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INSTITUTO DE FÍSICA
LABORATÓRIO DE ENSINO
Cuba de ondas
Maceió
Sumário
1 Princípios e Objetivos................................................................................................................................... 2
2 Descrição do Equipamento........................................................................................................................... 2
3 Objetivos do Experimento............................................................................................................................. 3
4 Experimento 1 – Verificação das Leis de Reflexão.......................................................................................3
4.1 Parte 1 – Reflexão de Ondas em Barreira Reta...................................................................................3
4.1.1 Introdução..................................................................................................................................... 3
4.1.2 Objetivo......................................................................................................................................... 4
4.1.3 Material......................................................................................................................................... 5
4.1.4 Procedimento................................................................................................................................ 5
4.2 Parte 2 – Reflexão de Ondas em Barreira Côncava.............................................................................6
4.2.1 Introdução..................................................................................................................................... 6
4.2.1.1 Reflexão em espelhos esféricos / Distância focal..................................................6
4.2.1.2 Reflexão das ondas de água em uma barreira curva.............................................7
4.2.2 Objetivo......................................................................................................................................... 7
4.2.3 Material......................................................................................................................................... 8
4.2.4 Procedimento................................................................................................................................ 8
5 Experimento 2 – Difração de Ondas Planas em uma Fenda Simples..........................................................9
5.1 Introdução............................................................................................................................................. 9
5.2 Objetivo............................................................................................................................................... 11
5.3 Material............................................................................................................................................... 11
5.4 Procedimento...................................................................................................................................... 11
6 Experimento 3 – Interferência..................................................................................................................... 12
6.1 Introdução........................................................................................................................................... 12
6.2 Objetivo............................................................................................................................................... 15
6.3 Material............................................................................................................................................... 15
6.4 Procedimento...................................................................................................................................... 15
7 Experimento 4 – Interferência por Fenda Dupla......................................................................................... 16
7.1 Introdução........................................................................................................................................... 16
7.2 Procedimento...................................................................................................................................... 17
8 Experimento 5 – Refração.......................................................................................................................... 18
8.1 Introdução........................................................................................................................................... 18
8.2 Objetivo............................................................................................................................................... 22
8.3 Material............................................................................................................................................... 23
8.4 Procedimento...................................................................................................................................... 23
Referência...................................................................................................................................................... 24
1
1 Princípios e Objetivos
Verificar as leis da reflexão, refração, difração e outras propriedades ondulatórias
utilizando uma cuba de ondas mostrada na figura 1.
2
Figura 2: Elementos utilizados para montagem da cuba de ondas. Fonte: Manual Pasco.
3 Objetivos do Experimento
Verificar, entre outros, os seguintes fenômenos ondulatórios e suas leis:
• Reflexão;
• Refração;
• Difração;
• Interferência;
• Variação da velocidade das ondas com a profundidade.
3
Figura 3: Ilustração da lei de reflexão para ondas planas em barreiras
retas. Fonte: Referência [2].
Pela lei da reflexão da luz temos que o ângulo de incidência, θi, é igual ao ângulo de
reflexão, θr (ver figura 4).
4.1.2 Objetivo
• Demonstrar que o ângulo em que as ondas planas (pulsos retos) incidem na
barreira é igual ao ângulo em que as ondas (pulsos) são refletidas da barreira (Lei
da Reflexão).
4
• Demonstrar que a distância objeto (p) é igual à distância imagem (q) para ondas
esféricas (pulsos circulares) incidentes em uma barreira retilínea.
4.1.3 Material
Material Quantidade
Kit cuba de ondas 1
Vibrador de uma ponta 1
Vibrador de placa retangular 1
Refletor plano 1
4.1.4 Procedimento
1. Montar a cuba de ondas como mostrado na figura 5.
5
Figura 6: Exemplo de padrão de reflexão de onda
em uma barreira reta. Fonte: Referência [2].
7. Traçar uma reta perpendicular ao ponto de incidência, como indicado pela reta 3
(ver figura 6).
8. Traçar uma reta indicando o sentido de propagação da frente de onda incidente,
como a que está indicada na figura 6 pela reta 1. Fazer o mesmo, traçando a reta
na direção e propagação da frente de onda refletida (reta 2).
9. Com um transferidor, medir os ângulos de incidência (ângulo entre o raio incidente
1 e a normal 3), θi, e de reflexão (ângulo entre o raio refletido 2 e a normal), θr, e
anotando os valores na tabela 1.
10. Posicionar a barreira em uma nova posição e realizar novas medidas.
Medida 1 Medida 2
θi
θr
Questão:
• Qual a relação entre os ângulos de incidência e de reflexão?
6
(figura 7). Geometricamente temos que a distância focal, f, é igual à metade do raio de
curvatura, R.
4.2.2 Objetivo
• Observar a convergência de ondas e os pulsos refletidos
• Demonstrar a relação entre a distância focal e o raio de curvatura
• Demonstrar a lei da reflexão
7
4.2.3 Material
Material Quantidade
Kit cuba de ondas 1
Vibrador de placa retangular 1
Refletor curvo 1
4.2.4 Procedimento
1. Montar a cuba de ondas como mostrado na figura 9.
8
9. Traçar a reta normal para cada reta do item anterior à barreira, de modo que elas
se interceptem. Esta reta indica a direção do raio de curvatura, meça seu
comprimento e anote-o na tabela 2.
10. Traçar o raio refletido do ponto de incidência ao foco. Meça seu comprimento e
anote-o na tabela 2.
11. Medir os ângulos de incidência (θi) e de reflexão (θr) e anotar os valores na tabela
2.
f (cm) r (cm) θi θr
Questões:
1) Qual a forma do pulso depois de refletido da barreira?
2) Qual a relação entre a distância focal e o raio de curvatura da barreira?
3) Pelos valores encontrados dos ângulos de incidência e reflexão, é válida a lei da
reflexão?
9
Figura 10: (a) - Difração que a luz apresenta quando atravessa um orifício muito pequeno. (b) -
Difração quando a luz atravessa orifícios d1 e d2 tal que d2 é menor que d1. Fonte: Referência [2].
A luz, ao passar por orifícios muito pequenos (por exemplo, um orifício feito com um
alfinete em um cartão), sofre difração (figura 10.a). Observa-se nesta figura que a luz se
espalha apresentando uma mancha luminosa bem maior que orifício.
Como o fenômeno da difração só é observado para orifícios muito pequenos, isso
indica que a luz é uma onda com comprimento de onda pequeno. A difração só é
observada quando a dimensão do orifício for menor ou da ordem do comprimento de onda
da luz.
Para simular a difração em uma cuba de ondas, colocamos duas barreiras retilíneas
na cuba, deixando uma pequena abertura entre elas (figura 11.a). Utilizando um gerador
de ondas retas, quando uma onda reta periódica de comprimento de onda λ atravessa a
abertura (figura11.b), observa-se que a onda torna-se curva, ou circular do outro lado da
abertura. A curvatura sofrida pelas frentes de ondas retas ao passarem por um obstáculo
ou por uma abertura é devido ao fenômeno da difração.
10
5.2 Objetivo
Observar o efeito da difração quando a largura da fenda e o comprimento de onda
são variados.
5.3 Material
Material Quantidade
Kit cuba de ondas 1
Barreiras retilíneas 2
Vibrador de placa retangular 1
5.4 Procedimento
1. Montar a cuba de ondas como mostra a figura 12.
11
7. Ajustar as barreiras de modo obter uma aberturada mesma ordem do comprimento
de onda. Haverá a produção de pulsos que serão difratados pela barreira. Medir o
comprimento da onda difratada tal como ilustrado na figura 11.b.
8. Repetir o procedimento diminuindo a distância entre as duas barreiras retilíneas.
9. Repetir o procedimento permanecendo constante a distância d, e aumentando a
frequência.
Questões
1) A curvatura da frente de onda difratada é maior quando passam por aberturas
grandes ou por aberturas pequenas?
2) A curvatura das frentes de onda difratadas mostrou-se maior para frequências
maiores ou menores? Justifique a resposta.
3) Para qual valor de λ/d o fenômeno da difração é mais acentuado?
6 Experimento 3 – Interferência
6.1 Introdução
Consideremos duas fontes pontuais separadas por uma distância d que geram
pulsos circulares com a mesma frequência. Como cada fonte produz uma crista no
mesmo instante, dizemos que as fontes estão em fase (figura 13.).
12
Figura 13: Esquema de duas fontes pontuais em fase gerando pulsos
circulares. Fonte: referência [2].
As fontes, sendo periódicas, fazem com que as cristas estejam sempre separadas
de uma mesma distância que é o comprimento de onda λ.
Quando duas ondas se superpõem pode ocorrer:
• Duas cristas (uma de cada fonte), ao se interceptarem, formam uma crista dupla,
produzindo regiões brilhantes sobre o anteparo.
• Duas depressões (uma de cada fonte) ao se interceptarem produzem regiões
escuras sobre o anteparo.
• Uma crista procedente de uma fonte encontra uma depressão procedente da outra,
produz uma região em que não há deslocamento (a água permanece imóvel) e
sobre o anteparo aparecerá uma região cinzenta.
Podemos observar ainda na cuba de ondas as linhas de água imóveis que se
estendem radialmente a partir da região das fontes, separando o trem de ondas móveis
de cristas e depressões. Estas linhas de perturbação nula são denominadas linhas
nodais.
A forma das linhas nodais está mostrada na figura 14.a. Observe que são
ligeiramente curvas próximas às fontes e em seguida se tornam retas. O número de linhas
nodais diminui à medida que cresce o comprimento de onda e é contado a partir da linha
central. Exemplo: 1º linha nodal à direita da linha central ou 1º linha à esquerda da linha
central.
13
Figura 14: Forma das linhas nodais. Fonte: referência [2]
()
dx
L
λ= (4)
n
2
14
x - distância de P à linha central
L - distância do ponto P ao ponto médio C de d
n - número da linha nodal
6.2 Objetivo
• Observar a interferência de ondas planas, variando a distância entre as fontes e a
frequência.
• Fazer a medida do comprimento de onda
6.3 Material
Material Quantidade
Kit coba de ondas 1
Vibrador com duas fontes pontuais 1
6.4 Procedimento
1. Montar a cuba de ondas como mostra a figura 15.
15
5. Ligar o gerador mecânico de ondas, ajustando a frequência e o ângulo de fase até
obter um padrão definido de pulsos de ondas circulares das duas fontes.
6. Observar a imagem projetada. Identifique os pontos de máximos e mínimos no
padrão de interferência gerado.
7. Ajustar um novo valor de frequência, observando e identificando os pontos de
máximo e mínimo.
8. Calcular através da expressão (4) o valor do comprimento de onda λ para as
frequências utilizadas.
9. Medir o comprimento de onda, com o auxilio de uma régua, assim como ilustrado
em 14.b., compare os resultados obtidos.
Figura 16: Esquema de montagem de Young para interferência. Fonte: referência [2].
Na figura 16.a tem-se que a luz emitida por uma fonte de luz atravessa um pequeno
orifício, difratando. Na frente desta onda há dois orifícios S1 e S2 fazendo com que a
onda novamente seja difratada. As ondas luminosas assim obtidas se superpõem,
originando uma figura de interferência.
No anteparo obtêm-se regiões claras e escuras. As regiões claras são aquelas em
que dois vales ou duas cristas se superpõem. Temos neste caso uma interferência
construtiva (figura 17.a).
16
Figura 17: Padrões de interferência. Fonte: referência [2].
As regiões escuras são aquelas em que um vale e uma crista se superpõem. Neste
caso temos uma interferência destrutiva (figura 17.b).
7.2 Procedimento
1. Montar a cuba de ondas como mostra a figura 18.
17
menor que a distância da primeira barreira, como mostra a figura 18. Ajustar as
distâncias para que a projeção possa ser visualizada.
8. Observar a imagem projetada. Haverá a produção de pulsos que serão difratados
pela primeira barreira que por sua vez sofrerão difração pelas duas outras fendas.
9. Identificar os pontos onde houve interferência. Ilustrar ou destacar em imagem tais
pontos.
8 Experimento 5 – Refração
8.1 Introdução
Quando um feixe de luz incide obliquamente na superfície de separação entre dois
meios transparentes, muda de direção, apresentando velocidade da luz diferente do
primeiro meio. Este desvio que a luz sofre é o fenômeno da refração (figura 19).
Quando o primeiro meio é o vácuo (v1 = c), o índice de refração que relaciona a
velocidade da luz no vácuo com a velocidade em outro meio (v), é denominado índice de
refração absoluto (n):
18
c
n= (6)
v
A velocidade da luz no vácuo é c = 300 000 km/s e em outro meio qualquer é menor
do que este valor. Consequentemente, o valor do índice de refração em qualquer meio,
exceto o vácuo, é sempre maior que a unidade (n > 1).
Abaixo, temos uma tabela com alguns valores para índices de refração e seus
respectivos meios.
19
c
v n n
n2,1= 1 = 1 = 2 (7)
v 2 c n1
n2
sen θ1 n
=n 2,1= 2 (8)
sen θ2 n1
Onde:
θ1 - ângulo de incidência (ângulo que o raio incidente faz com a normal, N.
θ2 - ângulo de refração (ângulo que o raio refratado faz com a normal, N).
n2,1 - índice de refração relativo
n2 - índice de refração do meio 2
n1 - índice de refração do meio 1
20
Refração em uma cuba de ondas
A velocidade de propagação das ondas depende do meio em que se propagam.
Considerando as ondas superficiais na água, a velocidade depende da profundidade da
água. Podemos associar duas profundidades diferentes de água como dois meios
diferentes de propagação das ondas, simulando o fenômeno da refração da luz quando
esta passa de um meio para outro. Neste caso, varia-se a profundidade da água na cuba
de ondas com uma placa espessa de acrílico ou vidro, com linha de separação paralela
às ondas, conforme está indicado na figura 21.
Figura 21: Simulação da refração na cuba de água na parte funda e na parte rasa, gerando
ondas com a mesma frequência e diferentes comprimentos de ondas. Fonte: referência [2].
21
Figura 22: Simulação da refração na cuba de água na parte funda e na parte rasa, gerando ondas
com a mesma frequência e diferentes comprimentos de ondas. Fonte: referência [2].
Vamos estudar o que acontece na região da barreira AB (figura 22.b). Da figura 22.b
temos que:
sen θ1 / senθ2 = λ1 / AB = AB /λ2 = λ1 / λ2 = constante (9)
Comparando (8) e (9), obtemos:
sen θ1 / senθ2 = λ1 / λ2 = n21 (10)
Como v = λf e a frequência é a mesma para os dois meios, temos:
λ1 = v1/f (11)
e
λ2 = v2/f (11)
Substituindo em 10:
sen θ1 / senθ2 = n21 = λ1 / λ2 = v1 / v2 (13)
Esta expressão é a Lei de Snell-Descartes que relaciona os senos dos ângulos de
incidência e refração com o índice de refração e as velocidades das ondas nos dois
meios. Observe que quanto maior o comprimento de onda, menor a velocidade para uma
mesma frequência e vice-versa.
8.2 Objetivo
• Observar a refração de ondas e os pulsos refratados.
• Medir as velocidades na parte funda e na parte rasa.
22
• Demonstrar a lei de Snell-Descartes.
8.3 Material
Material Quantidade
Kit cuba de onda 1
Retroprojetor 1
Vibrador de placa retangular 1
Refrator de placa retangular e triangular 1
8.4 Procedimento
1. Montar a cuba de ondas como mostra a figura 23.
23
para uma posterior análise).
8. Repetir o procedimento para outra frequência.
Referência
[1] Manual de roteiros experimentais da Pasco.
[2] Roteiro experimental obtido em: <http://educar.sc.usp.br/otica/cuba.html>
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