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INSTITUTO INDUSTRIAL E COMERCIAL DA

MATOLA

1. CONCEBER E DESENHAR DIFERENTES


DIAGRAMAS DE CIRCUITOS DE COMANDO PARA
INSTALAÇÕES RESIDENCIAIS.

O Docente: Amaral Raisse

E-Mail: raisseamaral91@gmail.com

Contacto: +258 84 48 02 718


Resultados Esperados

 Identificar e caracterizar os componentes básicos de circuitos de

comando (Inserido);

 Conhecer a simbologia normalizada dos materiais eléctricos

para instalações eléctricas;

 Distinguir os diferentes esquemas de circuitos eléctricos bem

como as suas aplicações;

 Conceber os diferentes circuitos eléctricos em residenciais.


INTRODUÇÃO

 A importância da electricidade em nossas vidas é


inquestionável. Ela ilumina nossos lares, movimenta nossos
eletrodomésticos, permite o funcionamento dos aparelhos
eletrônicos e aquece nosso banho.

 Por outro lado, a eletricidade quando mal empregue, traz


alguns perigos como os choques, às vezes fatais, e os curto-
circuitos, causadores de tantos incêndios.

 A melhor forma de convivermos em harmonia com a


eletricidade é conhecê-la, tirando-lhe o maior proveito,
desfrutando de todo o seu conforto com a máxima
segurança.
CONT.
O objetivo deste módulo é o de fornecer, em linguagem simples e
acessível, as informações mais importantes relactivas ao que é
a eletricidade, ao que é uma instalação elétrica, quais seus
principais componentes, como dimensioná-los e escolhê-los.
Com isto, esperamos contribuir para que nossas instalações
elétricas possam ter melhor qualidade e se tornem mais
seguras para todos nós.
ELECTRICIDADE
CONT.
Na realidade, a electricidade Esses efeitos são possíveis
é invisível. O que percebemos devido a:
são seus efeitos, como:
TENSÃO E CORRENTE ELÉTRICA
Nos fios, existem partículas invisíveis chamadas
Esse movimento ordenado dos
eletrões livres, que estão em constante
eletrões livres nos fios, provocado
movimento de forma desordenada. Para que
pela acção da tensão, forma uma
estes eletrões livres passem a se movimentar de
corrente de eletrões. Essa
forma ordenada, nos fios, é necessário ter uma
corrente de eletrões livres é
força que os empurre. A esta força é dado o
chamada de corrente elétrica (I).
nome de tensão elétrica (U)

Pode-se dizer então que:


Corrente Eléctrica
Tensão
É o movimento
É a força que impulsiona os
ordenado dos eletrões
eletrões livres nos fios. Sua
livres nos fios. Sua
unidade de medida é o Volt (V).
unidade de medida é o
Ampére (A).
POTÊNCIA ELÉTRICA
Agora, para entender A tensão elétrica faz
movimentar os eletrões
potência elétrica, de forma ordenada,
observe novamente dando origem à
o desenho. corrente elétrica.

Tendo a corrente elétrica, a


lâmpada acende e se aquece com
uma certa intensidade.
NB: importa referir que
Essa intensidade de luz e calor para haver potência
percebida por nós (efeitos), nada elétrica, é necessário
mais é do que a potência elétrica haver:
que foi transformada em potência
luminosa (luz) e potência térmica
(calor).
CONT.
Qual seria a unidade de medida da Potência Eléctrica?
A intensidade da tensão é medida em Volt (V).
A intensidade da corrente é medida em Ampére (A).
Então, como a potência é o produto da ação
da tensão e da corrente, a sua unidade de
Medida é o Volt-Ampére (VA).
A essa potência dá-se o nome de potência aparente.
LEI DE OHM
CIRCUITO ELÉCTRICO E SUAS APLICAÇÕES
Antes de falarmos de dos tipos de esquemas eléctricos vamos
perceber o que é um circuito eléctrico.
Um circuito elétrico pode ser definido como uma interligação de
componentes básicos formando pelo menos um caminho
fechado.
ELEMENTOS DE UM CIRCUITO ELÉTRICO
 Fonte geradora de energia elétrica - Elemento eléctrico
que gera ou produz energia elétrica, a partir de outro
tipo de energia.

 Aparelho consumidor (carga elétrica) - é o elemento do


circuito que emprega a energia elétrica para realizar
trabalho. A função do aparelho consumidor no circuito é
transformar a energia elétrica em outro tipo de energia.

 Condutor elétrico - é o elemento eléctrico que faz a


ligação entre o consumidor (carga) e a fonte geradora,
permitindo a circulação da corrente.
Componentes básicos de circuitos de comando
 Botoneira ou botão de pressão

A diferença principal entre um interruptor e uma


botoneira, está no facto de que ao pressionara o
interruptor ele vai para uma posição e permanece
nela, mesmo quando se retira a pressão do dedo;
Enquanto que a botoneira ou botão de pressão há o
retorno para a posição de repouso através de uma
mola, como pode ser observado na figura1 o
entendimento deste conceito é fundamental para
compreender o porque da existência de um selo no
circuito de comando.
Fig.1 Fig.2
A figura 1 mostra o caso de uma botoneira para comutação de 4 pólos. O contato NA
(normalmente aberto) pode ser utilizado como botão liga e o NF (normalmente fechado)
como botão desliga. Esta é uma forma elementar de intertravamento. Note que o retorno
é feito de forma automática através de mola. Existem botoneiras com apenas um contacto
(Fig. 2) Estas últimas podem ser do tipo NA ou NF. os botões de comando são
identificados segundo normas, conforme a tabela abaixo quanto às aplicações e tipos.
Fusíveis
Os fusíveis são dispositivos usados com o objetivo de limitar a
corrente de um circuito, proporcionando sua interrupção em
casos de curtos-circuitos ou sobrecargas de longa duração. O
curto-circuito é uma ligação, praticamente sem resistência, entre
condutores sob tensão ou, pode ser também, uma ligação
intencional ou acidental entre dois pontos de um sistema ou
equipamento elétrico, ou de um componente, através de uma
impedância desprezível. Nessas condições, através de uma
resistência transitória desprezível, a corrente assume um valor
muitas vezes maior do que a corrente de operação;
Assim sendo, o equipamento e parte da instalação poderão sofrer um
esforço térmico (corrente suportável de curta duração) ou
eletrodinâmico (corrente nominal de impulso) excessivos.

Sua atuação deve-se a fusão de um elemento pelo efeito Joule,


provocado pela súbita elevação de corrente em
determinado circuito. O elemento fusível tem propriedades físicas tais
que o seu ponto de fusão é inferior ao ponto de fusão do
cobre. Este último é o material mais utilizado em condutores de
aplicação geral.
Relé
Os relés de mínima tensão monitoram a tensão mínima
admissível (limiar mínimo de tensão), são regulados
aproximadamente em 80% do valor nominal da tensão. Quando a
tensão for inferior a este limiar o relé atua e interrompe o circuito
de alimentação.

O relé de máxima corrente é utilizado para monitorar a circulação


de corrente e quando ocorre o aumento de corrente acima do
valor determinado o relé atua e interrompe o circuito de
alimentação.
RELÉ TÉRMICO
CONTACTORES
São dispositivos de manobra mecânica, acionado eletromagneticamente, construídos
para uma elevada freqüência de operação, e cujo arco elétrico é extinto no ar, sem
afectar o seu funcionamento. o contator consiste basicamente de um núcleo magnético
(bipartido, uma parte móvel e a outra fixa) e uma bobina que quando alimentada por
um circuito elétrico, forma um campo magnético que, concentrando-se na parte fixa do
núcleo, atrai a parte móvel.

Quando não circula corrente pela bobina de excitação essa parte do núcleo é repelida
por ação de molas. Contatos elétricos são distribuídos solidariamente a esta parte
móvel do núcleo, constituindo um conjunto de contatos móveis. Solidário a carcaça do
contator existe um conjunto de contatos fixos. Cada jogo de contatos fixos e móveis
podem ser do tipo Normalmente aberto (NA), ou normalmente fechados (NF).
Dessa forma foram aplicadas diferentes formas de proteção, resultando em

uma classificação destes elementos.

Basicamente existem 4 categorias de emprego de contatores principais:

a) AC1: é aplicada em cargas ôhmicas ou pouco indutivas, como aquecedores

e fornos a resistência;

b) AC2: é para acionamento de motores de indução com rotor bobinado;

c) AC3: é aplicação de motores com rotor de gaiola em cargas normais como

bombas, ventiladores e compressores;

d) AC4: é para manobras pesadas, como acionar o motor de indução em plena

carga, reversão em plena marcha e operação intermitente.


SINALIZADORES

São componentes utilizados para indicar o estado em que


se encontra um painel de comando ou processo
automatizado. As informações mais comuns fornecidas
através destes dispositivos são : ligado, desligado, falha e
emergência. Podem ser do Tipo Sonoro e/ou Visual.
Para a sinalização de eventos usam-se
lâmpadas, buzinas e sirenes. As lâmpadas, são
usadas para sinalizar tanto situações normais
quanto anormais, tendo uma cor referente a
cada tipo de ocorrência.
As buzinas e sirenes são usadas
apenas para sinalizar condições de
emergência, como vazamentos de
gases, ou ainda para informações em
local onde a sinalização visual seja
insuficiente.
DISJUNTORES
Os disjuntores são dispositivos termomagnéticos
para proteção de instalações e equipamentos
elétricos contra sobrecarga e curto-circuito. Eles são
equipados com um disparador térmico (bimetal) que
atua nas situações de sobrecarga, e com
um disparador eletromagnético que atua nos casos
de curto-circuito.
AR
CONT.
Esquema eléctrico, é a representação gráfica de
uma instalação eléctrica ou parte dela, onde os
componentes da instalação e as interconexões
entre eles estão perfeitamente definidos.

 Tipos de esquemas eléctricos


Os esquemas eléctricos podem ser classificados de acordo
com o tipo de ligação:
 Esquema de circuito funcional;
 Esquema unifilar;
 Esquema arquitectural;
 Esquema multifilar.
Esquema funcional

O esquema funcional, apenas considera as funções da aparelhagem na


montagem a realizar sem ter em conta a sua posição relativa. Tem a
vantagem de mostrar quer o funcionamento quer as ligações
principais, sem cruzamento de linhas, o que por si torna mais fácil a

análise eléctrica do circuito.


A figura abaixo representa um esquema funcional de comando de
uma lâmpada com interruptor simples

N – Neutro (0 V)
F – Fase (220 V)
ESQUEMA UNIFILAR
O esquema unifilar é tão simples quanto funcional.
A representação unifilar tem uma simbologia própria e
simplificada mas não nos indica o modo de ligação nas
montagens de forma a compreendermos o seu funcionamento.

Dá-nos, contudo, indicações úteis sobre o percurso da


instalação, elementos que a constituem e a sua
localização.

A simplicidade desta representação, faz com que ela seja


utilizada no desenho das plantas de edifícios, para a
elaboração do respectivo projecto eléctrico da instalação.
CONT.

A figura abaixo representa um esquema unifilar


de comando de uma lâmpada com interruptor
simples:
Esquema arquitectural
Consideramos esquema arquitectural, quando o traçado
das canalizações e localização dos restantes
elementos da instalação (caixas de derivação,
aparelhos de comando, aparelhos de utilização, etc.)
é executado em plantas, o esquema resultante diz-se
arquitectural.
Esquema multifilar
Um esquema multifilar é aquele que Indica-nos a forma
e ligação entre os vários aparelhos e elementos do
circuito, tendo também simbologia bem definida e
geralmente diferente da representação unifilar.
A figura abaixo representa um esquema multifilar de
comando de uma lâmpada com interruptor simples
INTERRUPÇÃO SIMPLES COM LÂMPADA
FLUORESCENTE
Ao contrário das lâmpadas de incandescência, as
lâmpadas fluorescentes necessitam de um balastro e
arrancador para arrancarem.

Balastro Arracandor

Esquema funcional Esquema unifilar


ESQUEMA MULTIFILAR & ARQUICTETURAL
COMUTAÇÃO DE LUSTRE

É empregue sempre que se deseja comandar de um só lugar


dois circuitos, com uma ou mais lâmpadas.

Esquema funcional
Esquema unifilar
ESQUEMA MULTIFILAR & ARQUICTETURAL
COMUTAÇÃO DE ESCADA OU DE QUARTO
A montagem da comutação de escada ou de quarto
tem por objectivo o comando de um só circuito
eléctrico de dois pontos diferentes.
As escadas, quartos, certos corredores e salas com
duas entradas são exemplos de locais onde, por
funcionalidade e comodidade, as lâmpadas
devem ser comandadas de dois pontos diferentes.
liga-se na “entrada”, desliga-se na “saída” e vice –
versa-se, assim como pode ligar e desligar a partir
do mesmo ponto.
ESQUEMA FUNCIONAL,UNIFILAR, MULTIFILAR E
ARQUICTETURAL
COMUTAÇÃO DE ESCADA COM INVERSOR
A comutação de escada com inversor, tem por objectivo
o comando de um só circuito eléctrico de mais de dois
pontos diferentes. É utilizada em corredores
compridos, corredores em ângulo, caixas de escada,
etc.

Esquema funcional

Esquema uniflilar
COMUTAÇÃO DE ESCADA COM INVERSOR

Esquema arquictetural

Esquema multifilar
ESQUEMA FUNCIONAL E UNIFILAR DE CIRCUITO DE TOMADA E
ILUMINAÇÃO

Representação de esquema funcional e unifilar de circuito


de tomada e iluminação
ESQUEMA MULTIFILAR
TELERRUPTOR
 Tem como função comandar um circuito eléctrico de vários
sítios, através de botões de pressão.
 As instalações com comando por telerruptor substituem os
comutadores/inversores por botões de pressão, originando
uma redução do número de condutores e de custos
EXERCÍCIOS

1. A partir da energia eléctrica pode-se gerar


outro tipo de energia. Quais são?
2. Trazer simbologia de electricidade de acordo
com as normas nacionais.

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