos que
permitem a transferência de calor de modo a poder quantificar a
quantidade de energia transferida na unidade de tempo (taxa).

Os mecanismos são:
Condução dependem somente de um T
Radiação

Convecção depende de um T e transporte de massa


FENÔMENOS DE TRANSPORTE
Introdução
CONDUÇÃO
Processo pelo qual a energia é transferida de uma região de alta
temperatura para outra de temperatura mais baixa dentro de um meio
(sólido, líquido ou gasoso) ou entre meios diferentes em contato
direto.
FENÔMENOS DE TRANSPORTE
Introdução
CONVECÇÃO
Processo pelo qual energia é transferida das porções quentes
para as porções frias de um fluido através da ação combinada de :
condução de calor, armazenamento de energia e movimento de
mistura.
FENÔMENOS DE TRANSPORTE
Introdução
A geladeira é um exemplo de convecção.

O ar frio do congelador desce


enquanto o ar quente, que está
embaixo, sobe. Assim, produzem-
se correntes de convecção, que
mantêm o interior da geladeira
em constante resfriamento.
FENÔMENOS DE TRANSPORTE
Introdução
RADIAÇÃO
Processo pelo qual calor é transferido de um superfície em alta
temperatura para um superfície em temperatura mais baixa quando
tais superfícies estão separados no espaço, ainda que exista vácuo
entre elas. É feita sob a forma de ondas eletromagnéticas.
FENÔMENOS DE TRANSPORTE
Introdução
MECANISMOS COMBINADOS
Na maioria das situações práticas ocorrem ao mesmo tempo dois
ou mais mecanismos de transferência de calor atuando ao mesmo
tempo.
FENÔMENOS DE TRANSPORTE
Introdução
Exemplo : garrafa térmica.

q1 : convecção natural entre o café e a parede do frasco plástico


q2 : condução através da parede do frasco plástico
q3 : convecção natural do frasco para o ar
q4 : convecção natural do ar para a capa plástica
q5 : radiação entre as superfícies externa do frasco e interna da capa
plástica
q6 : condução através da capa plástica
q7 : convecção natural da capa plástica para o ar ambiente
FENÔMENOS DE TRANSPORTE
Introdução
REGIMES DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR

Se quantidade de calor transferida é constante e o perfil de


temperatura ao longo da parede não varia temos o regime permanente
(a). Em caso contrario temos o regime transiente (b).

A maioria dos problemas de transferência de calor são ou podem


ser tratados como regime permanente.
FENÔMENOS DE TRANSPORTE
Introdução
SISTEMAS DE UNIDADES
As unidades mais usuais de energia ( Btu e Kcal ) são baseadas em fenômenos térmicos, e definidas como :

Btu é a energia requerida na forma de calor para elevar a temperatura de 1lb de água de 67,5 °a 68,5 °F

Kcal é a energia requerida na forma de calor para elevar a temperatura de 1kg de água de 14,5 °C a 15,5 °C

Em relação ao calor transferido, as seguintes unidades que são, em geral, utilizadas :



q - transferência de calor transferido (potência) : W, Btu/h, Kcal/h

Q - quantidade de calor transferido (energia) : J, Btu, Kcal

Observação: Fluxo de calor tem unidade de taxa de calor, por exemplo, Watts, por área!!!
Logo, W/m²
FENÔMENOS DE TRANSPORTE

CONDUÇÃO DE CALOR
FENÔMENOS DE TRANSPORTE
CONDUÇÃO DE CALOR
Muitos dos problemas industriais de condução de calor podem ser
modelados unidimensionalmente e em regime permanente . Exemplo:
transferência de calor ao longo de um tubo.

T=f (r)

A temperatura da parede do tubo pode ser considerada função


apenas do raio do tubo. É válida se o fluido escoa uniformemente ao
longo da superfície interna e se o tubo não for longo o suficiente para
que ocorram grandes variações de temperatura.
FENÔMENOS DE TRANSPORTE
CONDUÇÃO DE CALOR
LEI DE FOURIER
A quantidade de calor transferida por condução, na unidade de tempo
em um material, é igual ao produto das seguintes quantidades:

 dT
q   kA
dx


Onde:
q , fluxo de calor por condução ( Kcal/h no sistema métrico)
k, condutividade térmica do material;
2
A, área da seção através da qual o calor flui por condução, ( m ) ;
dT/dx , a razão de variação da temperatura T com a distância, na direção x do fluxo
de calor (°C/h ) .
FENÔMENOS DE TRANSPORTE
CONDUÇÃO DE CALOR
O sinal negativo na equação de Fourier é que como o calor flui do
ponto de temperatura mais alta para o de temperatura mais baixa
(gradiente negativo), o fluxo só será positivo quando o gradiente for
positivo (multiplicado por -1).
FENÔMENOS DE TRANSPORTE
CONDUÇÃO DE CALOR
O fator k ( condutividade térmica ) na equação de Fourier é uma
propriedade de cada material . Quando o valor de k é elevado o
material é considerado condutor térmico e, caso contrário, isolante
térmico.

Btu
No sistema inglês fica assim :
h. ft.o F
W
No sistema internacional (SI), fica assim :
m.K
FENÔMENOS DE TRANSPORTE
CONDUÇÃO DE CALOR
CONDUÇÃO DE CALOR EM UMA PAREDE PLANA

Aplicado a equação de Fourier, tem-se:

dT
q   k . A.
dx

Fazendo a separação de variáveis, obtemos :


q.dx  k . A.dT
q

FENÔMENOS DE TRANSPORTE
CONDUÇÃO DE CALOR
Em ( x=0 ) a temp. é T1 e na face externa ( x=L ) a temp. é T2. Em regime
permanente:

q.L  0  k. A.T2  T1 


L T2
q. dx   k . A. dT q.L  k. A.T1  T2 
0 T1

Considerando que ( T1 - T2 ) é a diferença de temperatura entre as faces


da parede ( T ), o fluxo de calor a que atravessa a parede plana por
condução é :

k.A
q  .T Eliminou-se o sinal de menos pois fez a diferença
De temperatura é da maior pela menor!
L
FENÔMENOS DE TRANSPORTE
CONDUÇÃO DE CALOR
Exemplo: A operação de um forno necessita reduzir as perdas térmicas
pela parede de um forno por razões econômicas.
k.A
q  .T
L
OBJETIVO VARIÁVEL AÇÃO
k↓ trocar a parede por outra de menor condutividade térmica

q↓ A↓ reduzir a área superficial do forno


L↑ aumentar a espessura da parede

Isolamento térmico sobre a parede cumpre ao mesmo tempo as ações


de redução da condutividade térmica e aumento de espessura da
parede.
FENÔMENOS DE TRANSPORTE
Exemplo 1
Um equipamento condicionador de ar deve manter uma sala, de 15
m de comprimento, 6 m de largura e 3 m de altura a 22 °C. As paredes da
sala, de 25 cm de espessura, são feitas de tijolos com condutividade
térmica de 0,14 Kcal/h.m.°C e a área das janelas podem ser consideradas
desprezíveis. A face externa das paredes pode estar até a 40 °C em um
dia de verão. Desprezando a troca de calor pelo piso e pelo teto, que
estão bem isolados, pede-se o calor a ser extraído da sala pelo
condicionador ( em HP ). Adote: 1 HP = 641,2 Kcal/h
FENÔMENOS DE TRANSPORTE
Exemplo 2
As superfícies internas de um grande edifício são mantidas a 20 °C,
enquanto que a temperatura na superfície externa é -20 °C. As paredes
medem 25 cm de espessura , e foram construídas com tijolos de
condutividade térmica de 0,6 kcal/h m °C. a) Calcular a perda de calor
para cada metro quadrado de superfície por hora. b) Sabendo-se que a
área total do edifício é 1000 m² e que o poder calorífico do carvão é de
5500 kcal/Kg, determinar a quantidade de carvão a ser utilizada em um
sistema de aquecimento durante um período de 10 h. Supor o
rendimento do sistema de aquecimento igual a 50%.
FENÔMENOS DE TRANSPORTE
CONDUÇÃO DE CALOR
ANALOGIA ENTRE RESISTÊNCIA TÉRMICA E RESISTÊNCIA ELÉTRICA
O fluxo de calor através de uma parede plana pode ser colocada na
seguinte forma :
T T
q  
q  onde, T é o potencial térmico e
L R
k.A R é a resistênci a térmica da parede
Dada esta analogia, é comum a utilização de uma notação
semelhante a usada em circuitos elétricos, quando representamos a
resistência térmica de uma parede ou associações de paredes
FENÔMENOS DE TRANSPORTE
CONDUÇÃO DE CALOR
ASSOCIAÇÃO DE PAREDES PLANAS EM SÉRIE
Um sistema de paredes planas associadas em série, para o caso
geral em que temos uma associação de paredes n planas associadas em
série o fluxo de calor é dado por :

k1 k2 k3
T1
T2

T total
T3 .
n q
q  , ondeRt   Ri  R1  R2      Rn T4
Rt i 1

L1 L2 L3
FENÔMENOS DE TRANSPORTE
CONDUÇÃO DE CALOR
ASSOCIAÇÃO DE PAREDES PLANAS EM PARALELO
Um sistema de paredes planas associadas em paralelo, para o
caso geral o fluxo de calor é dado por :

T total 1 n
1 1 1 1
q  , onde       
Rt Rt i 1 Ri R1 R2 Rn
FENÔMENOS DE TRANSPORTE
Exemplo 2
Uma parede de um forno é constituída de duas camadas : 0,20 m
de tijolo refratário (k = 1,2 kcal/h.m.°C) e 0,13 m de tijolo isolante (k =
0,15 kcal/h.m.°C). A temperatura da superfície interna do refratário é
1675 °C e a temperatura da superfície externa do isolante é 145 °C.
Desprezando a resistência térmica das juntas de argamassa, calcule :
a) o calor perdido por unidade de tempo e por m² de parede;
b) a temperatura da interface refratário/isolante.
FENÔMENOS DE TRANSPORTE
Exemplo 4
Calcular o fluxo de calor na parede composta abaixo :

material a b c d e f g

onde, K (Kcal/h.m°C) 173 70 17 104 51 68 34

Usando a analogia elétrica, o circuito equivalente à parede composta é :


FENÔMENOS DE TRANSPORTE
CONDUÇÃO DE CALOR
CONDUÇÃO DE CALOR ATRAVÉS DE CONFIGURAÇÕES CILÍNDRICAS

Consideremos um cilindro vazado submetido à uma diferença de


temperatura entre a superfície interna e a superfície externa. O fluxo de
calor através de uma parede cilíndrica será então :

k .2. .L
q  .T1  T2 
r 
ln  2 
 r1 
FENÔMENOS DE TRANSPORTE
CONDUÇÃO DE CALOR
CONDUÇÃO DE CALOR ATRAVÉS DE CONFIGURAÇÕES ESFÉRICAS
FENÔMENOS DE TRANSPORTE
CONDUÇÃO DE CALOR
Resistência térmica de paredes esféricas / cilíndricas

Para o caso geral em que temos uma associação de paredes n


esféricas, por analogia com paredes planas, o fluxo de calor é dado por :

q 
T total n
onde, Rt   Ri  R1  R2    Rn
Rt i 1
FENÔMENOS DE TRANSPORTE
Exemplo 4
Um tanque de aço ( k = 40 Kcal/h.m.°C ), de formato esférico e raio interno
de 0,5 m e espessura de 5 mm, é isolado com 1½" de lã de rocha ( k = 0,04
Kcal/h.m.°C ). A temperatura da face interna do tanque é 220 °C e a da face
externa do isolante é 30 °C. Após alguns anos de utilização, a lã de rocha foi
substituída por outro isolante, também de 1½" de espessura, tendo sido notado
então um aumento de 10% no calor perdido para o ambiente ( mantiveram-se
as demais condições ). Determinar :
a) fluxo de calor pelo tanque isolado com lã de rocha;
b) o coeficiente de condutividade térmica do novo isolante;
c) qual deveria ser a espessura ( em polegadas ) do novo isolante para que se
tenha o mesmo fluxo de calor que era trocado com a lã de rocha.
FENÔMENOS DE TRANSPORTE
Exemplo 6
Uma camada de material refratário ( k=1,5 kcal/h.m.oC ) de 50 mm de
espessura está localizada entre duas chapas de aço ( k = 45 kcal/h.m°C ) de
6,3 mm de espessura. As faces da camada refratária adjacentes às placas
são rugosas de modo que apenas 30 % da área total está em contato com
o aço. Os espaços vazios são ocupados por ar ( k=0,013 kcal/h.m.°C ) e a
espessura média da rugosidade de 0,8 mm. Considerando que as
temperaturas das superfícies externas da placa de aço são 430 °C e 90 °C,
respectivamente; calcule o fluxo de calor que se estabelece na parede
composta.
O circuito equivalente para a parede
composta é :
FENÔMENOS DE TRANSPORTE

CONVECÇÃO
FENÔMENOS DE TRANSPORTE
CONVECÇÃO
O calor transferido por convecção pode ser calculado através da
relação proposta por Isaac Newton:

q  h. A.T

Onde,

q , taxa de calor transferido por convecção ( kcal/h);
A, área de transferência de calor (m²);
T , diferença de temperatura entre a superfície (Ts) e a do fluido em um local
bastante afastado da superfície (T) (°C).
h , coeficiente de transferência de calor por convecção ou coeficiente de película.
FENÔMENOS DE TRANSPORTE
CONVECÇÃO
O coeficiente de película (h) é, na realidade, uma função complexa
do escoamento do fluido, das propriedades físicas do meio fluido e da
geometria do sistema.

Ordens de grandeza do coeficiente de película ( h )


Meio kcal/h.m².°C
Ar, convecção natural 5-25
Vapor, convecção forçada 25-250
Óleo, convecção forçada 50-1500
Água, convecção forçada 250-10000
Água convecção em ebulição 2500-50000
Vapor, em condensação 5000-100000
FENÔMENOS DE TRANSPORTE
CONVECÇÃO
Camada Limite
O fluido contido na região de variação substancial de temperatura
é chamado de camada limite térmica. A transferência de calor por
convecção ocorre se ocorrer um gradiente de temperatura ( camada
limite térmica ) em uma região de baixa velocidade ( camada limite
hidrodinâmica ).

O coeficiente de película (h) é


inversamente proporcional à
espessura da camada limite
térmica.
FENÔMENOS DE TRANSPORTE
CONVECÇÃO
DETERMINAÇÃO DO COEFICIENTE DE PELÍCULA (h)
h é uma função do tipo : h  f D,  ,  , c , k ,  , V , g , T 
p

O estudo da convecção em gases pode ser subdividido assim :


  horizontal
  parede plana 
  vertical
natural  horizontal
 
convecçãoem gases   paredecilíndrica 
   interna
 vertical 
  externa

 forçadaetc
Os coeficientes de película são calculados a partir de equações empíricas
obtidas correlacionando-se os dados experimentais com o auxílio da
análise dimensional.
FENÔMENOS DE TRANSPORTE
Exemplo 7
Em uma placa plana de 150 X 100 mm, eletricamente aquecida, a
máxima temperatura permissível no centro da placa é 135 °C. Para este caso
específico o número de Grashof é 2,2 x 107 e o número de Prandt é 0,7.
Sabendo que a equação empírica, obtida com o auxílio da análise dimensional,
que descreve a convecção natural ( regime laminar ) em uma placa plana é
1 1 h. L
dada pela equação : Nu = 0,555  Gr 4  Pr 4 onde, Nu =
k
Calcular o fluxo de calor por transferido por convecção, por ambos lados
da placa, para o ar atmosférico a 25 °C ( kar = 0,026 Kcal/h.m.°C ). A dimensão
característica ( L ) é comprimento da placa : L =0,15 m
FENÔMENOS DE TRANSPORTE
CONVECÇÃO
RESISTÊNCIA TÉRMICA NA CONVECÇÃO

Como a expressão para o fluxo de calor transferido por convecção é :


.
q  h. A.T
Um fluxo de calor é também uma relação entre um potencial
térmico e uma resistência :

Onde: q  T 1
.
R
R h. A
FENÔMENOS DE TRANSPORTE
CONVECÇÃO
MECANISMOS COMBINADOS DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR
(CONDUÇÃO E CONVECÇÃO)
Se as temperaturas T1 e T4 dos fluidos são constantes, será
estabelecido um fluxo de calor único e constante através da parede
(regime permanente).

T T T T T total
q  1 4  1 4  q

1

L

1 R  R  R Rt
1 2 3
h . A k. A h . A
1 2
FENÔMENOS DE TRANSPORTE
Exemplo 8
Uma parede de um forno é constituída de duas camadas : 0,20 m de tijolo
refratário (k =1,2 kcal/h.m.°C) e 0,13 m de tijolo isolante (0,15 kcal/h.m.°C). A
temperatura dos gases dentro do forno é 1700°C e o coeficiente de película na
parede interna é 58 kcal/h.m².°C. A temperatura ambiente é 27 °C e o
coeficiente de película na parede externa é 12,5 kcal/h m² °C. Desprezando a
resistência térmica das juntas de argamassa, calcular :
a) o fluxo de calor por m² de parede;
b) a temperatura nas superfícies interna e externa da parede.
FENÔMENOS DE TRANSPORTE
Exemplo 9
A parede de um edifício tem 30,5 cm de espessura e foi construída com
um material de k = 1,31 W/m.K. Em dia de inverno as seguintes temperaturas
foram medidas : temperatura do ar interior = 21,1 °C; temperatura do ar
exterior = -9,4 °C; temperatura da face interna da parede = 13,3 °C;
temperatura da face externa da parede = -6,9 °C. Calcular os coeficientes de
película interno e externo à parede.
FENÔMENOS DE TRANSPORTE
Exemplo 10
Dada a parede composta abaixo, determinar :

Usando a analogia elétrica, o circuito equivalente à parede composta é :


material a b c d e f

k (Btu/h.ft.oF) 100 40 50 40 30 40
FENÔMENOS DE TRANSPORTE
Exemplo 10 (continuação)
a) O fluxo de calor, considerando a largura da parede igual a 12";
b) A temperatura da interface entre os materiais "f" e "e";
c) O coeficiente de película entre o material "f" e o ambiente, considerando
que a temperatura ambiente é 60 °F;
d) Mantendo a temperatura da face externa do material "f" em 100 °F e
reduzindo o fluxo de calor em 20%, qual deverá ser a nova espessura da
parede "f".
FENÔMENOS DE TRANSPORTE

Radiação Térmica
FENÔMENOS DE TRANSPORTE
Radiação Térmica
A radiação térmica é um fenômeno ondulatório semelhante às
ondas de rádio, radiações luminosas, raio-X, raios-, etc, diferindo
apenas no comprimento de onda ( L).
FENÔMENOS DE TRANSPORTE
Radiação Térmica
A intensidade das radiações térmicas variam existe um pico
máximo de emissão para um determinado comprimento de onda
(L max) cuja posição é função da temperatura absoluta do emissor
(radiador).
FENÔMENOS DE TRANSPORTE
Radiação Térmica
Corpo Negro é um corpo que emite e
absorve, a qualquer temperatura, a
máxima quantidade possível de radiação
em qualquer comprimento de onda.

Corpo Cinzento é o corpo cuja energia


emitida ou absorvida é uma fração da
energia emitida ou absorvida por um
corpo negro.

Ec
Emissividade é a relação entre o poder de
emissão de um corpo real e o poder de

emissão de um corpo negro.
En
onde, Ec = poder de emissão de um corpo cinzento
En = poder de emissão de um corpo negro
FENÔMENOS DE TRANSPORTE
Radiação Térmica
LEI DE STEFAN-BOLTZMANN

A quantidade total de energia emitida por unidade de área de um


corpo negro e na unidade de tempo, ou seja, o seu poder de emissão
( En ), é proporcional a quarta potência da temperatura absoluta.

En   . T 4

onde,  = 4,88  10 -8 Kcal h. m2 . K 4 (constante de Stefan - Boltzmann)


T = temperatura absoluta ( em graus Kelvin )
FENÔMENOS DE TRANSPORTE
Radiação Térmica
O fluxo de calor transferido por radiação entre duas superfícies a diferentes
temperaturas é :

q   . A1 .F12 . T14  T24 
Superfícies negras paralelas e de grandes dimensões : F12  1

1
Superfícies cinzentas grandes e paralelas: F12 
1 1
 1

1 
2

Superfície cinzenta (1) muito menor que superfície cinzenta (2) F12  
1
FENÔMENOS DE TRANSPORTE
Radiação Térmica
FATOR FORMA
A fração da radiação distribuída difusamente que deixa a superfície
Ai e alcança a superfície Aj é denominada de fator forma para radiação
Fij.
O primeiro índice indica a superfície que emite e o segundo a que
recebe radiação.
FENÔMENOS DE TRANSPORTE
Radiação Térmica
EFEITO COMBINADO CONDUÇÃO - CONVECÇÃO - RADIAÇÃO

Uma parede plana qualquer submetida à uma diferença de


temperatura.

qcond  qconv  qrad


FENÔMENOS DE TRANSPORTE
Exemplo 11
Duas placas grandes de metal, separadas de 2" uma da outra, são
aquecidas a 300°C e 100°C, respectivamente. As emissividades são
0,95 e 0,3 respectivamente. Calcular a taxas de transferência de calor
por radiação através do par de placas.
FENÔMENOS DE TRANSPORTE
Exemplo 12
Um duto de ar quente, com diâmetro externo de 22 cm e
temperatura superficial de 93 °C, está localizado num grande
compartimento cujas paredes estão a 21°C. O ar no compartimento
está a 27oC e o coeficiente de película é 5 kcal/h.m².°C. Determinar a
quantidade de calor transferida por unidade de tempo, por metro de
tubo, se :
a) o duto é de estanho ( ε= 0,1)
b) o duto é pintado com laca branca (ε = 0,9)
FENÔMENOS DE TRANSPORTE
Observação : Condução 3D – Diversos sistemas de coordenadas
FENÔMENOS DE TRANSPORTE
Passos para a determinação do equacionamento:
FENÔMENOS DE TRANSPORTE
Cartesianas:
Na direção x:

Em todas as direções (x,y,z) :


FENÔMENOS DE TRANSPORTE
Cilíndricas:
Na direção r:

Em todas as direções (r, z, Φ) :


FENÔMENOS DE TRANSPORTE
Esféricas:
Na direção r:

Em todas as direções (r, θ, Φ) :


FENÔMENOS DE TRANSPORTE
Observação: Transferência de Calor Transiente

Cartesiano
FENÔMENOS DE TRANSPORTE
FENÔMENOS DE TRANSPORTE
FENÔMENOS DE TRANSPORTE
FENÔMENOS DE TRANSPORTE
FENÔMENOS DE TRANSPORTE
FENÔMENOS DE TRANSPORTE
FENÔMENOS DE TRANSPORTE
FENÔMENOS DE TRANSPORTE
FENÔMENOS DE TRANSPORTE
FENÔMENOS DE TRANSPORTE
FENÔMENOS DE TRANSPORTE
FENÔMENOS DE TRANSPORTE
FENÔMENOS DE TRANSPORTE
FENÔMENOS DE TRANSPORTE
FENÔMENOS DE TRANSPORTE
FENÔMENOS DE TRANSPORTE
MÓDULO C – TRANSFERÊNCIA DE MASSA

- Aplicações
- Fatores que influenciam a transferência de massa
- Modos de transferência de massa
- Primeira Lei de Fick
- Segunda Lei de Fick
- Transferência de massa convectiva
FENÔMENOS DE TRANSPORTE
Transferência de Massa
Introdução
A TM é um aspecto importante de um grande número de operações
unitárias que englobam a engenharia. É um fator fundamental em extrações
com solvente, destilação, processos com membranas e em branqueamento
(análise de perda de nutrientes).
A TM de gases e vapores é um fator primário na evaporação, na
desidratação, no cozimento, na fritura e na liofilização, também é a razão de
queimaduras durante congelamento e por isso é a causa da perda de qualidade
alimentar (sabor e aspecto) em alimentos refrigerados, mantidos em atmosfera
modificada e embalados.
FENÔMENOS DE TRANSPORTE
Introdução
Transferência de Massa (T.M)

Extração com solvente; Destilação; Processos com membranas;


Branqueamento (análise de perda de nutrientes).
Processos

Fator Primário:
Evaporação; Cozimento; Liofilização;
Queimaduras durante congelamento (perda de qualidade alimentar, quanto
ao aspecto e à cor em refrigerados).

Consequência
FENÔMENOS DE TRANSPORTE
Introdução
Fatores que influenciam a T.M.:

Força motriz:
Sólidos dissolvidos em líquidos: diferença na concentração de sólidos;
Gases e Vapores: diferença na pressão parcial ou pressão de vapor.

Resistência:
Oriunda do meio através do qual o liquido, gás ou vapor move-se;
Interação entre o meio e o material.
FENÔMENOS DE TRANSPORTE
Introdução
Modos de T.M:

Movimento molecular ao acaso em fluidos estagnados  Difusão


“migração de átomos ou íons através da rede
cristalina, ou seja, ao transporte de matéria
através da matéria”.
Acontece devido a uma diferença de concentração!!

A partir de uma superfície para um liquido em movimento, adicionado


pelas características dinâmicas do escoamento  Convecção
“Transporte de poluentes num rio”
FENÔMENOS DE TRANSPORTE
Definição
Conceitos importantes

Concentração mássica (ρi - kg/m3)


- massa da espécie “i” por unidade de volume da mistura -

Concentração molar (Ci - kmol/m3)


- número de mols da espécie “i” por unidade de volume da mistura -

Massa molecular (Мi - kg/kmol)


Mistura:
2 ou +
- massa da espécie “i” contida em um mol -
componentes
i  MiC i
FENÔMENOS DE TRANSPORTE
Definição
Conceitos importantes

Concentração mássica da mistura (ρ) Fração mássica (mi)


n i
  
i 1
i
mi 

Concentração molar da mistura (C) Fração molar (xi)
n Ci
C  C
i 1
i
xi 
C
FENÔMENOS DE TRANSPORTE
Definição
VELOCIDADES

Num sistema multicomponente, as várias espécies n, moverá


normalmente a diferentes velocidades.
A velocidade da mistura será a média das velocidades de cada
espécie presente.

velocidade média mássica:

velocidade média molar:


FENÔMENOS DE TRANSPORTE
Definição
FLUXOS

É um vetor quantitativo atribuído a quantidade da espécie


particular, em uma unidade mássica ou molar, que passa em um
incremento de tempo através de uma área normal ao vetor.

(Fluxo molar) (Fluxo mássico)

(1ª Lei de Fick)


DAB : Difusividade mássica ou coeficiente de difusão do componente
A difundindo em B
dCA/dz : gradiente de concentração do componente A na direção z
FENÔMENOS DE TRANSPORTE
Exemplo

Uma placa de ferro é exposta a uma atmosfera carbonetante de um de seus lados


e uma atmosfera descarbonetante do lado oposto a 700ºC . Se uma condição de
estado estacionário é atingida , calcule o fluxo de carbono através da placa.

Sabe-se que:

• Concentrações de carbono nas posições a 5mm e a 10 mm abaixo da


superfície carbonetante são de 1,2 e 0,8 Kg/m3
• Coeficiente de difusão de 3x 10-11 m2 / s
FENÔMENOS DE TRANSPORTE
Exemplo

Um tubo de borracha, com 3 mm de diâmetro interno, 11 mm de diâmetro externo e


1 m de comprimento, é usado para transportar hidrogênio gasoso a 2 atm e 27°C.
Calcule a perda de hidrogênio através da parede de borracha em mol/h.

Sabe-se que :

• a solubilidade do hidrogênio na borracha a 27°C é 2,28 .P mol/m³, onde


P é a pressão do hidrogênio em atm.
• A difusividade do hidrogênio na borracha a 27° C é 1,8.10-10 m²/s.
• A concentração de hidrogênio no exterior é nula.
FENÔMENOS DE TRANSPORTE
Definição
Analogia!

~
(FICK) (FOURIER)

Como determinar DAB?

Sólidos Líquidos Gases


A temperatura é o parâmetro que mais influencia o coeficiente e a taxa de difusão.
FENÔMENOS DE TRANSPORTE

Função:
Tep
FENÔMENOS DE TRANSPORTE

Válida para solução líquida de não eletrólitos.


FENÔMENOS DE TRANSPORTE
Difusão em estado não estacionário:

O fluxo de difusão e o gradiente de concentração em um ponto específico no interior de


um sólido, variam ao longo do tempo.

(2ª Lei de Fick)

Se o coeficiente de difusão é independente da


composição e portanto da posição x (o que deve ser
verificado para cada caso específico) :
FENÔMENOS DE TRANSPORTE
Solução importante na prática :

Sólido semi-infinito

• a concentração na superfície é constante (fonte da espécie difusível é uma fase gasosa)

• Antes do início da difusão, os átomos do soluto em difusão que estejam presentes no


material estão uniformemente distribuídos mantendo uma concentração Co .

• O valor da dimensão x na superfície é zero e aumenta com a distância para dentro do


sólido.

• O tempo zero é tomado como sendo o instante imediatamente anterior ao início do


processo de difusão.

Cx : concentração em uma profundidade x após


decorrido um tempo t .
FENÔMENOS DE TRANSPORTE
Exemplo

Em um processo de cementação em um aço com 0.25 % de carbono a 950ºC com


uma concentração de carbono na superfície externa de 1.2% , qual deve ser o tempo
de cementação para atingir um teor de carbono de 0.8% na posição de 0.5 mm abaixo
da superfície?

Sabe-se que:

• O coeficiente de difusão do carbono no ferro nessa temperatura é de 1,6.10-11 m²/s


FENÔMENOS DE TRANSPORTE
Transferência de Massa Convectiva

~
Q = h. Δ T
FENÔMENOS DE TRANSPORTE
Transferência de massa convectiva: ocorre na direção do decréscimo de concentração

kc : dependente das características do escoamento – laminar x turbulento

kc : dependente da geometria, propriedades do fluido e do escoamento e Δ C

 Similaridades entre kc e h :

Técnicas para avaliar h  kc


FENÔMENOS DE TRANSPORTE

Ou :

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