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Electricidade Geral (EG)

ABREU MIGUEL LILIANO


Email:a.liliano@isptec.ao.co
2

Electricidade Geral (EG)

Docência:

 Aulas Teóricas - Práticas: Abreu Miguel Liliano

Bibliografia Básica:

 GUSSOW, M. Electricidade Básica. 2. ed. São Paulo. Makron Books, 1996.


 O’MALLEY, J. Análise de Circuitos. 2. ed. São Paulo. Makron Books, 1993.
 CREDER, H. Instalações Eléctricas. 14. ed. Rio de Janeiro. LTC, 2002.
 COTRIM, A. A. M. B. Instalações eléctricas. 4.ed. São Paulo. Prentice-Hall,
2003.

Bibliografia Complementar:

 U.A, BAKSHI, U.V, BAKSHI, K. A, BAKSHI ELECTRICAL MEASUREMANT. 1ª Ed.


3

Informações gerais

Horário de dúvidas:
 Abreu Miguel Liliano - 6 ª feira, as 11h00-13h00, Sal.dos
professores.
Método de avaliação:

 Será feita através de 3 teste de avaliação contínua, onde será


atribuída aos alunos a classificação na escala de 0 a 20
valores. Esta avaliação, realizar-se - a através de testes
obrigatórios ou facultativos (caso impossível). Podem ser ainda
realizados trabalhos escritos.

 Os resultados da avaliação contínua, são publicados antes da


realização do exame final. O acesso ou dispensa do exame
final, esta estabelecido no Regulamento Geral do ISPTEC.
4

Informações gerais

Descrição Geral

Ao final desta disciplina, você deverá estar apto a:

 Entender os princípios de campo magnético devido a uma corrente


eléctrica; força sobre um condutor pelo qual passa uma corrente
eléctrica e princípios de funcionamentos das máquinas eléctricas;

 Avaliar por que é preferível utilizar a CA em detrimento da CC nas


instalações Eléctricas ;

 Entender a Definir os valores instantâneo, de pico, médio e eficazes


(rms).
Objectivos
 Aparelhar o estudante ao uso dos conceitos básicos de
Electricidade geral, visando sua utilização como base para
formação profissional.
Informações gerais
5

Requisitos:

A compreensão dos tópicos abordados na disciplina implica o


domínio das seguintes matérias:

 Análise Matemática ;

 Física III;

 Circuitos Eléctricos.
6

Programa
CAPÍTULO I: Conceitos Básicos

CAPÍTULO II: Princípios de corrente e tensão contínua

CAPÍTULO III:Princípios de corrente e tensão alternada.

CAPÍTULO IV: Circuitos trifásticos / monofásicos

CAPÍTULO V:. Instrumentos de medidas elétricas.

CAPÍTULO VI:. Instalações elétricas.

CAPÍTULO VII:. Normas de segurança


7

Teste Diagnóstico
8

Teste Diagnóstico
9

Teste Diagnóstico
Teste Diagnóstico

 Teste Diagnósticos
PRINCÍPIOS DE CORRENTE
11 E TENSÃO CONTÍNUA

Ruas da cidade de New York


em 1890. Além das linhas de
telégrafo, múltiplas linhas
elétricas foram exigidas para
cada tipo de carga, que
trabalhavam a diferentes
níveis de tensões.
PRINCÍPIOS DE CORRENTE
12 E TENSÃO CONTÍNUA

Imagem: Rmacker / A Panasonic 9-Volt Battery,


2008 / Domínio Público
Imagem: Asim18 / Image of a pair of Energizer AA Bateries, 2008 /
Creative Commons Attribution 3.0 Unported.
PRINCÍPIOS DE CORRENTE
13 E TENSÃO CONTÍNUA
PRINCÍPIOS DE CORRENTE
14 E TENSÃO CONTÍNUA
PRINCÍPIOS DE CORRENTE
15 E TENSÃO CONTÍNUA

• Devemos lembrar que os fenômenos elétricos estão


sempre ligados à movimentação de elétrons entre os
átomos de um material.
PRINCÍPIOS DE CORRENTE
16 E TENSÃO
CONTÍNUA
Estrutura atómica da matéria

A matéria quer se encontre no estado sólido, liquido ou gasoso é


constituída por moléculas, as moléculas por átomos e os átomos por
electrões, protões e neutrões.

Os protões e os neutrões
encontram-se no núcleo dos
átomos.
Os electrões têm carga
eléctrica negativa e giram
em órbitas electrónicas à
volta do núcleo dos átomos.
Os electrões das últimas
órbitas electrónicas que
Órbita electrónica conseguem sair ficam livres e
Electrão livre designam-se por electrões
livres.
PRINCÍPIOS DE CORRENTE
17 E TENSÃO CONTÍNUA

Intensidade da corrente eléctrica


PRINCÍPIOS DE CORRENTE
18 E TENSÃO CONTÍNUA

Intensidade da corrente eléctrica


PRINCÍPIOS DE CORRENTE
19 E TENSÃO CONTÍNUA

Intensidade da corrente eléctrica (Exercícios)

1-
2-

3-

4-
PRINCÍPIOS DE CORRENTE
20 E TENSÃO CONTÍNUA

Intensidade da corrente eléctrica (Exercícios)

5-

6-

7-

R:
PRINCÍPIOS DE CORRENTE
21 E TENSÃO CONTÍNUA

Sentido da corrente eléctrica

Inicialmente, nos condutores sólidos, << íon positivo << elétron livre

pensava-se que a corrente elétrica era VA>VB

consequência do movimento de cargas VA VB


positivas. Dessa forma, o sentido da
corrente seria do potencial maior(+) para
o potencial menor(-). Esse sentido
chamou-se de CONVENCIONAL.

Sabemos então que o sentido REAL da


corrente elétrica(elétrons) é do potencial Sentido convencional da corrente elétrica >>

menor(-) para o maior potencial(+), isto é,


contrário ao sentido do campo elétrico
estabelecido no interior do condutor. O referencial adotado
para o sentido da corrente
Veja a animação da corrente elétrica em Sentido elétrica nos condutores é o
real em: sentido CONVENCIONAL.
http://www.geocities.ws/saladefisica8/eletrodinamic
a/corrente.html
PRINCÍPIOS DE CORRENTE
22 E TENSÃO CONTÍNUA

Tipos de corrente eléctrica


I

Quando a intensidade da
corrente elétrica e o sentido do i
deslocamento permanecem
constantes, chamamos essa
corrente de CORRENTE CONTÍNUA
CONSTANTE. Essa corrente é
gerada por pilhas e baterias. t1 t2 t

Quando o sentido permanece


constante, mas a intensidade
i(A)

passa por variações, então ela


será chamada de CORRENTE
CONTÍNUA PULSANTE.

T (s)
Fig. 5 – Gráfico da corrente contínua pulsante
PRINCÍPIOS DE CORRENTE
23 E TENSÃO CONTÍNUA

Tipos de corrente eléctrica

TIPOS DE CORRENTE ELÉTRICA

O modo como os electrões se movem


determina o tipo de corrente
+

CORRENTE ELÉTRICA CONTÍNUA 


o fluxo de electrões passa pelo fio sempre no mesmo sentido

E
ddp =(VA – VB)
 sentido não convencional
PRINCÍPIOS DE CORRENTE
24 E TENSÃO CONTÍNUA

Efeitos da corrente eléctrica


PRINCÍPIOS DE CORRENTE
25 E TENSÃO CONTÍNUA

Efeitos da corrente eléctrica

EFEITO TÉRMICO – EFEITO JOULE


Animação 10 – efeito Joule
http://www.eletronica24h.com.br/Curso%20CC/aparte1/pagi
nas1/eletronandando.html

Quando os elétrons livres são


acelerados no interior dos condutores,  CHUVEIROS ELÉTRICOS
eles colidem com os átomos do  FERROS ELÉTRICOS
material. Essas colisões transferem  FUSÍVEIS
energia fazendo com que esses átomos  SECADOR DE CABELO
aumentem sua VIBRAÇÃO. Essa  CHAPINHA
situação, macroscopicamente é  LÂMPADA
evidenciada pelo aumento da INCANDESCENTE
temperatura do condutor gerando o
CALOR. Esse efeito também é conhecido
por EFEITO JOULE.
PRINCÍPIOS DE CORRENTE
26 E TENSÃO CONTÍNUA

Efeitos da corrente eléctrica

EFEITO MAGNÉTICO

Quando a corrente elétrica percorre um condutor, ela produz em torno desse


condutor um campo magnético.

Animação 12 – efeito magnético da corrente elétrica


http://ameliapedrosa2.com.sapo.pt/FM3/EFEITOS/Magnetico.htm
PRINCÍPIOS DE CORRENTE
27 E TENSÃO CONTÍNUA

Efeitos da corrente eléctrica


EFEITO LUMINOSO

O efeito luminoso é uma consequência do efeito Joule. Após o condutor ser


aquecido, ele então emite ondas eletromagnéticas dentro do espectro da luz
visível.

Valores aproximados de corrente e os danos que


causam:
Imagem: KMJ / Eletric Bulb from Neolux / GNU

1 mA a 10 mA – apenas formigamento;
10 mA a 20 mA – dor e forte formigamento;
20 mA a 100 mA – convulsões e parada respiratória;
100 mA a 200 mA – fibrilação;
Free Documentation License

acima de 200 mA – queimaduras e parada cardíaca.

Por Domiciano Marques

Fonte: http://www.brasilescola.com/fisica/choques-
eletricos.htm
PRINCÍPIOS DE CORRENTE
28 E TENSÃO CONTÍNUA

Tensão ou diferença de potencial

Para que haja um movimento orientado dos electrões


livres é necessário aplicar ao condutor eléctrico uma
tensão (U) através da utilização de um gerador
eléctrico (pilha, bateria, dínamo ou alternador).
Na figura vemos o gerador (bateria) que é responsável
por criar uma tensão (U) ou diferença de potencial
que vai ser responsável pelo movimento orientado dos
electrões livres que se encontram nos condutores
eléctricos e que ao passarem no filamento da
lâmpada (receptor) vão provocar a emissão de luz.

Grandeza eléctrica Unidade Aparelho de medida

Tensão ou diferença de potencial (U) Volt (V) Voltímetro


PRINCÍPIOS DE CORRENTE
29 E TENSÃO CONTÍNUA

Tensão ou diferença de potencial


PRINCÍPIOS DE CORRENTE
30 E TENSÃO CONTÍNUA

Tensão ou diferença de potencial

GERADOR ELÉTRICO

Dispositivo que transforma uma certa forma de energia em energia elétrica.


PRINCÍPIOS DE CORRENTE
31 E TENSÃO CONTÍNUA

Tensão ou diferença de potencial

SÍMBOLO DO GERADOR

+
r - E

O gerador pega a corrente no seu potencial mais baixo (-) e passa


para o potencial mais alto (+).
PRINCÍPIOS DE CORRENTE
32 E TENSÃO CONTÍNUA

Tensão ou diferença de potencial

FORÇA ELETROMOTRIZ (E)

Representa a energia fornecida a cada unidade de carga da corrente elétrica, ou


seja, é a ddp total do gerador.

E: F.E.M
U: ddp útil
r: resistência interna do gerador
R: resistência externa do
elemento que recebera
energia elétrica do gerador.
PRINCÍPIOS DE CORRENTE
33 E TENSÃO CONTÍNUA

Tensão ou diferença de potencial

EQUAÇÃO DO GERADOR

U = E - Udissipado

U = E – r.i
Gerador ideal
r=0 U=E
PRINCÍPIOS DE CORRENTE
34 E TENSÃO CONTÍNUA

Tensão ou diferença de potencial

GRÁFICO DO GERADOR

U = E – r.i
U

E icc é a corrente de curto-circuito


(máxima).

E
icc 
icc r
i
PRINCÍPIOS DE CORRENTE
35 E TENSÃO CONTÍNUA

Tensão ou diferença de potencial

Fontes de tensão podem ser conectadas em


série para aumentar ou diminuir a tensão
total do sistema.
A tensão total do sistema é obtida somando-
se as tensões de fonte de mesma polaridade
e subtraindo-se as tensões de fontes de
polaridade opostas.
A polaridade resultante é aquela para onde
a soma é maior.
PRINCÍPIOS DE CORRENTE
36 E TENSÃO CONTÍNUA

Tensão ou diferença de potencial

Exemplos
PRINCÍPIOS DE CORRENTE
37 E TENSÃO CONTÍNUA

Tensão ou diferença de potencial

Associação de geradores
PRINCÍPIOS DE CORRENTE
38 E TENSÃO CONTÍNUA

Tensão ou diferença de potencial

Associação de geradores
PRINCÍPIOS DE CORRENTE
39 E TENSÃO CONTÍNUA

Tensão ou diferença de potencial


Exercícios de aplicação
1-G Numa lâmpada eléctrica estão inscritas as seguintes indicações: C.C.; 12 V; 18 W.
Pretendemos determinar:
a) A intensidade de corrente que atravessa quando a tensão aplicada for de 8 V.
b) A potência eléctrica dissipada quando a tensão aplicada for de 9 V.
c) Sabendo que o custo de 1kWh de energia eléctrica é de 0,092 Kz, qual seráo custo total
Se esta lâmpada estiver acesa uma semana inteira, desde as 0h de Domingo às 24h do
Sábado seguinte mantendo a tensão de 9 V? R: a) 1A; b) 10,125W; c) 0,156 Kz

2-G Uma lâmpada tem as caracteristicas 6 V/0,2 A. Dispõe-se de uma fonte de 10 V.


Para ligar a lâmpada na fonte, deve-se dividir a tensão, e para isso, liga-se um resistor em série
Com a lâmpada. Determine esse resistor. R: 20 Ω.

3- G Dois resistores R1 e R2, têm o valor de 300 Ω cada. Ao serem ligados em série e a uma tensão de
U, serão percorridos por uma corrente de 0,2 A. Pede-se para determinar o valor da tensão na
fonte. R: 120 V.
PRINCÍPIOS DE CORRENTE
40 E TENSÃO CONTÍNUA

Tensão ou diferença de potencial


RECEPTOR ELÉTRICO

Dispositivo que transforma energia elétrica em outra


modalidade de energia, desde que não seja totalmente em
energia térmica.
PRINCÍPIOS DE CORRENTE
41 E TENSÃO CONTÍNUA

Tensão ou diferença de potencial

FORÇA CONTRA-ELETROMOTRIZ (E’)

Representa a energia elétrica que cada unidade de carga da


corrente fornece ao receptor, ou seja, é a ddp ÚTIL do
RECEPTOR.

U
PRINCÍPIOS DE CORRENTE
42 E TENSÃO CONTÍNUA

Tensão ou diferença de potencial

GRÁFICO DO RECEPTOR

E’

i
PRINCÍPIOS DE CORRENTE
43 E TENSÃO CONTÍNUA

Tensão ou diferença de potencial

EQUAÇÃO DO RECEPTOR

E´ = U – r.i

U = E’ + r.i
Obs: A ddp U no gerador representa a ddp total,
enquanto que no receptor ele é a ddp útil.
PRINCÍPIOS DE CORRENTE
44
E TENSÃO CONTÍNUA

Resistência eléctrica

A resistência eléctrica (R) consiste na dificuldade que os materiais


apresentam à passagem da corrente eléctrica.

Os materiais condutores (cobre, prata, alumínio) têm muitos electrões livres por isso
são usados para conduzir a corrente eléctrica, já que apresentam uma resistência
praticamente nula (R ≈ 0).

Os materiais isoladores (plástico, borracha, baquelite) não têm electrões livres por
isso não conduzem a corrente eléctrica oferecendo uma grande resistência à sua
passagem (R ≈ ∞).

Grandeza eléctrica Unidade Aparelho de medida


Resistência eléctrica (R) Ohm () Ohmímetro

i
PRINCÍPIOS DE CORRENTE
45
E TENSÃO CONTÍNUA

Resistência eléctrica

i
PRINCÍPIOS DE CORRENTE
46
E TENSÃO CONTÍNUA

Resistência eléctrica de fios circulares


PRINCÍPIOS DE CORRENTE
47
E TENSÃO CONTÍNUA

Resistência eléctrica de fios circulares


PRINCÍPIOS DE CORRENTE
48
E TENSÃO CONTÍNUA

Resistência eléctrica
PRINCÍPIOS DE CORRENTE
49
E TENSÃO CONTÍNUA

Resistência eléctrica (Exercícios)

1- A resistência de 5 m de um determinado fio é de 600 Ohms.


Determine:
a)- A resistência de 8 m do mesmo fio;
b)- O comprimento do mesmo fio para uma resistência de 420
Ohms.
2- Um fio condutor de determinado material tem resistência
eléctrica igual a 30 ohms.
a) - Qual será a resistência eléctrica de outro fio de mesmo
material com o dobro do comprimento e o triplo da área da
secção transversal do primeiro.
3- A resistência elétrica de um fio metálico é de 60 ohms. Corta-
se um pedaço de 3 m do fio, verifica-se que a resistência passa
a ser 15 ohms. Calcule o comprimento total do fio.
PRINCÍPIOS DE CORRENTE
50
E TENSÃO CONTÍNUA

Tipos de resisores
PRINCÍPIOS DE CORRENTE
51
E TENSÃO CONTÍNUA

Tipos de resistores
PRINCÍPIOS DE CORRENTE
52
E TENSÃO CONTÍNUA

Tipos de Resistores
PRINCÍPIOS DE CORRENTE
53
E TENSÃO CONTÍNUA

Escolha de Resistência de um resistor eléctrico


PRINCÍPIOS DE CORRENTE
54
E TENSÃO
CONTÍNUA
Escolha de resistência de um resistor eléctrico
PRINCÍPIOS DE CORRENTE E TENSÃO
CONTÍNUA
Tipos de Resistores
PRINCÍPIOS DE CORRENTE E TENSÃO
CONTÍNUA
Tipos de Resistores
PRINCÍPIOS DE CORRENTE E TENSÃO
CONTÍNUA
Tipos de Resistores
PRINCÍPIOS DE CORRENTE E TENSÃO
CONTÍNUA
Tipos de Resistores
PRINCÍPIOS DE CORRENTE E TENSÃO
CONTÍNUA
PRINCÍPIOS DE CORRENTE E TENSÃO
3
CONTÍNUA
Aparelho de medida
PRINCÍPIOS DE CORRENTE E TENSÃO
3
CONTÍNUA
Aparelho de Medida
PRINCÍPIOS DE CORRENTE E TENSÃO
3
CONTÍNUA
Medição de continuidade de uma resistência de um cabo
PRINCÍPIOS DE CORRENTE E TENSÃO
CONTÍNUA
PRINCÍPIOS DE CORRENTE E TENSÃO
3
CONTÍNUA
PRINCÍPIOS DE CORRENTE
65
E TENSÃO CONTÍNUA

Resistência eléctrica
 Efeitos da Temperatura
 O coeficiente de temperatura é simbolizado pela letra grega α (alfa),
cuja unidade de medida é[ºC-1].
 A expressão para calcular a variação da resistividade com a
temperatura é:

Neste caso, a relação entre as resistências é a seguinte:

  0 .1   .t 
R R0

 0
PRINCÍPIOS DE CORRENTE
66
E TENSÃO CONTÍNUA

Resistência eléctrica

 Efeitos da Temperatura
Quanto maior o coeficiente de temperatura da resistência de um
material, mais sensível será o valor de resistência a mudanças de
temperatura. A Tabela 2 apresenta o coeficiente de temperatura de
alguns condutores.
PRINCÍPIOS DE CORRENTE
67 E TENSÃO CONTÍNUA

Resistividade eléctrica

A resistência eléctrica (R) de um condutor aumenta com o seu


comprimento (l) e diminui se a sua secção (S) aumentar.
Considerando o comprimento do condutor expresso em metros (m) e
a secção do condutor em milímetros quadrados (mm2), a resistência
é expressa em ohm (Ω).

Na expressão aparece um coeficiente de proporcionalidade (ρ) denominado de


resistividade eléctrica que é uma medida da oposição de um dado material à
passagem da corrente eléctrica. Quanto mais baixa for a resistividade mais facilmente o
material permite a passagem da corrente eléctrica.

i
PRINCÍPIOS DE CORRENTE
68 E TENSÃO CONTÍNUA

Múltiplos e Submúltiplos

Sucede por vezes, que a unidade adoptada é muito maior ou muito menor do que a
grandeza a medir. Assim, teremos de usar submúltiplos ou múltiplos dessa unidade.
O quadro seguinte indica as designações de alguns dos prefixos mais usados.

Prefixo Símbolo Factor de multiplicação

quilo K 1 000 = 103


mega M 1 000 000 = 106
Múltiplos
giga G 1 000 000 000 = 109
tera T 1 000 000 000 000 = 1012
mili m 0,001 = 10-3
micro µ 0,000 001 = 10-6
Submúltiplos
nano n 0,000 000 001 = 10-9
pico p 0,000 000 000 001 = 10-12
i
PRINCÍPIOS DE CORRENTE
69 E TENSÃO CONTÍNUA

Lei de Ohm

Quando aos terminais de um circuito de resistência R [Ω] é aplicada uma


diferença de potencial U [V], produz-se nele uma corrente de intensidade
I [A], cujo valor obedece à expressão:
PRINCÍPIOS DE CORRENTE
70 E TENSÃO CONTÍNUA

Aplicação da lei de Ohm


PRINCÍPIOS DE CORRENTE
71 E TENSÃO CONTÍNUA

Circuito eléctrico

Qualquer circuito eléctrico é constituído por gerador,


receptor, condutores eléctricos e geralmente por um
aparelho de comando. Receptor

Geradores de corrente contínua:


Pilha, bateria de acumuladores ou dínamo.

Condutores
Gerador de corrente alternada: Aparelho
Alternador. de
comando
Receptores:
Lâmpada, campainha, motor, electrodomésticos.

Aparelhos de comando:
Interruptor, botão de pressão.

Condutores eléctricos:
Condutor de cobre com um isolamento exterior de plástico.
PRINCÍPIOS DE CORRENTE
72 E TENSÃO CONTÍNUA

Simbologia

Um circuito eléctrico é representado por um esquema eléctrico através de


símbolos.

Pilha Campainha

Bateria de Motor
acumuladores
Dínamo Interruptor
Alternador Botão de
pressão
Lâmpada Condutor
PRINCÍPIOS DE CORRENTE
73 E TENSÃO CONTÍNUA

Circuito eléctrico aberto e fechado

Um interruptor a comandar uma lâmpada.

O circuito eléctrico está aberto porque o


_ interruptor não permite a passagem da
+
corrente eléctrica logo a lâmpada estará
apagada.

O circuito eléctrico está fechado porque o


interruptor permite a passagem da corrente
_
+ eléctrica logo a lâmpada estará acesa.
PRINCÍPIOS DE CORRENTE
74 E TENSÃO CONTÍNUA

Potência eléctrica

A potência eléctrica de um equipamento pode ser calculada através da tensão


aplicada e da corrente consumida.

A energia eléctrica (W) consumida por um equipamento é definida como sendo o


produto da potência eléctrica pelo tempo.

A unidade de potência eléctrica (P) é o watt (W), do tempo (t) é a hora (h) logo,
a unidade de energia eléctrica é o Watt-hora (Wh)
PRINCÍPIOS DE CORRENTE
75 E TENSÃO CONTÍNUA

Potência eléctrica
PRINCÍPIOS DE CORRENTE
76 E TENSÃO CONTÍNUA

Efeito de Joule
Já foi referido que um dos efeitos da corrente eléctrica é o efeito calorífico, ou seja,
esta provoca o aquecimento de todos os condutores e aparelhos que percorre. Este
efeito toma o nome de Efeito de Joule.

A energia eléctrica transformada em energia calorífica no circuito eléctrico de um


receptor é directamente proporcional à resistência deste, ao quadrado da intensidade
da corrente que o percorre e ao tempo de passagem desta.

A corrente é expressa em amperes (A), a resistência em ohm (Ω), o tempo


em segundos (s) e o calor é expresso em joules (J).
PRINCÍPIOS DE CORRENTE
77 E TENSÃO CONTÍNUA

Efeito de Joule
PRINCÍPIOS DE CORRENTE
78 E TENSÃO CONTÍNUA

Efeito de Joule
PRINCÍPIOS DE CORRENTE
79 E TENSÃO CONTÍNUA

Efeito de Joule
PRINCÍPIOS DE CORRENTE
80 E TENSÃO CONTÍNUA

Efeito de Joule

D
B

C
PRINCÍPIOS DE CORRENTE
81 E TENSÃO CONTÍNUA

Efeito de Joule

D
B

C
PRINCÍPIOS DE CORRENTE
82 E TENSÃO CONTÍNUA

Efeito de Joule
PRINCÍPIOS DE CORRENTE
83 E TENSÃO
ALTERNADA
PRINCÍPIOS DE CORRENTE
84 E TENSÃO
ALTERNADA
PRINCÍPIOS DE CORRENTE
85 E TENSÃO
ALTERNADA
Grandezas Alternadas Sinusoidais
No que respeita ao seu comportamento em relação ao tempo, as grandezas físicas
designam-se por grandezas constantes ou estacionárias se não variarem no
tempo (como é o caso da corrente eléctrica a que, impropriamente, chamamos de
corrente contínua) e por grandezas variáveis se o seu valor não for constante ao
longo do tempo.

Representação gráfica

Sinais Senusoidais
PRINCÍPIOS DE CORRENTE
86 E TENSÃO
ALTERNADA
Sinal Alternados
Varia de polaridade e valor ao longo do tempo e, dependendo de como
essa variação ocorre, há diversas formas de sinais alternados:

• Senoidal
• Quadrada
• Triangular
• Etc. Representação gráfica

Sinais Senusoidais
PRINCÍPIOS DE CORRENTE
87 E TENSÃO
ALTERNADA
Valor de pico a valor pico a pico
PRINCÍPIOS DE CORRENTE
88 E TENSÃO
ALTERNADA
Período e Frequência
PRINCÍPIOS DE CORRENTE
89 E TENSÃO
ALTERNADA
Representação Matemática
PRINCÍPIOS DE CORRENTE
90 E TENSÃO
ALTERNADA
Frequência angular
PRINCÍPIOS DE CORRENTE
91 E TENSÃO
ALTERNADA
Valores eficazes (rms)
PRINCÍPIOS DE CORRENTE
92 E TENSÃO
ALTERNADA
Valores eficazes (rms)
EXEMPLO

Tensão de Pico: Vp = 5V
Tensão de pico a pico: Vpp = 10 V
Período: T = 0,25 s
Freqüência: f = 1/0,25s = 4 Hz
Freqüência angular: ω = 2 π f = 2 π 4 = 8
π rd/s
Valor eficaz: Vrms = 5 . 0,707 = 3,535 Vrms

Expressão matemática: v(t) = Vp sen ω t = v(t) = 5 sen 8 π t

Exemplo: t = 0,6 s

v(t) = 5 sen (8 π 0,6) = 2,94 V


PRINCÍPIOS DE CORRENTE
93 E TENSÃO
ALTERNADA
Valores eficazes (rms)

Outra forma de representar um sinal senoidal é através de um fasor


ou vetor girante de amplitude igual ao valor de pico (Vp) do sinal,
girando no sentido anti-horário com velocidade angular ω
PRINCÍPIOS DE CORRENTE
94 E TENSÃO
ALTERNADA
Representações de um sinal sinusoidal (Resumo)

Forma Expressão
de onda Trigonométrica
V(t) = 12 sen ωt + 60° (V)

Número V = 12 V
Diagrama
fasorial Complexo V = 6 + j 10,39 V
PRINCÍPIOS DE CORRENTE
95 E TENSÃO
ALTERNADA
Circuitos Resistivos em AC

A resistência elétrica, quando submetida a uma tensão alternada,


produz uma corrente elétrica com a mesma forma de onda, mesma
freqüência e mesma fase da tensão, porém com amplitude que depende
dos valores da tensão aplicada e da resistência, conforme a LEI DE
OHM.
PRINCÍPIOS DE CORRENTE
96 E TENSÃO
ALTERNADA
Tensão e Corrente na Resistência Eléctrica
PRINCÍPIOS DE CORRENTE
97 E TENSÃO
ALTERNADA
Potência CA num Resistor

Potência instantânea
p(t) = v(t) . i(t) ou p(t) = R i2 (t) ou p(t) = v2(t) / R

Potência média
PRINCÍPIOS DE CORRENTE
98 E TENSÃO
ALTERNADA
Indutor

Chamamos de indutor um fio enrolado em forma de hélice em cima de um


núcleo que pode ser de ar ou de outro material.
PRINCÍPIOS DE CORRENTE
99 E TENSÃO
ALTERNADA
Força Eletromotriz

Uma corrente, ao passar por uma espira (uma volta de fio), origina um campo
magnético cujas linhas de campo cortam as espiras subsequentes, induzindo
nelas uma tensão e, denominada FEM
PRINCÍPIOS DE CORRENTE
100 E TENSÃO
ALTERNADA
Considerações sobre o Indutor

1. Um indutor armazena energia na forma de campo


magnético.

2. Um indutor se opõe a variações de corrente.

3. Num indutor, a corrente está atrasada em relação à


tensão
PRINCÍPIOS DE CORRENTE
101 E TENSÃO
ALTERNADA
Indutância

1. A oposição às variações de corrente num indutor é


análoga à oposição à passagem de corrente num
resistor.
2. No indutor, a tensão é diretamente proporcional à
variação de corrente, sendo L a constante de
proporcionalidade, que é dada por:
PRINCÍPIOS DE CORRENTE
102 E TENSÃO
ALTERNADA
Indutor ideal em CA

Se a tensão aplicada a um indutor ideal for senoidal, a corrente fica


atrasada de 90º em relação à tensão.
PRINCÍPIOS DE CORRENTE
103 E TENSÃO
ALTERNADA
Indutor ideal em CA
A medida da oposição que o indutor oferece à variação da corrente é dada pela
sua reatância indutiva XL .

XL = 2 π f L ou XL = ωL

Sendo:
XL = módulo da reatância indutiva em OHM (Ω)
L = Indutância da bobina em Henry (H)
f = freqüência da corrente em Hertz (Hz)
ω = freqüência angular da corrente em radianos/segundos (rd/s)
PRINCÍPIOS DE CORRENTE
104 E TENSÃO
ALTERNADA
Indutor ideal em CA
PRINCÍPIOS DE CORRENTE
105 E TENSÃO
ALTERNADA
Indutor ideal em CA (Conclusão)

O indutor ideal comporta-se como um curto-circuito


em corrente contínua e como uma resistência elétrica
em corrente alternada. Para uma freqüência muito alta, o
indutor comporta-se como um circuito aberto.
PRINCÍPIOS DE CORRENTE
106 E TENSÃO
ALTERNADA
Circuito RL-Série

Na prática um indutor apresenta uma resistência, e além disso podemos ter resistores
em série com o indutor, neste caso a corrente continuará atrasada em relação a tensão,
porém com um ângulo menor que 90º.
PRINCÍPIOS DE CORRENTE
107 E TENSÃO
ALTERNADA
Circuito RL-Paralelo

No circuito RL paralelo, a tensão no gerador é a mesma no resistor e no


indutor. Porém, a corrente fornecida pelo gerador é a soma vetorial das
correntes no resistor e no indutor.
PRINCÍPIOS DE CORRENTE
108 E TENSÃO
ALTERNADA
Capacitores

Um capacitor ou condensador é um dispositivo que armazena


cargas elétricas. Ele consiste basicamente em duas placas
metálicas paralelas, denominadas armaduras, separadas por
um isolante, chamado material dielétrico.
PRINCÍPIOS DE CORRENTE
109 E TENSÃO
ALTERNADA
Capacitor

1. Um capacitor armazena energia na forma de campo elétrico.


2. Um capacitor comporta-se como um circuito aberto em tensão
contínua, mas permite a condução de corrente para tensão
variável.
3. Num capacitor, a corrente está adiantada em relação à tensão.
PRINCÍPIOS DE CORRENTE
110 E TENSÃO
ALTERNADA
Capacitância

O fato do capacitor permitir a condução de corrente quando a tensão


aplicada é variável, não significa que a condução ocorra sem oposição. Só
que no caso do capacitor, ao contrário do que ocorre no indutor, quanto
mais rápida é a variação da tensão, menos oposição existe à passagem
da corrente.

No capacitor a corrente é diretamente proporcional à variação de tensão,


sendo esta constante proporcionalmente à capacitância c.
PRINCÍPIOS DE CORRENTE
111 E TENSÃO
ALTERNADA
Capacitor Ideal
Se a tensão aplicada a um indutor ideal for
senoidal, a corrente fica adiantada de 90º em
relação à tensão.
PRINCÍPIOS DE CORRENTE
112 E TENSÃO
ALTERNADA
Reactância Capacitivas

É a medida da oposição oferecida pelo capacitor à


passagem da corrente alternada.
PRINCÍPIOS DE CORRENTE
113 E TENSÃO
ALTERNADA
Circuito RC-Série

Quando uma tensão alternada é aplicada a um circuito RC série, a


corrente continua adiantada em relação a ela, só que de um ângulo
menor que 90º, pois enquanto a capacitância tende a defasá-la em
90º, a resistência tende a colocá-la em fase com a tensão.
PRINCÍPIOS DE CORRENTE
114 E TENSÃO
ALTERNADA
Circuito RC-Paralelo

No circuito RC paralelo, a tensão do gerador (v) é a mesma no resistor (VR ) e no


capacitor (Vc ), mas a corrente fornecida pelo gerador (i) é a soma vetorial das correntes
no resistor (iR ) e no capacitor (ic ).
PRINCÍPIOS DE CORRENTE
115 E TENSÃO
ALTERNADA
Circuito RLC-Série

O circuito RLC série é formado por um resistor, um indutor e um capacitor ligados em


série.
PRINCÍPIOS DE CORRENTE
116 E TENSÃO
ALTERNADA
Circuito RLC-Série
Considerando arbitrariamente que o circuito é indutivo, e portanto VL > VC ,
e desta forma a corrente estará atrasada em relação à tensão. Para obter a
expressão da tensão total e da impedância devemos fazer a soma vetorial das
três tensões.
PRINCÍPIOS DE CORRENTE
117 E TENSÃO
ALTERNADA
Impedância- Ressonância
PRINCÍPIOS DE CORRENTE
118 E TENSÃO
ALTERNADA
Impedância- Ressonância
PRINCÍPIOS DE CORRENTE
119 E TENSÃO
ALTERNADA
Circuito RLC Paralelo

O circuito RLC paralelo é formado por um resistor, um indutor e um


capacitor ligado em paralelo.
PRINCÍPIOS DE CORRENTE
120 E TENSÃO
ALTERNADA
Circuito RLC Paralelo
PRINCÍPIOS DE CORRENTE
121 E TENSÃO
ALTERNADA
Circuito RLC Paralelo
PRINCÍPIOS DE CORRENTE
122 E TENSÃO
ALTERNADA
Fator de Potência

Em uma instalação elétrica a adição de cargas indutivas


diminui o fator de potência (cos Ф) o que implica na
diminuição da potência real (ou potência ativa)
aumentando a potência aparente ou, se a potência real
(watts) se mantiver no mesmo valor a potência aparente
aumenta o que implica em um aumento na corrente da
linha sem um aumento de potência real. Para
compensar (aumentar o FP) deveremos colocar
capacitores em paralelo com a carga indutiva que
originou a diminuição do FP.
PRINCÍPIOS DE CORRENTE
123 E TENSÃO
ALTERNADA
Fator de Potência

Seja uma carga Z, indutiva, com fator de potência cos Ф1 e desejamos aumentar o FP
para cos Ф2
PRINCÍPIOS DE CORRENTE
124 E TENSÃO
ALTERNADA
Formulário de AC
PRINCÍPIOS DE CORRENTE
125 E TENSÃO
ALTERNADA
Formulário de AC
PRINCÍPIOS DE CORRENTE
126 E TENSÃO
CONTÍNUA

Estudar é um dever singular.

OBRIGADO!!!

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