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Introdução Sistemas de unidades Forma integral Forma diferencial Eletrostática (SI) Magnetostática

Eletrodinâmica Clássica II
Introdução e Recapitulação

Prof. Ricardo Luiz Viana

Curso de Pós-Graduação em Fı́sica,


Universidade Federal do Paraná
Curitiba, Paraná, Brasil
Introdução Sistemas de unidades Forma integral Forma diferencial Eletrostática (SI) Magnetostática

Ementa

• Recapitulação - Equações de Maxwell


• Ondas eletromagnéticas planas
• Sistemas radiantes simples e difração
• Teoria especial da relatividade
• Cinemática e dinâmica de partı́culas relativı́sticas
• Radiação de cargas em movimento
• Colisões entre partı́culas carregadas, perda de energia e
espalhamento
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Bibliografia

• John David Jackson


(1925-2016),
“Classical
Electrodynamics”,
• Primeira edição
(Wiley, 1962): todo
CGS gaussiano
• Segunda edição
(Wiley, 1975): todo
CGS Gaussiano
• Terceira edição
(Wiley, 1998):
metade SI, metade
CGS
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Datas de provas

• 1a. prova - 27/09


• 2a. prova - 29/11
• Prova substitutiva - 18/12
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Recapitulação de Eletrodinâmica Clássica I


As equações de Maxwell

• Sistemas de unidades
eletromagnéticas
• Equações de Maxwell no
vácuo
• Equações de Maxwell em
meios materiais
• Condições de contorno
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Sistemas de unidades eletromagnéticas

• Sistema internacional (SI), ou MKS: adoção preferencial na


ciência e engenharia (livros de eletro da graduação): melhor
para cálculos numéricos;
• Sistema gaussiano, ou CGS: adoção em áreas da fı́sica
atômica, nuclear, astrofı́sica, etc. (livros de eletro da pós):
sistema mais “elegante” porém inconveniente para cálculos
numéricos;
• Sistema de Heaviside-Lorentz: CGS “racionalizado”, adoção
em teoria quântica de campos (às vezes ainda se faz c = 1),
equações “enxutas”;
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Lei de Coulomb: força elétrica entre cargas puntiformes


• No sistema CGS-gaussiano
usamos k = 1
• Unidade de carga: [q]:
statcoulomb (ou e.s.u.). As
dimensões de carga são
M 1/2 L3/2 T −1
• se q1 = q2 = 1 statcoulomb
e r = 1cm, então FE = 1dyn
• No sistema SI
1
k= = 8, 987×109 N.m2 /C 2
4πǫ0
onde
ε0 = 8, 854×10−12 C 2 /N.m2
é a permissividade do vácuo
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Constante eletrostática k

• Unidade de carga: [q]: coulomb. Não se pode expressar a


unidade de carga unicamente em função de M, L e T
(dimensões diferentes!)
• 1 coulomb equivale a 2, 997 × 109 statcoulomb, mas este não
é um fator de conversão!
• No SI precisamos definir uma grandeza fundamental adicional
(corrente elétrica: SI = MKSA)
• No sistema Heaviside-Lorentz k = 1/4π

• Unidade de carga equivale a 1/ 4π do statcoulomb ou a
9, 410 × 10−11 C
• Os sistemas SI e HL são “racionalizados”: expressões com
simetria plana tem fator 1, cilı́ndrica 2π e esférica 4π
• O sistema gaussiano não é racionalizado
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Força magnética entre correntes elétricas paralelas (por


unidade de comprimento dos fios)
• Por razões dimensionais
k/ξ = c 2 , onde
c = 2, 998 × 108 m/s é a
velocidade da luz no vácuo FM I1 I2
= 2ξ
• No Gaussiano ξ = 1/c 2 , e a ℓ r
unidade de corrente ([I ]) é o
statampére
• No SI
ξ = µ0 /4π = 10−7 T .m/A,
logo
s
1
c=
ε0 µ0
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Força magnética entre correntes elétricas

FM 2k I1 I2
= 2
ℓ c r

• No SI a unidade de corrente é o ampère (A): para


I1 = I2 = 1A e r = 1m temos FM /ℓ = 2x10−7 N/m. Logo no
SI µ0 = 4π × 10−7 N/A2 (valor exato) é a permeabilidade do
vácuo
• Como i = dq/dt, desejamos que 1 coulomb = 1 ampère x 1
segundo
• 1 statampère corresponde a 3, 336 × 10−10 A
• No Heaviside-Lorentz ξ = 1/4πc 2 , e a unidade de corrente
corresponde a (2, 821A)c
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Constante eletromagnética g

• Força magnética sobre uma


partı́cula carregada
(Lorentz)

FM = qg v × B

• No SI g = 1
• No gaussiano e no
1
Heaviside-Lorentz g = c
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Resumo

SI (MKS) CGS (Gaussiano) Heaviside-Lorentz


1 1
k 4πε0 1 4π
1 1
g 1 c c
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Equações de Maxwell na forma integral

• valem para uma região do espaço de volume V delimitada


pela superfı́cie fechada S.
• integral de superfı́cie sobre S: da = n̂da é um elemento de
área vetorial, orientada pelo versor n̂, que por convenção
sempre aponta para fora da superfı́cie S em cada ponto desta.
• valem para uma superfı́cie aberta S, delimitada pelo caminho
fechado C
• integral de linha sobre C : orientada pelo elemento de arco dℓ
• para a superfı́cie aberta S, o elemento de área vetorial n̂da é
orientado segundo a regra da mão direita (dedos no sentido
de percurso de C , polegar no sentido de n̂).
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Lei de Gauss elétrica

Se E(r) é o campo elétrico, a


integral do fluxo elétrico por uma
superfı́cie fechada S é
proporcional à carga lı́quida q
envolvida por S
I
ΦE = E · n̂da = 4πkq,
S
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Lei de Gauss magnética

Se B(r) é o campo magnético, a


integral do fluxo magnético ΦB
sobre uma superfı́cie fechada S é
nula, pois não existem
monopólos magnéticos isolados
I
ΦB = B · n̂da = 0,
S
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Lei de Faraday
Um fluxo magnético variável com
o tempo induz uma força
eletromotriz E igual à circulação
de um campo elétrico E induzido
ao longo de um caminho fechado
C
I
∂ΦB
E= E · dℓ = −g
C ∂t
R
onde ΦB = S B · n̂da é o fluxo
magnético através de uma
superfı́cie S aberta e limitada
pelo caminho C . O sinal
negativo é devido à Lei de Lenz
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Lei de Ampère-Maxwell
A circulação do campo
magnético B ao longo de um
caminho fechado C é
proporcional à corrente elétrica
lı́quida I envolvida por C bem
como à corrente de
deslocamento, que é proporcional
à variação temporal do fluxo
elétrico
I
4πk 1 ∂ΦE
B · dℓ = 2
I+ 2 ,
C gc gc ∂t
R
onde ΦE = S E · n̂da é o fluxo
elétrico através de uma superfı́cie
S aberta e limitada por C .
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Forma integral das Equações de Maxwell no sistema SI

I
q
E · n̂da = ,
ε0
IS
B · n̂da = 0,
S
I Z

E · dℓ = − B · n̂da,
∂t
IC Z S
1 ∂
B · dℓ = µ0 I + 2 E · n̂da
C c ∂t S
F = q(E + v × B)
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Forma integral das Equações de Maxwell no sistema


CGS-Gaussiano

I
E · n̂da = 4πq,
S
I
B · n̂da = 0,
S
I Z
1 ∂
E · dℓ = − B · n̂da,
c ∂t S
IC Z
4π 1 ∂
B · dℓ = I+ E · n̂da,
C c c ∂t S
 
1
F = q E+ v×B
c
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Forma integral das Equações de Maxwell no sistema de


Heaviside-Lorentz

I
E · n̂da = q,
S
I
B · n̂da = 0,
S
I Z
1 ∂
E · dℓ = − B · n̂da,
c ∂t S
IC Z
1 1 ∂
B · dℓ = I+ E · n̂da,
C c c ∂t S
 
1
F = q E+ v×B
c
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Equações de Maxwell na forma diferencial


• Lei de Gauss elétrica: usando o teorema do divergente
transformamos a integral sobre a superfı́cie fechada S numa
integral de volume do divergente de E sobre a região V
limitada por S. Com a densidade volumétrica de carga ρ(r)
I Z Z
E · n̂da = ∇ · EdV = 4πkq = 4πk ρdV ,
S V V
Z
(∇ · E − 4πkρ) dV = 0.
V

Se a integral acima é nula para um volume V arbitrário, então

∇ · E = 4πkρ.

• Lei de Gauss magnética: aplicando o mesmo raciocı́nio


obtemos
∇ · B = 0,
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Lei de Faraday
Usando o Teorema de Stokes transformamos a integral da
circulação do campo elétrico E ao longo de um caminho fechado C
na integral de superfı́cie do rotacional de E ao longo da superfı́cie
aberta S, limitada pelo caminho C .
I Z Z Z
∂ ∂B
E · dℓ = (∇ × E) · n̂da = −g B · n̂da = −g · n̂da,
C S ∂t S S ∂t
Z  
∂B
∇×E+g · n̂da = 0.
S ∂t

Se a integral acima é nula numa superfı́cie S aberta arbitrária, o


integrando deve ser identicamente nulo:
∂B
∇ × E = −g .
∂t
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Lei de Ampère-Maxwell

Usamos o Teorema de Stokes para transformar a integral de


caminho numa integral de superfı́cie. Além disso, escrevemos a
corrente elétrica lı́quida i atravessando a superfı́cie S (limitada por
C ) como a integral de uma densidade superficial de corrente J(r).
I Z Z Z
4πk 1 ∂E
B · dℓ = (∇ × B) · n̂da = 2
J · n̂da + 2 · n̂da,
C S gc S gc S ∂t
Z  
4πk 1 ∂E
∇×B− 2J− 2 · n̂da = 0.
S gc gc ∂t

Se a integral acima é nula em S, assim também o integrando


4πk 1 ∂E
∇×B= 2
J+ 2 .
gc gc ∂t
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Forma diferencial das Equações de Maxwell no sistema SI

ρ
∇·E = ,
ε0
∇ · B = 0,
∂B
∇×E = − ,
∂t
∂E
∇ × B = µ0 J + µ0 ε0 .
∂t
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Forma diferencial das Equações de Maxwell no sistema


CGS-Gaussiano

∇ · E = 4πρ,
∇ · B = 0,
1 ∂B
∇×E = − ,
c ∂t
4π 1 ∂E
∇×B = J+ .
c c ∂t
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Forma diferencial das Equações de Maxwell no sistema de


Heaviside-Lorentz

∇ · E = ρ,
∇ · B = 0,
1 ∂B
∇×E = − ,
c ∂t
1 1 ∂E
∇×B = J+ .
c c ∂t
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Campo elétrico no vácuo (SI)


• Lei de Gauss elétrica → campo elétrico de uma carga
1 1
puntiforme q situada na origem: E(r) = 4πε 0
r̂/r 2 = 4πε0 qr/r
3

• Se a carga estiver no ponto r′ , o campo será

1 q(r − r′ )
E(r) =
4πε0 |r − r′ |3

• Sistema de N cargas puntiformes (princı́pio de superposição):

N
1 X qa (r − ra )
E(r) = 3
4πε0
a=1 |r − ra |
P
• Densidade singular de carga ρ(r) = a qa δ(r − ra ) →
Distribuição contı́nua de cargas: dq ′ = ρ(r′ )d 3 r ′
Z
1 ρ(r′ )(r − r′ )
E(r) = dV ′
4πε0 V |r − r′ |3
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Eletrostática no vácuo (SI)


• ∂/∂t = 0 e B = 0.
• Da lei de Faraday ∇ × E = 0. Então E = −∇φ, onde φ(r) é o
potencial escalar
• Potencial de uma distribuição de carga
Z
1 ρ(r′ )
ϕ(r) = dV ′
4πε0 V |r − r′ |

• Lei de Gauss elétrica (forma diferencial) → equação de


Poisson (inomogênea)
1
∇ · E = −∇2 ϕ = ρ(r′ )
ε0
• Se ρ = 0: equação de Laplace (homogênea)

∇2 ϕ = 0
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Dipolo elétrico

• Momento de dipolo elétrico


X Z
p= qa r a = dV ′ r′ ρ(r′ )
a V

• Potencial de um dipolo elétrico (na origem)

1 p·r
ϕ(r) =
4πε0 r 3
• Se o dipolo estiver em r′ é só trocar r por |r − r′ |
• Campo elétrico de um dipolo (a grandes distâncias)

1 3r(p · r) − p
E = −∇ϕ =
4πε0 r5
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Polarização

• Moléculas polares: tem um


momento de dipolo elétrico
permanente. Ex. H2 0
• Moléculas apolares: podem ter um
momento de dipolo elétrico
induzido por um campo externo.
• Polarização: momento de dipolo
elétrico totalP
médio por unidade de
volume P = a Na hpa i
• Polarização espacialmente
inomogênea produz uma densidade
volumétrica de cargas de
polarização (“cargas ligadas”):
ρp = −∇ · P
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Lei de Gauss elétrica em meios materiais

• adicionamos a densidade de cargas de polarização à densidade


de cargas livres
1 1
∇·E= (ρ + ρp ) = (ρ − ∇ · P)
ε0 ε0
• Definindo o vetor deslocamento elétrico

D = ε0 E + P

• a lei de Gauss elétrica num meio material é escrita

∇·D =ρ
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Dielétricos

• relação constitutiva:
P = ε0 χe E
• χe : susceptibilidade elétrica
• dielétricos isotrópicos e
lineares: D = εE
• ε: permissividade elétrica
• K = ε/ε0 = 1 + χe :
constante dielétrica
• K = 1 (vácuo) e K > 1 em
geral
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Magnetostática no vácuo (SI)


• ∂/∂t = 0 e E = 0.
• Lei circuital de Ampère: ∇ × B = µ0 J
• Na forma integral
I I
B · dℓ = µ0 J · n̂da = µ0 I
C C
| {z }
=I

• Campo magnético de um fio retilı́neo infinito


µ0 I
B(r ) =
2πr
• Lei de Gauss magnética: ∇ · B = 0: podemos escrever
B = ∇ × A, onde A: potencial vetor.
• Lei de Ampère no gauge de Coulomb (∇ · A = 0)

∇ × B = ∇ × (∇ × A) = ∇(∇ · A}) − ∇2 A = µ0 J
| {z
=0
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Magnetostática no vácuo

• Equação de Poisson vetorial

∇2 A(r) = −µ0 J(r)

• Por analogia com a equação de Poisson escalar da


eletrostática, Z
µ0 J(r)
A(r) = dV ′
4π V |r − r′ |
• Campo magnético (Lei de Biot-Savart)
Z
µ0 J(r) × (r − r′ )
B=∇×A= dV ′
4π V |r − r′ |3
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Magnetostática no vácuo

• Momento de dipolo magnético


Z
1
m= dV ′ r′ × J(r′ )
2 V

• Para um circuito fechado de área A: m = IA.


• Potencial vetor gerado por um dipolo magnético

µ0 m × r
A(r) =
4π r 3
• Campo magnético gerado por um dipolo magnético

µ0 3r(m · r) − m
B(r) =
4π r5
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Magnetização

• Momentos de dipolo magnético:


orbital e intrı́nseco (spin)
• Magnetização: momento de dipolo
magnético total médio
P por unidade
de volume: M = a Na hma i
• Uma magnetização espacialmente
inomogênea gera uma densidade de
corrente de magnetização
Jm = ∇ × M
• Uma polarização dependente do
tempo leva a uma densidade de
corrente de polarização
Jp = (1/µ0 )∂P/∂t
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Lei de Ampère-Maxwell

• somamos a densidade de corrente “livre” com as densidades


de corrente de magnetização e de polarização
 
∂E ∂P
∇×B− = µ0 (J + Jm + Jp = µ0 J + ∇ × M +
∂t ∂t

• definimos o vetor intensidade magnética H = 1


µ0 B −M
• reescrevemos a lei de Ampère-Maxwell para meios materiais
como
∂D
∇×H−=J
∂t
• as leis de Gauss magnética e de Faraday não são modificadas
pela presença de meios materiais
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Meios magnéticos

• relações constitutivas para meios


não-ferromagnéticos: M = χm H
• χm : susceptibilidade magnética
• meios paramagnéticos χm & 0
• meios diamagnéticos χm . 0
• B = µH
• µ = µ0 (1 + χm ): permeabilidade
magnética
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Meios ferromagnéticos

• a relação B = B(H) não é linear e


apresenta efeitos de memória:
curva de histerese
• remanência: B(H = 0)
• coercividade: −H(B = 0)
• localmente B = µH com µ ≫ 1
• existência de domı́nios magnéticos
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Meios condutores

• E = 0 em seu interior (no equilı́brio eletrostático)


• relação constitutiva linear (lei de Ohm) J = σE
• σ: condutividade elétrica
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Forma diferencial das Equações de Maxwell para meios


materiais

∇ · D = ρ,
∇ · B = 0,
∂B
∇×E = − ,
∂t
∂D
∇×H = J− .
∂t
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Condições de contorno

• caixa de pı́lulas Gaussiana

D1n − D2n = σs

• σs : densidade de carga na interface

B2n − B1n = 0

• espira Amperiana

E2t − E1t = 0

• K: densidade de corrente fluindo


na interface

H2t − H1t = µ0 K

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