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FIP – FACULDADES INTEGRADAS DE PATOS

ESPECIALIZAÇÃO EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO


NR-10 - SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS EM
ELETRICIDADE

Prevenção e controle de riscos em


máquinas, equipamentos e instalações
Riscos em Eletricidade
Prof. Felipe Fernandes
Mestrando em Engenharia elétrica - UFPB
Engenheiro Eletricista – UFCG
Engenheiro de Segurança do Trabalho – Pós FIP

25/04/2018
Sumário

1. Revisão de Eletricidade Básica


2. O Sistema Elétrico de Potência
3. Introdução à Segurança com Eletricidade
4. Riscos em instalações e serviços com eletricidade
5. Medidas de Controle do Risco Elétrico
6. Normas Técnicas Brasileiras - NR-10
7. Documentação de instalações elétricas necessária
8. Técnicas de análise de risco
9. Riscos adicionais
10. EPC e EPI
2
FIP – FACULDADES INTEGRADAS DE PATOS
ESPECIALIZAÇÃO EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO
NR-10 - SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS EM
ELETRICIDADE

REVISÃO DE ELETRICIDADE
BÁSICA

25/04/2018 Professor: Felipe Fernandes


Nível atômico

Um átomo possui várias órbitas, cada órbita contém uma quantidade de elétrons.

ÁTOMO DE SELÊNIO ÁTOMO DE COBRE


( Mica )
4
Átomos com : Poucos Elétrons

 Poucos elétrons na última camada


são condutores.
 Têm facilidade de perder elétrons.

ÁTOMO DE COBRE
5
Átomos com : Muitos Elétrons

 Muitos elétrons na última camada


são isolantes.
 Tem facilidade de receber elétrons.

ÁTOMO DE SELÊNIO
( Mica )
6
Material condutor ou isolante
 No átomo de um material (considerado condutor), os
elétrons da última camada (elétrons livres), ficam
trocando constantemente de átomo.

7
Condutividade
 Inicialmente a troca de elétrons se da, de forma
desordenada:

8
Condutividade
 Se aproximarmos um pólo positivo de um lado e um
negativo de outro:

- +
9
Condutividade
 Estes elétrons passam a ter um movimento ordenado,
dando origem à corrente elétrica.

- +
10
Corrente elétrica
 Corrente elétrica - é o movimento ordenado dos
elétrons no interior de um condutor.

 Símbolo - I (intensidade de corrente elétrica)

 Unidade - ampère (A)

11
Unidade de Medida
 AMPÈRE (A).

Para descer um GA
degrau, caminhe com
a vírgula MA
3 casas à direita
kA

mA
Para subir um
A degrau, caminhe com
a vírgula
nA 3 casas à esquerda

12
Como obter uma corrente elétrica?

 Para obtermos uma corrente elétrica


precisamos de um circuito elétrico

13
Circuito elétrico

 Para obtermos um circuito elétrico, são necessários


três elementos:

 Gerador, Condutor e Carga.

14
Circuito elétrico

Orienta o movimento
GERADOR
dos elétrons

Assegura a transmissão
CONDUTOR da corrente elétrica.

Utiliza a corrente elétrica


CARGA
(transforma em trabalho)

15
Circuito elétrico

Para que haja corrente elétrica

Gerador Carga
é necessário

que o circuito esteja fechado.

16
Circuito elétrico

Introduzimos um interruptor
Gerador para abrir e Carga

fechar o circuito

17
Circuito elétrico

Gerador Carga
ABERTO

18
Circuito elétrico

Gerador Carga
FECHADO

19
Amperímetro
 Aparelho de medida da corrente elétrica

20
Amperímetro
 Aparelho de medida da corrente elétrica

Amperímetro “multímetro”

 O amperímetro deve ser ligado em série com a carga.


21
Amperímetro

Amperímetro

A
O amperímetro deve ser ligado em série com a carga.

22
Tensão elétrica

Revisão
Eletricidade básica

TENSÃO

23
Tensão elétrica

Faremos uma
analogia com um circuito hidráulico

24
Tensão elétrica

TEMOS UMA
DIFERENÇA DE
NÍVEL D’ÁGUA

Se abrirmos
o registro

25
Tensão elétrica

26
Tensão elétrica

27
Tensão elétrica

...NÃO HÁ
MAIS
DESNÍVEL.

28
Tensão elétrica
 Para termos um movimento, é necessário um desnível de água.
 O mesmo acontece com os elétrons.
 Para que eles se movimentem, é necessário termos uma “desnível”
elétrico.
 Ao desnível elétrico entre dois pontos de um circuito, chamamos de
tensão elétrica ou diferença de potencial.

29
Tensão elétrica
 Tensão elétrica - é a pressão exercida sobre os elétrons livres
para que estes se movimentem no interior de um condutor.

 Símbolo - V
 Unidade - VOLTS (V)

30
Tensão elétrica

GV

MV

kV
Para descer um
degrau, caminhe com
a vírgula V
3 casas à direita Para subir um
mV degrau, caminhe com
a vírgula
V 3 casas à esquerda

nV
31
Tensão elétrica

 230 kV = 230.000V

 69 kV = 69.000V

 13,8 kV = 13.800 V

 220 V = 0,22 kV

 127 V = 0,127 kV

32
Tensão elétrica

Aparelho de
medida da tensão elétrica

Voltimetro “multímetro”

33
Voltímetro

 O voltímetro deve ser ligado em paralelo com a


carga.
34
Revisão
Eletricidade básica

RESISTÊNCIA ELÉTRICA

35
Resistência elétrica
 Comparando as correntes ao aplicarmos a mesma tensão
em duas lâmpadas diferentes

36
Resistência elétrica

100 V
0,5 A

V
A
37
Resistência elétrica

100 V

0,5 A

100 V 1A

V
A
38
Resistência elétrica

A 1ª lâmpada possui maior


100 V
RESISTÊNCIA ELÉTRICA.

0,5 A

A 2ª lâmpada possui menor


100 V
RESISTÊNCIA ELÉTRICA.

1,0 A

39
Resistência elétrica
 A oposição oferecida à passagem da corrente elétrica
é chamada de:
RESISTÊNCIA ELÉTRICA

40
Unidade de medida da resistência
elétrica

OHM ().

41
Resistência elétrica
 É a oposição oferecida à passagem da corrente
elétrica

 SÍMBOLO - R
 UNIDADE - OHM ()

42
Múltiplos e submúltiplos
 Para valores elevados, utilizamos os múltiplos e para valores muito baixos, os
submúltiplos

Para descer um G
degrau, caminhe com
a vírgula M
3 casas à direita

k

m
Para subir um
 degrau, caminhe com
a vírgula
3 casas à esquerda
n

43
Ohmímetro
 Aparelho de medida da resistência elétrica...
 ...ligado aos terminais da resistência.


44
• Tensão alternada
• Tensão contínua

• Corrente AC/DC
• Resistência

45
Revisão
Eletricidade básica

POTÊNCIA

46
Potência elétrica
 Capacidade de produzir trabalho em um determinado
intervalo de tempo.

47
Potência da lâmpada

 Capacidade de produzir trabalho de 100 W


 Se for ligada a uma fonte de 220 V

48
Observemos o brilho das lâmpadas

60 W 100 W

220 V
49
A potência depende de outras
grandezas
 R - Resistência
 V - Tensão
 I - Corrente

 Aplicando a tensão V na resistência R circula a corrente I

 Assim temos:

 P = R x I2 e P = V x I

50
Potência elétrica

V A

 P=100 x 2 = 200W
51
Potência elétrica

No lugar do voltímetro e
do amperímetro

Utilizamos o WATTÍMETRO 200 W

52
Potência elétrica

 Como vimos a leitura do wattímetro é igual ao produto

 VxI

53
Potência elétrica

BOBINA DE CORRENTE
Constituição
do LIGADA EM SÉRIE

wattímetro
BOBINA LIGADA EM
DE PARALELO
TENSÃO

54
Potência elétrica

P=VxI

V=100
I=5 A
P = 500W

V
A W

55
Potência elétrica

 SÍMBOLO - P
 UNIDADE - WATT (W)

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NR-10 - SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS EM
ELETRICIDADE

O SISTEMA ELÉTRICO DE
POTÊNCIA

25/04/2018 Professor: Felipe Fernandes


Geração

Transmissão

Distribuição

58
 Geração
 Hidrelétrica
 Termelétrica
 Nuclear
 Eólica
 Fotovoltaica
 Transmissão
 Longas distâncias
 Redução da corrente Redução das perdas
 Distribuição
 Subtransmissão
 Primária
 Secundária
59
Geração
 Balanço Energético Nacional
 Análise energética e dados agregados;
 Oferta e demanda de energia por fonte;
 Consumo de energia por setor;
 Comércio externo de energia;
 Recursos e reservas energéticas;
 Dados energéticos estaduais.

60
Geração

61
Geração

62
Geração

63
Transmissão

 O segmento de transmissão no Brasil é composto por mais de 110 mil quilômetros


de linhas de transmissão;
 A grande extensão da rede de transmissão no Brasil é explicada pela
configuração do segmento de geração, constituído na maior parte, de usinas
hidrelétricas instaladas em localidades distantes dos centros consumidores;
 A principal característica desse segmento é a sua divisão em 2 grandes blocos: o
SIN e os Sistemas Isolados.

64
65
66
67
Distribuição

68
 Centrais de Geração;
 Transformadores;
 Linhas de Transmissão;
 Centros de Consumo (cargas);
 Sistemas de Proteção;
 Sistemas de Medição;
 Subestações;
 ƒElevadoras;
 ƒAbaixadoras;
 ƒConversoras (CA/CC ou CC/CA);
 ƒReguladoras;
 Centros de Operação (supervisão e controle).
69
Subestação

 Uma subestação (SE) é um conjunto de


equipamentos interligados entre si com os
objetivos de controlar o fluxo de potência,
modificar tensões e alterar a natureza da
corrente elétrica assim como garantir a
proteção do sistema elétrico.

70
 Distúrbios em sistemas de potência são fenômenos que
tiram o sistema de sua operação padrão.

 Chaveamento de banco de capacitores

 Chaveamento de transformadores

 Energização de linhas

 Faltas

71
72
 Falta é um curto-circuito na linha ou em equipamentos
do SEP.
 Algumas causas:
 Descargas atmosféricas
 Problemas em isoladores
 Contato com árvores
 Contato com animais

 Consequências:
 Descontinuidade do fornecimento de energia
 Danos em equipamentos
 Risco de acidentes
73
74
75
Defeitos de origem transitória:
Consiste no defeito que atua e se extingue ou se extinguem com a atuação da proteção,
sucedido de um religamento com sucesso, não havendo assim a necessidade de reparos
imediatos no sistema.

Defeito de origem permanente:


Consiste no defeito que provoca interrupções prolongadas e exige reparos imediatos
para a recomposição do sistema.

Árvore na rede elétrica


Acidentes

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NR-10 - SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS EM
ELETRICIDADE

INTRODUÇÃO À SEGURANÇA
COM ELETRICIDADE

25/04/2018 Professor: Felipe Fernandes


Apresentação

 A atualização da legislação brasileira referente à


prevenção de acidentes do trabalho é uma das
ferramentas à disposição de trabalhadores e
empregadores para garantir ambientes de trabalho
seguros e saudáveis.

 O novo texto da Norma Regulamentadora Nº 10, instituída


através da portaria nº 598 de 08 de dezembro de 2004,
atual Ministério do Trabalho e Emprego, reflete em grande
parte as propostas emanadas do Grupo Técnico Tripartite
de Energia - GTTE .
NRº 10
78
Introdução

 Eletricidade: fenômeno que escapa aos nossos sentidos,


sendo percebido apenas por suas manifestações exteriores.

 Consequência da “invisibilidade”: exposição a situações


de riscos ignoradas ou subestimadas.

 Objetivo deste material: é permitir ao trabalhador o


conhecimento básico dos riscos a que se expõe uma
pessoa que trabalha com instalações ou equipamentos
elétricos, além de incentivar o desenvolvimento de um
espírito crítico que lhe permita valorar os riscos.

79
Introdução

 A apresentação é dirigida à prevenção de acidentes: e


em nenhuma hipótese vai substituir treinamentos voltados à
execução de tarefas específicas, permitindo, ao
trabalhador ampliar sua visão, garantindo sua segurança e
saúde.

 A geração, transmissão e distribuição de energia elétrica


apresentam riscos diferenciados em relação ao
consumidor final.

 A Metodologia de Análise de Riscos é de fundamental


importância para a avaliação crítica das condições de
trabalho. 80
Introdução

 Com a evolução das tecnologias disponibilizadas à


sociedade, cabe ao trabalhador que atua no Sistema
Elétrico de Potência, observar e praticar os
procedimentos relativos à prevenção de acidentes, pois
como se diz no ambiente laboral:

 “A Segurança é DEVER de Todos”.

81
Geração, Transmissão e Distribuição

 Quando falamos em setor elétrico, referimo-nos


normalmente ao Sistema Elétrico de Potência (SEP),
definido como: “O conjunto de todas as instalações e
equipamentos destinados à geração, transmissão e
distribuição de energia elétrica até a medição inclusive”.

82
Geração, Transmissão e Distribuição

 Definição da ABNT através das NBR:


 Chamamos de “baixa tensão”, a tensão superior a 50
volts em corrente alternada ou 120 volts em corrente
contínua e igual ou inferior a 1000 volts em corrente
alternada ou 1500 volts em corrente contínua, entre fases
ou entre fase e terra.
 Chamamos de “alta tensão”, a tensão superior a 1000
volts em corrente alternada ou 1500 volts em corrente
contínua, entre fases ou entre fase e terra.

83
Geração de Energia Elétrica
 Características da geração se encerram nos sistemas de
medição da energia usualmente em tensões de 138 a 750 kV,
interface com a transmissão de energia elétrica.
 Os riscos na etapa de geração (turbinas/geradores) de
energia elétrica são similares e comuns a todos os sistemas de
produção de energia e estão presentes em diversas atividades,
destacando os seguintes:
 Instalação e manutenção de equipamentos e maquinários
(turbinas, geradores, transformadores, disjuntores,
capacitores, chaves, sistemas de medição,etc.);
 Manutenção das instalações industriais após a geração;
Operação de painéis de controle elétrico;

84
Transmissão de Energia Elétrica

 A rede de transmissão liga as grandes usinas de geração


às áreas de grande consumo.

 Em geral apenas poucos consumidores com um alto


consumo de energia elétrica são conectados às redes de
transmissão onde predomina

 A transmissão está associada ao transporte de blocos


significativos de energia a longas distâncias e médias
distâncias

 O nível de tensão depende do país, mas normalmente o


nível de tensão estabelecido está entre 220 kV e 765 kV
com estrutura de linhas aéreas.
85
Transmissão de Energia Elétrica
 Atividades Características do Setor de
Transmissão
 Inspeção de Linhas de Transmissão
 São verificados: o estado da estrutura e seus elementos, a altura
dos cabos elétricos, condições da faixa de servidão e a área ao
longo da extensão da linha de domínio. As inspeções são
realizadas periodicamente por terra ou por helicóptero.

86
Transmissão de Energia Elétrica

 Manutenção de Linhas de Transmissão;


 Substituição e manutenção de isoladores
(dispositivo constituído de uma série de
“discos”);
 Limpeza de isoladores;
 Substituição de elementos pára-raios;
 Substituição e manutenção de elementos
das torres e estruturas;
 Manutenção dos elementos sinalizadores
dos cabos;
 Desmatamento e limpeza de faixa de
servidão, etc;
 Desmatamentos e desflorestamentos.
1950
Vídeo... 87
Distribuição de Energia Elétrica
 É o segmento do setor elétrico que compreende os potenciais após a
transmissão, indo das subestações de distribuição entregando energia
elétrica aos clientes.

 A distribuição de energia elétrica aos clientes é realizada nos potenciais de até


23 kV.
 A distribuição de energia elétrica possui diversas etapas de trabalho, conforme
descrição abaixo:

 Recebimento e medição de energia


elétrica nas subestações;
 Rebaixamento ao potencial de
distribuição da energia elétrica;

 Construção de redes de distribuição.


88
Distribuição de Energia Elétrica
 As redes de distribuição alimentam consumidores industriais
de médio e pequeno porte, consumidores comerciais e de
serviços e consumidores residenciais.

 Os níveis de tensão de distribuição são assim classificados


segundo o Prodist:
 Alta tensão de distribuição (AT): tensão entre fases cujo valor
eficaz é igual ou superior a 69kV e inferior a 230kV.
 Média tensão de distribuição (MT): tensão entre fases cujo
valor eficaz é superior a 1kV e inferior a 69kV.
 Baixa tensão de distribuição (BT): tensão entre fases cujo valor
eficaz é igual ou inferior a 1kV.
89
Distribuição de Energia Elétrica
 As atividades de transmissão e distribuição de energia elétrica
podem ser realizadas em sistemas desenergizados “linha
morta” ou energizados “linha viva” a seguir destacadas.
 Manutenção com a linha desenergizada “linha morta”.
 Manutenção com a linha energizada “linha viva”.
Método à distância Método ao potencial Método ao contato

Vídeo...
90
FIP – FACULDADES INTEGRADAS DE PATOS
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NR-10 - SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS EM
ELETRICIDADE

RISCOS EM INSTALAÇÕES E
SERVIÇOS COM ELETRICIDADE

25/04/2018 Professor: Felipe Fernandes


Sumário

1. Revisão de Eletricidade Básica


2. O Sistema Elétrico de Potência
3. Introdução à Segurança com Eletricidade
4. Riscos em instalações e serviços com eletricidade
5. Medidas de Controle do Risco Elétrico
6. Normas Técnicas Brasileiras - NR-10
7. Documentação de instalações elétricas necessária
8. Técnicas de análise de risco
9. Riscos adicionais
10. EPC e EPI
92
Choque elétrico

 Definição:
 É uma perturbação de natureza e
efeitos diversos que se manifesta no
corpo humano, quando por ele circula
uma
 CORRENTE ELÉTRICA.

 Por que isso acontece?


 O corpo humano é ou se comporta
como um CONDUTOR ELÉTRICO, que
possui, inclusive, uma RESISTÊNCIA.
93
Choque elétrico

 Efeitos:
 O choque elétrico pode ocasionar
contrações violentas dos músculos, a
fibrilação ventricular do coração, lesões
térmicas e não térmicas podendo levar a
óbito, como efeito indireto temos as
quedas e batidas, etc.

94
Choque elétrico
 Quais o tipos de choque?
 O que o choque faz com o seu corpo ?

 Fatores que determinam a gravidade do choque ?

 Choque estático Choque dinâmico Descargas atmosféricas

95
Choque elétrico
 Choque dinâmicos

 Contato Unipolar Contato Bipolar Contato pelo


Dielétrico Rompido

96
Condições de tensão que favorecem os
acidentes por choque elétrico

 Tensão de toque Tensão de passo

97
Condições de tensão que favorecem os
acidentes por choque elétrico

98
Choque Elétrico

8 natureza 2
cc - ca
Duração nível de
do choque frequência

Percurso
Condições
7 da corrente orgânicas e Tipo de
3
no corpo psíquicas da contato
pessoa

Resistência Isolamento
do corpo do corpo
Intensidade
6 da corrente 4
99
5
Choque Elétrico

Combinação dos
seguintes fatores de causas laborais
 Falta de CONHECIMENTO;
 Falha de TREINAMENTO;
 Falha de SUPERVISÃO;
 PRÁTICAS inadequadas de trabalho;
 Instalação e MANUTENÇÃO precárias;
 AMBIENTE DE TRABALHO cheio de riscos.

100
Choque elétrico

 Fatores determinantes da gravidade


 Percurso da corrente elétrica;

 Intensidade da corrente;

 Características da corrente elétrica;

 Tempo de exposição a passagem da corrente;

 Resistência elétrica do corpo humano.

101
Pequeno Percurso
Neutro
Ligação de dois pontos com
diferença de potencial elétrico
Fase
por intermédio de dois dedos de
uma mesma mão. Neste tipo de
percurso, denominado pequeno
percurso, não há risco de morte;
poderá no entanto, sofrer
queimaduras ou perda dos
dedos.

Isolado

102
Pequeno Percurso

103
Grande Percurso
Fase
A corrente entra por uma das mãos e sai
pela outra, percorre o tórax, e atinge a Neutro
região dos centros nervosos que
controlam a respiração, os músculos do
tórax e o coração. É um dos percursos
mais perigosos.

Dependendo do valor da corrente


produzirá asfixia e fibrilação
ventricular, ocasionando uma parada
cardíaca.
Material Isolante

Terra
104
Grande Percurso

105
Intensidade do choque elétrico

106
QUADRO SINÓTICO DOS EFEITOS DO CHOQUE ELÉTRICO EM PESSOAS ADULTAS, JOVENS E SADIAS

Choque elétrico
Intensidade da corrente
alternada (50/60 Hz) que
Perturbações possíveis
durante o choque
Estado possível, logo
após do choque
Salvamento Resultado final mais
provável
percorre o corpo
1 Miliampère Nenhuma Normal ___ Normal
(limiar de sensação)
1 a 9 Miliampères Sensação cada vez mais Normal Desnecessário Normal
desagradável à medida
que a intensidade
aumenta. Contrações
musculares

9 a 20 Miliampères Sensação dolorosa, Morte aparente Respiração artificial e Restabelecimento


contrações violentas. massagem cardíaca
Asfixia. Perturbações (quando houver
circulatórias fibrilação)

20 a 100 Miliamperères Sensação insuportável. Morte aparente Respiração artificial e Restabelecimento ou


Contrações violentas. massagem cardíaca morte. Muitas vezes não
Anoxia. Anoxemia. (quando houver há tempo de salvar em
Asfixia. Perturbações fibrilação) decorrência da gravidade
circulatórias graves, das lesões e a morte
inclusive, às vezes, ocorre em poucos
fibrilação ventricular minutos.

Acima de 100 Miliampères Asfixia imediata. Morte aparente ou Idêntico ao anterior Idêntico ao anterior
Fibrilação ventricular. imediata.
Alterações musculares.
Queimaduras.

Vários ampères Asfixia imediata. Morte aparente ou Idêntico ao anterior Idêntico ao anterior
Queimaduras graves imediata. 107
O choque e o seu corpo
 Lesões térmicas
 Queimadura de 1º, 2º e 3° graus nos músculos e pele;
 Aquecimento e dilatação dos vasos sangüíneos;
 Aquecimento/carbonização de ossos e cartilagens;
 Queima de terminações nervosas e sensoriais;
 Lesões não térmicas
 Danos celulares;
 Espasmos musculares;
 Contração descoordenada do coração ( fibrilação );
 Parada respiratória e cardíaca;
 Ferimentos resultantes de quedas e perda do equilíbrio.

108
Choque elétrico - asfixia

 A morte por asfixia ocorrerá, se a intensidade da corrente elétrica for


de valor elevado, normalmente acima de 30 mA e circular, pelo
diafragma, por um período de tempo relativamente pequeno,
normalmente por alguns minutos.

 A asfixia advém do fato do diafragma da respiração se contrair,


cessando assim, a respiração. Se não for aplicada a respiração
artificial dentro de um intervalo de tempo inferior a três minutos,
ocorrerá sérias lesões cerebrais e possível morte.

109
Choque elétrico - coração

 A fibrilação ventricular do coração ocorrerá se houver intensidades de


corrente da ordem de 15mA que circulem por períodos de tempo
superiores a um quarto de segundo. A fibrilação ventricular é a
contração disritimada do coração que, não possibilitando desta forma
a circulação do sangue pelo corpo, resulta na falta de oxigênio nos
tecidos do corpo e no cérebro. O coração raramente se recupera por si
só da fibrilação ventricular.

110
Choque elétrico

 Características da corrente elétrica.

 A intensidade da corrente é um fator determinante na gravidade da


lesão por choque elétrico; no entanto, observa-se que, para a Corrente
Contínua (CC), as intensidades da corrente deverão ser mais elevadas
para ocasionar as sensações do choque elétrico, a fibrilação ventricular
e a morte.

111
Choque elétrico

 Características da corrente elétrica.


 As correntes alternadas de frequência entre 20 e 100 Hertz são as
que oferecem maior risco. Especificamente as de 60 Hertz, usadas nos
sistemas de fornecimento de energia elétrica, são especialmente
perigosas, uma vez que elas se situam próximas à frequência na qual
a possibilidade de ocorrência da fibrilação ventricular é maior.

112
Choque elétrico
 Tempo de exposição

113
Choque elétrico

 Resistência elétrica do corpo humano


 A resistência que o corpo humano oferece à passagem
da corrente é quase que exclusivamente devida à camada
externa da pele.
 Esta resistência está situada entre 100k e 600k ohms,
quando a pele encontra-se seca e não apresenta cortes, e
a variação apresentada é função da sua espessura.

114
Choque elétrico

 Resistência elétrica do corpo humano


 Quando a pele encontra-se úmida, condição mais
facilmente encontrada na prática, a resistência elétrica do
corpo diminui. Cortes também oferecem uma baixa
resistência elétrica.
 A resistência oferecida pela parte interna do corpo,
constituída, pelo sangue, músculos e demais tecidos,
comparativamente à da pele é bem baixa, medindo
normalmente 300 ohms em média e apresentando um valor
máximo de 500 ohms.

115
Resistência do corpo humano

Ri1  200 
INTERNA

 500 
Ri3  100 

Rit  500 

EXTERNA

pele úmida

0
Ri2  200 

pele seca

 de 100.000 a 600.000 

116
Choque elétrico
 As diferenças da resistência elétrica apresentadas
pela pele à passagem da corrente, ao estar seca ou
molhada, podem ser grande, considerando que o
contato foi feito em um ponto do circuito elétrico que
apresente uma diferença de potencial de 220 volts,
teremos:
220V
PeleSeca;    0,55 mA.
400k
220V
PeleMolhada;   14,67 mA
15k

117
Choque Elétrico

TENSÃO ELÉTRICA

A RUPTURA DIELÉTRICA DA PELE,


SEGUNDO ESPECIALISTAS, SE DÁ POR
VOLTA DE 1500 V, QUANDO ENTÃO A
RESISTÊNCIA DO CORPO SE REDUZ AO
MEIO INTERNO, NA ORDEM DE 500
OHMS.
V=RI ( < R => > I)

118
Importante

 “Deve-se considerar que


todo choque elétrico é perigoso”.

 NÃO faz barulho


 NÃO tem cheiro
 NÃO tem cor
 NÃO se vê

119
Importante – Evitar acidentes

120
ACIDENTE FATAL COM REDE ELETRICA

Acidente ocorrido com um motorista, ao realizar o descarregamento de


Areia Grossa a ser utilizada na construção da fundação de torres de
transmissão, em Furnas, distante 25 km da cidade de Frutal.

Ao realizar o levantamento da caçamba ocorreu o toque da mesma no


condutor fase C provocando a energização acidental do veículo e
consequente início de descargas das rodas dos pneus para o solo.

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ACIDENTE FATAL COM REDE ELÉTRICA

Nesse momento o motorista desceu (pulando) do veículo com uma


garrafa térmica com água para possível combate do incêndio nos
pneus.
Mesmo consciente do risco o motorista tentou tocar no caminhão
fazendo uso de um chinelo de dedos que estava usando, sofrendo
choque elétrico suficiente para que caísse para trás, ao solo.

Ao se levantar, o motorista tornou a tocar no veículo, tentando


abrir a porta da cabina, dessa vez diretamente com as mãos,
quando sofreu novo choque elétrico, caindo mais próximo ao
veículo, batendo a cabeça no escapamento, vindo a falecer no
local.

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ACIDENTES EM BAIXA TENSÃO
 As fotos em anexo são relativas a um acidente com um eletricista em uma
concessionária de energia nos Estados Unidos.
 Ele estava instalando um medidor de tensão 227/480 V e, apesar de
aparentemente não ter cometido nenhum erro, houve um curto-circuito nos
conectores.

 Isto reforça a importância do uso de todos os EPIs.

 Lembre-se: você pode fazer a diferença. Ao realizar qualquer trabalho,


avalie a necessidade de uso de cada EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO
INDIVIDUAL adequado.
NÃO NEGLIGENCIE, NÃO TENHA PRESSA.
LEMBRE-SE: SEMPRE A INTEGRIDADE ACIMA DE TUDO.

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ACIDENTES EM ALTA TENSÃO
 As fotos a seguir demonstram os estragos provocados pela falta de
atenção de uma equipe de manutenção no momento da preparação do
local de trabalho para realizar tarefa de manutenção preventiva em
linhas elétricas de MT (13.2 kV) em poste de 15 metros de altura.

 Para realização do serviço procedeu-se as seguintes tarefas:

 Abertura do seccionador de 13.2 kV (dois envolvidos) com a finalidade


de eliminar a tensão na linha. Nesse caso o seccionador não se abriu
totalmente por uma falha mecânica, o que não permitiu o corte efetivo
da corrente nas linhas. Ninguém percebeu da falha no seccionador.

 Posteriormente, realizou-se a prova de ausência de tensão com um


“detector de tensão”. O instrumento indicou erroneamente que não havia
tensão na linha. Isso ocorreu devido às baterias do instrumento estarem
descarregadas, o que provocou que o instrumento não emitisse o sinal de
alerta.
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ACIDENTES EM ALTA TENSÃO

 Sucedido o acontecimento, foi ativado o plano de contingência, e foram


realizadas as comunicações corporativas correspondentes. Foram prestados
os primeiros auxílios ao lesionado no local, chamando-se uma ambulância. A
vitima foi encaminhada a uma Clínica Privada.

 Causas Prováveis:
– Descumprimento dos procedimentos:
– Não foram verificados previamente as condições de segurança para
início dos trabalhos;
– Não foi realizada a prova do instrumento medidor de tensão;
– Não foi aterrada a zona de trabalho;
– A permissão foi firmada sem ser verificada a implementação de todas as
medidas de controle correspondentes.

• Mais acidentes em: http://acidentescomeletricidade.blogspot.com.br/

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ACIDENTES EM ALTA TENSÃO

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ACIDENTES EM ALTA TENSÃO

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QUASE ACIDENTE EM UMA USINA SUCROALCOOLEIRA

 As fotos abaixo mostram um quase acidente ocorrido em uma usina


sucroalcooleira no Estado de Sergipe durante uma reenergização da usina
após um desligamento para manutenção e expansão e modificação das
instalações existentes.

 Causas Prováveis:
– Descumprimento dos procedimentos:
– Três trabalhadores realizaram atividades neste CCM;
– Nenhum dos três possuía chave/cadeado para desligamento do disjuntor
geral;
– Não foi verificado por um supervisor as instalações antes da
reenergização;

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QUASE ACIDENTE EM UMA USINA SUCROALCOOLEIRA

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QUASE ACIDENTE EM UMA USINA SUCROALCOOLEIRA

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CONDIÇÕES DE TRABALHO EM UMA USINA
SUCROALCOOLEIRA P/ MANUT. ELÉTRICA

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CONDIÇÕES DE TRABALHO EM UMA USINA
SUCROALCOOLEIRA P/ MANUT. ELÉTRICA

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CONDIÇÕES DE TRABALHO EM UMA USINA
SUCROALCOOLEIRA P/ MANUT. ELÉTRICA

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CONDIÇÕES DE TRABALHO EM UMA USINA
SUCROALCOOLEIRA P/ MANUT. ELÉTRICA

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PERIGO!!!
Considerações gerais de segurança:

Andaime móvel em contato


com a rede elétrica.

142
PERIGO!!!
Considerações gerais de segurança:

Usar material isolante:


bastão de manobra.

143
PERIGO!!!

Considerações gerais de segurança:

144
PERIGO!!!

Considerações gerais de segurança:

145
PERIGO!!!
Considerações gerais de segurança:

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O QUE NÃO SE DEVE FAZER JAMAIS!!!

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