Aula 4 – Circuitos CA

Eletrotécnica
Prof. Victor Henrique da Cunha Faria

Disciplina de Eletrotécnica 1
 Ementa
1 - Circuitos Elétricos CC
1.1 - Corrente Elétrica, Lei de ohm, Resistência, Potência e Energia.
1.2 - Instrumentos de medição de grandezas elétricas.
1.3 - Leis de Kirchhoof
2 - Circuitos Elétricos CA
2.1 - Análise fasorial de Circuitos CA monofásicos: RL, RC e RLC
2.2 - Fator de Potência
2.3 - Circuitos Trifásicos e Potência Trifásica
3 - Transformadores e Máquinas Elétricas Rotativas
3.1 - Transformadores: monofásicos e trifásicos, princípios (construtivos, de funcionamento e
aplicações)
3.2 - Motores de corrente contínua: princípio de funcionamento e aplicações
3.3 - Motores de indução trifásicos e monofásicos: funcionamento e aplicações

Disciplina de Eletrotécnica 2
 BIBLIOGRAFIAS

⚫ Bibliografias BÁSICAS

Disciplina de Eletrotécnica 3
Circuitos Elétricos CA

Disciplina de Eletrotécnica 4
 Corrente Alternada
⚫ Até agora, nossa análise tem-se limitado aos circuitos CC. Agora,
iniciaremos a análise de circuitos nos quais a fonte de tensão ou de
corrente varia com o tempo.

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 Corrente Alternada
⚫ Uma corrente senoidal é normalmente conhecida como corrente
alternada (CA).
⚫ Uma corrente desse tipo inverte-se em intervalos de tempo regulares e
possui, alternadamente, valores positivos e negativos.

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 Corrente Alternada
⚫ Equação que representa a forma de onda senoidal.

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 Corrente Alternada
⚫ Valor RMS ou valor eficaz
– Resumidamente, a tensão eficaz é a
tensão alternada equivalente a uma
tensão contínua para um circuito cuja
potência média gasta é a mesma nos
dois casos (alternada e contínua).

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 Capacitores
⚫ Um capacitor elementar é construído com duas placas de metal e um
material isolante, chamado de dielétrico, entre as placas.
⚫ Ele é modelado por uma capacitância, representada pela letra C, dado
em Faraday [F].

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 Indutores
⚫ São elementos passivos projetados para armazenar energia em seu
campo magnético.
⚫ Um indutor consiste em uma bobina de fio condutor.

Disciplina de Eletrotécnica 10
 Números Complexos
⚫ Os números complexos surgiram para sanar uma das maiores dúvidas
que atormentavam os matemáticos:
⚫ Qual o resultado da operação X² + 1 = 0 ?
X² =  X = √-1
⚫ O conjunto dos números complexos possui, desse modo, a relação
fundamental onde: i = j = √ -1

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 Números Complexos
⚫ Representações:
– Retangular
– Polar
– Exponencial

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 Números Complexos
⚫ Principais operações

Disciplina de Eletrotécnica 13
 FASORES
⚫ As senoides são facilmente expressas em termos de fasores, que são
mais convenientes de serem trabalhados que as funções de seno e
cosseno.
⚫ Fasor é um número complexo que representa a amplitude e a fase de
uma senoide.

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 FASORES
⚫ Para obter o fasor correspondente a uma senoide, expressamos
primeiro a senoide na forma de cosseno de modo que ela possa ser
escrita como a parte real de um número complexo. Em seguida,
eliminamos o fator de tempo e tudo que resta é o fasor correspondente
à senoide. Eliminando-se o fator de tempo, transformamos a senoide
no domínio do tempo para o domínio de fasores.

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 FASOR x TEMPO
⚫ 1. v(t) é a representação instantânea ou no domínio do tempo,
enquanto V é a representação em termos de frequência ou no domínio
dos fasores.

⚫ 2. v(t) é dependente do tempo, enquanto V não é. (Esse fato é

normalmente esquecido pelos estudantes.)

⚫ 3. v(t) é sempre real sem nenhum termo complexo, enquanto V

geralmente é complexo.

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 FASORES

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 Exercícios

Disciplina de Eletrotécnica 18
 RESISTÊNCIA
⚫ Agora que sabemos como representar tensão e corrente no domínio da
frequência ou dos fasores, pode-se perguntar legitimamente como
aplicar esse conceito a circuitos contendo os elementos passivos R, L
e C.
⚫ Para isso, precisamos transformar a relação tensão-corrente do
domínio de tempo para o domínio de frequência em cada um dos
elementos.

Disciplina de Eletrotécnica 19
 RESISTÊNCIA

𝑽
=𝑅
𝑰
Disciplina de Eletrotécnica 20
 FASORES
⚫ A derivada de v(t) é transformada para o domínio dos fasores como
jwV
⚫ a integral de v(t) é transformada para o domínio dos fasores como
V/jw

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 REATÂNCIA INDUTIVA

𝑽
= 𝑗𝜔𝐿 𝑋𝐿 = 𝜔𝐿
𝑰

Reatância indutiva [ohms]

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 Exemplo
⚫ Determine v(t) e i(t) no circuito apresentado na Figura 9.16.

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 REATÂNCIA CAPACITIVA

𝑽 1 𝑗
= =− 𝑋𝐶 = 𝜔𝐶
𝑰 𝑗𝜔𝐶 𝜔𝐶

Reatância capacitiva [ohms]

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 Exemplo
⚫ Determine v(t) e i(t) no circuito apresentado na Figura 9.16.

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 IMPEDÂNCIA COMPLEXA
⚫ obtivemos as relações tensão-corrente para os três elementos passivos
como segue

⚫ Estas equações podem ser escritas em termos da razão entre a tensão

fasorial e a corrente fasorial como indicado a seguir

⚫ Dessas três expressões, obtemos a lei de Ohm na forma fasorial para

qualquer tipo de elemento:

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 IMPEDÂNCIA COMPLEXA

⚫ A impedância Z de um circuito é a razão entre a tensão fasorial V e a

corrente fasorial I, medida em ohms (Ω).

⚫ A impedância representa a oposição que um circuito oferece ao fluxo

de corrente senoidal. Embora seja a razão entre dois fasores, ela não é
um fasor, pois não corresponde a uma quantidade que varia como uma
senoide.

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 ASSOCIAÇÕES DE IMPEDÂNCIAS
⚫ Determine a impedância de entrada do circuito. Suponha que o
circuito opere com w = 50 rad/s.

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 ASSOCIAÇÕES DE IMPEDÂNCIAS
⚫ Impedância série

⚫ Impedância paralelo

Disciplina de Eletrotécnica 29
 POTÊNCIA EM CIRCUITOS CA
⚫ Para um circuito elétrico cujas tensões e correntes são funções
alternadas são utilizadas equações similares a potência CC, porém
com algumas peculiaridades, já que há entre a fonte e a carga uma
troca não somente de potência para gerar trabalho, mas também há
uma troca de potência para gerar campo elétrico e magnético.

𝑝 𝑡 = 𝑣 𝑡 𝑖(𝑡)

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 POTÊNCIA EM CIRCUITOS CA
⚫ Equacionamento da potência no tempo:
𝑝 𝑡 = 𝑣 𝑡 𝑖(𝑡) (1)

𝑝 𝑡 = 𝑉𝑚 cos(𝜔𝑡 + 𝜃𝑣 ) 𝐼𝑚 cos(𝜔𝑡 + 𝜃𝑖 ) (2)

𝑝 𝑡 = 𝑉𝑚 𝐼𝑚 cos(𝜔𝑡 + 𝜃𝑣 ) cos(𝜔𝑡 + 𝜃𝑖 ) (3)

1 (4)
cos 𝑎 cos 𝑏 = [cos 𝑎 − 𝑏 + cos 𝑎 + 𝑏
2
1 (5)
𝑝 𝑡 = 𝑉𝑚 𝐼𝑚 [cos 𝜔𝑡 + 𝜃𝑣 − 𝜔𝑡 − 𝜃𝑖 + cos(𝜔𝑡 + 𝜃𝑣 + 𝜔𝑡 + 𝜃𝑖 )]
2
1 (6)
𝑝 𝑡 = 𝑉𝑚 𝐼𝑚 2 [cos(𝜃𝑣 − 𝜃𝑖 ) +cos(2𝜔𝑡 + 𝜃𝑣 − 𝜃𝑖 )]

1 (7)
𝑝 𝑡 = 𝑉𝑚 𝐼𝑚 2 [cos(𝜃𝑣 − 𝜃𝑖 ) +cos(2𝜔𝑡 + 𝜃𝑣 − 𝜃𝑖 )]
1 1 (8)
𝑝 𝑡 = 2 𝑉𝑚 𝐼𝑚 cos(𝜃𝑣 − 𝜃𝑖 ) + 2 𝑉𝑚 𝐼𝑚 cos(2𝜔𝑡 + 𝜃𝑣 − 𝜃𝑖 )
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 POTÊNCIA EM CIRCUITOS CA
⚫ Para um circuito elétrico cujas tensões e correntes são funções
alternadas são utilizadas equações similares a potência CC, porém
com algumas peculiaridades, já que há entre a fonte e a carga uma
troca não somente de potência para gerar trabalho, mas também há
uma troca de potência para gerar campo elétrico e magnético.
⚫ A expressão para cálculo de potência em um dispositivo num circuito
elétrico com tensão e corrente alternadas no domínio fasorial é:

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 POTÊNCIA EM CIRCUITOS CA
Exemplo: Encontre a potência complexa fornecida pela fonte.

Disciplina de Eletrotécnica 33
 POTÊNCIA COMPLEXA
⚫ Nas impedâncias a parte real do número representa o efeito resistivo e a parte
imaginária os efeitos indutivo e capacitivo.
⚫ O mesmo acontece na potência complexa e a parte real diz respeito a potência
consumida para algum fim útil (por exemplo, aquecer por efeito Joule), enquanto
que a parte imaginária diz respeito a potência necessária para gerar os campos
elétrico (para os capacitores) e magnético (para os indutores).
⚫ A parte real da potência complexa dá-se o nome de potência ativa e à parte
imaginária dá-se o nome de potência reativa.

Disciplina de Eletrotécnica 34
 POTÊNCIA ATIVA
⚫ É a parcela da potência complexa que realiza trabalho e sua unidade
é o já conhecido watt, cujo símbolo é o W.
⚫ Nos circuitos, o dispositivo que deve ser associado a potência ativa é a
resistência.
⚫ Desta maneira, o cálculo da potência nas resistência fornece os valores
da potência ativa. No caso de uma carga elétrica representada por uma
impedância Z que possua resistências, indutâncias e capacitâncias,
como mostra a figura, pode-se calcular a potência ativa usando a
expressão:

Disciplina de Eletrotécnica 35
 POTÊNCIA REATIVA
⚫ É a parcela da potência complexa que não realiza trabalho e sua
unidade é o volt-ampère-reativo cujo símbolo é o VAr.
⚫ Nos circuitos, o dispositivo que deve ser associado a ela é a reatância
(seja ela indutiva ou capacitiva).
⚫ Desta maneira, o cálculo da potência nas reatâncias fornece os valores
da potência reativa. No caso de uma carga Z que possua resistências,
indutâncias e capacitâncias, como mostrado na figura, a potência
reativa pode ser calculada usando a expressão:

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 POTÊNCIA APARENTE
⚫ É o nome dado ao módulo da potência complexa.
⚫ A potência aparente é usada para o dimensionamento das instalações
elétricas, principalmente condutores, pois é ela que dá a real grandeza
do valor da corrente total que é drenada por uma carga Z.
⚫ Representa-se a mesma pelo símbolo |S| e sua unidade também é o
VA (volt-ampère).
⚫ O valor de |S| pode ser calculado por:

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 TRIÂNGULO DE POTÊNCIA
⚫ Os engenheiros de sistemas de potência criaram o termo potência
complexa para determinar o efeito total das cargas em paralelo.
⚫ A potência complexa é importante na análise de potência por conter
todas as informações pertinentes à potência absorvida por uma
determinada carga.

Disciplina de Eletrotécnica 38
TRIÂNGULO DE POTÊNCIA

Disciplina de Eletrotécnica 39
 FATOR DE POTÊNCIA
⚫ Para definir quanto da potência de um certo dispositivo gera trabalho
foi criado um índice chamado fator de potência, que é a razão entre a
potência ativa (relacionada com o trabalho) e a potência aparente (que
é a soma vetorial das potências ativa e reativa).
⚫ Matematicamente, o fator de potência fp é:

⚫ Ou mesmo:

Disciplina de Eletrotécnica 40
RESUMO DAS EQUAÇÕES

Disciplina de Eletrotécnica 41
 EXEMPLO
⚫ Exemplo: Determine o fator de potência de todo o circuito visto pela
fonte. Calcule a potência ativa e reativa liberada pela fonte.

Disciplina de Eletrotécnica 42
 EXEMPLO
⚫ Exemplo: Determine o fator de potência de todo o circuito visto pela
fonte. Calcule a potência ativa e reativa liberada pela fonte.

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