Você está na página 1de 57

BASIN ANALYSIS 2022

DGC: Departamento de Geociências


Cursos de Geofísica e Engenharia de Petróleos

Por: Cirilo Cauxeiro


PROGRAMA ANALÍTICO 2

Período Nome Créditos C.H.T


5o Introdução a Análise de Bacias 5 94
C.H.Sem. 5 ( 2 ) Teóricas ( 2 ) Práticas (1 ) Teórica/Prática

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
Capítulo 1 – Sedimentologia:
1.1. Origem e propriedades (litologia, textura, estrutura sedimentar, cor, forma
estratal, fósseis, páleo-correntes) dos sedimentos e rochas sedimentares;
1.2. Descrição (amostras de mão e calha, testemunhos e perfis estratigráficos) e
classificação de sedimentos e rochas sedimentares (Petrografia Sedimentar);
1.3. Processos sedimentares hidrodinâmicos (correntes e ondas) e gravitacionais
(fluxos de detrito, grão, liquefeito, fluidizado e turbidíticos);
1.4. Fácies sedimentar (conceito e caracterização de relações, sucessões e
associações de fácies);
1.5. Ambientes de sedimentação terrígenos continentais (leque aluvial, fluvial,
eólico, lacustre e glacial), transicionais (deltaico, praial, lagunar, estuarino e
planície de maré) e marinhos (mar raso e mar profundo/leque submarino);
ambientes carbonatados e evaporitos;
PROGRAMA ANALÍTICO 3

Capítulo 2 – Estratigrafia:
2.1. Conceitos e princípios gerais da Estratigrafia;
2.2. Perfis elétricos (RG, SP, NPHI, RHOB etc.) e correlação em subsuperfície;
2.3. Mapas geológicos de superfície e estratigráficos (contorno estrutural,
isópacas, faciológicos, paleogeológicos e paleogeográficos);
2.4. Unidades estratigráficas formais (Código Estratigráfico): unidades
litoestratigráficas, bioestratigráfica, cronostratigráficas, geocronológicas e
geocronométricas;
2.5. Estratigrafia Sísmica: noções básicas de sísmica de reflexão, caracterização
de sismo-sequências (terminações de refletores, geometrias e sismo-fácies) e
construção de um diagrama cronoestratigráfico (Wheeler);
2.6. Estratigrafia de Sequências: conceitos gerais, controles estratigráficos
(eustasia, clima, suprimento sedimentar e tectônica), tratos de sistemas,
sequências deposicionais e para-sequências; eventos e ciclos deposicionais
(ciclicidade); e marcadores químicos (Biomarcadores);
PROGRAMA ANALÍTICO 3

Capítulo 3 – Geologia Estrutural e Geotectónica:


3.1. Tectônica rúptil (fraturas e falhas) e dúctil (dobramentos): caracterização,
mecanismos de esforços e deformação;
3.2. Teoria da Tectônica Global: histórico e conceitos gerais, elementos de
Geologia Marinha, tipos de limites de placas tectônicas, mecanismos
litosféricos de deformação, modelo Andino (ativo) e Atlântico (passivo) de
margens continentais;

Capítulo 4 – Bacias Sedimentares:


4.1. Bacias sedimentares: origem e evolução, segundo o estilo geotectónico, e
classificações;
4.2. Embasamento geológico das bacias;
4.3. Mapeamento geofísico: métodos gravimétricos e magnetométricos;
4.4. Tipos de Bacias Sedimentares;
PROGRAMA ANALÍTICO 3

Capítulo 5 – Trabalho de Campo:


5.1. Reconhecimento de estruturas geológicas em afloramento;
5.2. Observação, caracterização e identificação de fácies, sequências de
fácies, geometrias e ambientes de sedimentação;
5.3. Relação entre afloramento e estratigrafia sísmica;

PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO DA DISCIPLINA


Avaliação de conhecimento será feita através de duas avaliações parcelares,
exame de época normal e exame de Recurso onde serão atribuídas notas aos
estudantes com classificações na escala de 0 a 20 valores.

BIBLIOGRAFIA
1 - FÁVERA, J. C. D. Fundamentos de Estratigrafia Moderna. Rio de Janeiro,
Editora da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, 2001. 264p.
2 – MIALL, A. D. Principles of sedimentary basin analysis. 2ª Ed. New York.
Springer-Verlag, 1990. 668p.
PROGRAMA ANALÍTICO 3

3 - SHOCH, R. M. Stratigraphy: principles and methods. New York: Van Nostrand


Reinhold, 1989. 375p.
4 - Paul C.H. Veeken and Bruno Van Moerkerken. 2013 - Seismic Stratigraphy and
Depositional Facies Models. 1ª Ed. EAGE: European Association of Geoscientists &
Engineers;
5 - Cirilo Cauxeiro. 2014 - Stratigraphic architecture and forcing processes of the late
Neogene Miradouro da Lua sedimentary prism, Cuanza Basin, Angola. 1ª Ed.,
Elsevier;
6 - Cirilo Cauxeiro. 2018 - Sedimentologia Moderna (Descrição de Afloramentos da
Bacia do Kwanza). 4º Vol., Não Publicado;
7 - Gary Nichols; Sedimentology and Stratigraphy; Publisher: Wiley-Blackwell; 2
edition (May 18, 2009).
8 – Philip Allen and John Allen. 2014 – Basin Analysis, principles and application to
petroleum play assessment. 3ª Edition, Wiley-Blackwell. Imperial college, UK.
9 - Suguio, Kenitiro. Geologia Sedimentar. Edgard Blucher, São Paulo, 1ª Ed..
2003416p.
10 - MIALL, A.D. Principles of sedimentary basin analysis. Spring-Verlag, New York,
1984, 490p.
TRAJECTÓRIA NO DGC 4
THE FOUNDATIONS OF
SEDIMENTARY BASINS
THE FOUNDATIONS OF SEDIMENTARY
BASINS

Basins in their geodynamic environment


Bacias em seu ambiente geodinâmico
Bacias sedimentares são regiões de subsidência prolongada da superfície da Terra.
Os mecanismos que conduzem a subsidência estão relacionados a processos
originário da camada limite térmica da Terra, relativamente rígida e resfriada,
conhecida como litosfera e do fluxo do manto abaixo. A litosfera é composta por
um número de placas que estão em movimento umas em relação à outras.
Portanto, existem bacias sedimentares em um ambiente de movimento de placa e
fluxo de manto.

As bacias sedimentares foram classificadas principalmente em termos do tipo de


substrato litosférico (isto é, continental, oceânico, transicional), sua posição em
relação ao limite da placa (Intracontinental, margem da placa) e tipo de
movimento da placa mais próximo da bacia (divergente, convergente,
transformante). Os mecanismos que intervêm na formação das bacias sedimentares
se enquadram em categorias, que operar durante a evolução de uma bacia:
SEDIMENTARY BASINS

Análise de Bacia – Estudo das rochas sedimentares


Para determinar:
 A história de subsidência;
 Arquitectura Estratigráfica;
 Evolução Paleogeográfica;
Ferramentas/ Tools:
 Geology (outcrops, wireline logs, core);
 Geophysics (seismic, gravity, aeromag);
 Computers (modeling, data analysis).
SUBSIDENCE

Subsidência é uma aprofundamento progressivo, de velocidade variável,


do substrato rochoso de uma bacia sedimentar.
Esse processo é acompanhado por uma acumulação gradual e substancial
de sedimentos, geralmente depositados sob uma determinada lâmina de
água.
MECANISMOS PRIMÁRIOS DA
SUBSIDÊNCIA DUMA B. SEDIM.
1. ISOSTASIA; 2. A FLEXÃO LITOSFÉRICA; 3. TÉRMICO.

ISOSTASIA (Compensação local): Fischer (1881) descreve que a crosta


obedece ao princípio de Arquimedes e tende a estar em equilíbrio
hidrostático, como um cubo de gelo na água: os continentes são
sustentados por uma força equivalente ao peso do manto deslocado.
(Turcotte e Schubert, 1982). No caso de uma sobrecarga de sedimentos, a
litosfera realiza reajustes isostáticos.

1. ISOSTASIA:

• A densidade de
crosta é
homegénia,
• variação de
espessura e
desenvolvimento
de raizes.
(Allen & Allen, 2005).
MECANISMOS PRIMÁRIOS DA
SUBSIDÊNCIA DUMA B. SEDIM.

2. Type Pratt:

• Variação lateral
da densidade
da crosta,
• Espessura da
crosta
homegénia.
(Allen & Allen,
2005).
MECANISMOS PRIMÁRIOS DA
SUBSIDÊNCIA DUMA B. SEDIM.
A litosfera é rígida o suficiente para suportar cargas e se comportar como
uma placa elástica. A compensação regional é feita em um raio de
regionalidade R.
THE FOUNDATIONS OF
SEDIMENTARY BASINS

 Consequências isostáticas: alterações na espessura da crosta / litosfera, como


as causadas mecanicamente pelo alongamento litosférico ou puramente
térmica, como no resfriamento da astenosfera previamente ressurgida em
regiões de estiramento litosférico;

 Alto peso litoestático (e alívio do peso) da litosfera devido a uma deflexão ou


deformação flexural e, portanto, subsidência (e elevação : uplift), como nas
bacias do tipo Foreland;

 O fluxo viscoso do manto causa subsidência / elevação não permanente,


conhecida como topografia dinâmica, que pode ser mais facilmente
reconhecida nas elevações domal do fundo do oceano em pontos quentes
vulcânicos.

Do ponto de vista dos processos litosféricos, existem dois grandes grupos de bacias:
(i) bacias devido ao alongamento litosférico e subsequentes refrigeração,
pertencente ao conjunto rift-drift; e (ii) bacias formadas principalmente pela flexão
da litosfera continental e oceânica.
THE FOUNDATIONS OF
SUBSIDENCE TYPE
 MECÂNICA:
Se uma porção da crosta passar da condição da coluna 1 para a da coluna 2,
ocorre subsidência. Esse tipo de subsidência por afinamento crustal ou litosférico é
denominado subsidência mecânica. A subsidência mecânica ocorre em regiões
sujeitas a tectônica distensiva. A espessura inicial da crosta ou litosfera sobre a
espessura após a distensão determina o fator. Como distensão da litosfera implica em
ascensão de astenosfera, o gradiente térmico aumenta. O aquecimento da litosfera
pode ser rápido se houver adição de magma, e com isso a densidade diminui e a
subsidência é reduzida.
MECANISMOS PRIMÁRIOS DA
SUBSIDÊNCIA DUMA B. SEDIM.
ZONAÇÃO COMPOSICIONAL DA TERRA
MECANISMOS PRIMÁRIOS DA
SUBSIDÊNCIA DUMA B. SEDIM.
MECANISMOS PRIMÁRIOS DA
SUBSIDÊNCIA DUMA B. SEDIM.
 Na base das colunas as forças igualam-se:

Michel Séranne- 2018


MECANISMOS PRIMÁRIOS DA
SUBSIDÊNCIA DUMA B. SEDIM.

Exercício de aplicação nº 2

Considering that seismic data provides the depth


of basement beneath the basin (5km) , and that :
- Density of crust = 2.7 t/m3
- Density of sediments = 2.2 t/m3
- Density of mantle = 3.3 t/m3
Considering isostatic equilibrium, what is the
height of the Moho rise?
What is the depth of the Moho beneath this
basin ? (What other information is required?)

Michel Séranne- 2018


ESPESSURA GLOBAL DOS SEDIMENTOS
(PROFUNDIDADE ACÚSTICO DO
EMBASAMENTO)

0 2 4 6 8 10 22

(a) Global sediment thickness, from Laske & Masters (1997) based on the digital database of Gabi Laske at the
University of San Diego, California (http://mahi.ucsd.edu/Gabi)
ESPESSURA GLOBAL DOS SEDIMENTOS
(PROFUNDIDADE ACÚSTICO DO
EMBASAMENTO)

A higher-resolution map of the total sediment thickness in the ocean, from Divins (2003)
TIPOS DE BACIAS
& SUBSIDÊNCIA

NOTA:
Quando uma porção da crosta passar da condição
da coluna 1 para a da coluna 2, ocorre subsidência.
Esse tipo de subsidência por afinamento crustal ou
litosférico é denominado
subsidência mecânica.
A subsidência mecânica ocorre em regiões sujeitas a
tectônica distensiva.
TIPOS DE BACIAS
& SUBSIDÊNCIA
Quando a distensão termina, a
litosfera esfria lentamente e ganha
volume com a transformação de
astenosfera quente em litosfera mais
fria.
Esse resfriamento é acompanhado por
aumento de densidade e, portanto a
subsidência é termal ou térmica.

Para cada fator beta há uma curva


exponencial de subsidência termal.
A subsidência total é mesma
calculada para a compensação
isostática sem os efeitos termais, NOTA:
apenas a curva é modificada.
Pelo modelo acima descrito, a distensão
causa subsidência que induz ascensão
de Astenosfera (aumento de gradiente
geotérmico).
TIPOS DE BACIAS
& SUBSIDÊNCIA

Uma sobrecarga (e.g. cavalgamento,


edifício vulcânico) também causará
compensação isostática.

Se a litosfera fosse formada por blocos


separados com movimento vertical
independente, essa compensação não
causaria subsidência, pois não haveria
abatimento da superfície.

Na realidade a crosta tem uma rigidez


que implica em abatimento por flexura
de áreas adjacentes à sobrecarga.
Esse abatimento é denominado
Subsidência Flexural.
TIPOS DE BACIAS
& SUBSIDÊNCIA
TIPOS DE BACIAS
& SUBSIDÊNCIA

A distância a partir da área de sobrecarga afetada pela subsidência e a


profundidade dessa subsidência dependem da rigidez flexural da crosta.
TIPOS DE BACIAS
& SUBSIDÊNCIA

Principais mecanismos de formação de bacias sedimentares :


 Bacias de subsidência mecânica
 Bacias de subsidência termal
 Bacias de subsidência flexural.
Há bacias que são formadas por mais de um só processo.

Contexto na Tectônica da Placas :

 Bacias relacionadas a limites convergentes de placas;


 Bacias relacionadas a limites divergentes de placas;
 Bacias relacionadas a limites transformantes de placas;
 Bacias intra-placa.

Ingersoll & Busby (1995)


FORÇAS INTERNAS & CRIAÇÃO DE
BACIAS SEDIMENTARES

Michel Séranne- 2018


FORÇAS INTERNAS & CRIAÇÃO DE
BACIAS SEDIMENTARES

Michel Séranne- 2018


PLACAS TECTÓNICAS E SEUS
LIMITES
Superfície litosférica da terra, mostrando as placas tectónicas (limites, zonas de
terramotos e vulcões).

Michel Séranne- 2018


COMO CRIAR UMA DEPRESSÃO?
CLASSIFICAÇÃO ESQUEMÁTICA DAS
BACIAS SEDIMENTARES

A classificação esquemática das bacias sedimentares foi feita com base


em sua configuração ligada a tectônica de placas.

Modified from scheme used by Kingston et al. (1983a). AAPG © 1983. Reprinted by permission of the AAPG whose
permission is required for further use.
MECANISMOS DE FORMAÇÃO DE BACIA

1. Crustal thinning, such as caused primarily by stretching or surface


erosion;

2. Lithospheric thickening, such as caused by cooling following stretching


or accretion of melts derived from the asthenosphere;

3. Sedimentary and volcanic loading causing isostatic compensation;

4. Tectonic (supracrustal) loading causing isostatic compensation;

5. Subcrustal loading caused by subcrustal dense loads such as magmatic

underplates or obducted mantle flakes;

6. Mantle flow primarily due to the subduction of cold lithospheric slabs;

7. Crustal densification due to changing P-T conditions or intrusion of high-


density melts.
BASIN-FORMING MECHANISMS

1. Afinamento da crosta (subsidência), causado principalmente por


alongamento ou erosão superficial;

2. Espessamento litosférico, causado pelo resfriamento após estiramento ou


acréscimo de materiais fundidos derivados da astenosfera;

3. Carga sedimentar e vulcânica causando isostática compensação;

4. Pressão tectônica (supracrustal) causando compensação isostática;

5. Pressão subcrustal causado por cargas densas subcrustais como magmatic


underplates ou flocos de manto obstruídos;

6. Fluxo do manto devido à subducção de partículas frias litosféricas;

7. Densificação crustal devido a mudanças nas condições de P-T ou intrusão

de derretimentos de alta densidade.


BASIN-FORMING MECHANISMS

Matrix of main basin types and


the principal mechanisms of
subsidence (adapted from
Ingersoll & Busby 1995 and
Ingersoll
2011). Note that subsidence
mechanisms operate in more
than one basin type, and that
several mechanisms may
operate in a single
basin type. Some basins are
‘polyhistory’ and may pass
through phases characterised
by different sets of
mechanisms.
BASIN-FORMING MECHANISMS
BASIN-FILLING MECHANISMS

SEDIMENTOS DE MARÉ :
 Deposição de sedimentos controlada Ophiomorpha
pelas marés (fenômeno cíclico).
 As marés resultam da atração
combinada da Lua e Sol nos oceanos (e
no crosta).
 Sedimentação registra variações de
parâmetros externos à Terra

Miocene age:_ Miramar Kwanza Basin Angola (Cauxeiro 2014)


EXTERNAL FORCINGS
BASING SEDIMENTS FILLINGS
SEDIMENT ACCUMULATION RATE

EXERCICE
SEISMIC INTERPRETATION

 Discordância  Progradação  Agradação  Retrogradação


BASIN FILLINGS PROCESSES

Sediments accumulate in basins if:


1- there is a gravity-driven flux of sediment (erosion/ transport/ deposition)
=> base level
2- there is space available to trap the sediment
=> accommodation space
Sediments are generated if:
• Deformation of the topographic surface of the lithosphere induced by internal
forcing
(mountain-building, volcanism, thermal uplift…).
⇒ Erosion of the topography, mobilization of detritals, transport, deposition.
⇒ All processes governed by gravity.
⇒ Processes modulated by external forcing (climate…).
BASIN FILLINGS PROCESSES

• Biological activity contributes to sediment flux.


⇒ in-situ carbonate production in favourable environments (« carbonate factory »
in ocean,
lakes) -> climate-dependent
⇒ reworked carbonates behaving as detritals
⇒ plants residues (coal)
• (Bio-) Chemical activity = weathering, alteration, evaporation, precipitation.
INTERNAL & EXTERNAL FORCING

The infill : Both controlled by external & internal forcing

The container : Mostly controlled by internal forcing


IMPLICATIONS FOR EXOGENE
TRANSFERS :

 The deformation of the lithosphere in


response of internal forcing is responsible for
topographic changes. Potential energy

DZ=> Release of potential energy +


Uplift (Relief creation) or subsidence (Bassin
formation) of the surface of the lithosphere
linked to the correlative convergent or Equilibrium
divergent movement of the tectonic plate
(mechanical process) or the ascendant heat = BL
flow or descendant warm flow through the
asthenosphere (thermal process).

Surficial tranfers : Erosion, Tranport, -


Sedimentation express the progressive
readjustment of the Earth surface by external
forcing and gravity force toward an
equilibrium envelope.
LITHOFACIES

The fundamental support to encrypt the processes of the past

50
(Litho)facies refers to the lithology, texture and structure of a sedimentary rock.
HOW TO DECRYPT LITHOFACIES ?

(LITHO)FACIES

Lithology Texture Structure


• Mineralogy • Relationships • Fabric
• Petrography : between the • Dimension
 Grain size ; sorting components :  Size, angle of
 Componentents ; grain vs matrix dip, …
 Rounding, …
• Fossils

- Source area - Depositional


- Duration of transport - Mechanisms of environment
- Ecology transport and - Hydrodynamical
- Bathymetry deposition conditions
- Physico-chemical
conditions
- Biological conditions
(Litho)
51 facies: the total lithological, textural and structural characteristics of a sedimentary
deposit resulting from accumulation and modification in a particular environment.
BASE LEVEL CONCEPT &
APPLICATION

BL after geographs

BL after geologists

 Base level concept :


(Wheeler, 1964)

52
SPACE AVAILABLE &
DEPOSITIONAL UNITS

TERRESTRIAL FLUX
IN SITU PRODUCTIVITY
(Plants, animals)
EUSTATISM
Base-level / Sea -level

Space available

INTRA-PLATE REGIONAL SUBSIDENCE


STRAIN

 The potential for accommodation ruled by the base-level


concept is governed by 3 first-order parameters :

• Tectonism
• Eustatism
• Sediment input (Terrestrial or Biological)
- The last is partly dependent of the previous one
ACCOMADATION SPACE

 Introduction to the concept of “space available” for sediment accumulation


and “accommodation”
t0 t1
Time 0 Time 1
Niveau marin /
niveau de base Crˇation d'espace
Base Level Eustatism
Eustatisme disponible
Topographic = ou
= Bathymetry
Bathymˇtrie
+ Accom-
variation relative
surface Substratum
modation
du niveau marin/
Subsidence
Subsidence niveau de base
= Epaisseur de
ACCOMMODATION Sediments
sˇdiments
dˇposˇs

The space available for sediments between Time 0 and Time 1 = Space created
between the Topographic surface and the BL/SL since Time 0 = the algebraic sum
of the combined effects of Eutatism and Subsidence.

The created space can be :


• Positive = Sediment accumulation
• Négative = Erosion
It is called relative BL/SL variation (rise or fall) or accommodation :
SEA LEVEL CONCEPT &
APPLICATION

Do not confuse …!
• Water depth ;
• Absolute sea-level = Eustatism ;
• Relative sea-level

Sea-level  Base-level
(Sea) (Continent)
ACCOMMODATION vs SPACE
AVAILABLE

Lateral changes in
accommodation vary from
place to place, influenced by
physiography of the bedrock
STRATIGRAPHIC HIERARCHY

Resolution
 Hierarchy of strata

 Supergroup Biostratigraphy
 Group

 Formation Seismic
 Member
Well logs
Landscape
 Unit
 Bedset Cores
 Bed Outcrop
 Laminae
Hand sample

Você também pode gostar