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UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS – UFAM

INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS


DEPARTAMENTO DE FÍSICA

LABORATÓRIO DE FÍSICA GERAL IV


Interferência e Refração de ondas bidimensionais num meio líquido
Experimento VI

MANAUS – AM
2022
UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS – UFAM
INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS
DEPARTAMENTO DE FÍSICA

Grupo:
1. Enderson Nicolas Silva da Silva – 21954743
2. Giovanna Lucena de Abreu – 21953900
3. Katrine Silva da Silva – 21950581
4. Paulo José Bentes Andrade – 21954740
5. Ricardo Martins da Costa – 22052357

Trabalho apresentado ao curso de


Física da Universidade Federal do
Amazonas para obtenção de nota
parcial da Disciplina de Laboratório
de Física Geral IV.

MANAUS- AM
2022
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SÚMARIO
1. TÍTULO.......................................................................................... 4
1.1. INTRODUÇÃO E OBJETIVOS ................................................... 4
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ..................................................... 4
3. PARTE EXPERIMENTAL .............................................................. 4
3.1 Material necessário ....................................................................... 4
3.2 Montagem experimental ................................................................ 4
4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL .................................................. 5
5. RESULTADOS E DISCUSSÕES ........................................................ 8
6.CONCLUSÃO .................................................................................... 13
7. BIBLIOGRAFIA ...................................................................................13

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1. TÍTULO

Interferência e refração de ondas bidimensionais num meio líquido

1.1. INTRODUÇÃO E OBJETIVOS

Verificar experimentalmente os fenômenos de difração e interferência


em ondas num meio líquido, também; concluir que uma onda, após um
obstáculo parcial, se curva e tenta contorná-lo, isto é, se difrata; verificar que o
comportamento das figuras de difração, variando ora as dimensões da fenda,
ora o comprimento de onda incidente; Identificar as linhas nodais da onda
resultante da interferência; constatar a variação na posição das linhas nodais e
ventrais para diferentes comprimentos de onda e para diferentes distâncias
entre as fontes geradoras das perturbações.

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

As ondas podem sofrer o efeito de diversos fenômenos, dentre eles


estão a difração e a interferência. A difração corresponde à possibilidade de
uma onda contornar o obstáculo que se interpôs à sua frente, e ocorre para
qualquer tipo de onda mecânica ou eletromagnética. Denominamos
interferência ao efeito da superposição de duas ou mais ondas. A interferência
é dita construtiva quando a superposição ocorre com dois pulsos de mesma
frequência e em concordância de fase. Já, ela é dita destrutiva quando a
superposição ocorre com dois pulsos de mesma frequência e oposição de fase.

3. PARTE EXPERIMENTAL

3.1. Material necessário

• Uma cuba de ondas básica


• Suporte com ponteira reta
• Dois anteparos retos (para difração)
• Uma ponteira simples
• Uma ponteira reta
• Um anteparo reto e dois anteparos curvos;
• Um anteparo de vidro (para interferência);
• Paquímetro.

3.2. Montagem experimental

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4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
4.1. Experimento 1

1. Com a ponteira reta (c) e um anteparo (d) colocamos conforme a figura


abaixo, ligamos o vibrador em baixa frequência.

Figura 1: montagem do experimento.

2. Observamos o fenômeno para diversos comprimentos de onda (variando a


frequência do vibrador). Tiramos fotos antes e depois do anteparo d.

3. Colocamos dois anteparos (d), um ao lado do outro, deixando uma fenda B


com 10 mm de abertura, conforme a figura abaixo.

Figura 2: montagem do experimento.

4. Ligamos o vibrador em baixa frequência e, observando a difração,


variamos o comprimento de onda da onda incidente.

5. Relatamos o que foi observado na difração ocorrida em uma fenda de


dimensões fixas ao elevar a frequência f da onda incidente.

6. Colocamos a frequência fixa, aumentamos a fenda de 5 em 5 milímetros e


observamos a difração ocorrida para cada caso. Registramos em uma folha
relatamos as diferentes situações.

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4.2. EXPERIMENTO 2

1. Acoplamos a ponteira reta (c) ao vibrador e ajustamos para tocar


levemente na superfície líquida.

2. Molhamos com o dedo as superfícies laterais da ponteira e coloque os


anteparos (d), conforme a Figura 2, alinhando-os.

Figura 3: montagem do experimento.

3. Ligamos o vibrador e variamos a frequência até obter uma boa difração em


cada fenda. Tiramos foto.

4. Consideramos cada fenda como uma fonte pontual e comparando-as entre


si, denominamos as fontes que assim se comportam.

5. Relatamos o que ocorre quando as ondas, geradas pelas duas fontes


coerentes, se encontram?

6. Identificamos o aspecto das linhas nodais da onda resultante (partes com


amplitude mínima).

7. Quando se diz que a interferência entre duas ondas é construtiva ou


destrutiva? OBSERVAÇÃO: Procure manter as distâncias das fendas iguais
para que, visualmente, a forma das ondas difratadas também o sejam (não
que isto elimine a possibilidade de interferência entre elas, mas, sim, para
melhorar o efeito visual).

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8. Remova a ponteira e os anteparos retos e fixe a haste com ponteiras dupla
(b) no vibrador (figura abaixo).

Figura 4: montagem do experimento

9. Ligamos o vibrador e ajustamos sua frequência de modo a obter um bom


efeito visual. Tiramos foto do formato da onda resultante obtida. (Estas
ponteiras, funcionando como fontes pontuais X1 e X2, num meio líquido de
profundidade constante, geram ondas circulares de frequências iguais à do
vibrador e de mesmo comprimento de onda λ)

Figura 5: ilustração da interferência de onda.

Interferência das ondas emitidas por duas fontes síncronas separadas


por uma distância d, tal como se veria em uma cuba de ondas quando nos
situamos próximos das fontes

10. Verificamos que as linhas nodais obtidas pelos dois trens de onda, de
mesmo λ, formam hipérboles de interferências tendo os pontos X1 e X2
como focos. A equação que rege o movimento de cada fonte (X1 ou X2) é:
𝑌 = 𝐴 𝑠𝑒𝑛 𝑤𝑡

onde: A é a amplitude da onda, Y a elongação num dado tempo t e ω é a


frequência angular do movimento (ω = 2π /T).

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Sendo 𝑥0 um ponto qualquer sobre a onda resultante, afastado com
distâncias 𝑑1 e 𝑑2 de cada foco, 𝑥0 adquirirá os seguintes movimentos de
subida e descida:

a) devido à onda gerada pela fonte 𝑥1 :

𝑌1 = 𝐴1 𝑠𝑒𝑛(𝑘𝑑1 − 𝑤𝑡)

b) devido a onda gerada pela fonte 𝑥2 :

𝑌2 = 𝐴2 𝑠𝑒𝑛(𝑘𝑑2 − 𝑤𝑡)

Considere: k=2π/ λ. Como 𝑥0 fica sujeito aos dois movimentos


simultaneamente, sua elongação resultante será:

𝑌𝑟 = 𝑌1 + 𝑌2 .

5. RESULTADOS E DISCUSSÕES

• EXPERIMENTO 1: DIFRAÇÃO DAS ONDAS.


A princípio, registramos o ocorrido na cuba sem o anteparo, apenas com
a ponteira reta (c), como mostra a figura 6.

Figura 6: cuba sem o anteparo (d) e Figura 7: Cuba sem o anteparo (d)
em uma frequência baixa com um aumento da frequência
.
Em seguida, adicionamos o anteparo (d), variando a frequência do motor
vibrador. Como mostra a figura 8.

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Figura 8: Cuba com o anteparo (d) após o aumento da frequência.

Observa-se que as ondas refletem ao encontrar um obstáculo, e ao


incidirem, podem causar interferências construtivas ou destrutivas.
Observamos também que o obstáculo (anteparo) se comporta como um
espelho plano.
Colocamos dois anteparos (d) deixando uma fenda de aproximadamente
10 mm de abertura e 50 mm de distância em relação a ponteira reta (c),

Figura 9: cuba com dois anteparos

Colocamos a frequência fixa, aumentamos a fenda de 5 em 5 milímetros


e observamos a difração ocorrida para cada caso.

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Figura 10: Aumento da fenda.
As ondas, ao atingirem a fenda dos obstáculos, propagam-se na água
contornando o obstáculo e chegando ao lado oposto com formato circular.
As ondas são fortemente difratadas quando o comprimento de onda é da
ordem da abertura. Verificamos que se o comprimento de onda for muito menor
que a largura entre as duas fendas, a onda praticamente não se difrata.
Quando se diminui a frequência, o comprimento de onda aumenta e há
difração, pois esta é constante. Quando se aumenta a frequência, o
comprimento de onda diminui e não há difração, há comportamento de onda
plana. A onda se espalha mais em frequências maiores.

• EXPERIMENTO 2: INTERFERÊNCIA DAS ONDAS


Logo após a montagem descrita na Figura 3, iniciamos a análise a partir
do fenômeno ocorrido, como mostra a Figura 10,

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Figura 11: Cuba com dois anteparos.

Quando duas ondas se superpõem na mesma região do espaço ocorre a


interferência que resulta em outra onda com intensidade diferente, essas
variações na intensidade da onda resultante são chamadas de franjas de
interferência.
Há dois tipos de interferência, na interferência construtiva ocorre um
reforço da onda e a amplitude da onda resultante é maior do que a amplitude
de cada uma das ondas que se superpõem. No caso da interferência
destrutiva, ocorre um cancelamento da onda, sendo este um cancelamento
total ou parcial, e a amplitude da onda é menor do que pelo menos uma das
amplitudes das ondas que se superpõem. Quando ocorre a interferência total
destrutiva, o meio não apresenta efeito das perturbações, permanecendo o
ponto em equilíbrio, enquanto perdurar a superposição.

Removemos a ponteira dos anteparos retos e fixamos a haste com


ponteiras duplas (b), conforme a Figura 4.

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Figura 12: Forma de onda produzida pela haste de ponteira dupla.

Verificamos que as linhas nodais obtidas pelos dois trens de onda, de


mesmo λ, formam hipérboles de interferências tendo os pontos X1 e X2 como
focos. A equação que rege o movimento de cada fonte (X1 ou X2) é:
𝑌 = 𝐴 𝑠𝑒𝑛 𝑤𝑡

onde: A é a amplitude da onda, Y a elongação num dado tempo t e ω é a


frequência angular do movimento (ω = 2π /T).

Sendo 𝑥0 um ponto qualquer sobre a onda resultante, afastado com


distâncias 𝑑1 e 𝑑2 de cada foco, 𝑥0 adquirirá os seguintes movimentos de
subida e descida:

devido à onda gerada pela fonte 𝑥1 :

𝑌1 = 𝐴1 𝑠𝑒𝑛(𝑘𝑑1 − 𝑤𝑡)

devido a onda gerada pela fonte 𝑥2 :

𝑌2 = 𝐴2 𝑠𝑒𝑛(𝑘𝑑2 − 𝑤𝑡)

Considere: k=2π/ λ. Como 𝑥0 fica sujeito aos dois movimentos


simultaneamente, sua elongação resultante será:

𝑌𝑟 = 𝑌1 + 𝑌2 .

Substituindo as equações e fazendo os cálculos, obtém-se que:

𝜃1 (𝑡) = 𝜔𝑡 − 𝑘𝑥1 + 𝜃1
𝜃2 (𝑡) = 𝜔𝑡 − 𝑘𝑥2 + 𝜃2

Assim,

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𝑦1 (𝑡) = 𝐴1 𝑠𝑒𝑛(𝜔𝑡 − 𝑘𝑥1 + 𝜃1 )
𝑦2 (𝑡) = 𝐴2 𝑠𝑒𝑛(𝜔𝑡 − 𝑘𝑥2 + 𝜃2 )
Sendo
𝛿 → 𝑑𝑖𝑓𝑒𝑟𝑒𝑛ç𝑎 𝑑𝑒 𝑓𝑎𝑠𝑒
Temos que,
𝛿 = −𝑘𝑥2 + 𝑘𝑥1 + 𝜃2 − 𝜃1
Então,
𝐴²𝑅 = 𝐴12 + 𝐴22 + 2𝐴1 𝐴2 cos (𝛿)

𝐴𝑅 = {𝐴12 − 𝐴22 − 2𝐴1 𝐴2 𝑐𝑜𝑠𝑘[(𝑑2 − 𝑑1 )]}1/2

A velocidade, comprimento e a frequência da onda não irão sofrer


alteração, pois continuará no mesmo meio, em que estamos trabalhando,
sofrerá apenas mudança na amplitude.
O que resulta numa amplitude máxima para os pontos 𝑥0 (denominados
ventres da onda resultante), caracterizando uma interferência construtiva.

6. CONCLUSÃO

A partir de tal experimento, concluímos que a propagação das ondas é


dependente do tipo da frente de onda do vibrador que as causam, ou seja,
quando a carga é pontual, a ondas se propagam em forma circular, entretanto
se o vibrador for formado de paletas planas, sua propagação é dada de forma
paralela.
A onda se espalha mais em frequências maiores. A mudança de
comportamento está intimamente ligada ao fato de o comprimento de onda ser
da mesma ordem de grandeza ou não da largura da fenda.
Além disso, verificou-se o comportamento das ondas quando
submetidas às interferências das mesmas e assim, conhecidas as regiões
construtivas e destrutivas que são de extrema importância para o entendimento
do comportamento ondulatório.

7. BIBLIOGRAFIA
FILHO, Henrique Duarte da Fonseca. Roteiro: Difração e Interferência de
ondas bidimensionais num meio líquido. Universidade Federal do Amazonas –
UFAM. Acesso em 10 de setembro de 2022.

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