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ÍNDICE
I – METROLOGIA EM TEMPERATURA......................................................................................... 3
1 – Padronização em temperatura – A Escala Termodinâmica de Temperatura ........................................ 3
2 – A necessidade de uma escala internacional de temperatura ................................................................ 4
II – A ESCALA INTERNACIONAL DE TEMPERATURA DE 1990 ................................................ 5
1 – Definição da escala prática de temperatura de 1990............................................................................. 6
2 – Rastreabilidade....................................................................................................................................... 6
III – MEDIÇÕES PRÁTICAS DE TEMPERATURA ......................................................................... 7
1 – Termômetros de haste de vidro ............................................................................................................. 7
2 – Termômetros Bimetálicos...................................................................................................................... 8
3 – Sistemas de bulbo – capilar ................................................................................................................... 8
IV - TERMORESISTÊNCIA ........................................................................................................... 10
1 - Limites de Erros .................................................................................................................................... 10
2 - Resistência de Isolação a Temperatura Ambiente ............................................................................... 11
3 - Resistência de Isolação a Máxima Temperatura.................................................................................. 11
4 - Auto Aquecimento ................................................................................................................................. 12
5 - Tipos de Montagens.............................................................................................................................. 12
6 - Recomendações para Instalação de Termoresistência........................................................................ 12
7 - Vantagens e Desvantagens da Termoresistência x Termopar............................................................. 13
V – TERMOPARES ....................................................................................................................... 14
1 - Tipos e Características dos Termopares .............................................................................................. 14
2 - Limites de Erros dos Termopares ......................................................................................................... 19
3 - Termopares de Classe Especial ........................................................................................................... 21
4 - Relação Temperatura Máxima x Bitola do Fio...................................................................................... 21
5 - Relação Resistência ôhmica x Bitola do Fio......................................................................................... 22
6 - União da Junção de medição................................................................................................................ 22
7 - Calibração de Termopares.................................................................................................................... 23
VI - TERMOPARES ISOLAÇÃO MINERAL.................................................................................. 25
1 - Construção do cabo isolação mineral ................................................................................................... 25
2 - Isolação Elétrica do Cabo Isolação Mineral.......................................................................................... 26
3 - Montagem do Termopar Isolação Mineral ............................................................................................ 26
4 - Vantagens do Termopar Isolação Mineral ............................................................................................ 27
5 - Características Técnicas ....................................................................................................................... 28
6 - Tipos e Números de Sensores.............................................................................................................. 28
7 - Características da Bainha Metálica....................................................................................................... 28
8 - Calibração ............................................................................................................................................. 29
9 - Isolação ................................................................................................................................................. 29
10 - Diâmetros ............................................................................................................................................ 29
11 - Tipos de Junções de Medições........................................................................................................... 29
12 - Relação Temperatura x Diâmetro ....................................................................................................... 30
13 - Relação Resistência ôhmicas x Diâmetro........................................................................................... 30
14 - Tempos de Resposta .......................................................................................................................... 31
VII – CONDIÇÕES GERAIS SOBRE OS TERMOPARES E CABOS COMPENSADOS............. 31
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I – METROLOGIA EM TEMPERATURA
1 – Padronização em temperatura – A Escala Termodinâmica de Temperatura
Quartzo
Vapor
Sólido
Líquido
Temperatura
no interior da
célula igual a
0,01 °C
Modelos de células do
ponto triplo da água
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(a) Todas as substâncias, exceto ªHe, são de composição isotópica natural. e-H2 é o
hidrogênio, na concentração de equilíbrio das formas moleculares orto e para.
(b) Os símbolos de estado físico têm o seguinte valor:
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A EIT-90 estende-se desde 0.65K até a temperatura mais alta mensurável praticamente, em
função da lei de Plank da radiação, usando-se uma radiação monocromática. A EIT-90 baseia-se
em 17pontos fixos de definição (estados de equilíbrio entre fases de uma mesma substância
pura), altamente reprodutíveis e em instrumentos padrões calibrados nestes pontos fixos.
A EIT-90 compreende várias faixas ao longo das quais as temperaturas T90 são definidas. Várias
destas faixas e sub-faixas sobrepõe-se e, portanto, onde ocorre esta sobreposição existem
definições diferentes de T90. Estas definições diferentes têm o mesmo status. Nas medições da
mais alta exatidão podem existir diferenças numéricas detectáveis entre medições realizadas na
mesma temperatura, porém, de acordo com definições diferentes. Em todos os casos,
virtualmente, essas diferenças são de importância prática desprezível.
A EIT-90 foi construída de forma que, para qualquer valor de temperatura, ao longo de sua faixa,
o valor numérico de T90 é uma aproximação rigorosa do valor de T (temperatura termodinâmica),
de acordo com as melhores estimativas da época em que a escala foi adotada. Em comparação
com medições de temperaturas termodinâmicas, as medições de T90 são realizadas mais
facilmente, são mais exatas e são altamente reprodutíveis.
Devido à maneira como forma definidas as escalas de temperaturas anteriores, continua válida a
prática usual de expressar uma temperatura em termos de sua diferença de 273,15K, o ponto do
gelo. Uma temperatura termodinâmica, T, expressa deste modo é conhecida como uma
temperatura termodinâmica, T, expressa deste modo é conhecida como uma temperatura
Celsius, símbolo t, definida por:
t° / C = T / K – 273.15
A unidade de temperatura Celsius é o grau Celsius, símbolo °C, que é, por definição, igual em
módulo ao Kelvin. Uma diferença de temperatura pode ser expressa em kelvin ou em graus
Celsius.
A EIT-90 define tanto as Temperaturas Internacionais Kelvin, símbolo T90, como as Temperaturas
Internacionais Celsius, símbolo t90. A relação entre T90 e t90 é a mesma que entre T e t, isto é:
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Observação:
Em alguns países, a escala de temperatura adotada é a escala Fahrenheit, simbolizada por tF, cuja unidade é o grau
Fahrenheit (°F). Nesta escala, se designa o valor de 32 °F ao ponto de fusão do gelo e de 212 °F para temperatura de
ebulição da água pura. Entre a temperatura Fahrenheit (tF) e a temperatura Celsius (tC), existe a seguinte relação:
Entre 0,65 K e 5,0 K, T90 é definida em função das relações entre temperatura e pressão de
vapor do 3He e 4He.
Entre 3,0 K e o ponto triplo do neônio (24,5561 K), T90 é definida através de um termômetro de
gás hélio calibrado em três temperaturas realizáveis experimentalmente para as quais foram
atribuídas valores numéricos (pontos fixos de definição), e utilização de procedimentos
especificados.
Entre o ponto triplo do hidrogênio em equilíbrio (13,8033 K) e o ponto de solidificação da prata
(961,78 °C), T90 é definida através de termômetros de resistência de platina calibrados em
conjuntos de pontos fixos de definição e da utilização de procedimentos de interpolação
especificados.
Acima do ponto de solidificação da prata (961,78 °C), T90 é definida através de um ponto de
definição e da lei de Planck da radiação.
2 – Rastreabilidade
A função precípua das várias instituições nacionais de padronização é tornar disponível aos
usuários a EIT-90. Esses laboratórios de padronização devem manter instrumentos padrões
contra os quais qualquer outro instrumento possa ser calibrado sem a necessidade de recorrer
diretamente aos procedimentos da EIT-90.
Desse modo, um usuário ao invés de adquirir os pontos fixos designados por esta escala,
submete seu termômetro a uma calibração realizada por um laboratório de padronização, usando
portanto, uma transferência da Escala Internacional. Assegura-se assim, que todas as medições
de temperatura estejam rastreadas à EIT-90.
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Padrões de referência
Padrões de transferência
Instrumentos de trabalho
São bem conhecidos os termômetros clínicos e de laboratório, nos quais o líquido contido em um
bulbo, ao se dilata, sobe em um tubo capilar graduado.
Eles são também fabricados para uso industrial, sendo neste caso o bulbo protegido por um
poço, usualmente de inox, provido de rosca ou flange para conexão ao processo. O capilar é
encerrado em uma caixa com um visor.
Ainda é usado o mercúrio, embora cada vez mais sujeito a restrições, além de alguns produtos
orgânicos com os álcoois, aos quais se adiciona um corante para melhor visibilidade.
Os limites práticos de utilização são da ordem de –150 °C a +350 °C, podendo atingir precisão de
± 0,5%.
Os termômetros de haste são apenas indicadores locais, e como os bimetálicos não permitem
leitura remota, nem fornecem sinal para sistemas de controle.
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No passado chegaram a ser fabricados tipos com contatos móveis ou sistemas de captação
fotoelétricos ou indutivos para ligação com controles, mas devido à fragilidade e complexidade e
ao custo elevado eles foram substituídos por outros tipos de sensores.
2 – Termômetros Bimetálicos
Quando uma lâmina de metal é aquecida, a dilatação provoca o aumento de seu comprimento.
Conjugando-se mecanicamente duas lâminas de metais ou ligas de diferentes coeficientes de
dilatação, o conjunto sofrerá uma deformação diretamente proporcional ao quadrado do
comprimento e a temperatura, e inversamente proporcional à espessura das lâminas.
A maior sensibilidade é conseguida com lâminas de coeficientes de dilatação bem diversas. É
comum o uso do invar, liga ferro/níquel de baixíssimo coeficiente, em conjunto com uma liga de
alto coeficiente de dilatação.
O termômetro bimetálico é muito usado para medição de temperatura no campo. O sensor é
enrolado na forma de espiral e acondicionado em um tubo protetor ou poço acoplado ao
processo por meio de rosca ou flange.
O movimento provocado pela dilatação desigual das lâminas é transmitido a um ponteiro que se
desloca sobre uma escala.
Estes termômetros são apenas indicadores locais, desprovidos de facilidades para transmissão
de sinal, e portanto não permitem leitura remota ou fechamento de malhas de controle.
De baixo custo, são fabricados cobrindo faixas diferentes, dentro dos limites aproximados de -
50ºC a +500ºC, com precisão que atingem ± 1%.
Os termômetros bimetálicos são normalmente instalados no ambiente, sendo a escala o ponteiro
e o mecanismo de acoplamento do mesmo protegidos por um invólucro hermético denominado
caixa do termômetro. O visor é vedado por uma gaxeta.
Para montagem em ambientes agressivos encontram se disponíveis caixas em inox.
Além das aplicações na medição, os elementos bimetálicos ainda são muito usados na
construção de termostatos, dispositivos que ligam ou desligam um circuito elétrico em função da
temperatura.
Encontram se termostatos em muitos aparelhos eletrodomésticos,e na proteção térmica de
motores, embora venham sendo gradativamente substituídos pelos termistores, associados a
circuitos eletrônicos de baixo custo.
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A classificação SAMA inclui ainda uma letra que sucede o número romano, e indica a faixa de
operação em relação à faixa da temperatura ambiente.
Em alguns casos a elevação do sensor em relação à caixa (Head effect) poderá afetar a
medição.
Este efeito é inexistente na classe III e é geralmente desprezível na classe V até uns 10 metros
de desnível, mas pode ser significativo nas classes I e II.
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IV - TERMORESISTÊNCIA
1 - Limites de Erros
Tolerância
Temperatura (°C) Classe A Classe B
(±°C) (± Ω) (±°C) (± Ω)
-200 0,55 0,24 1,3 0,56
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A resistência entre cada terminal do sensor e a bainha deve ser testada com uma voltagem entre
10V a 100 Vdc, sob temperatura ambiente entre 15°C a 35°C e uma umidade relativa não
excedendo a 80%. A polaridade deve ser trocada em todos os terminais.
Em todos os casos, a resistência de isolação mínima é 100MΩ.
Com voltagem não excedendo a 10 Vdc, a resistência de isolação entre cada terminal e a bainha
não deve ser menor que mostrada na tabela:
301 a 500 2
10 A 50 300 ± 10 10
10 A 50 650 ± 15 2
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4 - Auto Aquecimento
O auto-aquecimento é causado pela corrente que passa pela resistência, oriunda do instrumento
de leitura. Por efeito Joule, há a geração de calor, quando uma corrente elétrica atravessa uma
resistência.
( P = R.i2 )
Para uma medição de temperatura com termoresistência, este aquecimento pode levar a erros
que comportam esta medição; então este aquecimento tem que ser limitado a pequenos valores
para que possa ser desprezado. Para isto deve-se limitar a corrente de excitação do sensor.
Pela norma DIN-IEC 751/85, a potência máxima desenvolvida numa termoresistência não pode
ser maior que 0,1mW , o que na faixa de atuação do sensor dá uma corrente máxima de 3mA.
Valores típicos recomendados são da ordem de 1 a 2mA.
A elevação da temperatura equivalente ao aumento da dissipação de calor na termoresistência
não deve exceder a 0,3°C.
5 - Tipos de Montagens
Obs: As montagens com termoresistências são feitas de maneira similar aos termopares quanto
ao emprego de acessórios como cabeçotes, tubos e poços, bucins, niples, entre outros.
Para que se tenha um perfeito funcionamento do sensor, são necessários certos cuidados de
instalação bem como armazenagem e manutenção.
Deve-se especificar os materiais da proteção e ligações, capazes de operar na temperatura de
operação requerida.
O sensor deve ser imerso completamente no processo, para se evitar a perda de calor por
condução pelos fios e bainha. Para tal, um comprimento mínimo de imersão e o uso de materiais
de proteção com baixa condutibilidade térmica também são recomendados.
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Deve-se evitar choques mecânicos nas peças, pois estes podem danificar o sensor.
Deve-se utilizar fios de cobre de mesmo comprimento e diâmetro para interligação da
termoresistência.
Zonas de estagnação ou com baixas velocidades do fluido em contato com o sensor, não devem
ser utilizadas devido ao retardo e os erros causados à medição.
Na ligação a 3 fios, se for necessário a troca de um dos fios de interligação; recomenda-se trocar
os 3 fios para que se tenha igualdade em seus valores ôhmicos.
- Em locais sujeitos a ruídos intensos, recomenda-se o uso de cabos blindados e
torcidos.
Vantagens:
1. Possuem maior exatidão dentro da faixa de utilização do que outros tipos de sensores.
Desvantagens:
1. São mais caras do que os sensores utilizados nesta mesma faixa
3. Deteriora-se com mais facilidade, caso haja se ultrapasse a temperatura máxima de utilização.
4. É necessário que todo o corpo do bulbo esteja com a temperatura estabilizada para a correta
indicação.
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V – TERMOPARES
1 - Tipos e Características dos Termopares
Foram desenvolvidas diversas combinações de pares de ligas metálicas com o intuito de se obter
uma alta potência termoelétrica (mV/°C) para que seja detectável pelos instrumentos de
medição, aliando-se ainda às características de homogeneidade dos fios, resistência à corrosão,
relação razoavelmente linear entre temperatura e tensão entre outros, para que se tenha uma
maior vida útil do mesmo.
Podemos dividir os termopares em 3 grupos:
Os termopares de base metálica ou básicos são os termopares de maior uso industrial, em que
os fios são de custo relativamente baixo e sua aplicação admite um limite de erro maior.
As nomenclaturas adotadas estão de acordo com as normas IEC 584-2 de julho de 1982.
*Tipo T
• Composição. Cobre (+) / Cobre – Níquel (-)
• O fio negativo cobre – níquel é conhecido comercialmente como Constantan.
• Faixa de Utilização: - 200 a 350°C
Características:
Estes termopares são resistentes a corrosão em atmosferas úmidas e são adequadas para
medidas de temperaturas abaixo de zero. Seu uso no ar ou em ambientes oxidantes (excesso de
oxigênio), redutora (rica em hidrogênio, monóxido de carbono), inerte (neutra) e no vácuo, na
faixa de – 200 a 350°C.
Identificação da Polaridade:
O cobre (+) é avermelhado e o cobre – níquel (-) não.
Aplicação:
Sua maior aplicação está em indústrias de refrigeração e ar condicionado e baixas temperaturas
em geral.
* Tipo J
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Estes termopares são adequados para uso no vácuo, em atmosferas oxidantes, redutoras e
inertes. A taxa de oxidação do fio de ferro é rápida acima de 540°C e o uso em tubos de proteção
é recomendado para dar uma maior vida útil em altas temperaturas.
O termopar do tipo J não deve ser usado em atmosferas sulfurosas (contém enxofre) acima de
540°C. O uso em temperaturas abaixo de 0°C não é muito recomendado devido à rápida
ferrugem e quebra do fio de ferro, o que torna seu uso em temperaturas negativas menor que o
tipo T.
Devido à dificuldade de obtenção de fios de ferro com alto teor de pureza, o termopar tipo J tem
custo baixo e é um dos mais utilizados industrialmente.
Identificação da Polaridade:
O ferro (+) é magnético e o cobre -níquel (-) não.
Aplicação:
Indústrias em geral em até 750°C.
*Tipo E
Características:
Identificação da Polaridade:
O níquel – cromo (+) é mais duro que o cobre – níquel (-)
Aplicação:
Uso geral até 900°C
Nota: Os termopares tipo T, J e E tem como fio negativo a liga constantan, composto de cobre
e níquel, porém a razão entre dois elementos varia de acordo com as características do fio
positivo (cobre, ferro e níquel – cromo). Portanto o constantan do fio negativo não deve se
intercambiado entre os três tipos de termopares.
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*Tipo K
Características:
Os termopares tipo K são recomendáveis para uso em atmosferas oxidantes ou inertes no seu
range de trabalho. Por causa de sua resistência à oxidação, são melhores que os tipos T, J e E e
por isso são largamente usados em temperaturas superiores a 540°C.
Podem ser usados ocasionalmente em temperaturas abaixo de zero grau.
O termopar de Níquel – Cromo (ou Cromel) / Níquel – Alumínio (ou Alumel) como também é
conhecido, não deve ser utilizado em:
1. Atmosferas redutoras ou alternadamente oxidante e redutora.
2. Atmosferas sulfurosas, pois o enxofre ataca ambos os fios e causa rápida ferrugem e
quebra do termopar.
3. Vácuo, exceto por curtos períodos de tempo, pois o cromo do elemento positivo pode
vaporizar causando descalibração do sensor.
4. Atmosferas que facilitem a corrosão chamada de “Green – Root” . Green-Root, ou
oxidação verde, ocorre quando a atmosfera ao redor do termopar contém pouco oxigênio,
como por exemplo dentro de um tubo de proteção longo, de pequeno diâmetro e não
ventilado.
Quando isto acontece os fios ficam esverdeados e quebradiços, ficando o fio positivo (cromel)
magnético e causando total descalibração e perdas de suas características.
O green-root pode ser minimizado aumentando o fornecimento de oxigênio através do uso de um
tubo de proteção de maior diâmetro ou usando um tubo ventilado.
Outro modo é de diminuir a porcentagem de oxigênio para um valor abaixo da qual proporcionará
a corrosão. Isto é feito inserindo-se dentro do tubo um “getter” ou elemento que absorve oxigênio
e vedando-se o tubo.
O “getter” pode ser por exemplo uma pequena barra de titânio.
Identificação da Polaridade:
O níquel – cromo (+) não atrai ímã e o níquel – alumínio (-) é levemente magnético.
Aplicação:
É o termopar mais utilizado na indústria em geral devido a grande faixa de atuação até 1200°C.
Os termopares nobres são aqueles cujas ligas são constituídas de platina. Possuem um custo
elevado devido ao preço do material nobre, baixa potência termoelétrica e uma altíssima precisão
dada a grande homogeneidade e pureza dos fios.
*Tipo S
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* Tipo R
Características:
Identificação da Polaridade:
Os fios positivos PtRh 13% são mais duros que o fio da platina pura (fio negativo).
Aplicação:
Seu uso está em processos com temperaturas elevadas ou onde é exigida grande precisão como
indústrias de vidro, cerâmicas, siderúrgicas entre outras.
* Tipo B
• Composição : Platina 70% - Ródio 30% (+) / Platina 94% - Ródio 6% (-)
• Faixa de Utilização: 600 a 1700°C
Características :
É o único termopar que não necessita de cabo compensado para sua interligação com o
instrumento receptor, fazendo-se o uso de cabos de cobre comuns (até 50°C).
Identificação da Polaridade:
O fio de platina 70% - Ródio 30% (+) é mais duro que o platina 94% - Ródio 6% (-).
Aplicação:
Seu uso é em altas temperaturas como indústria vidreira e outras.
Termopares Novos:
Ao longo dos anos, novos tipos de termopares foram desenvolvidos para atender às condições
de processo onde os termopares vistos até aqui não atendiam a contento.
A maioria destes termopares ainda não estão normalizados e nem são fabricados no Brasil.
* Platina 60% - Ródio 40% (+) / Platina 80% - Ródio 20% (-)
É usado continuamente até 1800 °C ou ocasionalmente a 1850 °C, em substituição ao tipo B.
Não recomendado para atmosferas redutoras.
Existem também o Pt 80% - Rh 20% / Pt 95% - Rh 5% , Pt 87% - Rh 13% / Pt 99% - Rh 1% , Pt
95% - Mo 5% / Pt 99,9% - Mo 0,15 e o Pt 85% - Ir 15% / Pd.
* Platinel l
Paládio 83% - Platina 14% - Ouro 3% (+) / Ouro 65% - Paládio 35% (-).
Atuando em uma faixa até 1250 , se aproxima bastante do tipo K. Por sua composição conter
somente metais nobres, apresenta excelente estabilidade em atmosfera oxidante, porém não
recomendável em atmosfera redutora ou vácuo.
Estende-se por erro de um termopar, o máximo desvio que este pode apresentar em relação a
um padrão, que é adotado como padrão absoluto.
Este erro pode se expresso em graus Celsius ou em porcentagem da temperatura medida,
adotar sempre o que der maior.
A tabela abaixo fornece os limites de erros dos termopares, conforme recomendação da norma
ANSI MC 96.1 – 1982 , segundo a IPTS-68
Limites de Erro
Tipo de Faixa de
Termopar Temperatura Standard Especial
(Escolher o maior) (Escolher o maior)
T 0 a 350°C ± 1°C ou ± 0,75 % ± 0,5 °C ou ± 0,4%
J 0 a 750°C ±2,2°C ou ± 0,75% ± 1,1°C ou ± 0,4%
E 0 a 900°C ± 1,7 °C ou ± 0,5% ± 1°C ou ± 0,4 %
K 0 a 1250°C ±2,2°C ou ± 0,75% ± 1,1°C ou ± 0,4%
Se R 0 a 1450°C ±1,5°C ou ± 0,25% ± 0,6°C ou ± 0,1%
B 800 a 1700°C ± 0,25 % -
T -200 a 0°C ±1°C ou ± 1,5 % -
E -200 a 0°C ± 1,7 °C ou ± 1% -
K -200 a 0°C ± 2,2 °C ou ± 2% -
Notas:
- Estes limites atendem as normas ASTM-E-230/77 – USA, UNI 7938 – ITÁLIA, BS –
4937 – INGLATERRA, JIS C1602 – JAPÃO E IEC 584-2 DE 1982 para termopares
convencionais e de isolação mineral.
- Temperatura da junção e de referência a 0°C.
- Quando o limite de erro é expresso em % este se aplica à temperatura que está sendo
medida.
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Apesar destes limites de erros atenderem a norma, IEC 584-2 DE 1982 e ainda serem utilizados,
apresentamos a revisão feita em junho de 1989 da IEC 584-2.
Segundo esta norma internacional IEC 584-2 de 1989, foi adotado em diversos países do globo,
inclusive adotado pela ABNT, tornando-se uma NBR, as seguintes tolerâncias e faixas de
trabalho para os termopares, todos eles referenciados a zero grau Celsius.
Limites de erros para Termopares convencionais e minerais segundo a norma IEC 584 – 2
(Revisão junho de 1989)
Notas:
a) A nomenclatura dos termopares segundo a IEC 584 – 2:
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b) Existem, segundo a norma DIN 43710 , 2 designações importantes para os termopares que
são o tipo U (cobre / cobre – níquel) e o tipo L (ferro / cobre – níquel). Os termopares são
analógicos aos tipos T e J da ANSI e IEC , só que com composições químicas diferentes.
Conforme verificado nas tabelas anteriores, existem 2 classes de exatidão para termopares; a
Classe Standard que é a mais comum e mais utilizada e a classe Especial também chamada de
“Premium Grade”.
Estes termopares são fornecidos na forma de pares casados; ou seja; com características de
ligas com graus de pureza superiores ao Standard. Além disso, há também todo um trabalho
laboratorial para adequar num lote de fios, aqueles que melhor se adaptam (casam entre si),
conseguindo com isso uma melhor exatidão na medição de temperatura.
Os termopares têm limites máximos e mínimos de aplicação que são funções das características
dos fios.
Os limites mínimos segundo a ANSI MC 96.1 são –200°C para os tipos T, E, e K, 0°C para os
tipos S e R e 800°C para o tipo B.
Os limites superiores dependem do diâmetro do fio utilizado na construção dos termopares.
Na tabela abaixo temos os limites máximos de temperatura em função dos diâmetros dos fios,
segundo a ANSI MC 96.1 –1982:
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Nota:
Estes limites se aplicam para termopares convencionais em uso contínuo, com poços ou tubos
de proteção com a extremidade fechada; portanto não sendo válida para os termopares isolação
mineral.
Nota:
Todos os valores informados nas tabelas anexas são um guia de consultas para o usuário e não
devem ser tomados como valores absolutos e nem como garantia de vida e desempenho
satisfatórios.
Estes tipos e dimensões são usados algumas vezes acima dos limites citados, mas geralmente a
custa de estabilidade, vida útil ou ambos, em outras circunstâncias é necessário reduzir os limites
supra, a fim de alcançar uma aplicação desejada.
A junção de medição (junta quente) de um termopar pode ser obtida por qualquer método que dê
a solidez necessária e um bom contato elétrico entre os dois fios, sem, contudo alterar as
características termoelétricas dos mesmos, podendo estes serem torcidos ao redor do outro
antes da solda (junção torcida) ou simplesmente serem encostados um no outro para ser soldado
depois (junção de topo).
Para os termopares de base metálica como os tipos E, T, J, e K, deve-se inicialmente lixar as
pontas da solda. Já para os termopares nobres, não há necessidade de se preparar a superfície,
entretanto deve-se tomar muito cuidado na manipulação dos fios, evitando a contaminação por
óleo, suor ou poeira.
Entre as diferentes maneiras de se realizar um bom contato elétrico na junção de medição do
termopar, a solda é a mais utilizada, porque assegura uma ligação perfeita dos fios por fusão dos
metais do termopar.
Com exceção da solda prata, não é colocado nenhum outro material metálico para se realizar a
solda, tendo somente a fusão dos metais. O único inconveniente da soldagem é, se a chama do
maçarico não estiver bem regulada, de contaminar os fios criando heterogeneidades; o que pode
tirar o termopar da sua curva de calibração.
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Lembrar que numa solda feita a maçarico oxi-acetileno, se a porcentagem de oxigênio for muito
pequena, tem-se uma chama com características redutoras, o que é prejudicial aos termopares
do tipo E, K, S, R e B. O ajuste do tipo de chama adequado é muitas vezes dado pela coloração
da chama.
Além do maçarico, pode-se usar solda TIG, resistência (caldeamento) ou arco plasma.
7 - Calibração de Termopares
Métodos de Calibração:
Existem 2 técnicas de se aferir sensores de temperatura que são:
1. A calibração absoluta ou por pontos fixos
2. Por comparação
3. Veremos a seguir os dois métodos:
4. A calibração Absoluta ou por Pontos fixos baseia-se na verificação do sinal gerado por um
termopar em vários pontos fixos de temperatura como pontos de solidificação, ebulição e
pontos triplos de substâncias puras, padronizadas atualmente pela ITS-90.
Zero absoluto....................................................................-273,15°C
Ponto Triplo do Hélio........................................................-259,3467°C
Ponto Triplo do Neon........................................................-248,5939°C
Ponto de Ebulição do Nitrogênio......................................-195,7980°C
Ponto Triplo do Argônio....................................................-189,3442°C
Ponto de Ebulição do Oxigênio........................................-182,9540°C
Ponto Triplo do Mercúrio..................................................-38,8344°C
Ponto Triplo da Água.......................................................-+0,01°C
Ponto de Fusão do Gálio.................................................+29,7646°C
Ponto de Solidificação do índio........................................+156,5985°C
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Para a realização da calibração, coloca-se o sensor a ser calibrado nestes pontos fixos e faz-se a
leitura do sinal gerado com um instrumento padrão. O sinal lido é comparado com o valor
conhecido do ponto fixo, verificando-se qual é o erro ou desvio do sensor em relação ao ponto
fixo.
Isto é feito em várias temperaturas diferentes para cobrir toda a faixa de trabalho do sensor.
Este é um método de extrema exatidão porém de dificuldade de realização, pois exige um
laboratório altamente sofisticado assim como instrumentos padrões para a leitura. Devido ao grau
de exatidão e repetibilidade alcançados (algumas vezes até de 0,0001°C) é usado para a
determinação de sensores padrão.
Coloca-se o forno numa temperatura desejada, com os termopares que se deseja calibrar na
mesma posição que o sensor padrão. Isto é fundamental para que tenhamos a mesma
temperatura nos dois sensores.
Espera-se um tempo de estabilização para a completa homogeneização do forno com os
sensores a serem calibrados.
Para a compensação da junção de referência, utiliza-se um banho de gelo ou zero eletrônico,
caso o instrumento de leitura não o faça; ou ligando diretamente os termopares no instrumento
se este tiver o circuito compensador da junção de referência. Um tempo para estabilização
também é requerido.
Faz-se a leitura dos sinais gerados tanto do padrão como dos sensores em teste. Corrigido o
desvio do padrão (com seu respectivo certificado), faz-se a conversão dos sinais para unidades
de engenharia (°C ser maior que os valores máximos admitidos por norma).
Após estes procedimentos, eleva-se a temperatura do banho ou forno para um outro valor
estabelecido e repete-se os itens anteriores, fazendo isto para diversas temperaturas.
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Segundo a ASTM E-220/86 , o número de pontos de temperatura para se fazer uma calibração
por comparação, depende muito do tipo do termopar e do grau de exatidão requerido. Esta
norma recomenda cobrir a faixa toda de trabalho do termopar de 100 em 100°C, porém esta taxa
de variação pode aumentar, usando-se a interpolação matemática para os valores não cobertos.
A calibração por comparação é um método suficientemente preciso e de relativa facilidade de
obtenção, não exigindo laboratórios sofisticados como no caso da calibração por pontos fixos.
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Existe uma relação entre diâmetro externo da bainha para o diâmetro dos fios
termopares e espessura da parede da bainha, oferecendo uma razão para a espessura
da bainha (para proteção do termopar) e o espaçamento interno (para garantir a elevada
isolação elétrica em altas temperaturas).
Onde: df é o diâmetro dos fios termopares, e B é a espessura da parede da bainha e é o
espaçamento entre os fios e a bainha.
Na tabela abaixo damos alguns valores de diâmetro dos fios (df) e espessura da bainha
(eB) em função do diâmetro externo (D) para termopar isolação mineral simples:
Depois de concluídas as etapas de trefilação, tratamento térmico e alguns testes como inspeção
visual, continuidade, isolação e inspeção dimensional inicia-se a montagem do termopar.
a) Montagem da junção de medição
- Corte do cabo no comprimento desejado
- Remoção do óxido de magnésio da ponta
- Solda dos termoelementos usando a solda TIG com atmosfera inerte
- Preenchimento do espaço vazio com óxido de magnésio (esta etapa não é feita se a
junção de medição for alterada)
- Solda do plug de fechamento
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a) Estabilidade na F.E.M
Esta estabilidade é caracterizada pelos condutores estarem totalmente protegidos de ambientes
agressivos que normalmente causam oxidação e envelhecimento dos termopares
b) Resposta Rápida
O pequeno volume e alta condutividade térmica do óxido de magnésio, promovem uma rápida
transferência de calor, superior aos termopares com montagem convencional.
d) Facilidade de Instalação
A dimensão reduzida, a grande maleabilidade a alta resistência mecânica do cabo isolação
mineral, asseguram uma facilidade de instalação mesmo em locais de difícil acesso.
e) Resistência a Corrosão
Os termopares isolação mineral são disponíveis com diversos tipos de capas metálicas, para
garantir sua integridade em qualquer tipo de ambiente corrosivo, qualquer que seja o termopar.
g) Blindagem Eletrostática
A bainha metálica devidamente aterrada, oferece excelente blindagem contra interferências
eletrostáticas (ruídos).
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5 - Características Técnicas
Para a perfeita seleção de um termopar isolação mineral, devem ser levados em consideração
todas as possíveis características e normas exigidas pelo processo.
Estamos fornecendo algumas características técnicas, fundamentais para a escolha do mesmo:
Os termopares isolação mineral podem ser dos tipos T, E, J e K, podendo ser simples (1 par de
fios), duplo (2 pares de fios) ou mesmo até triplo (6 termoelementos dentro de uma única bainha).
Obs: Existem termopares isolação mineral de platina dos tipos S, R e B. Sua isolação pode ser
óxido de magnésio, óxido de berílio, alumina e o material da bainha de molibdênio, tântalo ou
titânio. A escolha destes materiais vai depender da temperatura e do meio em que for colocado o
termopar, mas sua aplicação é muito pequena.
A escolha do material da bainha é fundamental para vida útil do termopar isolação mineral, pois
se a bainha resistir às condições do ambiente agressivo, o termoelemento também resistirá.
Temperatura Max.
Material da Bainha Considerações gerais
Recomendada °C
Boa resistência à corrosão, podendo ser
usada em atmosfera oxidante, redutora,
900 neutra e no vácuo. Não recomendável o uso
Inox 304
na presença de enxofre ou chamas
redutoras
Boas propriedades de resistência à
oxidação em altas temperaturas, utilizável
1100 em atmosfera oxidante, redutora, neutra ou
Inox 310
no vácuo. Bom para
uso em atmosfera sulfurosa.
Maior resistência à corrosão do que o Inox
Inox 316 900
304, boa resistência a ácidos e álcalis.
Excelente resistência à oxidação em altas
Alloy 600 temperaturas. Seu uso em atmosferas com
1150
enxofre deve ser evitado.
Excelente resistência à corrosão e oxidação
Aço cromo 446 1100 em alta temperatura. Boa resistência em
atmosferas sulfurosas.
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Nota: Nesta tabela estão listados os materiais normalmente utilizados, porém existe a
disponibilidade de outros materiais.
8 - Calibração
9 - Isolação
Isolação a Quente:
10 - Diâmetros
Os mais variados diâmetros podem ser obtidos com termopares isolação mineral, pois é só variar
os diâmetros durante a trefilação do cabo.
Os diâmetros mais comuns são os de 0,5 / 1,0 / 2,0 / 3,0 / 4,5 / 6,0 e 8,0 mm.
Estes diâmetros são da bainha metálica externa.
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b) Junção Aterrada: neste, os termoelementos e a bainha são soldados juntos para formar a
junção de medição. Assim os fios são aterrados na bainha.
Este tipo de montagem apresenta um tempo de resposta um pouco maior que a junção exposta,
mas ainda sim menor que a junção isolada; podendo ser usado em ambientes agressivos devido
à isolação dos termoelementos.
Não é recomendável para ambientes ruidosos devido à captação destes ruídos, podendo
transmiti-los para o instrumento indicador gerando erros e instabilidade na leitura.
c) Junção Isolada: é quando a junção de medição é isolada eletricamente da bainha. Este tipo
de montagem é o mais utilizado.
Suas características são:
1. Um tempo de resposta maior que as montagens anteriores.
2. Os termoelementos ficam totalmente protegidos do meio externo garantindo maior vida útil e
podendo ser usado em ambientes sujeitos a campos elétricos, pois sendo isolado da bainha, fica
mais imune a interferências eletrostáticas.
Esta tabela sugere os limites superiores de temperatura para vários tipos de termopares simples
isolação mineral com relação aos seus diâmetros externos, segundo a norma ASTM E-608/84.
Diâmetro da Temperaturas em °C
bainha (mm) T J E K
0,5 260 260 300 700
1,0 260 260 300 700
1,6 260 440 510 920
3,2 315 520 650 1070
6,3 315 720 820 1150
Esta tabela sugere as resistências ôhmicas com relação ao seu diâmetro externo para vários
tipos de termopares isolação mineral em ohms por metro a 20°C.
14 - Tempos de Resposta
As constantes de tempo apresentadas na tabela abaixo, são típicas para termopares isolação
mineral submetidos a um gradiente de temperatura de aproximadamente 20°C para 100°C.
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Todas estas técnicas de hardware ou software para filtrar as entradas de informações, combatem
de diferentes maneiras, o ruído já introduzido na linha de sinal. No entanto é muito melhor limitar
a quantidade de ruído que pode se infiltrar na linha.
Um modo de se conseguir este objetivo é através do uso de Transmissores de Sinais para
carregar a linha com um sinal de tensão ou corrente contínua de alto nível (1 a 5Vcc ou 4 a
20mA).
O uso dos transmissores de sinal, possibilita além de tornar o circuito termoelétrico quase imune
aos problemas de ruídos espúrios, há também algumas vantagens como a de se utilizar fios e
cabos de cobre comuns, não precisar de blindagens e aterramentos, não necessitar de
instalação especial (bandejas e conduites comuns), transmissão de sinais a grandes distâncias,
padronização de sinais e custos de instalação reduzidos caso as distâncias forem grandes entre
sensor e instrumento. Dependendo do Span de trabalho consegue-se também uma maior
exatidão do que a montagem convencional com fios e cabos de extensão e compensação.
Existe uma relação entre diâmetro dos fios termopares e vida útil. Termopares de fio de grande
diâmetro, envelhecem mais lentamente do que aqueles constituídos por fios de pequeno
diâmetro.
Com relação à atmosfera, este é um fator que influi grandemente no envelhecimento e
conseqüentemente perda de calibração. Por exemplo, em altas temperaturas os termopares
nobres se modificam se forem introduzidos em um meio redutor e o tipo K se altera totalmente se
o meio em contato com ele for redutor, alternadamente redutor/oxidante ou uma atmosfera pobre
de oxigênio.
Quanto à temperatura, se o termoelemento for sempre submetido a valores médios ou inferiores
àqueles recomendados pelos limites de erros, o envelhecimento será muito lento. O
envelhecimento será tanto mais rápido quanto mais alta for a temperatura.
Com relação à inércia dos termopares, os fatores que influenciam nos tempos de respostas são:
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Os limites de erros vistos anteriormente (do termopar e cabo) são chamados erros individuais.
Porém o erro total dos sistemas termopar mais cabo mais instrumento, tem que ser calculado
para se conhecer o erro total numa instalação a termopar, e saber se este erro é maior ou menor
do que o processo admite.
O erro médio mais provável num sistema a termopar é igual à raiz quadrada da soma dos
quadrados dos erros absolutos de cada componente deste sistema.
Exemplo: Um processo a 1000°C , usando termopar e cabo tipo K, e um instrumento analógico
para indicação, temos:
Pode-se diminuir este erro simplesmente colocando elementos mais precisos, como um termopar
especial e um instrumento digital:
Notas:
Os limites de erros admitidos neste exemplo, estão de acordo com a norma ANSI MC 96.1 1982.
Os erros citados anteriormente são para todos os elementos (termopar, cabo e instrumento)
calibrados.
- Pirômetros ópticos
Operam a temperaturas acima de 500 / 600 °C, nas quais o material começa a emitir
radiação no espectro visível (incandescência), até uns 5000 °C
1 – Princípios
Esta lei resulta dos experimentos de Josef Stefan e das deduções de Ludwig Boltzman, e
estabelece a relação entre a temperatura de um corpo e a energia térmica irradiada.
Sua expressão é
W = ε . K .Texp.4
A emissividade é definida como a relação entre a energia irradiada pelo corpo num determinado
comprimento de onda e a energia que seria irradiada por um corpo negro neste comprimento de
onda, à mesma temperatura.
ε = W / Wn portanto 0 ≤ ε ≤ 1
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A radiação térmica emitida pelos corpos é desprezível fora da faixa de 0,3 a 20 microns*, dentro
da qual a radiação entre 0,35 e 0,75 microns corresponde ao espectro visível. Esta radiação não
apresenta a mesma intensidade (I) em todos os comprimentos de onda (λ), o que pode ser
observado nas curvas de emissão espectral.
λ
A energia total emitida, para fins de determinação da temperatura, é dada pela área delimitada
pela curva.
Refletância e transmitância
Se o corpo possuir alta refletância e estiver próximo ou circundado por um meio de temperatura
superior à dele, o pirômetro indicará uma temperatura superior à real.
Energia emitida
+
Energia refletida
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2 – Pirômetros ópticos
Baseiam se na comparação da radiação visível emitida por um corpo (fonte externa), com a
radiação do filamento de uma lâmpada padrão.
Igualam se os brilhos variando se a corrente que alimenta o filamento e/ou inserindo se filtros
calibrados no percurso da radiação da fonte externa.
5 4 3 2 1
Encontram se modelos sofisticados, nos quais o olho do operador é substituído por um detetor e
a lâmpada padrão é empregada na calibração automática. O sistema incorpora um ajuste de
emissividade e é comandado por um microprocessador.
O foco pode ser automático e a objetiva pode permitir a variação do ângulo de captação.
Podem apresentar todos os recursos descritos para os pirômetros ópticos, como foco automático,
ângulo variável e comando microprocessador.
A existência de modelos compactos, portáteis e de custo acessível abriu uma vasta gama de
aplicações na manutenção, onde são usados para detetar maus contatos em instalações
elétricas e sobre aquecimento de equipamentos elétricos e mecânicos, como mancais.
Um exemplo de sua sensibilidade é a facilidade com que se localiza, à distância de alguns
metros, a posição de um reator no interior da calha de uma lâmpada fluorescente.
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4 – Termografia
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neste caso é preciso que a temperatura do cabeço não ultrapasse a máxima temperatura
permissível para o conversor, usualmente da ordem de 50 °C a 70 °C.
Atualmente é mais comum o uso do protocolo HART (Highway Addressable Remote Transducer).
quando da aquisição de instrumentos com protocolo HART, é interessante que o fabricante
garanta a possibilidade de “upgrade” para Field Bus.
Isolador
Referência
Compensação
da junta fria
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A comunicação, local ou remota, pode ser efetuada por meio de um comunicador portátil (Hand
Held), por um micro computador ou por um sistema digital de controle que suporte o protocolo
utilizado.
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IX – BIBLIOGRAFIA
- Curso de Metrologia – Temperatura. INMETRO
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