Universidade Federal do ABC

Circuitos Elétricos I

Aula 1: Conceitos Básicos

Profa. Katia Franklin Albertin Torres

katia.torres@ufabc.edu.br
1
 Circuitos Elétricos

• Considere os seguintes sistemas:

- Sistema de comunicação e informação
- Sistemas de computação
- Sistemas de controle e automação
- Sistemas de potência e energia
- Sistemas de processamento de sinais
- Biosistemas

• O que há em comum entre esses sistemas?

- Circuitos Elétricos

• Circuito Elétrico: modelo matemático que se comporta

aproximadamente como um sistema elétrico real.
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MODELAGEM lâmpada
Rl

Lanterna:
capa
pilhas 3V
Rc
chave

mola
Rm

3V Rl
Modelo :
Rm Rc 3
 Circuitos Elétricos

A Teoria de Circuitos Elétricos é um caso especial da Teoria

Eletromagnética.

• Enunciado do principal critério de validade da Teoria de Circuitos

Elétricos:

“A Teoria de Circuitos Elétricos só pode ser aplicada a sistemas

elétricos cuja maior dimensão seja muito inferior a m/4, onde m é o
comprimento de onda, no vácuo, da onda eletromagnética de maior
frequência no sistema”

Em outras palavras: Em um circuito elétrico, os efeitos elétricos

ocorrem instantaneamente em todo o sistema, ou seja, todos os
componentes são afetados simultaneamente

4
 Uma Antena e uma Bobina

c
Comprimento de onda 
f

http://www.cbvm.org.br/programa/automatic_site/index.php?id=104&idioma=0

Dimensão da ordem Dimensão <<< 

de grandeza de 
Parâmetros Concentrados
Parâmetros Distribuídos
Teoria de Circuitos 5
Teoria das ondas
Circuitos Elétricos

6
 Teoria interação entre
Eletromagnética campos
Leis de Maxwell

Restrições

Leis de
Kirchhoff

tensões
e
Teoria das correntes
Redes Elétricas campos dentro
de condutores 7
 Carga Elétrica
Características da carga elétrica:
• A carga é bipolar, ou seja, ela pode ser negativa ou positiva.

+ -
Forças de Atração (cargas opostas) e Repulsão (cargas iguais)

• A carga é quantizada: existe em quantidades discretas, que são

múltiplos inteiros da carga do elétron: 1,602.10-19C.

• Princípio da Conservação da carga elétrica

• Carga Móvel ou Fixa

• Materiais: Condutores, Semicondutores e Isolantes

• Efeitos elétricos são atribuídos tanto à separação entre cargas

(tensão), quanto a cargas em movimento (corrente).
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 Corrente Elétrica

O deslocamento de cargas através de um superfície (p. ex. seção

transversal de um condutor) constitui uma corrente elétrica.

A corrente média através da superfície é dada por:

q(t)
im = (A) (ampéres)
t
A corrente instantânea (t  0) através da superfície é dada por:

dq(t)
i(t) = (A) (ampéres)
dt
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 Corrente Elétrica
Fenômenos Físicos

•Condução lâmpada incandescente, metais

•Convecção íons em eletrólitos  luz néon
•Difusão semicondutores
•Deslocamento dielétricos
Conhecida a corrente elétrica, a carga por ela transportada num dado
intervalo de tempo pode ser obtida por uma integração.

10
 Cálculo de Corrente Elétrica
+ Q1 - Q2

Sentido de Referência

+ Q3 - Q4

Q  Q1  Q 2  Q 3  Q 4
im  
t t 11
 Corrente Elétrica
As correntes elétricas são, em geral, funções do tempo e podem ser
classificadas de acordo com a variação temporal (formas de onda):

• Correntes contínuas: não variam com o tempo

• Correntes alternadas: descritas por funções periódicas do tempo,
satisfazendo a condição de valor médio nulo num período.
• Correntes pulsadas: também periódicas, mas com valor médio
não nulo num período.

Alternada CA
AC
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 Medida de Corrente Elétrica
A corrente através de um condutor pode ser medida através de um
amperímetro, sendo que o amperímetro ideal não perturba a
operação do circuito e supostamente fornece indicações
instantâneas do valor de corrente positivas ou negativas.

A flecha da corrente elétrica indica apenas como deve ser feita a

conexão do amperímetro.

A A
–3A 3A
13
 Tensão Elétrica

E B R i

i 14
 d w(t) = v(t) dq(t)

d w(t)  energia ( trabalho ) necessário para separar

cargas positivas de cargas negativas ( J )

dq(t)  quantidade de carga a ser separada ( C )

v(t)  tensão elétrica ( V ) (volts)

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 FONTES DE TENSÃO

 Ação Química Baterias, Pilhas

 Magnetismo Geradores
 Luz  Foto-eletricidade Célula Solar
 Calor  Termoeletricidade Par termoelétrico
 Pressão Mecânica  Piezo-eletricidade
Cristal piezoelétrico
 Fricção

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 Tensão Elétrica
Q Q Q

d v=0 E v = Ed

Ele-
V v
Q mento
Q Q
v = +Ed v = -Ed
Q Q
A A
vAB = vA - vB vA
B Referência de Potencial (Terra) 17
 Medidas deTensão

Os voltímetros ideais não alteram o comportamento do circuito e, além

disso, fornecem indicações do valor de tensão, com a respectiva
polaridade.

A flecha de tensão corresponde a regra para ligar o voltímetro ao

circuito. Os valores lidos podem ser positivos ou negativos.

18
 Bipolos Elétricos
Bipolo elétrico: dispositivo elétrico com dois terminais acessíveis,
através do qual pode circular uma corrente elétrica.

i A

i’
B

19
 Potência Elétrica e Energia num Bipolo

p=v.i (watts)

Obs: Se w for medido em joules e t em segundos, a potência resulta

em watts (W).
20
 Potência Elétrica num Bipolo

Para saber se a potência é recebida ou fornecida pelo bipolo é

necessário fixar convenções.

21
 Potência Elétrica num Bipolo
Em geral a potência instantânea varia com o tempo e define-se
potência média num intervalo [t1, t2] como:

Obs: Letras minúsculas  grandezas que variam com o tempo

Letras maiúsculas  grandezas que não variam com o tempo

Quando a corrente e a tensão são funções periódicas:

Tomando, por exemplo, t0 = 0 ou t0 = –T/2, escreve-se:

T T /2
1 1
P    v  t   i  t   dt    v  t   i  t   dt
T 0 T T /2 22
 Energia num Bipolo

A energia recebida ou fornecida por um bipolo num intervalo [t0, t] é:

(J) (joules)

Nas instalações a energia elétrica é medida por medidores

de energia, com intervalo [t0, t] que corresponde a 1
mês.

Na prática, a energia é medida em quilowatts-hora (kWh).

1 kWh = 3,6.106 joules

23
 Bipolos Elementares Passivos
 Circuitos elétricos = interligações de bipolos

Obs: Os bipolos passivos não introduzem energia de forma continuada

no sistema, enquanto os ativos possuem esta função.

24
 Lei de Ohm

curto-circuito: R=0
circuito aberto: G=0
25
26
0

27
Bipolos Elementares Passivos

28
 Os Geradores (ou Fontes) Ideais

Geradores independentes  os parâmetros não dependem de

tensões ou correntes da rede.
Geradores vinculados (controlados)  os parâmetros dependem de
tensões ou correntes da rede.

Gerador ideal de tensão Rg = 0

 Se es(t) = 0, tem-se
um curto-circuito.
29
 Os Geradores (ou Fontes) Ideais

Gerador ideal de corrente Rg = 0

 Se is(t) = 0, tem-se
um circuito aberto 30
 Os Geradores (ou Fontes) Ideais
Geradores vinculados (ou fontes controladas)
Neste caso a introdução de energia no circuito pode ser controlada
pelo próprio circuito  úteis na construção de modelo de
dispositivos eletrônicos e máquinas elétricas.

Geradores de H
E
tensão

Geradores de
corrente
G F

LTSpice 31
 Aplicação dos geradores vinculados
Transistor Bipolar

Sistema real

C - Coletor
B - Base
Símbolo

E - Emissor
ib ic
B C
ic =  ib
r ib

E E
Modelo em circuitos 32
 Referências Bibliográficas

[1] ORSINI, L.Q.; CONSONNI, D. “Curso de Circuitos Elétricos”, Vol. 1

( 2ª Ed. – 2002 ), Ed. Blücher, São Paulo.

[2] CONSONNI, D. “Transparências de Circuitos Elétricos I”, EPUSP.

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