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2003
Instrumentação
Instrumentação
SENAI-SP, 2001
Equipe responsável
Versão Preliminar
Sumário
Unidade II Hidrostática 27
Variáveis de Processo Pressão Atmosférica 28
Pressão Pressão Absoluta e Relativa 30
Densidade e Peso Específico dos Fluidos 33
Tipos de Pressão 35
Manômetros de Coluna de Líquido 39
Manômetros de Tubo de Bourdon 44
Manômetros de Diafragma 47
Método para Ensaio de Manômetros 50
Outros Sensores de Pressão 54
SENAI
Instrumentação
Unidade IV Termometria 77
Variáveis de Processo Escalas de Temperatura 80
Temperatura Medidores de Temperatura 90
Termômetros de Dilatação Volumétrica 92
Termômetros de Dilatação de Gás 103
Termômetro a Tensão de Vapor 106
Termômetro Bimetálico 108
Termômetro de Resistência (termoresistência) 112
Termistores 116
Medidores de Temperatura por Termoresistência 118
Termopares 122
Leis da Termoeletricidade 124
Compensação da Junta Fria 126
Tipos de Termopares 129
Proteção dos Termopares 143
Fios e Cabos de Extensão e Compensação 148
Erros de Ligação de Termopares 154
Pirometria de Radiação 157
Pirometria Ótica 171
SENAI
Instrumentação
Fundamentos da
Instrumentação
Conceito e Finalidade
O Controle Automático dos Processos Industriais é cada vez mais empregado por
aumentar a produtividade, baixar os custos, eliminar erros que seriam provocados
pelo elemento humano e manter automática e continuamente o balanço energético de
um processo.
Para poder controlar automaticamente um processo precisamos saber como está ele
se comportando para poder corrigi-lo, fornecendo ou retirando dele alguma forma de
energia, como por exemplo: pressão ou calor. Essa atividade de medir e comparar
grandezas é feita por equipamentos ou instrumentos que veremos a seguir.
SENAI 5
Instrumentação
TIC
CONTROLADOR
ÁGUA
TRANSMISSOR FRIA
ELEMENTO
TT PRIMÁRIO
VAPOR
E.F.C.
ÁGUA (VÁLVULA DE DIAFRAGMA)
QUENTE PROCESSO
CONDENSADO
Classes de Instrumentos
6 SENAI
Instrumentação
Transdutor - termo aplicado ao instrumento que não trabalha com sinal na entrada e
saída padrão. Como é possível observar o elemento primário, transmissor entre
outros, podem ser considerados um transdutor, porém estes elementos possuem
funções específicas com nomes específicos.
Elemento Final De Controle - dispositivo que está em contato direto com a variável
manipulada, modificando-a em resposta a um sinal de comando.
Fluxogramas de Processo
SENAI 7
Instrumentação
8 SENAI
Instrumentação
T RC 210 2 A
VARIÁVEL FUNÇÃO S
ÁREA DE NO SEQUENCIAL
U
ATIVIDADES DA MALHA
F
IDENTIFICAÇÃO IDENTIFICAÇÃO I
X
FUNCIONAL DA MALHA
O
IDENTIFICAÇÃO DOS INSTRUMENTOS
SENAI 9
Instrumentação
O O
1 GRUPO DE LETRAS 2 GRUPO DE LETRAS
INFORMAÇÃO
A ANÁLISE ALARME
B CHAMA
C CONDUTIVIDADE CONTROLADOR
ELÉTRICA
D DENSIDADE DIFERENCIAL
E TENSÃO SENSOR
(ELEM. PRIMÁRIO)
F VAZÃO RAZÃO
G VISÃO DIRETA
H MANUAL ALTO
J POTÊNCIA VARREDURA OU
SELEÇÃO MANUAL
INTERMEDIÁRIO
O ORIFÍCIO DE
RESTRIÇÃO
PONTO DE TESTE
Q QUANTIDADE INTEGRAÇÃO OU
TOTALIZAÇÃO
R RADIAÇÃO REGISTRADOR
FREQÜÊNCIA
T TEMPERATURA TRANSMISSOR
U MULTIVARIÁVEL MULTIFUNÇÃO
DE PROVA
X NÃO CLASSIFICADA EIXO DOS X NÃO CLASSIFICADA NÃO CLASSIFICADA NÃO CLASSIFICADA
OU SEQUÊNCIA DE COMPUTAÇÃO OU
DE CONTROLE NÃO
CLASSIFICADO
10 SENAI
Instrumentação
INSTRUMENTOS
DISCRETOS
INSTRUMENTOS
COMPARTILHADOS
COMPUTADOR
DE PROCESSO
CONTROLADOR
PROGRAMÁVEL
Σ OU + SOMA x MULTIPLICAÇÃO
Κ OU P PROPORCIONAL N
EXTRAÇÃO DE RAIZ
N
OU I INTEGRAL x EXPONENCIAÇÃO
d
dt OU D DERIVATIVO f(x) FUNÇÃO NÃO LINEAR
SENAI 11
Instrumentação
SUPRIMENTO
SINAL NÃO
OU IMPULSO
DEFINIDO
*
SINAL
PNEUMÁTICO SINAL ELÉTRICO
**
SINAL ELETROMAGNÉTICO
SINAL ELETROMAGNÉTICO
OU SÔNICO
OU SÔNICO
(TRANSMISSÃO NÃO
(TRANSMISSÃO GUIADA)
GUIADA)
***
***
LIGAÇÃO CONFIGURADA
INTERNAMENTE AO
LIGAÇÃO MECÂNICA
SISTEMA
(LIGAÇÃO POR SOFTWARE)
AS - Ar de alimentação
IA - Ar de instrumento
PA - Ar da planta Opcional
ES - Alimentação elétrica
GS - Alimentação de gás
HS - Alimentação Hidráulica
NS - Alimentação de Nitrogênio
SS - Alimentação de vapor
WS - Alimentação de água
O nível de alimentação pode ser adicionado na linha de alimentação do instrumento, exemplo: AS-100 .
ou ALIMENTAÇÃO ELÉTRICA DE 24 VOLTS CONTÍNUA.
** O símbolo de sinal pneumático aplica-se para qualquer gás de médio sinal. Se um outro gás é usado,
este pode ser identificado por uma nota no símbolo do sinal ou de outra maneira.
*** Fenômeno eletromagnético inclui aquecimento, ondas de rádio, radiação nuclear e luz.
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Instrumentação
Terminologia
Quando a variável não estiver variando, podemos ter somente o ERRO ESTÁTICO.
Quando a variável estiver variando, poderemos ter o ERRO DINÂMICO e o ERRO
ESTÁTICO.
curva ideal
valor indicado
erro
valor medido
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Instrumentação
Valor Verdadeiro (de uma grandeza) - Valor que caracteriza uma grandeza
perfeitamente definida nas condições existentes quando ela é considerada. O valor
verdadeiro de uma grandeza é um conceito ideal e não pode ser conhecido
exatamente.
Valor Verdadeiro Convencional (de uma grandeza) - Valor de uma grandeza que
para um determinado objetivo pode substituir o valor verdadeiro. Um valor verdadeiro
convencional é, em geral, considerado como suficientemente próximo do valor
verdadeiro para que a diferença seja insignificante para determinado objetivo.
14 SENAI
Instrumentação
URL (Upper Range Limit) - Limite superior da faixa nominal - máximo valor de
medida que pode ser ajustado para a indicação de um instrumento de medir.
URV (Upper Range Value) - Valor superior da faixa nominal - máximo valor que pode
ser indicado por um instrumento de medir. O URV ajustado num instrumento é sempre
menor ou igual ao URL do instrumento.
LRL (Lower Range Limit) - Limite inferior da faixa nominal - mínimo valor de medida
que pode ser ajustado para a indicação de um instrumento de medir.
LRV (Lower Range Value) - Valor inferior da faixa nominal - mínimo valor que pode
ser indicado por um instrumento de medir. O LRV ajustado num instrumento é sempre
maior ou igual ao LRL do instrumento.
SENAI 15
Instrumentação
16 SENAI
Instrumentação
Zona Morta - (banda morta, dead band) Intervalo dentro do qual um estímulo pode
ser modificado sem produzir uma variação na resposta de um instrumento de medir.
Ou seja, é a máxima variação que pode haver na grandeza medida sem provocar
variação na indicação ou sinal de saída de um instrumento.
Obs.: A zona morta é, algumas vezes, deliberadamente aumentada para reduzir as
variações indesejáveis da resposta a pequenas variações do estímulo.
Ex.: Num instrumento com range de - 50ºC a 100ºC e histerese de ± 0,3%. o erro será
de 0,3% de 150ºC = ± 0,45ºC. Devemos destacar que o termo "zona morta" está
incluído na histerese.
curva ideal
valor
e
nt
indicado
de
ou sinal de
en
MÁX
sc
saída
de
MÍN
te
en
nd
ce
as
variável
medida
Repetibilidade
É a máxima diferença entre diversas medidas de um mesmo valor da variável,
adotando sempre o mesmo sentido de variação. Expressa-se em porcentagem do
SPAN, no instrumento. O termo repetibilidade não inclui a histerese.
SENAI 17
Instrumentação
curva ideal
valor
e
nt
indicado
de
ou sinal de
en
MÁX
sc
saída
de
MÍN
te
en
nd
ce
as
variável
medida
Padrão Primário - Padrão que possui as mais altas qualidades metrológicas num
campo específico.
Esse conceito é válido tanto para unidades de base quanto para unidades derivadas.
Padrão Nacional - Padrão reconhecido por uma decisão nacional oficial em país para
servir de base no estabelecimento dos valores de todos os demais padrões da
grandeza a que se refere.
18 SENAI
Instrumentação
Grandezas - Grandeza é tudo aquilo que pode ser medido. As grandezas são
atributos dos corpos ou das substâncias, representando uma característica de um
elemento. Exemplo:
• A temperatura da água;
• A pressão do ar;
• O volume de um reservatório;
• A velocidade de um automóvel;
• O comprimento de uma mesa.
Grandeza Vetorial - é a grandeza que para ser representada necessita mais do que
um número e uma unidade de medida (para representar a intensidade). É necessário
informar também a referência espacial na qual a grandeza foi medida. Desse modo, a
grandeza vetorial é informada por sua intensidade, direção e sentido. Por exemplo:
SENAI 19
Instrumentação
Sistemas de Unidades
Cada grandeza física liga-se a outras mediante uma definição ou uma Lei, (exemplo:
sistemas CGS, MKS e FPS são base de comprimento, massa e tempo. Sistema MK*S
são base de comprimento, força e tempo).
Sistema Internacional
MKS (metro, kilograma, segundo)
- Unidades fundamentais
comprimento: metro (m)
massa: quilograma (kg)
tempo: segundo (s)
- Unidades derivadas
Velocidade: m/s
aceleração: m/s2
gravidade normal: 9,81 m/s2
força: kg.m/s2
trabalho: N.m (Joule)
potência: J/s (Watt)
pressão: N/m2 (Pascal)
- Unidades fundamentais
comprimento: metro (m)
massa: tonelada (t)
tempo: segundo (s)
- Unidades derivadas
velocidade, aceleração e gravidade normal são iguais ao sistema MKS.
força: t.m/s2 (Steno: sth)
trabalho: sth.m (kilojoule)
potência: kj/s (kilowatt)
pressão: sth/m2 (Piezo)
20 SENAI
Instrumentação
- Unidades derivadas
velocidade: pé/s (ft/s)
aceleração: pé/s2
gravidade: 32,17 pé/s2
força: lb.pé/s2 (pdl)
trabalho: pdl.pé
potência: pdl.pé/s
pressão: pdl/pé2
SENAI 21
Instrumentação
SISTEMAS
DEFINIÇÃO DIMEN- FÍSICO DECIMAL TÉCNICO PRÁTICO INGLÊS
GRANDEZAS SÃO (MKS) INGLÊS MTS
USUAL (CGS) SI (MK*S) (FPS) (FP*S)
Comprimento B L L cm m m ft ft m
Á
S
Massa I M M g kg UTM pd pd ton
C
A
Tempo S t T s s s s s s
2 2 2 2 2 2 2
Superfície A/S L cm m m ft ft m
3 3 3 3 3 3 3
Volume V L cm m m ft ft m
D
-1
Velocidade E v L.T cm / s m/s m/s ft / s ft / s m/s
R
I
-2 2 2 2 2 2 2
Aceleração V a L.T cm / s m/s m/s ft / s ft / s m/s
A
pd. ft.32,17
D ton.m /
s2
-2 2 2 2 2
Força A F M.L.T g.cm / s kg.m / s utm.m / s pd.ft / s s2
( lbf )
S ( dyn ) (N) ( kgf ) ( pdl ) ( sth )
pd. ft 2 .32,17
τ s2
2 -2 2 2 2 2 2 2 2 2
Trabalho M.L .T g.cm / s kg.m /s utm.m /s pd.ft / s ton.m2 /
2
( erg ) (J) ( kgm ) s
pd. ft .32,17
s3
2 - 2 3
Potência W M.L .T erg / s J/s kgm / s pd.ft / s kJ / s
3
(W)
2
( bária ) (Pascal) (piezo)
22 SENAI
Instrumentação
LEGENDA
- FORÇA: - PRESSÃO: - MASSA:
2 2
N - Newton = 1 kg.m / s Pa - pascal = N / m lb - libra = pd - pound
dyn - dina = 1 g.1 cm / s2 bária = dyn / cm
2
UTM
2 2
kgf = 1kg. 9,80665 m / s ( a ) psi - pound square inch = lbf / pol Unid.Téc.de Massa
kgf = 1 UTM. 1 m / s2 psig - pound squre inch gauge = psi ton - tonelada
2
sth - steno = 1 ton.m / s mmHg = torr ( torricelli ) g - grama
2
lbf = 1 lb. 32,17562 pé / s mca - metro de coluna de água
2 2
pdl - poundal = 1 lbf. 32,17562 pé / s piezo = sth / m
TABELAS DE CONVERSÃO
FORÇA
DE↓ PARA → kgf N lbf dyn sth pdl
5 3
kgf 1 9,80665 2,205 9,807.10 9,807.10 70,921985
5 -3
N 0,101971 1 0,22484 10 10 7,2320297
5 -3
lbf 0,4535 4,44746 1 4,447.10 4,447.10 32,17032
-6 -5 -6 -8 -5
dyn 1,019.10 10 2,248.10 1 10 7,233.10
3 8
sth 101,971 10 224,839 10 1 7231,7716
-2 -2 4 -4
pdl 1,41.10 0,138273 3,108.10 1,3826.10 1,365.10 1
MASSA
DE↓ PARA → kg g lb UTM ton
-3
kg 1 1000 2,205 0,101971 10
-3 -3 -4 -6
g 10 1 2,205.10 1,01971.10 10
-2 -4
lb 0,4535147 453,5147 1 4,625.10 4,536.10
-3
UTM 9,80665 9806,65 21,623 1 9,80665.10
3 6 3
ton 10 10 2,205.10 101,971 1
SENAI 23
Instrumentação
COMPRIMENTO
DE↓ PARA → m cm mm pé ( ft ) in.
M 1 100 1000 3,281 39,37
-2 -2
Cm 10 1 10 3,281.10 0,3937
-3 -3 -2
Mm 10 0,1 1 3,281.10 3,937.10
pé ( ft ) 0,3048 30,48 304,8 1 12
-2 -2
in. 2,54.10 2,54 25,4 8,33.10 1
ÁREA
2 2 2 2 2
DE↓ PARA → m cm mm pé in
2 4 6
m 1 10 10 10,7649 1549,99
2 -4 -2
cm 10 1 100 1,076.10 0,154999
2 -6 -2 -5 -3
mm 10 10 1 1,076.10 1,549.10
2 -2 4
pé 9,29.10 929,0304 9,2903.10 1 144
2 -4 -3
in 6,451.10 6,4516 645,16 6,944.10 1
24 SENAI
Instrumentação
Área e volume
Área
A= b.h (retângulo)
π •d2
A= π.r ou A =
2
(círculo)
4
A= L2 (quadrado)
Volume
V= π.r2.h (cilindro V=A.h)
V= a3 (cubo)
D3 • π
V= a.b.h (prisma de base retangular) V= (esfera)
6
SENAI 25
Instrumentação
Pressão
Hidrostática
F
F
p=
A
SENAI 27
Instrumentação
FP F
F ⋅ sen θ
p=
A θ
Caso a força aplicada não seja perpendicular a superfície, é preciso calcular a força
equivalente FP aplicada perpendicularmente. FP será igual ao produto da força F pelo
seno do ângulo de inclinação θ entre a superfície e a direção da força F aplicada, ou
seja: FP = F.senθ. Portanto, a fórmula para calcular a pressão nesse caso é:
A pressão de um líquido ou um gás sobre uma superfície é a força que este fluido
exerce perpendicularmente sobre a unidade de área dessa superfície.
Pressão Atmosférica
28 SENAI
Instrumentação
Para realizar esse aparelho, usa-se um tubo de vidro (figura) com o comprimento em
torno de 90cm, fechado em uma das extremidades. O tubo deve ser lavado com ácido
e secado em vácuo, após o que, é cheio de mercúrio puro e seco.
ESCALA
h mmHg
SENAI 29
Instrumentação
• lbf/pol2 (libra força por polegada quadrada) = psi (Pound Square Inch);
• dyn/cm2 (dina por centímetro quadrado), chamada de bária;
• Bar, equivalente a 106 bárias.
No entanto, a pressão pode ser medida pela altura de uma coluna de líquido
necessária para equilibrar a pressão aplicada. Dessa forma, podemos ter:
• mmHg (milímetros de mercúrio);
• cmHg (centímetros de mercúrio);
• inHg (polegadas de mercúrio);
• péHg (pés de mercúrio);
• mmca (milímetros de coluna de água);
• mca (metros de coluna de água);
• inca (polegadas de coluna de água).
Pressão Absoluta
É a pressão medida a partir do vácuo perfeito, ou seja, a partir do zero absoluto de
pressão. Para se diferenciar a unidade de medida de pressão absoluta, adiciona-se
um índice "a" ou "ABS" a unidade de medida de pressão. Exemplo;
30 SENAI
Instrumentação
Escala de Escala de
Pressão Pressão
Absoluta Relativa
SENAI 31
32
Instrumentação
g = 9,80665 m/s2
DE ↓ PARA → Pa kPa mca mmca inca Bar mmHg inHg atm psi kgf/cm²
1 libra = 0,4535924 kg
Pa 1 10 -4 -1 -3 10 -3 -4 -6 -4 -5
x 10 x 10 x 10 x 10 x 10 x 10 x 10 x 10
SENAI
5 2 1,01972 1,01972 4,01463 7,50063 2,95301 9,86925 1,45038
Bar 10 10 1 4 2 1 2 1 -1 1 1,01972
x 10 x 10 x 10 x 10 x 10 x 10 x 10
1,33322 1,33322 1,35951 1,35951 5,35239 1,33322 3,93701 1,31579 1,93367 1,35951
mmHg (0°C) 2 -1 -2 1 -1 -3 1 -2 -3 -2 -3
x 10 x 10 x 10 x 10 x 10 x 10 x 10 x 10 x 10 x 10
x 10 x 10 x 10 x 10 x 10 x 10 x 10 x 10 x 10
- CGS: g/cm3
- MKS: kg/m3
Peso específico
Peso específico de um líquido é o peso da unidade de volume desse líquido.
onde: γ : peso específico (gama - letra graga minúscula)
P
γ= P: peso (força peso)
V
V: volume
- CGS: dina/cm3
- MKS:N/m3
- MK*S: kgf/m3
P
γ=
V (definição de peso específico)
P (m.g) m
γ=
V
=
V
= .g ⇒
V γ = ρ.g
SENAI 33
Instrumentação
Densidade Relativa
A densidade relativa de um líquido é a comparação que se faz entre o peso deste
líquido e o peso de igual volume de água destilada a 4ºC. A densidade é
adimensional, ou seja, não apresenta unidade de medida. A densidade relativa
indicada por "dr", podendo também ser definida como a razão entre as massas
específicas.
Exemplos:
Calcule a densidade relativa e a massa específica da glicerina, sabendo que seu peso
específico vale 1280 kgf/cm3.
ρ glicerina 1280 kg / cm 3
dr = = = 1,28
3 3 ρ H2O 1000 kg / cm 3
γglicerina=1280 kgf/cm ; ρglicerina=1280 kg/cm ;
Ou seja, a glicerina é 1,28 vezes mais densa que a água destilada a 4°C.
A densidade do mercúrio é 13,6 , isto significa que um certo volume de mercúrio é
13,6 vezes mais pesado que o igual volume de água destilada a 4ºC.
Influência da Temperatura
A variação de temperatura provoca alterações no volume dos fluidos, fazendo com
que uma dada unidade de volume apresente diferentes massa de fluido em diferentes
temperaturas. Portanto, a massa específica, o peso específico e a densidade relativa
variam com mudança de temperatura do fluido.
0 999,78 13595,08 --
4 1000 13585,17 --
34 SENAI
Instrumentação
Tipos de Pressão
Pressão Estática
É o peso por unidade de área exercido por um fluido em repouso ou que esteja
fluindo perpendicularmente à tomada de impulso.
SENAI 35
Instrumentação
6m
dr = 0,8
Fluido em Repouso
FLUXO
Fluido em Movimento
V2 N
Pd = ρ =
2 m2
V 2 kgf
Pd = γ =
2g m2
Pd = pressão dinâmica
36 SENAI
Instrumentação
Pressão Total
É a soma das pressões estática e dinâmica. O instrumento que mede as pressões
estática, dinâmica e total é o tubo de Pitot.
FLUXO
2 2 2
1 1 1
0 0 0
1 1 1
2 2 2
Pressão Diferencial
É a diferença entre duas pressões, também chamada de ∆p (delta p). A diferença
entre duas pressões p1 e p2 equivale à pressão diferencial ∆p:
∆p = p1 − p 2
SENAI 37
Instrumentação
OBSTÁCULO:PLACA DE
ORIFÍCIO
MONTANTE JUSANTE
FLUXO
P1 P2
No caso da figura anterior, existe uma diferença entre a pressão na entrada da placa
de orifício e a pressão na saída. Já no exemplo que se segue, tem-se o ∆p obtido da
diferença entre dois pontos tomados em um tanque.
2
P = 5kgf/cm
10 m
dr = 1
38 SENAI
Manômetros
O instrumento mais simples para se medir pressão é o manômetro, que pode ter
vários elementos sensíveis e que podem ser utilizados também por transmissores e
controladores.
Os manômetros de coluna podem ser utilizados para medir pressão posistiva, pressão
negativa (vácuo) ou pressão diferencial.
SUPORTE
9 TUBO DE
8 VIDRO
7
6
5
4 ESCALA
3
2
1
0
1
2
3 LÍQUIDO
4
5
6
7
8
9
Manômetro de Coluna em U
SENAI 39
Princípio de Funcionamento
Teorema de Stevin
Enunciado do Teorema do Stevin:
"Á diferença de pressão entre dois pontos de um fluido em repouso é igual ao produto
do peso específico do fluido pela diferença de cota entre os dois pontos".
∆p = γ.h
1m
0,5m 0,5m
2m
2m
2m
2m 1m 2m
1000kgf
3
• 2m3 = 2000kgf
Peso da água no tanque A: m
1000kgf
3
• 1m3 = 1000kgf
Peso da água no tanque B: m
40 SENAI
1000kgf
3
• 4m3 = 4000kgf
Peso da água no tanque C: m
Pressão no fundo dos tanques:
p
=
Pressão A
2000kgf 2000kgf
pA = =
Tanque A: 1m2 m2
1000kgf 2000kgf
pB = =
0,5m2 m2
Tanque B:
Conclui-se, portanto, que a pressão no fundo dos tanques possui o mesmo valor.
Em seguida, temos a demonstração matemática do conceito do Teorema de Stevin:
Força Peso p
= =
Pressão = Área Área A
P γ•V
p= =
A A
Mas, V = área . altura = A . h, resultando:
γ • A •h
P= = γ •h
A
Conclui-se, portanto, que a pressão no fundo dos tanques possui o mesmo valor.
Esta expressão é chamada de carga de pressão, sendo dada pelo Teorema de
Stevin.
SENAI 41
A expressão
p = γ.h é muito importante em instrumentação, na medição de nível de
tanques. Ela simplifica os cálculos, porque, para determinar-se a pressão, basta
apenas o peso específico do líquido e da altura da coluna líquida.
∆p = dr ⋅ h
Manômetro de Coluna em U
A pressão medida em um manômetro de coluna em U é dada pelo Teorema de
Stevin:
∆p = p1 − p2 e
∆p = γ.h portanto:
p 1 − p 2 = γ.h
Se p1 for igual a p2, então ∆p = 0 e o nível nos dois ramos da coluna será o mesmo.
Quando p1 for diferente de p2, então o nível nos dois ramos da coluna será diferente.
Como os diâmetros dos ramos da coluna são iguais, o volume de líquido que sai de
um ramo é igual ao volume de líquido que entra no outro ramo, de modo que a
variação do nível num dos ramos da coluna é proporcional ao ∆p aplicado à coluna.
Isto permite que uma escala seja montada para medir a pressão na coluna
diretamente por meio da variação de nível em apenas um dos ramos, não sendo
necessário medir a altura entre os níveis nos dois ramos. Se o peso específico do
líquido for constante, então a pressão medida será diretamente proporcional à
42 SENAI
variação do nível do líquido num dos ramos, o que permite que a escala da coluna
seja graduada em unidades de pressão, possibilitando a leitura direta da pressão
medida, sem a necessidade de se fazer cálculos para se obter a pressão. O zero da
escala de pressão assim construída será o ponto onde os niveis nos ramos sejam
iguais.
d 2
p = γ ⋅ h ⋅ 1 +
D
d 2
∆p = γ ⋅ h ⋅ 1 + ⋅ cos α
D
SENAI 43
TOMADA PARA
VÁCUO
80
80
TUBO DE
70 TUBO DE VIDRO
VIDRO 70
ESCALA
60
60
50
50
40 TOMADA PARA TOMADA DE
PRESSÃO PRESSÃO 40
30
30
20
20
10
10 ESCALA
0
0
Tubo de Bourdon em C
Consiste de um tubo metálico (Bourdon) de paredes finas, achatado para formar uma
seção elíptica e recurvado para formar um segmento de círculo. Uma extremidade
acha-se adaptada para a ligação com a fonte de pressão, a outra está selada e pode-
se movimentar livremente. A pressão do tubo atua sobre a seção elíptica, forçando-a
a assumir a forma circular, ao mesmo tempo em que o tubo recurvado tende a
desenrolar.
Por serem estes movimentos muito pequenos, são amplificados por um dispositivo
formado por uma coroa e um pinhão, o suficiente para girar o eixo de um ponteiro em
redor de uma escala graduada, calibrada em unidades de pressão.
seção A-A
A
PINHÃO
PIVOT
SETOR DE BRAÇO DE
CONEXÃO
MOVIMENTO α
(COROA)
ÂNGULO DE
DESLOCAMENTO
SOQUETE
PRESSÃO DO
PROCESSO
44 SENAI
Tipos de Tubos “ Bourdon ”
Quanto à forma, o tubo de Bourdon pode se apresentar nas seguintes formas: tipo C,
espiral e helicoidal.
Temperatura
As variações de temperatura ambiente são responsáveis pela variação na deflexão do
tubo de bourdon. A maioria dos materiais tem seu módulo de elasticidade diminuído
com a temperatura. O NI-SPAN é uma exceção pois possui módulo de elasticidade
constante.
Existe, portanto há possibilidade de, para uma mesma pressão, o bourdon apresentar
diferentes deflexões pela simples variação da temperatura ambiente. A correção
deste erro é feita através de um bimetálico acoplado ao mecanismo.
SENAI 45
Pressão atmosférica
O bourdon pode apresentar erro com a mudança da pressão atmosférica,
principalmente quando ocorre a variação da temperatura ambiente.
Objetivo
Esse método procura descrever os procedimentos básicos para o ajuste (calibração)
de manômetros de tubo de bourdon. Esse método é adequado para a maioria dos
manômetros encontrados em ambiente industrial e mesmo para outros tipos de
instrumentos. No entanto, convém lembrar que os procedimentos para ajuste podem
diferir de um fabricante para outro, sendo então de grande importância as
informações obtidas de manuais, catálogos e junto ao fabricante do instrumento. É
importante notar que o procedimento recomendado pelo fabricante pode até mesmo
ser totalmente diferente do procedimento aqui descrito.
Procedimento
Basicamente, os manômetros possuem três ajustes: zero, span e linearidade (ou
angularidade). O ajuste de zero serve para fazer com que uma pressão
correspondente a 0% do span da faixa de trabalho produza uma leitura de 0% do
span da faixa de medida. O ajuste de span serve para fazer com que uma pressão
correspondente a 100% do span da faixa de trabalho produza uma leitura de 100%
do span da faixa de medida. Já o ajuste de angularidade serve para fazer com que
um valor de pressão medido entre 0% e 100% da faixa de trabalho corresponda ao
valor real de pressão aplicado.
A exatidão obtida no instrumento de medição irá depender fundamentalmente da
exatidão garantida pelo fabricante, das condições das peças do instrumento e do
cuidado ao se efetuar o ajuste.
Para o ajuste do instrumento deve-se seguir os seguintes passos:
1. aplicar o valor de pressão de 0% da faixa de trabalho e ajustar o zero do
instrumento;
2. aplicar o valor de 100% da faixa de trabalho e ajustar o span;
3. reajustar o zero;
4. reajustar o span;
5. refazer os passos 3 e 4 até que o zero e o span não saiam mais do ajuste;
6. após o ajuste de zero e de span, verificar se os valores de 25%, 50% e 75% da
faixa de trabalho estão ajustados. Se esses pontos estiverem com um desvio maior
46 SENAI
do que o recomendado pelo fabricante, fazer o ajuste de angularidade e repetir todos
os passos anteriores.
Manômetros de Diafragma
O diafragma é constituído por um disco de material elástico, fixado pela borda. Uma
haste fixada ao centro do disco está ligada a um mecanismo de indicação.
Metálicos - Estes diafragmas são feitos de uma chapa metálica lisa ou enrugada
ligadas a um ponteiro por meio de haste. O movimento de deflexão do diafragma,
causado pela pressão, posiciona um ponteiro indicador ao longo de uma escala de
graduação constante. Os diafragmas são feitos de bronze fosforoso, cobre, berílio,
latão, aço inoxidável e Monel.
Manômetros de Fole
O fole é também muito empregado na medição de pressão. Ele é basicamente um
cilindro metálico, corrugado ou sanfonado.
Foles com Mola Oposta - O instrumento possui um fole metálico e uma mola
envolvida por uma câmara também de metal que é conectada à fonte de pressão. A
pressão agindo pelo lado de fora do fole maior, comprime-o e move a sua
extremidade livre contra a oposição da mola. Uma haste ligada ao fole através de um
disco transmite esse movimento ao braço de um ponteiro indicador ou registrador.
Foles Opostos - Este tipo de elemento é usado para medir pressão absoluta. O
instrumento possui duas sanfonas em oposição, em uma só unidade. Um dos foles,
aquele que é utilizado como referência, está fechado e sob a pressão de uma
atmosfera. O outro está ligado a fonte de pressão.
48 SENAI
FOLE DE
REFERÊNCIA
PRESSÃO DO
PROCESSO
CLASSE EXATIDÃO
A4 0,10 % da faixa
A3 0,25 % da faixa
A2 0,50 % da faixa
A1 1,00 % da faixa
A 1,00 % na faixa de 25 a 75 % 2 % no restante da faixa
B 2,00 % na faixa de 25 a 75 % 3 % no restante da faixa
C 3,00 % na faixa de 25 a 75 % 4 % no restante da faixa
D 4,00 % na faixa de 25 a 75 % 5 % no restante da faixa
50 SENAI
Princípio de Funcionamento
Princípio de Pascal
No século XVII, Pascal elaborou a lei que forma a base da hidráulica moderna:
"A pressão exercida em qualquer ponto por um líquido em forma estática transmite-se
integralmente em todas as direções e produza mesma força em áreas iguais".
Podemos demonstrar este princípio, utilizando uma esfera oca, provida de vários
orifícios, distribuídos em vários pontos de sua superfície. Em um desses orifícios,
temos acoplado um cilindro, dentro do qual, podemos deslocar um Êmbolo, conforme
a figura a seguir.
Conforme a figura a seguir, podemos verificar que, ao aplicarmos uma força de 10 kgf
sobre o pistão 1 o pistão 2 levantará um peso de 50 kgf devido a ter o mesmo uma
área 5 vezes maior que a área do pistão 1.
SENAI 51
10 Kgf
50 Kgf
h1
2cm2
h2
10cm2
F1 F
= 2
P1 = P2 A1 A 2 A 1 ⋅ h1 = A 2 ⋅ h2
F2
A2
F1
A1
P1 P2
F1 F2
P1 = P2 =
1) A1 2) A2
F1 F
= 2 → F1A 2 = F2 A1
Fazendo-se 1 = 2, tem-se: A1 A 2
52 SENAI
A máquina de teste para instrumentos de pressão funciona pelo princípio de Pascal.
O teste pode ser feito em comparação com peso morto ou com relação a um
manômetro-padrão.
MANÔMETRO RESERVATÓRIO
DE TESTE DE ÓLEO
SUPORTE DE
PESO MORTO
VOLANTE
ÊMBOLO LÍQUIDO
RESERVATÓRIO
DE ÓLEO MANÔMETRO
MANÔMETRO PADRÃO
DE TESTE
VOLANTE
ÊMBOLO LÍQUIDO
SENAI 53
Outros Sensores de Pressão
Sensor Capacitivo
A principal característica dos sensores capacitivos é a completa eliminação dos
sistemas de alavancas na transferência da força / deslocamento entre o processo e o
sensor.
Uma diferença de pressão entre as câmaras de alta (High) e de baixa (Low) produz
uma força no diafragma isolador que é transmitida pelo líquido de enchimento .
54 SENAI
A força atinge a armadura flexível ( diafragma sensor ) provocando sua deformação ,
alterando portanto , o valor das capacitâncias formadas pelas armaduras fixas e a
armadura móvel . Esta alteração é medida pelo circuito eletrônico que gera um sinal
proporcional à variação de pressão aplicada à câmara da cápsula de pressão
diferencial capacitiva .
Sensor Strain-Gauge
Baseia-se no princípio de variação da resistência de um fio, mudando-se as suas
dimensões.
R=ρ.L
S
R : Resistência do condutor
ρ : Resistividade do material
L : Comprimento do condutor
S : Área da seção transversal
SENAI 55
O sensor consiste de um fio firmemente colado sobre uma lâmina de base ,
dobrando-se tão compacto quanto possível .
Observa-se que o fio , apesar de solidamente ligado a lâmina de base , precisa estar
eletricamente isolado da mesma .
Da física tradicional sabemos que um material ao sofrer uma flexão , suas fibras
internas serão submetidas à dois tipos de deformação : tração e compressão .
56 SENAI
Como o fio solidário à lâmina , também sofrerá o alongamento , acompanhando a
superfície externa , variando a resistência total .
Notamos que a ligação ideal para um Strain Gauge com quatro tiras extensiométricas
é o circuito em ponte de Wheatstone, como mostrado a seguir, que tem a vantagem
adicional de compensar as variações de temperatura ambiente, pois todos os
elementos estão montados em um único bloco.
SENAI 57
Sensor por Silício Ressonante
O sensor consiste de uma cápsula de silício colocada estrategicamente em um
diafragma , utilizando do diferencial de pressão para vibrar em maior ou menor
intensidade, afim de que essa freqüência seja proporcional a pressão aplicada.
Na seqüência será exibido maiores detalhes sobre esse tipo de célula, sua
construção e seu funcionamento.
Construção do sensor
Todo o conjunto pode ser visto através da figura a seguir, porém, para uma melhor
compreensão de funcionamento deste transmissor de pressão, faz-se necessário
desmembrá-lo em algumas partes vitais.
Na figura a seguir podemos ver o conjunto do sensor. Ele possui um imã permanente
e o sensor de silício propriamente dito.
58 SENAI
Dois fatores que irão influenciar na ressonância do sensor de silício são: o campo
magnético gerado por um imã permanente posicionado sobre o sensor; o segundo
será o campo elétrico gerado por uma corrente em AC (além das pressões exercidas
sobre o sensor, obviamente).
SENAI 59
Este enfoque pode ser observado na figura abaixo.
Um dos sensores ficará localizado ao centro do diafragma (FC), enquanto que o outro
terá a sua disposição física mais à borda do diafragma (FR)
Desta maneira, os sensores possuirão uma diferença de freqüência entre si. Esta
diferença pode ser sentida por um circuito eletrônico , tal diferença de freqüência será
proporcional ao ∆P aplicado. Na figura a seguir é exibido o circuito eletrônico
equivalente.
60 SENAI
Através dessas informações é possível criar um gráfico referente aos pontos de
operação da freqüência x pressão.
Sensor Piezoelétrico
Os elementos piezoelétricos são cristais, como o quartzo , a turmalina e o titanato que
acumulam cargas elétricas em certas áreas da estrutura cristalina, quando sofrem
uma deformação física, por ação de uma pressão. São elementos pequenos e de
construção robusta. Seu sinal de resposta é linear com a variação de pressão, são
SENAI 61
capazes de fornecer sinais de altíssimas freqüências de milhões de ciclos por
segundo.
A carga devida à alteração da forma é gerada sem energia auxiliar , uma vez que o
quartzo é um elemento transmissor ativo . Esta carga é conectada à entrada de um
amplificador , sendo indicada ou convertida em um sinal de saída , para tratamento
posterior.
62 SENAI
Instrumentação
Nível
Definição
Medição Direta
SENAI 63
Instrumentação
Régua ou Gabarito
Consiste em uma régua graduada a qual tem um comprimento conveniente para ser
introduzida dentro do reservatório a ser medido.
Visores de Nível
Este medidor usa o princípio dos vasos comunicantes, o nível é observado por um
visor de vidro especial, podendo haver uma escala graduada acompanhando o visor.
64 SENAI
Instrumentação
TANQU TANQUE
E FECHADO
ABERT
O
Bóia ou Flutuador
Consiste numa bóia presa a um cabo que tem sua extremidade ligada a um
contrapeso. No contrapeso está fixo um ponteiro que indicará diretamente o nível em
uma escala. Esta medição é normalmente encontrada em tanques abertos.
SENAI 65
Instrumentação
Neste tipo de medição usamos a pressão exercida pela altura da coluna líquida, para
medirmos indiretamente o nível, como mostra abaixo o Teorema de Stevin:
P = γ.h
Onde:
P = Pressão em mm H2O ou polegada H2O
h = nível em mm ou em polegadas
γ = densidade relativa do líquido na temperatura ambiente.
Essa técnica permite que a medição seja feita independente do formato do tanque
seja ele aberto ou pressurizado.
66 SENAI
Instrumentação
Supressão de Zero
Para maior facilidade de manutenção e acesso ao instrumento, muitas vezes o
transmissor é instalado abaixo do tanque. Outras vezes a falta de plataforma
fixadora em torno de um tanque elevado resulta na instalação de um instrumento em
um plano situado em nível inferior à tomada de alta pressão.
Em ambos os casos, uma coluna líquida se formará com a altura do líquido dentro da
tomada de impulso, se o problema não for contornado, o transmissor indicaria um
nível superior ao real.
Elevação de Zero
Quando o fluido do processo possuir alta viscosidade, ou quando o fluído se
condensa nas tubulações de impulso, ou ainda no caso do fluído ser corrosivo,
devemos utilizar um sistema de selagem nas tubulações de impulso, das câmaras de
baixa e alta pressão do transmissor de nível. Selam-se então ambas as tubulações
de impulso, bem como as câmaras do instrumento.
SENAI 67
Instrumentação
68 SENAI
Instrumentação
A esta força exercida pelo fluído do corpo nele submerso ou flutuante chamamos de
empuxo.
E=V .γ
onde:
E = empuxo
V = volume deslocado
γ = peso específico do líquido
O medidor deve ter um dispositivo de ajuste para densidade do líquido cujo nível
estamos medindo, pois o empuxo varia com a densidade.
SENAI 69
Instrumentação
Através dessa técnica podemos medir nivel de interface entre dois líquidos não
miscíveis.
Desta forma, podemos considerar que o empuxo aplicado no flutuador, será a soma
dos empuxos E1 e E2 aplicados no cilindro, pelos líquidos de pesos específicos γ1 e
γ2, respectivamente. O empuxo será dado pôr:
E t = E1 + E2
onde:
E 1 = V 1 . γ1 e E 2 = V 2 . γ2
70 SENAI
Instrumentação
disso, dispensando sondas ou outras técnicas que mantém contato com sólidos ou
líquidos tornando-se possível, em qualquer momento, realizar a manutenção desses
medidores, sem a interferência ou mesmo a paralisação do processo.
Dessa forma os medidores que utilizam radiações podem ser usados para indicação
e controle de materiais de manuseio extremamente difícil e corrosivos, abrasivos,
muito quentes, sob pressões elevadas ou de alta viscosidade.
O sistema de medição por raios gamas consiste em uma emissão de raios gamas
montado verticalmente na lateral do tanque do outro lado do tanque teremos um
câmara de ionização que transforma a radiação Gama recebida em um sinal elétrico
de corrente contínua. Como a transmissão dos raios é inversamente proporcional a
altura do líquido do tanque, a radiação captada pelo receptor é inversamente
proporcional ao nível do líquido do tanque, já que o material bloquearia parte da
energia emitida.
SENAI 71
Instrumentação
A medição de nível por capacitância também pode ser feita sem contato , através de
sondas de proximidade . A sonda consiste de um disco compondo uma das placas
do capacitor . A outra placa é a própria superfície do produto ou a base do tanque.
72 SENAI
Instrumentação
O ultra-som é uma onda sonora, cuja freqüência de oscilação é maior que aquela
sensível pelo ouvido humano, isto é, acima de 20 Khz.
SENAI 73
Instrumentação
Essa técnica pode ser aplicada com sucesso na medição de nível de líquidos e
sólidos em geral. A grande vantagem deste tipo de medidor em relação ao
ultrassônico é a imunidade à efeitos provocados por gases, pó, e espuma entre a
superfície e o detetor, porém possue um custo relativo alto.
Estes medidores são empregados para fornecer indicação apenas quando o nível
atinge certos pontos desejados como por exemplo em sistemas de alarme e
segurança de nível alto ou baixo.
74 SENAI
Instrumentação
SENAI 75
Instrumentação
Temperatura
Termometria
Introdução
Termometria significa "Medição de Temperatura", é o termo mais abrangente que
inclui tanto a pirometria como a criometria que são casos particulares de medição.
Temperatura na Indústria
A temperatura é uma das variáveis mais importantes na indústria de processamento.
Praticamente todas características físico-químicas de qualquer substância alteram-se
de uma forma bem definida com a temperatura.
Exemplificando:-
• Dimensões (Comprimento, Volume).
• Estado Físico (Sólido, Líquido, Gás).
• Densidade.
• Viscosidade.
• Radiação Térmica.
• Reatividade Química.
• Condutividade.
• PH.
• Resistência Mecânica.
SENAI 77
Instrumentação
• Maleabilidade, Ductilidade.
Assim, qualquer que seja o tipo de processo, a temperatura afeta diretamente o seu
comportamento provocando por exemplo:-
- Uma aceleração ou desaceleração do ritmo de produção.
- Uma mudança na qualidade do produto.
- Um aumento ou diminuição na segurança do equipamento e/ou pessoal.
- Um maior ou menor consumo de energia.
Conceito de Temperatura
Temperatura é uma propriedade da matéria, relacionada com o movimento de
vibração e/ou deslocamento dos átomos de um corpo. Todas as substâncias são
constituídas de átomos que por sua vez, se compõe de um núcleo e um envoltório
de elétrons. Normalmente estes átomos possuem uma certa energia cinética que se
traduz na forma de vibração ou mesmo deslocamento como no caso de líquidos e
gases.
A energia cinética de cada átomo em um corpo não são iguais e constantes, mudam
de valor constantemente, num processo de intercâmbio de energia interna própria.
78 SENAI
Instrumentação
A sensação de frio aparece quando o nosso corpo cede calor para outro qualquer. A
superfície do corpo humano está coberta de sensores de temperatura que nos
informam a cada instante do estado térmico do ambiente que nos cerca.
Os nossos sentidos não são adequados para medir temperatura com segurança,
além de atuarem em uma faixa de temperatura bastante estreita, próxima à
temperatura do próprio corpo, devido ao aparecimento da dor.
Até o final do século XVI, quando foi desenvolvido o primeiro dispositivo para avaliar
temperatura, os sentidos do nosso corpo foram os únicos elementos de que
dispunham os homens para dizer se um certo corpo estava mais quente ou frio do
que um outro, apesar da inadequadamente destes sentidos sob o ponto de vista
científico.
Condução (sólidos):
Transferência de calor por contato físico. Um exemplo típico é o aquecimento de
uma barra de metal.
SENAI 79
Instrumentação
Escalas de Temperatura
Histórico
O primeiro instrumento desenvolvido para avaliar temperaturas foi um termoscópio
fabricado por Galileu Galilei, sábio italiano, em 1592. Este instrumento permitia
comparar as temperaturas de dois ambientes, sem atribuir valores numéricos às
mesmas, donde provém o seu nome. Hoje sabe-se que a pressão atmosférica
afetava as indicações deste termoscópio, limitando a precisão das indicações.
Foi somente em 1694 que Carlo Renaldini, ocupava a mesma cadeira de matemática
na Universidade de Pádua que ocupava Galileu, sugeriu tomar o ponto de fusão do
gelo e de ebulição da água como dois pontos fixos de temperatura em uma escala
80 SENAI
Instrumentação
Newton, em 1701, definiu uma escala de temperatura baseada em dois pontos fixos
reprodutíveis. Para um ponto fixo escolheu o ponto de fusão do gelo, e o chamou de
zero. Para o outro ponto fixo ele escolheu o número 12 a este ponto.
SENAI 81
Instrumentação
100 partes iguais, e cada parte é um grau Celsius. A denominação "grau centígrado"
utilizada anteriormente no lugar de "Grau Celsius", não é mais recomendada.
Tanto a escala Celsius como a Fahrenheit, são relativas, ou seja, os seus valores
numéricos de referência são totalmente arbitrários. Existe entretanto escalas
absolutas de temperatura, assim chamadas porque o zero delas é fixado no ponto
teórico onde a temperatura atinge o seu valor mínimo, no ponto onde a energia
cinética dos átomos se anula.
A Escala Kelvin é utilizada nos meios científicos no mundo inteiro e deve substituir
no futuro a escala Rankine quando estiver em desuso a Fahrenheit.
Existe uma outra escala relativa, a Reaumur, hoje já praticamente em desuso. Esta
escala adota como zero o ponto de fusão do gelo e 80 o ponto de ebulição da água.
O intervalo é dividido em oitenta partes iguais. (Representação - ºRe).
82 SENAI
Instrumentação
oC PRESSÃO = 1 Atm
DECOMPOSIÇÃO DA
H2 O
(H2 + 02 )
1000
TEMPERATURA CRÍTICA
374
VAPOR + GÁS
L+G
100
L+S PONTO TRIPLO H2
O(LÍQUIDO, SÓLIDO, GASOSO)
T2 (0,01o C)
T1
0
CALOR LATENTE
CALOR SENSÍVEL
-273,15
Calor sensível: - é a quantidade de calor necessária para que uma substância mude
a sua temperatura até que comece a sua mudança de estado, onde teremos o calor
latente.
Calor latente: - a quantidade de calor que uma substância troca por grama durante a
mudança de estado.
Apesar do calor cedido a água ser constante durante toda a experiência, nota-se que
durante a fusão do gelo, entre t1 e t2, e ebulição da água, entre t3 e t4 a
temperatura permanece constante. Se mantivermos uma mistura de água e gelo em
equilíbrio, a temperatura permanecerá constante apesar de existir fluxo de calor
entre a mistura e o ambiente.
SENAI 83
Instrumentação
Esta mistura de duas ou três fases (Vapor, Líquido e Sólido) em equilíbrio, gera o
que se convencionou chamar de "Ponto Fixo de Temperatura". Visando uma
simplificação nos processos de calibração, a Comissão Internacional de Pesos e
Medidas, relacionou uma série de pontos fixos secundários de temperatura,
conforme mostrado na Tabela abaixo.
84 SENAI
Instrumentação
É evidente que uma escala absoluta não pode ter temperaturas negativas.
SENAI 85
Instrumentação
- Formulário
A figura compara as escalas de temperatura existentes.
86 SENAI
Instrumentação
o o
C K F R
100 373 212 672
o o
C K F R
0 273 32 492
ºC º F - 32
=
5 9
• CELSIUS X FAHRENHEIT →
ºR . 5
K =
• KELVIN X RANKINE → 9
1º C º F - 32
=
• 1º caso:- 1ºC → 5 9 → 1ºC = 33,8ºF (Fórmula 1)
SENAI 87
Instrumentação
9 ºF
1 grau Celsius =
• 2º caso:- 5 = 1,8 Grau Fahrenheit
Exercícios Resolvidos
O
C 0 - 32
=
Resp.: 1º) 0ºF → ºC: - 5 9 → -17,78ºC
O
C 96 - 32
=
2º) 96ºF → ºC:- 5 9 → 35,55ºC
-182,86 º F - 32
=
b) ºC → ºF :- 5 9 = -297,15ºF
R. 5
R:- 90,29 =
c) ºC → R :- ou melhor, ºC → K → 9 = 162,52R
5900 º F - 32
=
b) ºC → ºF:- 5 9 = 10652ºF
Obs.:- Dependendo da precisão do cálculo, pode-se arredondar 273,15 para
somente 273 sem cometer um erro muito grande. Também o fator 459,67, de
conversão R para ºF, pode ser arredondado para 460.
Assim as fórmulas ficariam:-
88 SENAI
Instrumentação
K = 273 + ºC e R = 460 + ºF
R.5
107 =
b) K ºR:- 9 ~ 1,8 . 107ºR
1Caloria = 1 grama . 1 OC
1BTU = 1 libra. 1 OF
1
• 1,8O F
1Caloria = 453,6 = 3,968 . 10-3BTU
1 BTU = 453,6 g • o,5555 F = 252 Calorias
O
Obs.: Notar que foi utilizada a relação entre os valores do grau Celsius e Fahrenheit.
6. Supondo que a escala de Carlo Renaldini tivesse sido adotada, qual seria:- a) A
fórmula de correspondência com a escala Celsius? b) Qual seria o valor do zero
absoluto nesta escala?
Ponto Fusão Ponto Ebulição
Gelo água
0 100
SENAI 89
Instrumentação
0 12
a) CELSIUS (ºC)
RENALDINI (ºRn)
O O O O
C Rn C Rn
= =
100 12 ou 25 3
-273,15 Rn
=
b) 25 3 → -32,78ºRn
Medidores de Temperatura
Tipos de Medidores
Os instrumentos de medida da temperatura podem ser divididos em duas grandes
classes:
1ª Classe
Compreende os instrumentos naqueles em que o elemento sensível está em contato
com o corpo cuja temperatura se quer medir. São eles:
2ª Classe
Compreende os instrumentos naqueles em que o elemento sensível não está em
contato com o corpo cuja temperatura se quer medir. São eles:
90 SENAI
Instrumentação
1ª Classe:
SENAI 91
Instrumentação
2ª Classe
Princípio de Funcionamento
São baseados no fenômeno de dilatação aparente de um líquido dentro de um
recipiente fechado.
V = Vo ( 1 + γat )
92 SENAI
Instrumentação
Por exemplo:
- Para mercúrio γHG = 180 . 10-6ºC-1
- Para o vidro γv = 20 . 10-6ºC-1
Tipos de Construção
Descrição
Este tipo de termômetro é constituído de um reservatório, cujo tamanho depende da
sensibilidade desejada, soldada a um tubo capilar de seção a mais uniforme possível
fechado na parte superior. O reservatório e parte do capilar são preenchidos de um
SENAI 93
Instrumentação
100
10
20
30
40
50
60
70
80
90
0
Poço de
proteção
100
-30
-20
-10
10
20
30
40
50
60
70
80
90
0
100
120
140
160
180
200
220
240
40
60
80
0
A - Tipo de líquido.
B - Calor Específico - Cal/GºC.
C - Ponto de Solidificação (ºC).
D - Ponto de Ebulição (ºC).
E - Coeficiente de dilatação (a 20ºC).
F - Faixa de Utilização (ºC).
94 SENAI
Instrumentação
A B C D E F
-6
Mercúrio 0,033 -39º +357º 182 . 10 - 35 à 600º
Tolueno 0,421 -92º +110º 1224 . 10-6 - 80 à 100º
-6
Álcool 0,581 -115º +78º 1120 . 10 - 80 à 70º
Etílico
Pentano 0,527 -131º +36º 1608 . 10-6 -120 à 30º
-6
Acetona 0,528 -95º +567 1487 . 10 - 80 à 50º
Notas:
1º) Para temperaturas superiores a 200ºC no caso do mercúrio, a parte superior do
capilar é preenchida com um gás inerte, normalmente nitrogênio, sob pressão. Esta
precaução é indispensável para evitar a vaporização do mercúrio que poderia
ocasionar rupturas na coluna do líquido. Esta pressão atinge valores de 1,20 a
70atm., para termômetros graduados respectivamente em 350, 600 e 750ºC.
2º) No caso de se utilizar gás sob pressão, o termômetro prevê na parte superior um
reservatório de grande capacidade, a fim de tornar a pressão interna o mais
independente possível da posição da coluna de mercúrio.
SENAI 95
Instrumentação
O
FAIXA DE UTILIZAÇÃO GRADUAÇÃO C POR DIV. DESVIO TOLERADO (ºC)
A B A B A B
-20 à +50 - 0,5 - 1 -
- -20 à +100 - 0,01 à 0,5 - 0,05 à 0,5
+50 à 200 - 1à2 - 2 -
- 100 à 200 - 0,2 à 1 - 0,5 à 1
A B A B A B
200 à 300 200 à 300 2 1à2 3 2à3
300 à 400 300 à 400 5 1à2 6 3à5
400 à 500 400 à 500 5 1à5 9 5à9
500 à 600 - 5 - 12 -
- 500 à 700 - 1à5 - 5à9
600 à 700 - 5 - 15 -
96 SENAI
Instrumentação
Por Comparação:
Consiste em se comparar ao longo de toda a faixa, a indicação do termômetro com a
de um padrão de referência (outro termômetro de vidro, termoresistência, etc.).
Neste tipo de calibração deve-se ter cuidado com os seguintes pontos:
a) O termômetro escolhido como padrão deve ser de boa qualidade e ter sua escala
aferida.
Erro de Paralaxe:
Como em todos os instrumentos de leitura, a conservação do nível deve ser feita
corretamente para evitar erro de paralaxe. Em certos termômetros se usa escala a
fim de minimizar o efeito do paralaxe.
SENAI 97
Instrumentação
98 SENAI
Instrumentação
Como mostra a figura somente o álcool contido no ramo esquerdo do tubo em "U"
opera como substância termométrica. A função do mercúrio é de arrastar os
pequenos índices de ferro que deslizam na parte interna do tubo de vidro.
AR
COMPRIMIDO
42 42
41 41 ÁLCOOL
40 40
ÍNDICE DE 40
39 39 FERRO 30 BULBO
40
(MÓVEL) 20
30
10
ESCALA DE 20
0
38 38 MÍNIMA 10
MERCÚRIO -10
0
-20
-10
-30 ESCALA DE
37 37 -20
O
36,5 C MÁXIMA
-30
36 36
35 35
RESTRIÇÃO
Fig.11
SENAI 99
Instrumentação
100
90
80
ELETRODO
70
60
50
40
30
20
10
ELETRODO
Princípio de Funcionamento
No termômetro de vidro, a dilatação do líquido é observada e medida diretamente
através se sua parede transparente. No tipo de recipiente metálico, o líquido
preenche todo o instrumento e sob o efeito de um aumento de temperatura se dilata,
deformando um elemento extensível, dito sensor volumétrico. O instrumento
compreende três partes:- o bulbo, o capilar e o elemento sensor.
100 SENAI
Instrumentação
SENSOR
VOLUMÉTRICO PONTEIRO
BRAÇO DE
LIGAÇÃO
SETOR
DENTADO
CAPILAR
MERCÚRIO
LÍQUIDO
ÁLCOOL ETÍLICO
BULBO
Notas:
SENAI 101
Instrumentação
102 SENAI
Instrumentação
HELICOIDAL
ESPIRAL
BOURDON
Princípio de Funcionamento
Fisicamente idêntico ao termômetro de dilatação de líquido, consta de um bulbo,
elemento de medição e capilar de ligação entre estes dois elementos.
SENAI 103
Instrumentação
104 SENAI
Instrumentação
CAPILAR
GÁS
BULBO
Material de Construção
Bulbo e Capilar:- aço, aço inox, cobre, latão e monel.
SENAI 105
Instrumentação
Princípio de Funcionamento
Também fisicamente idêntico ao de dilatação de líquidos. Possui um bulbo e um
elemento de medição ligados entre si por meio de um capilar. O bulbo é parcialmente
cheio de um líquido volátil em equilíbrio com o seu vapor. A pressão do vapor é
função exclusiva do tipo de líquido e da temperatura.
log . P1 = HE . ( 1 - 1 )
P2 4,58 T1 T2
106 SENAI
Instrumentação
Material de Construção
Bulbo e Capilar:- aço inox, aço, cobre e latão.
Nota:- Pode, como nos outros modelos ser do tipo bourbon, espiral ou helicoidal.
CAPILAR COM
CAPILAR COM
VAPOR OU
GLICERINA
LÍQUIDO
BULBO BULBO
VAPOR VAPOR
LÍQUIDO LÍQUIDO
VOLÁTIL VOLÁTIL
SENAI 107
Instrumentação
Princípio de Funcionamento
A operação deste tipo de termômetro se baseia no fenômeno da dilatação linear dos
metais com a temperatura. É sabido que o comprimento de uma barra metálica varia
com a temperatura segundo a fórmula aproximada:
L = Lo (1 + α t)
PONTEIRO
AMPLIFICAÇÃO
MECÂNICA
AMPLIFICAÇÃO PONTEIRO
AJUSTE DE
MECÂNICA
ZERO BARRA DE DILATAÇÃO
HASTE DE
TRANSMISSÃO
TUBO DE
(INVAR)
DILATAÇÃO
(LATÃO)
108 SENAI
Instrumentação
Dado:
Coeficiente de dilatação linear de ferro→ αFe = 12.10-6.ºC-1
L = 10.(1 + α.t)
L = 300.(1 + 12 . 10-6 . 100)
L = 300.(1 + 0,0012)
L = 300. (1,0012) = 300,36mm
Variação de comprimento:
∆L = L - Lo
∆L = 300,36 - 300,00
∆L = 0,36mm
Portanto uma variação de 100ºC em uma barra de ferro de 300mm, provoca uma
variação de apenas 0,36 em seu comprimento.
O Bimetal
Fixando-se duas lâminas metálicas com coeficientes de dilatação diferentes de
maneira indicada na figura, e submetendo o conjunto assim formado a uma variação
de temperatura, observa-se um encurvamento que é proporcional à temperatura. O
SENAI 109
Instrumentação
αA > α B MATERIAL A
MATERIAL B
O Termômetro Bimetálico
Na prática a lâmina bimetálica é enrolada em forma de espiral ou hélice, o que
aumenta mais ainda a sensibilidade do sistema conforme a figura.
110 SENAI
Instrumentação
ESPIRAL HELICOIDAL
APOIO
HASTE
DE
TRANSMISSÃO
METAL
HELICOIDAL
APOIO
SENAI 111
Instrumentação
Material de Construção
Termômetro de Resistência
Princípio de Funcionamento
O princípio de medição de temperatura por meio de termômetros de resistência,
repousa essencialmente sobre a medição de variação da resistência elétrica de um
fio metálico em função da temperatura. A relação matemática entre a resistência de
um condutor e sua temperatura é dada pela fórmula aproximada:
Esta fórmula nos diz que a resistência varia linearmente com a temperatura, porém a
rigor o coeficiente de variação de resistência (α) muda de valor para cada faixa de
112 SENAI
Instrumentação
Características Desejáveis:
O tipo de metal utilizado na confecção de bulbos sensores de temperatura, deve
possui características apropriadas, como:
- Maior coeficiente de variação de resistência com a temperatura (α1, α2, ... αn),
quanto maior o coeficiente, maior será a variação da resistência para uma mesma
variação de temperatura, tornando mais fácil e precisa a sua medição.
- Maior resistividade, isto é, para pequenas dimensões de fio uma alta resistência
inicial.
SENAI 113
Instrumentação
- platina (Pt)
- níquel (Ni)
- cobre (Cu)
Por exemplo, no caso da Platina, dois coeficientes são suficientes até a temperatura
de 649ºC, esta relação é quadrática e se afasta da relação linear em
aproximadamente 7% no valor máximo.
Para Cobre, são necessários três (3) constantes válidas até a temperatura de 121ºC.
Apesar das três constantes, a relação entre a resistência e a temperatura é
sensivelmente linear (pequenos valores de α1 e α2).
Três constantes são necessárias para o Níquel na faixa usual da temperatura, sendo
a relação sensivelmente não linear.
Tipos de Construção:
Normalmente a termoresistência é constituída de um fio muito fino, enrolado sobre
um suporte isolante que poderá ser de mica, vidro ou cerâmica. Este conjunto é
isolado e encapsulado em vidro ou cerâmica, tornando a resistência assim
constituída, isolada do meio ambiente.
114 SENAI
Instrumentação
O termo elemento pode ser protegido por uma fina capa metálica e será utilizado
dentro do poço de proteção.
ENROLAMENTO DE NÍQUEL
As extremidades dos fios de resistência são soldados em fios de prata ou cobre, que
por sua vez vão ter a um bloco terminal existente no cabeçote do poço de proteção.
Em casos especiais são fabricados termo resistências duplas no mesmo conjunto,
seja para maior segurança ou para acionar simultaneamente dois ou mais
dispositivos de medição e/ou controle.
Exatidão
A exatidão dos termômetros de resistência, quando corretamente instalados, é
grande, pode atingir a ± 0,01ºC. Normalmente as sondas utilizadas industrialmente
apresentam uma precisão de ± 0,5ºC. No Brasil usa-se normalmente a norma DIN-
iec 751/85 que estabelece para termômetros de resistência de platina o valor de
100,00Ω a 0ºC, e de 138,50Ω a 100ºC.
SENAI 115
Instrumentação
100
90 LÍQUIDO
80
70 AR
60
50
40
30
20
10
TEMPO(MIN)
1 2 3
Fig. 19
Termistores
116 SENAI
Instrumentação
R = a . eb/t
o
C
140
120
100
80
60
40
20
RESISTÊNCIA K Ω
15 30 70
A faixa de utilização dos termistores está usualmente entre -80 e 700ºC. Sua
aplicação mais notável é no controle de temperatura de ambientes aquecidos por
resistências elétricas (por exemplo) a câmara de análise de um analisador, devido a
sua alta sensibilidade e pequena inércia térmica pode comandar o circuito de
aquecimento, e manter a temperatura dentro de uma faixa de ± 0,02ºC.
SENAI 117
Instrumentação
mA
Rx
E
118 SENAI
Instrumentação
1. Circuito em ponte.
Circuito em Ponte:
O circuito de medição em ponte é o mais utilizado na medição de resistência e
consequentemente na medição de temperatura. Existem dois tipos principais:-
R1
+ R4
G
-
R2 R3
B
RE
E
Ponte de Wheatstone
SENAI 119
Instrumentação
R1 . R3 = R2 . (RL + RL + R4)
R1 RL
+ R4
G
RL
-
R2 R2
B
RE
E
R3 = RL +. RL + R4
120 SENAI
Instrumentação
A
RL
R1
+ R4
RL
G
C D
-
RL
R2 R3
B
RA
E
É o método mais utilizado nas indústrias. Esta configuração faz com que a
alimentação fique o mais próximo possível do sensor.
RL=RL
R3 = R4
A integridade da medição de uma ligação de três fios pode ser mantida somente se a
ponte for balanceada.
SENAI 121
Instrumentação
CONDUTORES
DE TENSÃO CONDUTORES
DE CORRENTE
SENSOR V
FONTE DE
CORRENTE
Efeitos Termoelétricos
A aplicação de par termoelétrico (termopares) na medição de temperatura está
baseada em diversos fenômenos descobertos e estudados por SEEBECK,
PELTIER, VOLTA e THOMSON.
Hipótese:
- explica através de modelos, uma ou mais leis sendo possível relacioná-las.
Experiência de SEEBECK
Em 1821, o físico alemão J. T. SEEBECK descobriu o efeito termoelétrico, sendo a
aplicação na medição de temperatura introduzida pelo físico francês BECQUEREL.
122 SENAI
Instrumentação
V1 S N V2
T1 T2
Experiência de PELTIER
Em 1834, o físico francês J. C. PELTIER, baseado na experiência de SEEBECK,
mostra que fazendo-se passar uma corrente elétrica, por um par termoelétrico, uma
das junções se aquece enquanto a outra se resfria.
A B A
i h
Efeito Volta
A experiência de PELTIER pode ser aplicada através do efeito VOLTA enunciado a
seguir:-
"Quando dois metais estão em contato a um equilíbrio térmico e elétrico, existe entre
eles uma diferença de potencial que pode ser de ordem de volt". Esta diferença de
potencial depende da temperatura e não pode ser medida diretamente.
SENAI 123
Instrumentação
Efeito Thomson
Em 1851, o físico inglês Sir W. Thomson (Lord Kelvin), mostra que se colocarmos as
extremidades de um condutor homogêneo à temperaturas diferentes, uma força
eletromotriz aparecerá entre estas duas extremidades, sendo esta, chamada F.E.M.
THOMSON.
T1 A T2
Leis da Termoeletricidade
As únicas temperaturas relacionadas com a F.E.M., são as das duas junções (Junta
Fria e Junta Quente). Todas as temperaturas intermediárias não interferem na F.E.M.
resultante.
124 SENAI
Instrumentação
A(+) A(+)
F.E.M.= E 1 F.E.M.= E 2
T1 T2 T3
B(-) B(-)
A(+)
F.E.M.= E = E + E
3 1 2
T1 T3
B(-)
E1 = ET1 - ET2
E2 = ET2 - ET3
E3 = ET1 - ET3
Se somarmos E1 + E2 temos:
E1 + E2 = ET1 - ET2 + ET2 - ET3 = ET1 - ET3
E1 + E2 = ET1 - ET3 = E3
Portanto:
E3 = E1 + E2
- Consequência:-
1º) Se a F.E.M., de vários metais versus um metal de referência, por exemplo,
platina, é conhecida, então a F.E.M., de qualquer combinação dos metais pode ser
obtida por uma soma algébrica.
SENAI 125
Instrumentação
T1 T2
T3 T3
B C
De outra maneira:-
“A Fem E do termopar não será afetada se em qualquer ponto de seu circuito for
inserido um metal qualquer, diferente do já existente, desde que as novas junções
sejam mantidas a temperaturas iguais.”
mV
T1
METAL
INTERMEDIÁRIO
126 SENAI
Instrumentação
A(+)
COBRE/COBRE
T1
B(-)
EAB
EAB = ET1- ETr
o
T r =0 C
EAB = ET1- 0
EAB = E T1
ÁGUA + GELO
0oC
SENAI 127
Instrumentação
Exemplo de compensação
O sinal total que será convertido em temperatura pelo instrumento será a somatória
do sinal do termopar e da compensação, resultando na indicação correta da
temperatura na qual o termopar está submetido (independendo da variação da
temperatura ambiente).
Etotal = E - E1
Etotal = 3,095 + 1,000 = 4,095mV
Etotal = 4,095mV 100ºC
128 SENAI
Instrumentação
Tipos de Termopares
Apesar de em princípio, qualquer par de metais prestar na construção de
termopares, existem alguns tipos já padronizados na indústria.
A seguir mostramos os tipos mais usados nas indústrias:-
Características:
Adequados para uso no vácuo,atmosferas oxidantes, redutoras e inertes. Acima de
540ºC, a taxa de oxidação do ferro é rápida e recomenda-se o uso de tubo de
proteção para prolongar a vida útil do elemento.
Embora possa trabalhar em temperaturas abaixo de 0ºC, deve-se evitar quando
houver possibilidade de condensação, corroendo o ferro e possibilitando a quebra do
fio de ferro.
SENAI 129
Instrumentação
Aplicação:
Indústrias em geral até 750ºC.
Identificação da polaridade:
Ferro (+) é magnético e o Cobre (-) não.
Características:
Podem ser utilizados em atmosferas oxidantes e inertes. Em atmosferas redutoras,
alternadamente oxidante e redutora e no vácuo, não devem ser utilizaados pois
perdem suas características termoelétricas. Adequado para o uso em temperaturas
abaixo de zero, desde que não sujeito a corrosão em atmosferas úmidas. Apresenta
a maior geração mV/ºC (potência termoelétrica) do que todos os outros termopares,
tornando-se útil na detecção de pequenas alterações de temperatura.
Aplicação:
Uso geral até 900ºC.
Identificação da polaridade:
O Níquel-Cromo (+) é mais duro que o Cobre-Níquel (-).
Características:
São recomendáveis para uso em atmosferas oxidantes ou iinertes no seu range de
trabalho. Por sua resistência à oxidação, são melhores que os tipos T, J, E e por isso
são largamente usados em temperaturas acima de 540ºC.
130 SENAI
Instrumentação
3) Vácuo, exceto por curtos períodos de tempo, pois o Cromo do elemento positivo
pode vaporizar-se causando erro no sinal do sensor (descalibração).
Aplicação:
É o mais utiliizado na indústria em geral devido a sua grande faixa de atuação até
1200ºC.
Identificação da polaridade:
Níquel-cromo (+) não atrai ímã e o Níquel-Alumínio (-) levemente magnético.
SENAI 131
Instrumentação
Características:
São recomendados para uso em atmosferas oxidantes ou inertes no seu range de
trabalho. O uso contínuo em altas temperaturas causam excessivo crescimento de
grão, podendo resultar em falha mecânica do fio de Platina (quebra de fio), e tornar
os fios susceptíveis à contaminação, causando redução da F.E.M. gerada.
Mudanças na calibração também são causadas pela difusão ou volatilização do
Ródio do elemento positivo para o fio de Platina pura do elemento negativo. Todos
estes efeitos tendem a causar heterogeneidades que inflenciam na curva
característica do sensor.
Aplicação:
Processos com temperaturas elevadas ou onde é exigido grande precisão como
indústrias de vidro, indústrias siderúrgicas, etc.
132 SENAI
Instrumentação
Identificação da polaridade:
Os fios positivos de Platina-Ródio 10% e Platina-Ródio 13% são mais duros que o fio
de platina (-).
Características:
Seu uso é recomendado para atmosferas oxidantes e inertes, também adequado
para curtos períodos no vácuo. Não deve ser aplicado em atmosferas redutoras nem
as que contem vapores matálicos, requerendo tubo de proteção cerâmico como os
tipo R e S. O tipo B possui maior resistência mecânica que os tipos R e S.
Sua potência termoelétrica é baixíssima, em temperaturas de até 50ºC o sinal é
quase nulo.
Não necessita de cabo conpensado para sua interligação.É utilizado cabos de cobre
comum (até 50ºC).
Aplicação:
Utilizado em industrias no qual o processo exige altas temperaturas.
Identificação da polaridade:
Platina 70%-Ródio 30% (+) é mais duro que o Platina 94%-Ródio 6% (-).
Termopares novos
Com o desenvolvimento de nocos processos industriais ao longo do tempo, novos
tipos de termopares foram desenvolvidos para atender condições que os termopares
que foram vistos até agora não atendiam.
Muitos destes termopares ainda não estão normalizados e também não são
encontrados no brasil.
SENAI 133
Instrumentação
Tungstênio - Iridium.
Faixa de temperatura 0 à 200ºC.
134 SENAI
Instrumentação
SENAI 135
Instrumentação
um trabalho laboratorial para adequação de lote de fios, conseguindo com isto uma
melhor precisão na medição de temperatura.
x
a)
b) x ou
ISOLADOR DE CERÂMICA
c) x x
136 SENAI
Instrumentação
Nos três casos é importante manter a distância "x" entre os dois fios, visando a
posterior colocação dos isoladores. O tipo de ligação c é o mais adequado para fios
de grande bitola pois dá bastante resistência apesar de aumentar a marca térmica
da junção.
Soldagem
É interessante sempre dirigir a chama para o material de mais alto ponto de fusão,
no caso, o ferro. Tira-se então, o borax excedente e procede-se a inspeção da solda.
O uso da chama redutora provoca a carburação que torna a solda fraca.
Soldagem do Cromel-Alumel:
Procede-se da mesma maneira que para o ferro constantan utilizando-se uma chama
neutra ou ligeiramente oxidante. Dirigir a chama na direção do Cromel que é o metal
de maior ponto de fusão.
SENAI 137
Instrumentação
Finalmente, é bom lembrar, que qualquer que seja a natureza dos fios a serem
soldados, deve-se evitar um aquecimento muito prolongado, o que poderia acarretar
uma modificação na estrutura molecular das duas ligas, deixando-as quebradiças
particularmente no caso do alumel.
CABEÇOTE
ISOLADOR DE LIGAÇÃO
CERÂMICO TAMPA
JUNTA DE BLOCO DE
MEDIÇÃO TUBO DE TERMINAIS
PROTEÇÃO
138 SENAI
Instrumentação
BAINHA
METÁLICA
ISOLAÇÃO
MINERAL
BAINHA
METÁLICA
SENAI 139
Instrumentação
Este tratamento térmico alivia estas tensões e recoloca o termopar em sua curva
característica; obtendo assim um produto final na forma de cabos compactados,
muito reduzidos em seus diâmetros (desde 0,5 mm até 8,0 mm de diâmetro externo),
porém mantendo proporcionalmente as dimensões e isolação da forma primitiva.
Além do óxido de magnésio, usa-se também como material isolante a alumina, óxido
de berílio e óxido de tório, porém o óxido de magnésio é mais barato, compatível
com os termoelementos e mais comum de ser encontrado. Uma grande atenção
deve ser tomada com a pureza química e metalúrgica dos componentes envolvidos
na fabricação do termopar isolação mineral.
Estabilidade na F.E.M.
Esta estabilidade é caracterizada pelos condutores estarem totalmente protegidos de
ambientes agressivos que normalmente causam oxidação e envelhecimento dos
termopares.
140 SENAI
Instrumentação
Resposta Rápida
O pequeno volume e alta condutividade térmica do óxido de magnésio, promovem
uma rápida transferência de calor, superior aos termopares com montagem
convencional.
Facilidade de Instalação
A dimensão reduzida, a grande maleabilidade e a alta resistência mecânica do cabo
isolação mineral, asseguram uma facilidade de instalação mesmo em locais de difícil
acesso.
Resistência a Corrosão
Os termopares isolação mineral são disponíveis com diversos tipos de capas
metálicas, para garantir sua integridade em qualquer tipo de ambiente corrosivo,
qualquer que seja o termopar.
Blindagem Eletrostática
A bainha metálica devidamente aterrada, oferece excelente blindagem contra
interferências eletrostáticas (ruídos).
Características Técnicas
Para a perfeita seleção de um termopar de isolação mineral, devem ser levados em
consideração todas as possíveis características e normas exigidas pelo processo.
SENAI 141
Instrumentação
142 SENAI
Instrumentação
Tubo de proteção
Sua principal função é proteger os termopares do ambiente de trabalho aumentando
a sua durabilidade. Não são indicados para áreas onde se necessita a vedação.
Para especificar um tubo é necessário levar em consideração todas as condições de
uso do termopar,como temperatura, atmosfera do processo, resistência mecânica,
pressão, tipos de fluido em contato, velocidade de resposta, etc.
Das diversas condições do processo que os termopares devem ser protegidos está a
proteção contra os metais (sólido, líquido e vapor), gases e fumos de combustão,
enxofre, óxidos metálicos, eletrólitos e outras diversas substâncias que causariam a
degradação e perda da calibração do sensor.
Os tubos de proteção estão divididos em metálicos e cerâmicos.
SENAI 143
Instrumentação
Aço carbono
Temperatura máxima de utilização: 550ºC.
Aplicação: uso geral, resistência à corrosão limitada, não pode ser usado em
ambientes redutores e oxidantes continuamente.
144 SENAI
Instrumentação
Alloy 600
Temperatura máxima de utilização : 1150ºC.
Aplicação: Excelente em ambientes corrosivos sujeitos a altas temperaturas.
Excelente resistência mecânica, não aplicável em atmosferas contendo enxofre.
Alloy 800
Temperatura máxima de utilização : 1090ºC.
Aplicação: Boa resistência a oxidação, carbonização e outros efeitos prejudiciais da
exposição a altas temperaturas.
Nióbio
Temperatura máxima de utilização : 2000ºC em atmosfera neutra ou vácuo.
Aplicação: Boa resistência a corrosão em metais líquidos até 1000ºC.
Tântalo
Temperatura máxima de utilização : 2200ºC em gás inerte ou vácuo.
Aplicação: Excelente resistência a muitos ácidos em temperatura ambiente.
Titânio
Temperatura máxima de utilização :1000ºC em atmosfera redutora e 250ºC em
atmosfera oxidante.
Aplicação: Boa resistência a oxidação e a ataques químicos.
Ferro preto:
Temperatura máxima de utilização :800ºC
Aplicação: Utilizado em recozimento têmpera e banho de sal.
Nodular perlítico
Temperatura máxima de utilização : 900ºC.
Aplicação: Ideal para metais não ferrosos tipo Alumínio, Zinco, etc.
SENAI 145
Instrumentação
Tubete de platina
Temperatura máxima de utilização : 1840ºC.
Aplicação: Único material capaz de operar em atmosferas oxidantes acima de
1260ºC por longos períodos.
Normalmente usados com termopares tipo S, R e B. Aplicação principal em indústria
de vidro, cerâmica e altas temperaturas em geral.
Carbureto de Silício
Temperatura máxima de utilização :1500ºC
Posui baixa resistência mecânica e porosisdade. Excelente condutibilidade térmica e
resistência a choques térmicos.
146 SENAI
Instrumentação
Poço termométrico
Possui a mesma função do tubo de proteção, porém a sua principal característica é
que ele possui estanqueidade, isti é, veda o processo não permitindo vazamentos,
perda de pressão e contaminações. São usados onde onde as condições de
processo requisitam segurança em altas temperaturas e pressões, fluidos muito
corrosivos, vibrações e alta velocidade de fluxo.
CABEÇOTE
DE LIGAÇÃO TAMPA
TUBO DE
PROTEÇÃO
A fixação é feita por rosca externa, solda, flange ou outros meios de fixação
hermética. Isto elimina a parada e esvaziamento do processo para troca ou
manutenção do elemento sensor. Um problema muito perigoso em que os poços
estão sujeitos é o efeito da vibração.
SENAI 147
Instrumentação
É importante que ele possua rigidez mecânica, pois o fluido de processo quando
atrita no poço, forma uma turbulencia que possui uma frequência definida na relação
entre o diâmetro do poço e e a velocidade do fluido.
Todos os poços termométricos passam por uma série de testes para verificar sua
integridade e garantir a vedação do processo. São feitos testes utilizando líquidos
penetrantes, pressão hidrostática, ultra som e raios X. O conjunto termopar, tubo de
proteção e cabeçote de ligação recebe vulgarmente o nome de "Termopar" na falta
de um nome apropriado ao conjunto.
Fios são condutores formados por um eixo sólido e cabos são condutores formados
por um feixe de condutores de menor diâmetro.
148 SENAI
Instrumentação
SENAI 149
Instrumentação
T extensão cobre cobre- azul azul vermelho marrom vermelho marrom marrom vermelho branco
níquel
J extensão ferro cobre- preto branco vermelho azul vermelho azul amarelo vermelho branco
níquel
E extensão níquel - cobre- roxo roxo vermelho preto vermelho preto roxo vermelho branco
cromo níquel
K extensão níquel- níquel- amarelo amarelo vermelho verde vermelho verde azul vermelho branco
cromo alumínio
S compensação cobre cobre- verde preto vermelho branco vermelho branco preto vermelho branco
níquel
R compensação cobre cobre- verde preto vermelho branco vermelho branco preto vermelho branco
níquel
B cabo comum cobre cobre cinza cinza vermelho cinza vermelho cinza cinza vermelho branco
150 SENAI
Instrumentação
Envelhecimento
É importante como já foi visto, que o termopar seja durável a fim de fornecer para
uma certa temperatura F.E.M. invariável. Infelizmente, após algum tempo mais ou
menos longo, o termopar é suscetível de sofrer variações na sua curva F.E.M. X
Temperatura. É difícil de predizer, pelo menos nos casos novos, qual seria a duração
de um dado termopar, porque o envelhecimento depende de uma série de fatores,
entre os quais, podemos citar:
No que tange aos diâmetros dos fios do termopar, pode-se dizer que os termopares
do fio grosso se envelhecem mais lentamente do que os construídos de fio fino. No
que tange a atmosfera, sua importância é capital no envelhecimento de termopares.
Por exemplo, um termopar de platina-rodiada-platina, em alta temperatura é ateado
por uma atmosfera redutora, sendo necessário, em alguns casos, manter uma
corrente de ar para o material do poço de proteção.
No que concerne ao tubo de proteção vimos que deve ser escolhido com bastante
cuidado. Sua principal qualidade será a estanquidade e a sua inércia química. No que
concerne à temperatura, é também de importância capital sem valor no tocante ao
envelhecimento do termopar. Por exemplo, para temperaturas inferiores à 700ºC os
termopares tipo K e J envelhecem muito lentamente, o mesmo ocorrendo com o
termopar tipo R e S, para temperaturas inferiores a 1.100ºC.
SENAI 151
Instrumentação
152 SENAI
Instrumentação
SENAI 153
Instrumentação
Tal, procedimento é executado sem problemas desde que, o cabeçote onde estão os
terminais do termopar e o registrador, estejam a mesma temperatura de medição.
Uma solução simples é que normalmente é usada na prática, será a inserção de fios
de compensação entre o cabeçote e o registrador . Estes fios de compensação em
síntese, nada mais são que outros termopares cuja função é compensar a queda da
FEM que aconteceu no caso estudado, ocasionada pela diferença de temperatura
entre o cabeçote e o registrador.
Vejamos o que acontece se, no exemplo anterior, ao invés de cobre usamos um fio
compensado. A figura mostra de que maneira se processa a instalação.
154 SENAI
Instrumentação
Como no caso acima, a FEM efetiva no cabeçote é de 20,74 mV. Dela , até o
registrador, são utilizados fios de extensão compensados, os quais adicionam à FEM
uma parcela igual a 0,57 mV, fazendo assim com que chegue ao registrador uma
FEM efetiva de 22,26 mV. Este valor corresponderá a temperatura real dentro do
forno ( 538 °C ). A vantagem desta técnica provém do fato de que os fios de
compensação, além de terem custo menor que os fios do termopar propriamente
dito, também são mais resistentes.
Inversão simples
Conforme o esquema a seguir, os fios de compensação foram invertidos.
SENAI 155
Instrumentação
Inversão dupla
No caso a seguir, consideramos o caso da existência de uma dupla inversão, isto
acontece com freqüência pois, quando uma simples inversão é constatada, é comum
pensar-se que uma nova troca de ligação dos terminais compensará o erro. Porém
isto não acontece, e a única maneira de solucionar o problema será efetuar uma
ligação correta.
156 SENAI
Instrumentação
Pirometria de Radiação
Introdução
Medidas de temperatura de corpos aquecidos através da radiação emitida, tem sido
largamente empregadas no processamento industrial. Não há contato direto com o
corpo cuja temperatura está sendo medida e há uma relativa independência quanto à
distância ao elemento detetor de radiação. O corpo pode estar em repouso ou em
movimento, o que torna o método particularmente aplicável em processos contínuos
(fornos rotativos, laminação, etc.).
Sérias causas de erro devem ser consideradas na aplicação, sendo claro que o seu
conhecimento, bem como das precauções que se impõem para tornar os seus efeitos,
são condições indispensáveis ao bom êxito da medida.
Histórico
As primeiras tentativas de correlacionar a radiação térmica emitida por um corpo
incandescente com a temperatura tiverem como objetivo a determinação da
temperatura do sol (Piroheliômetro de Pouillet-1838).
SENAI 157
Instrumentação
Somente com a formulação por Stefan em 1879 da lei da radiação total de um corpo
negro e a fundamentação teórica por Boltzmann (1884) a medida de temperatura por
radiação foi posta em bases satisfatórias.
Radiação Eletromagnética
Hipóteses de Maxwell
Os trabalhos científicos de Coulomb, Ampère, Faraday e outros estabeleceram os
princípios da Eletricidade. Na década de 1860, o físico escocês Maxwell desenvolveu
uma teoria matemática, na qual generalizou estes princípios.
158 SENAI
Instrumentação
Ondas eletromagnéticas
As ondas ocorrem quando uma perturbação originada em uma região pode ser
reproduzida nas regiões adjacentes em um instante posterior.
Espectro eletromagnético
Hoje, sabemos que existe uma variação ampla e contínua nos comprimentos de onda
e freqüência das ondas eletromagnéticas.
SENAI 159
Instrumentação
Espectro eletromagnético
Analisando esse quadro, observamos que luz, ondas de rádio e raios X são nomes
dados a certas faixas de freqüência e comprimentos de onda do espectro
eletromagnético. Cada nome caracteriza uma faixa, na qual as ondas são emitidas e
recebidas de um modo determinado. Por exemplo, a luz, de comprimentos de onda
em torno de 10-6 m, pode ser percebida através de seu efeito sobre a retina,
provocando a sensação de visão; mas, para detectar ondas de rádio, cujo
comprimento de onda varia em torno de 105 m a 10-1 m, precisamos de equipamentos
eletrônicos.
Corpo Negro
Chama-se corpo negro ou radiador perfeito, um corpo que absorve toda a radiação
que sobre ele incide, emitindo por sua vez, energia em todos os comprimentos de
onda, com máximo em comprimento de onda é função de sua temperatura.
Um corpo opaco, que não se enquadra no conceito do corpo negro, reflete parte da
energia que sobre ele incide. Chamando "a" e "r" os coeficientes de absorção e
reflexão, respectivamente, temos:-
160 SENAI
Instrumentação
a + r = 1 (1)
Uma superfície com área unitária do corpo, receberá por unidade de tempo, energia
radiante E, da qual absorve a.E e reflete r.E.
SENAI 161
Instrumentação
W = σ . T4 (3)
φ = A . (T4 - To4)
Exemplo:-
Tal não acontece se T = 700ºK, no exemplo acima, pois neste caso, T4 é somente 16
vezes maior.
Medição de Temperatura
Princípio
162 SENAI
Instrumentação
Embora ∆t < ∆T, sua taxa de crescimento é quatro vezes maior, exigindo que o
detetor seja bastante sensível.
e = K . ∆t = K1 . T4
Crítica
a) Na realidade e não é função linear de ∆t.
SENAI 163
Instrumentação
O uso de fios extremamente finos para os termopares, reduz as perdas por condução,
daí o uso de cromel (+) constantan (-), que oferecem excelentes propriedades de
resistência mecânica e choques e vibrações, além da baixa condutividade térmica e
boa estabilidade química (8 - 10 pares em série asseguram sensibilidade adequada).
- + rt
E i
- r +
e = F.E.M. da termopilha
rt = resistência interna da termopilha
rs = shunt de níquel
e
i=
rt + rs
rs . e
es =
rt + rs (9)
164 SENAI
Instrumentação
mesmo tempo em que a tensão de saída cai de e para e - ∆e. A corrente i' será
agora:-
e - ∆e
i' =
rt + rs + ∆ rs
E a queda de tensão em rs + ∆rs será:-
Nota:- Na realidade rt não é invariável mas sua variação é desprezível frente à de rs.
c) A crítica mais importante deriva do fato de que a radiação que atinge o detetor não
é negra e a lei de Stefan-Boltzmann, não é obedecida. Isto resulta de uma absorção
seletiva de radiação pela atmosfera, janela de quartzo, aparelhos ou lentes e pelo
próprio detetor.
W = σ . T4 (12)
Burgers e Foots do N.B.S., testaram 22 instrumentos e encontraram:- 3,28 < n < 4,26
dW = n . σ . Tn-1 . dT
Uma vez que as dimensões da superfície emissora são finitas, o fluxo radiante que
atinge o detetor é reduzido e, para uma dada área da superfície emissora, a resposta
da termopilha será função da distância, isto é, do ângulo sólido subtendido.
A solução é limitar, por meio de um diafragma com cobertura circular, o ângulo sólido
e a radiação que atinge o detetor será independente da distância, desde que a base
do cone AA' (fig. 73) seja inteiramente coberta pela superfície emissora.
A
DIAFRAGMA
DETETOR
0
A'
166 SENAI
Instrumentação
1 1 1
= =
p p' f
Tanto a lente como o diafragma podem ser ajustados: a lente para focalização e o
diafragma para variar a sensibilidade.
LENTE
DIAFRAGMA
ENERGIA DETETOR
RADIANTE
A principal restrição ao uso de lentes reside no fato que o índice de refração varia
com o comprimento de onda da radiação incidente e consequentemente a distância
focal. A imagem sai colorida (aberração cromática) e não bem focalizada. Há ainda a
absorção seletiva pelo material da lente de certos comprimentos de onda.
Apesar desses inconvenientes, o pirômetro com lente é muito útil para aplicação em
alvos pequenos. A uma distância de 24" uma superfície de uma polegada de diâmetro
é suficiente (narrow angle).
SENAI 167
Instrumentação
JANELA TRANSPARENTE
DIAFRAGMA ESPELHO
ENERGIA RADIANTE
PROTETOR
ESPELHO
ESPELHO
ENERGIA RADIANTE
DIAFRAGMA
A radiação entra pela janela A de quartzo, é refletida pelo espelho B, cujo foco está
na abertura do diafragma, é re-refletida pelo espelho C (de maior curvatura) e atinge o
detetor D, onde a imagem se forma.
168 SENAI
Instrumentação
Na maioria das medidas industriais, o fator de distância estará na região 20.1 a 24.1.
Tipos "wide angle" tem naturalmente valores menores, da ordem de 7.1.
Por outro lado, gases quentes, chama e carbono em alta temperatura contribuem
para aumentas a temperatura aparente. Nesses casos o único recurso é usar um tubo
alvo (target tube) fechado e cujo fundo é o alvo ou um tubo aberto, purgado com ar
ou gás inerte, o que garante uma linha de visada livre de meios absorventes.
SENAI 169
Instrumentação
O tubo alvo pode ser construído com uma variedade de materiais (silimanite,
carbureto de silício, inconel, níquel -cromo, ferro aço) e diminui, é claro, a velocidade
de resposta, uma das características mais favoráveis dos pirômetros de radiação.
Tempo de Resposta
Tolerância
Na prática industrial esse valor é bastante aumentado por ação das causas de erro
apontadas.
170 SENAI
Instrumentação
Pirometria Ótica
Introdução
Instrumentos designados como "pirômetros óticos" são aqueles que medem a energia
radiante emitida por uma superfície alvo em estreito intervalo de comprimentos de
onda (faixa de 100A Å em torno de 6500Å, vermelho).
C1 1
Wl = C2/ λT
λr e −1
(16)
2
Onde:- Wλ = erg/cm . seg 0,01 micron de zona espectral;
e = base neperiana;
C1 = 3,7403 . 109 erg/seg . cm2 . 0,01 micron de zona espectral;
C2 = 1,4384cm . ºK;
T = ºK.
SENAI 171
Instrumentação
Num pirômetro ótico a radiação da superfície alvo é focalizada por um meio de uma
objetiva num plano onde se encontra o filamento de uma lâmpada de tungstênio.
1 - alvo
2 - lente
3 - diafragma
4 - filtro absorvente (scren)
5 - lâmpada
6 - filtro vermelho
7 - lente objetiva (microscópio)
8 - diafragma
9 - lente ocular (microscópio)
10 - olho humano
172 SENAI
Instrumentação
8
3
2 4 6 7
1
5
9 10
Desse modo pode-se obter dupla ou tripla escala com limites muito superiores
aquelas permissíveis para a lâmpada.
SENAI 173
Instrumentação
1075 - 1750ºC
1500 - 2800ºC
2500 - 4200ºC
Causas de Erro
Há em geral, dois fatores que interferem no uso do pirômetro ótico:-
174 SENAI
Instrumentação
Vazão
Medição de Vazão
Q=V/t
A vazão que flui por um conduto de área de seção transversal A faz com que uma
partícula do fluido percorra uma distância h entre os pontos a e b do conduto num
dado tempo t, conforme a figura abaixo:
a b
Q v
A
SENAI 175
Instrumentação
v=h/t
No mesmo tempo t que a partícula de fluido levou para se deslocar do ponto a para
o ponto b, o volume V do fluido que passou pelo ponto a preenche toda a parte do
conduto compreendida entre os pontos a e b e é dado por:
V = A.h
fazendo t = h / v, temos:
W=m/t
W = ρ.Q
176 SENAI
Instrumentação
Conceitos Básicos
SENAI 177
Instrumentação
vcr = Kc ν/D
Kc = vcr D / ν
Re cr = vcr D / ν
Re cr = vcr D ρ / µ
178 SENAI
Instrumentação
Distribuição de velocidades
Nas medições de vazões na indústria o regime de escoamento na maioria dos casos
é turbulento. O regime turbulento é caracterizado por um perfil de velocidades mais
uniforme que o perfil correspondente ao regime laminar.
Desta forma a velocidade média não é a média aritmética das velocidades tomadas
em pontos igualmente distribuídos de um diâmetro da tubulação, mas sim uma média
ponderada das velocidades levando em consideração as seções do tubo que são
percorridas pelas velocidades locais.
Viscosidade
A viscosidade e uma característica das mais importantes dos fluidos já que interfere
diretamente no regime de escoamento do mesmo.
Viscosidade absoluta
A viscosidade pode ser definida como sendo a resistência que o fluido oferece ao
deslocamento de suas partículas em relação umas as outras. Para se determinar o
valor da viscosidade absoluta ou dinâmica, usemos o esquema mostrado a seguir
como exemplo, tendo duas placas: uma fixa e outra móvel.
SENAI 179
Instrumentação
µ = F.e / A.v
onde:
µ é a viscosidade absoluta do fluido, em Pa.s (pascal-segundo)
F é a força aplicada à placa móvel, em N (newton)
e é a espessura da camada fluida, em m (metro)
A é a área da placa móvel, em m²
v é a velocidade da placa móvel, em m/s
A unidade no SI é o poiseuille ou pascal-segundo:
180 SENAI
Instrumentação
Viscosidade Cinemática
A viscosidade cinemática ν de um fluido é a relação entre a viscosidade absoluta µ e
a massa específica do fluido ρ , à mesma temperatura:
ν=µ/ρ
No sistema internacional (SI) a unidade é o metro quadrado por segundo ( m²/ s).
Equação da Continuidade
Supondo um fluxo em regime permanente na tubulação abaixo, não podemos
acumular massa no volume compreendido entre as seções 1 e 2, pois neste caso
pelo menos a massa específica variaria, deixando ser regime permanente.
A1 1
2
Q1 A2
Q2
v2
v1
SENAI 181
Instrumentação
Ou seja, a massa que entra na redução é igual à massa de produto que sai da
redução, o que ocorre quando o fluido é incompressível e sua densidade absoluta
não varia através da redução.
V1 . A1 = V2 . A2
Dessa forma, para que a vazão na entrada da redução seja a mesma na saída da
redução, ao se diminuir a área de passagem a velocidade de escoamento aumenta.
Teorema de Bernoulli
Seja um fluido perfeito (ideal), que não apresenta viscosidade, não apresenta atrito
com as paredes da tubulação por onde escoa e cujo regime de escoamento seja
perfeito, isto é, com todas as trajetórias das partículas do fluido iguais e bem
distribuídas na tubulação. Supondo-se que esse fluido escoa numa tubulação
conforme a figura abaixo:
p1
v1
p1
v2
Z1
Z2
nível de referência
182 SENAI
Instrumentação
Epg = F.L ; mas a força F é a força aplicada a uma massa m de fluido para
provocar o deslocamento L e essa força está distribuída por uma área do fluido
equivalente à área de seção transversal A da tubulação. Como a pressão p é a
relação entre a força F e a área A, temos:
p = F / A ; F = p.A
Epg = p.A.L mas o volume V de fluido deslocado é dado por;
V = A.L ; desse modo:
Epg = p.V ; sendo γ = m.g / V e V = m.g / γ temos:
Epg = p.m.g / γ
Ec = m.g.v² / 2g
Z1 + p1 / γ + (v1)² / 2g = Z2 + p2 / γ + (v2)² / 2g
SENAI 183
Instrumentação
Por exemplo, um medidor de engrenagens tem um fator de 20 cm³ para cada volta
completa que um conjunto de engrenagens dá quando essa engrenagens são
movidas pelo fluido que atravessa o medidor. Se o medidor contabilizar 10 voltas
em 1 minuto, a vazão do fluido será de 200 cm³/min.
184 SENAI
Instrumentação
Medidor de Lóbulos
Disco de Nutação
SENAI 185
Instrumentação
Medidores Deprimogênios
A1 1
2
Q1 A2
Q2
v2
v1
Z1 + p1 / γ + (v1)² / 2g = Z2 + p2 / γ + (v2)² / 2g
p1 / γ + (v1)² / 2g = p2 / γ + (v2)² / 2g
p1 - p2 = (v2)² - (v1)²
γ 2g
V1 . A1 = V2 . A2 (equação da continuidade)
V2 = V1 . A1 / A2
186 SENAI
Instrumentação
β2 = (D2 / D1)2 ou β2 = A2 / A1
substituindo V2 na equação :
isolando v1:
1 1
v1 = 2g. . β4 . . p1 − p2
γ 1 − β4
1
E=
1 − β4
fazendo
1 2
v1 = 2g. . β . E. p1 − p2
γ
como Q1 = v1. A1
1 2
Q1 = A1. 2g. . β . E. p1 − p2
γ que é a equação geral para os medidores
deprimogênios
Desse modo, a vazão pode ser calculada a partir da diferença entre as pressões
antes da restrição e depois da restrição.
SENAI 187
Instrumentação
QUEDA DE PRESSÃO
PERMANENTE
∆P
OBSTÁCULO:PLACA DE
ORIFÍCIO
FLUXO
MONTANTE JUSANTE
P1 P2
188 SENAI
Instrumentação
c) Tubo Pitot;
d) Bocais.
Placas de Orifício
O tipo mais comum consiste numa chapa fina com um furo circular. Três tipos
padrões são conhecidos. A mais utilizada é a placa com furo circular concêntrico
com a linha central do tubo. Do lado da entrada do fluido a borda do furo deve ser
em ângulo reto e do outro lado deve se chanfrada 45º. Outro tipo de placa é a
excêntrica, geralmente usada para fluidos contendo material pesado. A placa com
furo segmentado é empregada para fluidos contendo sólidos em suspensão.
A placa é colocada entre flanges e as tomadas de pressão podem ser feitas nos
flanges, nos tubos (2 1/2D e 8D, antes e depois da placa, D = diâmetro interno do
tubo), ou na "vena contracta"(veia contraída), onde a tomada de alta pressão é feita.
SENAI 189
Instrumentação
½Dà 0,15 ≤ β ≤
radius taps tomadas a D e 1D partir da 0,75
½D face à 50mm ≤ D ≤
montante 760mm
(2'' ≤ D ≤ 30'')
0,1 ≤ β ≤ 0,8
vena contracta tomadas em ½Da2D depende 50mm ≤ d ≤
taps vena contracta de β 760mm
(2'' ≤ D ≤ 30'')
0,22 ≤ β ≤ 0,8
corner taps tomadas em junto junto 50mm ≤ D ≤
canto 1000mm
(2'' ≤ D ≤ 40'')
Legenda
D - diâmetro interno da tubulação
β - relação entre o diâmetro interno D da tubulação e o diâmetro do orifício d da
placa
β=d/D
190 SENAI
Instrumentação
Tubo Venturi
Como se vê na Fig., um tubo Venturi combina, em uma só unidade, um
estrangulamento na seção do tubo entre duas ligações para a medida da pressão
diferencial. Consta de três partes: uma seção cônica de entrada com diâmetro
decrescente, uma seção paralela central e uma seção cônica de saída, com diâmetro
crescente. É geralmente usado na medição de líquidos com sólidos em suspensão
ou quando se requer uma pequena perda de pressão na linha. A tomada de alta
pressão é colocada meio diâmetro a montante do cone de entrada e a de baixa no
meio da seção central.
SEÇÃO
PRINCIPAL
Tubo Pitot
Este instrumento mede a diferença entre a pressão estática e a pressão total dada
pela soma da pressão estática e aquela devida a velocidade do fluido. Um tubo Pitot
possui duas aberturas para a medição das pressões, uma perpendicular ao eixo do
fluxo, sendo esta a tomada de baixa pressão e a outra, com frente para o fluido,
fornecendo o ponto de impacto é a tomada de alta.
A diferença entre pressão total e a pressão estática da linha nos dará a pressão
dinâmica, a qual é proporcional ao quadrado da velocidade.
PRESSÃO
DINÂNICA
PRESSÃO
ESTÁTICA
SENAI 191
Instrumentação
Bocais
Situada na tubulação com duas tomadas, permite a medição de vazões 60%
superiores as de placa de orifício nas mesmas condições de serviço.
A sua perda de carga é 30% a 80% da pressão diferencial. Sua principal aplicação é
na medição de vapor com alta velocidade e fluidos que arrastam sólidos em pequena
quantidade.
TOMADAS DE PRESSÃO
192 SENAI
Instrumentação
UNIÃO DE SAÍDA
CONEXÃO DE
SAÍDA
LIMITADOR DO
FLUTUADOR
CAIXA DE VEDAÇÃO
SELA O TUBO DE VIDRO
COM A UNIÃO DE METAL
FLUTUADOR DE MEDIDA
LIMITADOR DO
FLUTUADOR
CONEXÃO DE
ENTRADA
UNIÃO DE
ENTRADA
PONTO
PONTO PONTO DE LEITURA
DE LEITURA DE LEITURA PONTO
DE LEITURA
SENAI 193
Instrumentação
Para outros fins mais particulares são usados vários instrumentos entre os quais
temos:
• medidores de impacto;
• de turbina;
• magnéticos;
• ultra-sônicos;
• de vórtice;
• térmicos
MOVIMENTO
SELO DE DIAFRAGMA
ALVO
FLUXO
194 SENAI
Instrumentação
Medidores de turbina
A turbina é um instrumento de excelente precisão mas de confiabilidade limitada. A
turbina propriamente dita, peça móvel principal, está numa seção de passagem do
fluido. Este pode ser gas ou líquido, mas precisa ser limpo. Os sólidos em suspensão
podem interferir na livre rotação da turbina.
VAZÃO
SUPORTE
ROTOR
Magnéticos
Consiste na aplicação da lei de FARADAY, em que o condutor móvel é o próprio
fluido que, colocado num campo magnético, provoca a geração de uma diferençã de
potencial proporcional à velocidade média do fluido. A grande limitação de seu uso é
que o fluido medido precisa ser líquido e ligeiramente condutor de eletricidade, o que
elimina os hidrocarbonetos.
CAMPO MAGNÉTICO
ELETRODOS
SENAI 195
Instrumentação
Ultra sônicos
Podem ser intrusivos, isto é, o feixe de ultra som é emitido e recebido através de
furos na tubulação, podem ser ser também não intrusivos fazendo-se a medição por
ascultação.
196 SENAI
Instrumentação
Medidores de vórtices
Vórtices ou turbilhões aparecem quando se introduz um obstáculo ou quando se
provoca uma determinada mudança de direção no escoamento de um fluido. Nos
medidores de vórtice, uma barra de formato adequado é colocada transversalmente
ao tubo. A partir de uma certa velocidade, os turbilhões começarão a se formar
alternadamente de cada lado da barra.
SENAI 197
Instrumentação
Medidores térmicos
Os medidores térmicos são baseados em equações simples de transferência de
calor. Esta técnica consiste em aquecer a corrente fluida por meio de uma
resistência elétrica. A potência fornecida à resistência(Q) é igual ao calor transferido
ao fluido e é medida por meio de um Wattímetro.
Q
W=
Cp ( T1 − T2 )
T1 Q T2
198 SENAI
Instrumentação
Referências Bibliográficas
DELMÉE, Gérard Jean. Manual de Medição de Vazão. São Paulo, Editora Edgard
Blücher Ltda. 1982.
SENAI 199