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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MATO GROSSO DO SUL

Licenciatura Em Física
Disciplina De Física Experimental IV
Professor: Fabrício de Souza Luiz
Fernando Iglesias Antunes; RGM: 46132
Ingrid Andreza Da Silva Pinheiro; RGM: 43788

EXPERIMENTO III: CUBA DE ONDAS, INTERFERÊNCIA.

DOURADOS - MS,
JUNHO DE 2022
FERNANDO IGLESIAS ANTUNES; RGM: 46132
INGRID ANDREZA DA SILVA PINHEIRO; RGM: 43788

EXPERIMENTO III: CUBA DE ONDAS, INTERFERÊNCIA.

Relatório do Experimento II
solicitado pelo Professor Dr.
Fabricio de Souza como
nota parcial para aprovação
na disciplina de Física
Experimental IV.

DOURADOS - MS,
JUNHO DE 2022
SUMÁRIO

1. OBJETIVOS…………………………………………………………………..…4
2. RESUMO…………………………………………………………………………4
3. INTRODUÇÃO TEÓRICA……………………………………………………..4
4. MATERIAIS UTILIZADOS…………………………………………………….7
5. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL………………………………………...7
6. RESULTADOS E DISCUSSÕES………………………………………………..10
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS……………………………………………………12
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS……………………………………….…12
9. ANEXOS…………………………………………………………………………..13
1. OBJETIVOS

● Estudo dos conceitos de Interferências nas ondas em meios líquidos;


● Interferência destrutiva e construtiva, fontes de ondas pontuais e como ocorre a
propagação desta onda nos anteparos que estão na cuba;
● Calcular a partir dos desenhos feitos o comprimento de onda, a distância entre as
interferências construtivas e destrutivas e a distância das fontes (aberturas) da tela e a
obtenção do ângulo do raio.

2. RESUMO

Usando a cuba de ondas, colocamos uma ponteira e uma hastes ao vibrador,


produzimos ondas na cuba com água que com a ajuda de uma folha sulfite tamanho A3 que
estava embaixo da cuba a uma distância suficiente para a visualização e uma ponta de luz que
estava sob a cuba, foi possível observar diferentes tipos de ondas e conceitos como a
interferência construtiva e destrutiva no meio líquido, já que usamos dois tipos de anteparos
com espaçamentos ≤ 0. A partir dos desenhos que fizemos (encontram-se no anexos), foi
possível o cálculo do comprimento de onda, a distância entre as interferências construtivas e
destrutivas, a distância das fontes (aberturas) da tela e a obtenção do ângulo do raio.

3. INTRODUÇÃO TEÓRICA

Existem no universo, um dos mais importantes movimentos na Física que é o


movimento periódico. Muitos sistemas apresentam esse tipo de movimento, um objeto que
apresenta esse tipo de movimento sem que haja mudança em sua trajetória, este por sua vez
descreve um movimento oscilatório. Este movimento oscilatório está presente em ondas que
se deslocam sem o transporte de matéria. Devido às propriedades do meio transportam
somente energia sendo realizado sem o transporte de matéria. Para toda e qualquer onda
existem características peculiares que as descrevem com maior clareza que são quanto a sua
dimensão: ondas unidimensionais são aquelas que se propagam em uma única direção como
por exemplo ondas em uma corda, as bidimensionais que se propagam em um plano e ondas
tridimensionais que se propagam em todas as dimensões do espaço. As ondas na cuba são do
tipo bidimensionais em que conseguimos observar o comportamento das ondas superficiais
na água (ondas em duas dimensões). De acordo com a frente de onda, as ondas na superfície
da água, podem ser: Circulares ou Esféricas: se propagam na direção radial. Formadas por
frentes de onda que são círculos concêntricos que prosseguem radialmente se separando do
gerador de dentro para fora. Ondas Planas e Retas: se propagam na direção paralela ao
gerador de ondas. As frentes de onda planos constituem linhas paralelas que avançam
afastando-se do gerador ou fonte emissor [1].

A reflexão ocorre quando uma frente de ondas encontra um anteparo refletor que
impede a continuação da sua propagação em determinado sentido.

Figura 01: Esquema de reflexão da luz, tirado de [4].

A refração (Figura 02), ocorre quando uma onda muda de meio de propagação,
consequentemente, alterando sua velocidade de propagação. Nesse caso, a velocidade de
propagação de ondas na água depende da profundidade. Sendo assim, alterando a
profundidade da cuba de água, é possível observar esse fenômeno [4].

Figura 02 (a): Esquema de refração da luz, tirado de [4].

Figura 02 (b): Esquema de refração da luz, tirado de [4].


Quando duas ondas se encontram numa mesma região do espaço ocorre o fenômeno de
interferência. A interferência será construtiva ou destrutiva dependendo das diferenças das
distâncias percorridas pelas ondas em termos de números inteiros ou semi-inteiros de
comprimentos de onda como mostra a figura 03.

Figura 03: Esquema de interferência de ondas, tirado de [3].

O fenômeno de difração ocorre quando uma frente de onda se depara com objetos ou
orifícios de dimensões da ordem de grandeza do comprimento de onda, causando uma
mudança/deformação no padrão de propagação da onda [3].

Figura 04 (a): Esquema de difração de ondas, tirado de[3].

Figura 04 (b): Esquema de difração de ondas, tirado de[3].


4. MATERIAIS UTILIZADOS
● Nível;
● Cuba De Vidro;
● Vibrador Mecânico;
● Haste e Ponteira de Encaixe ao Vibrador;
● Água;
● Papel Sulfite A3;
● Régua;
● Fonte de Luz;
● Anteparos de Metal.

5. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
Os fenômenos ondulatórios têm um papel destacado na natureza, podem-se observar
com facilidade ondas em superfícies da água em copos, piscinas ou no mar. O experimento
com a cuba de ondas trata-se de uma aparelhagem inicialmente complexa, em sua
composição vale a pena destacar a cuba e o gerador de abalos. Na cuba é acrescentado 350ml
de água e sobre ela posicionamos um nível para que ela estivesse o mais nivelada possível
(Figura 05). Encaixamos os anteparos circulares, com o lugar do gerador é possível visualizar
as ondas sobre a água e seus efeitos ao passar pelo anteparo, de forma que é projetada sobre a
parte inferior do aparelho com a ajuda de uma fonte de luz (Figura 06).

Figura 05: Foto tirada pelos acadêmicos deste relatório.

Na primeira parte, colocamos como duas fontes pontuais as ponteiras da figura 07, e
assim geramos ondas circulares de mesmo comprimento de onda λ e de frequência igual ao
do vibrador, ligamos o vibrador e com a ajuda da régua e do paquímetro (figura 08), medimos
as distâncias do anteparo até as fontes, e quando estava tudo constante começamos a desenhar
sobre o papel as ondas, as fontes de geração de onda, a distância entre as interferências
construtivas e destrutivas e fizemos as medidas das distâncias no laboratório.

Figura 06: Foto tirada pelos acadêmicos deste relatório.

Figura 07: Foto tirada pelos acadêmicos deste relatório.


Figura 08: Foto tirada pelos acadêmicos deste relatório.

Utilizando a mesma cuba e o mesmo sistema, apenas trocamos a ponteira por um


anteparo de plástico reto figura 09, e posicionamos a uma distância de 50mm da fonte de
ondas três anteparos de metal, de tal modo que tivemos a partir de medidas, duas aberturas de
10 mm cada. Novamente, desenhamos no papel e medimos no laboratório as medidas de
comprimento de onda, a distância entre as interferências construtivas e destrutivas e a
distância das fontes como mostrado na figura 10.

Figura 09: Foto tirada pelos acadêmicos deste relatório.


Figura 10: Foto tirada pelos acadêmicos deste relatório.

6. RESULTADOS E DISCUSSÕES

Após a realização do experimento, obtivemos os seguintes resultados.

Tabela 1: Dados extraídos da parte 1 do experimento com suas respectivas incertezas.

λ (m) distância entre as distância entre as distância das fontes


interferências interferências à tela (m)
construtivas (m) destrutivas (m)

0,0500 +/- 0,0005 0,0600 +/- 0,0005 0,0330 +/- 0,0005 0,2600 +/- 0,0005

Tabela 2: Dados extraídos da parte 2 do experimento com suas respectivas incertezas.

λ (m) distância entre as distância entre as distância das fontes


interferências interferências à tela (m)
construtivas (m) destrutivas (m)

0,0250 +/- 0,0005 0,0580 +/- 0,0005 0,0310 +/- 0,0005 0,2510 +/- 0,0005

Verificou-se que entre dois máximos de interferência existe sempre um mínimo


situado exatamente no meio do caminho. As curvas obtidas unindo-se os pontos de
interferência construtiva são chamadas de curvas ventrais e, as obtidas unindo-se os pontos de
interferência destrutiva, de curvas nodais.
É possível estabelecer uma condição para determinar onde se encontram os pontos de
interferência construtiva e de interferência destrutiva. Notou-se que na interferência
construtiva, a diferença de caminho entre as ondas produzidas pelas fontes deverá ser sempre
um múltiplo inteiro do comprimento de onda, enquanto para interferência destrutiva, a
diferença de caminho é um semi-inteiro do comprimento de onda.

Recorremos às equações estabelecidas em [2], obtivemos então os resultados abaixo.

Tabela 3: Ângulos dos raios obtidos através dos cálculos na parte 1 e 2.

Ө Ө

m = +/- 1 28,6° 28,6°

m = +/- 2 57,1° 13,0°

Logo, é possível observar que os ângulos dos raios são maiores na parte 1 devido a
difração das ondas que geram interferências construtivas e destrutivas. Na parte 2, é menor
por conta da fenda dupla.

Figura 11: Representação das interferências construtivas e destrutivas na parte 2 do


experimento.
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A refração ocorre quando uma onda muda de meio de propagação, consequentemente,


alterando sua velocidade de propagação. Cada ponto sobre o orifício/anteparo atua como
fonte para uma nova frente de onda.

Para que a interferência seja construtiva, duas cristas ou dois vales devem se sobrepor,
portanto Δ deve ser múltiplo inteiro do comprimento de onda. Para que a interferência seja
construtiva, uma crista deve se sobrepor com um vale e, portanto ∆ deve ser um múltiplo
semi-inteiro com comprimento de onda. Ou seja, ∆=mλ, para interferência construtiva e (∆=m
+ ½)λ, para interferência destrutiva, onde m é um número positivo.

Tivemos dificuldades na realização do experimento no que diz respeito aos aparelhos


devido a suas condições e calibração. Também teve incertezas associadas ao desenhar as
ondas para a extração de dados por conta da dificuldade na visualização.

8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

[1] HALLIDAY, Resnick & Walker, Fundamentos de Física, Vol. 4. 8ª Ed. LTC.
[2] LUIZ, Fabrício de Souza. Roteiro de Experiência: Cuba de ondas, Interferência. Física
Experimental IV. UEMS, junho de 2022.
[3]OLIVEIRA, Gabriela de. Fenômenos ondulatórios. Mundo Educação. Disponível em:
<https://mundoeducacao.uol.com.br/fisica/fenomenos-ondulatorios.htm> Acesso em 16 de
junho de 2022 às 17:30h.
[4] TEIXEIRA, Mariane Mendes. Reflexão e Refração da Luz. Prepara Enem. Disponível
em: <https://www.preparaenem.com/fisica/reflexao-e-refracao-da-luz.htm> Acesso em 16 de
junho de 2022 às 17h.

9. ANEXOS
Anexo I - Desenho a fontes o formato das linhas nodais da onda resultante obtida e as
frentes de onda na primeira parte do roteiro com ponteiras circulares.
Anexo II- Desenho a fontes o formato das linhas nodais da onda resultante obtida e as
frentes de onda na segunda parte do roteiro com uma haste acoplada ao gerador de
vibração.
Anexo III (A)- Cálculo dos ângulos dos raios na parte 1 e 2 do experimento.

Anexo III (B)- Cálculo dos ângulos dos raios na parte 1 e 2 do experimento.
Anexo III (C)- Cálculo dos ângulos dos raios na parte 1 e 2 do experimento.

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