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EXERCÍCIOS

1. Quando saboreava seu delicioso almoço no restaurante universitário, um estudante achou uma pepita de
ouro no meio da sua comida. Dirigiu-se então a um laboratório com a finalidade de determinar o valor de sua
massa por meio de uma balança. O aluno não conseguiu localizar a curva de erros da balança, mas encontrou
o valor fiducial de ± 5% da indicação, que correspondia a seu erro máximo, conforme estava escrito na
bancada. O aluno, inicialmente, mediu apenas uma única vez e obteve como indicação 32,4 g. Qual o valor da
massa dessa pepita?

2. Em relação ao problema anterior, não satisfeito com a incerteza da medição, o aluno obteve as nove
indicações adicionais a seguir (todas em gramas). Qual o novo resultado da medição?

32,8 32,7 32,2 32,9 32,5 33,1 32,6 32,4 33,0

3. Quando chegava ao trabalho após o período do almoço, o laboratorista, encontrando o felizardo aluno dos
dois problemas anteriores ainda no laboratório, foi buscar o certificado de calibração da balança. Juntos
constataram que, para valores do mensurando da ordem de 33 g a balança apresenta correção de + 0,50 g e,
após alguns cálculos, verificaram que a precisão de medição para a média de dez medições era 0,21 g. Para
estas novas condições, qual o resultado de medição?

4. Uma amostra de vinte pilhas alcalinas, supostamente de 1,5 V, foi aleatoriamente retirada da produção de
uma fábrica. As tensões elétricas das vintes pilhas foram individualmente medidas por um voltímetro digital,
sendo encontrado o valor médio de 1,502 V e desvio-padrão da amostra de 0,120 V. O voltímetro não
apresenta erros sistemáticos expressivos e sua precisão de medição era de 0,030 V para esta faixa de tensão.
Com estes dados, determine a faixa dentro da qual as tensões das pilhas produzidas se situam.

5. Foram medidas 05 vezes, com um multímetro digital a d.d.p. em um circuito elétrico obtendo os valores
apresentados na tabela abaixo todos em volts (V).

1,23 1,22 1,24 1,22 1,21

Considere que a incerteza do multímetro (U95,45%), extraída do certificado de calibração, é ± 0,020 V e


t = 2,00 (t-Student). Resolução do multímetro de 0,01 V.
Calcule:
a) A incerteza tipo A da medição.

b) A incerteza padronizada tipo B.

c) A incerteza padronizada final da medição (incerteza combinada).

d) A incerteza final expandida, para um nível de confiabilidade metrológica de 95,45%.

d) Expresse corretamente o resultado de medição com dois algarismos significativos.


6. Alunos do curso de Engenharia de Produção da disciplina de Eletrotécnica realizaram uma visita ao
laboratório de medidas elétricas e puderam observar e medir a tensão elétrica por meio de um voltímetro
analógico com certificado de calibração.

Certificado de Calibração
DO VOLTÍMETRO
Indicação C U
M M M
220 -0,11 0,02
222 -0,12 0,02
224 -0,13 0,03
226 -0,14 0,03
228 -0,15 0,04
230 -0,16 0,04
M M M

a) Adote a resolução do VOLTÍMETRO igual a metade do valor de divisão do medidor e determine os valores
das seis medições indicadas a seguir.
b) Para este mensurando invariável, calcule o valor da incerteza expandida da medição da TENSÃO ELÉTRICA,
considerando as seguintes fontes de incertezas: precisão (de medição), resolução e a correção levantada do
certificado de calibração.
c) Expresse corretamente o resultado de medição da TENSÃO com dois (2) algarismos significativos.
7. Um aluno do curso de Engenharia de Mecânica realizou a sua Prática de Paquímetro e obteve os seguintes
resultados descritos na tabela abaixo:

Número da Peça 11

Leituras (mm)
Cotas
1ª 2ª 3ª Média
A 160,000 159,900 159,900
C 29,950 29,9500 29,900
E 29,050 29,100 29,050
H 12,900 12,900 12,850
T 8,050 8,050 8,100

A cota T é uma medida externa, realizada com os bicos do paquímetro.


Calcule e expresse corretamente o resultado de medição da cota T.
Segue abaixo informações do certificado de calibração do paquímetro.

Certificado de Calibração do Paquímetro


Medições externas
Indicação (mm) Tendência (mm) Uexp (mm) t-Student
5 - 0,002 0,005 2,00
8 - 0,010 0,002 2,00
10 - 0,008 0,006 2,00

Desvio de paralelismo: ± 0,02 mm Resolução adotada no paquímetro: 0,025 mm


a) Calcule a correção combinada.
b) Calcule todas as fontes de incerteza, seus respectivos graus de liberdade e o tipo de distribuição de
probabilidade usada em cada fonte de incerteza.
c) Calcule a incerteza combinada, o grau de liberdade efetivo e encontre o coeficiente t-Student.
d) Calcule a incerteza expandida e Expresse corretamente o Resultado de Medição da cota T.
8. O micrômetro em suas diversas formas construtivas é utilizado para medição de comprimentos externos,
internos e de profundidades, permitem medições mais exatas que o paquímetro. Na nossa Prática 02 –
Micrômetro foi utilizado um micrômetro externo centesimal e outro milesimal analógico para realizar a
medição de uma peça com várias cotas. Abaixo segue leituras efetuadas por um aluno durante a prática,
mostrada na tabela abaixo.

Tabelas de resultados com o micrômetro

Leituras (mm)
Cotas
1ª 2ª 3ª

D4 24,000 23,998 23,998


Micrômetro Externo com
D3 15,504 15,512 15,508
VD = 0,01mm
D2 12,004 12,002 12,004
Micrômetro Externo com
D2 12,002 12,005 12,004
VD = 0,001mm
Micrômetro Interno com
D6 8,170 8,171 8,169
VD = 0,001mm

CERTIFICADO DE CALIBRAÇÃO
MICRÔMETRO CENTESIMAL

Indicação Correção Uexp


(mm) (mm) (mm)
12,000 0,008 0,0012
13,000 0,006 0,0015
14,000 0,004 0,0009
15,500 0,012 0,0017
16,000 0,001 0,0011
24,000 0,007 0,0008

Calcule a incerteza expandida da cota D3 e expresse corretamente o resultado de medição, considerando as


seguintes fontes de incertezas:
1 – Precisão de medição;
2 – Resolução adotada no sistema de medição (Adotar Resolução=VD/5);
3 – Certificado de calibração.
9. Numa fábrica de pré-moldados o inspetor da qualidade fez por amostragem ensaio de flexão em cinco
postes de concreto armado. Os valores estão apresentados na tabela abaixo. O teste foi realizado em um
dinamômetro para tração com indicação digital que resultaram nas seguintes indicações em newtons:

3 888 3 858 3 815 3 889 3 882

Certificado de calibração do dinamômetro:


Indicação (N) Td (N) U95,45% (N) t-Student
2 000 - 2,0 4
4 000 8,0 8
6 000 - 12,0 12
2,051
10 000 - 10,0 20
12 000 24,0 24
14 000 42,0 28

Incremento digital do dinamômetro: 1 N


Deriva térmica do dinamômetro: + 2,0 N/ °C, temperatura de referência de 23 °C.
A temperatura no local da medição foi de 33 °C.
Deriva temporal: ± 0,5 N/mês. O certificado de calibração da balança apresentado na tabela acima foi emitido
há três (03) meses.
Calcule a incerteza expandida do teste e expresse corretamente o resultado de medição.
10. Momento de uma força, também conhecido como torque, é a medida de quanto uma força que age em
um objeto faz com que ele gire. É desnecessário falar da importância do aperto dos parafusos de roda, mas é
algo com que toda oficina e todo proprietário deve se preocupar sem poupar atenção.
O aperto de qualquer parafuso ou porca deve obedecer ao torque de aperto correto. O das rodas geralmente
vai de (8 a 12) kgf·m. Cada carro tem seu aperto informado no manual do proprietário.
A prática ensina a julgarmos a força aplicada, mas não existe nada melhor e mais seguro do que usar um
torquímetro para torquear parafuso de roda ou qualquer outro.
A figura abaixo representa a força aplicada na vertical, sobre uma chave de boca, por um motorista de
caminhão tentando apertar uma das porcas que fixa uma roda.
Dados do torquímetro:
Torquímetro analógico
Indicação de medição: (0 a 50) kgf.m
Valor de uma divisão (VD): 0,2 kgf·m Adotar: Resolução = VD/2
Desvio de Linearidade: ± 0,06 kgf.m

Certificado de Calibração do Torquímetro

Tendência
Indicação (kgf.m) Uexp (kgf.m) t-Student
(kgf.m)
10 - 0,2 0,04 2,0
20 - 0,4 0,08 2,0
30 - 0,8 0,04 2,0
40 - 0,6 0,06 2,0
50 - 0,8 0,08 2,0

Foram realizadas 6 (seis) medições com o torquímetro.

Medições realizada com o torquímetro (kgf.m)

10,5 10,4 10,6 10,2 10,8 10,6

a) Calcule a correção combinada.


b) Calcule todas as fontes de incerteza, seus respectivos graus de liberdade e o tipo de distribuição de
probabilidade usada em cada fonte de incerteza.
c) Calcule a incerteza combinada, o grau de liberdade efetivo e encontre o t-Student.
d) Calcule a incerteza expandida e Expresse corretamente o Resultado de Medição.
ANEXO – EQUAÇÕES

EXPRESSÕES PARA CALCULAR O RESULTADO DE MEDIÇÃO

NÚMEROS DE ERROS
MENSURANDO EXPRESSÃO
MEDIÇÕES SISTEMÁTICOS
INVARIÁVEL n=1 Compensado 𝑅𝑀 = 𝐼 + 𝐶 ± 𝑃
INVARIÁVEL Compensado 𝑃
n>1 𝑅𝑀 = 𝐼 ̅ + 𝐶 ±
√𝑛
INVARIÁVEL n≥1 Não compensado 𝑅𝑀 = 𝐼 ± 𝐸𝑚á𝑥
VARIÁVEL n>1 Compensado 𝑅𝑀 = 𝐼 ̅ + 𝐶 ± 𝑡. 𝑢
VARIÁVEL n>1 Não compensado 𝑅𝑀 = 𝐼 ̅ ± (𝐸𝑚á𝑥 + 𝑡. 𝑢)

INCERTEZA PADRÃO TIPO A

∑𝑛 (𝐼𝑖 − 𝐼 )̅ 2
Desvio Padrão 𝑢 = √ 𝑖=1
(𝑛 − 1)

INCERTEZA PADRÃO TIPO B

𝑎
𝑢=
DISTRIBUIÇÃO RETANGULAR √3

DISTRIBUIÇÃO TRIANGULAR 𝑎
𝑢=
√6

DISTRIBUIÇÃO GAUSSIANA 𝑎
𝑢=
2

𝑎
𝑢=
DISTRIBUIÇÃO EM U √2
𝑢𝑐4 𝑢14 𝑢24 𝑢𝑛4
= + +⋯+
𝜈𝑒𝑓𝑒 𝜈1 𝜈2 𝜈𝑛
ou
Número de graus de liberdade efetivo 4 4 4 4
𝑢𝑅 (𝐺) 𝑢𝑅(𝑋1 ) 𝑢𝑅(𝑋 2)
𝑢𝑅(𝑋𝑛)
= + + ⋯+
𝜈𝑒𝑓𝑒 𝜈𝑋1 𝜈𝑋1 𝜈𝑋𝑛

Correção combinada 𝐶𝑐𝑜𝑚𝑏 = 𝐶1 + 𝐶2 + 𝐶3 + ⋯ + 𝐶𝑛

2
Incerteza padrão combinada (medições diretas) 𝑢𝑐𝑜𝑚𝑏 = 𝑢12 + 𝑢22 + 𝑢32 + ⋯ + 𝑢𝑛2

Incerteza expandida (p/ 95,45% de confiabilidade) 𝑈𝑒𝑥𝑝 = 𝑡(95,45%.𝜐𝑒𝑓𝑒) . 𝑢𝑐𝑜𝑚𝑏


DISTRIBUIÇÃO NORMAL T-STUDENT

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