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Universidade Federal do Amazonas - UFAM

Instituto de Ciências Exatas – ICE


Departamento de Química
Licenciatura em Química

LABORATÓRIO DE FÍSICA GERAL II


Relatório: Oscilações Forçadas

Professor: Haroldo de Almeida Guerreiro

José Claudionor Barbosa de Souza Filho

Manaus-AM
2023
José Claudionor Barbosa de Souza Filho

Relatório: Oscilações forçadas

Relatório apresentado como requisito de


avaliação da disciplina Laboratório de Física
II – IEF 037 ministrada pelo Professor
Aroldo de Almeida Guerreiro.

Manaus-AM
2015
1. OSCILAÇÕES FORÇADAS

Introdução

No presente relatório, será abordado o conceito de oscilações forçadas, que a


priori, entende-se que esse tipo de oscilação ocorre quando introduzido uma
força externa oscilante, com frequência qualquer; isso tudo atrelado ao
experimento que foi realizado no laboratório, juntamente com os dados obtidos
e discussões acerca de seus resultados.

Objetivo

Estudar as características das ondas estacionárias por meio de ressonância


em cordas vibrantes.

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Todo sistema físico que exibe movimento harmônico simples (MHS) é


caracterizado por uma (ou mais) frequência natural ν0. Se um desses sistemas
encontra-se sob a ação de uma força externa que varia harmonicamente com
uma frequência ν, constata-se que a frequência da força externa se aproxima
da frequência natural do sistema, a amplitude de vibração aproxima-se do
infinito. Esse fenômeno é conhecido como ressonância.
Se uma corda, fixada nas suas extremidades e tracionada por uma força F, for
excitada por um vibrador de frequência qualquer, toda extensão da corda
entrará em vibração. São as chamadas oscilações forçadas. Quando a
frequência do excitador for igual a uma das frequências naturais da corda,
formam-se ondas estacionárias e diz-se que o excitador e a corda estão em
ressonância.
Os corpos (corda, coluna de ar, etc.), de um modo geral, possuem uma ou
mais frequências naturais, nas quais se observa que eles vibram com maior
facilidade, ou seja, com melhor aproveitamento da energia recebida.

A velocidade com a qual os pulsos transversais viajam ao longo da corda de


densidade linear u=m/l, sendo m sua massa e l seu comprimento metros, e
tracionada por uma força de intensidade F é dada por:
𝐹
𝑉1 = √ µ (1)

Quando uma onda senoidal refletida de uma extremidade fixa ou livre de uma
corda esticado, as ondas incidentes e refletidas se combinam para formam
uma onda senoidal estacionária contendo nós e antinós. Dois nós adjacentes
são separados por uma distância lambda/2, o mesmo que dois antinós
adjacentes.
Se ambas as extremidades de uma corda com comprimento L são fixo, só pode
haver ondas estacionárias se L for um múltiplo inteiro de lambda/22. Cada
frequência e seu padrão de vibração associada é chamada de modo normal. A
menor frequência v1 é a frequência fundamental.
𝑉
𝜈 𝑛 = 𝑛 2𝐿 = 𝑛𝑓1 (𝑛 = 1, 2, 3, … ) (2)

Onde n é no modo de vibração.

3. PARTE EXPERIMENTAL
Material necessário:

1 motor vibrador 2 grampos duplos


1 porta peso de 10g 1 barbante
4 massas de 10 gramas 1 haste de 1m
4 massas de 50g 1 tripés
1 polia 4 grampos
1 régua milimetrada com dois
cursores

A montagem do experimento é como mostra a Figura 1.

Procedimento experimental:

 A polia foi posicionada na haste a aproximadamente 60cm acima da mesa.


 Determinamos o comprimento e a massa do barbante utilizado, que é 1,35m
e 1,32g; respectivamente.
 Foram colocados 40g colocados no porta-peso, resultando em 50g como
primeira massa a trabalhada.
 Em seguida, ligamos o motor vibrador, aumentando sua intensidade aos
poucos, a fim de obtermos ondas estacionárias, quando alcançamos o
objetivo, ligamos o estroboscópio para medir a frequência v.
 Com o auxílio da régua, medimos a distância entre os nós da onda obtida.

Figura 1: Montagem do experimento sobre oscilações forçadas.

 Esse mesmo processo deveria ser repetido mais cinco vezes, sendo
adicionada, uma massa de 10g a cada vez.
5. RESULTADOS E DISCUSSÕES

Segue os dados obtidos em laboratório na Tabela 1:

m(+0,01)g F(+0,01)N (λ+0,1)mm V(+ 1) m/s 𝜈e(+0,01)Hz 𝜈3 (+0,01)Hz


50 0,491 958 22,41 12,5 24,09
60 0,588 - - - -
70 - - - - -
80 - - - - -
90 - - - - -
100 - - - - -
Tabela 1: valores de força, lambda, velocidade

Calculamos a densidade linear do barbante, considerando a massa e o


comprimento medidos:

µ = 1,32x10-3 kg/1,35m

µ = 0,0009756 kg/m ou 9,76×10-4 kg/m

A intensidades das forças de tração, F, exercidas sobre o barbante foram


calculadas pela equação F=m.g. Onde, a aceleração da gravidade g = 9,8
m/s2, e a massa está em quilogramas.

F1 = 0,050 Kg x 9,8 m/s = 0,491 N

Com as forças encontradas, usamos a equação 1, para determinar as


velocidades de propagação de onda no barbante.

𝐹 0,491
𝑉1 = √ =√ = 22,41 𝑚/𝑠
µ 9,76 × 10−4

Para determinar a frequência (v) da onda para cada valor da velocidade V,


considerando que a medida foi tomada no terceiro modo de vibração (Foto 1),
ajustando a equação (2) temos:

3𝑉 2 ∙ 22,41
𝜈1 = = = 24,09 𝐻𝑧
2𝐿 3 ∙ 1,35

Considerando o valor obtido com o uso do estroboscópio, observamos


discrepância significativa entre este o valor calculado. Isso pode ter ocorrido
por vários motivos o principal deles foi a instabilidade do oscilador que exigia
que alguém o ficasse segurando a todo momento, mas em todo caso com
bastante dificuldade (Foto 1). Outra suposição é o eixo raiado do oscilador
(Foto 2) que estava danificado e emendado de forma grosseira, que sem uma
fenda ‘lisa’, transmite uma superposição de ondas que não permitiu observar o
comprimento de onda correto. A condição resultou no desgaste constante do
barbante, tendo rebentado o barbante seguidas vezes, o que não permitiu a
realização das medidas seguintes.

Foto 1: Medida da distância entre os nós de ondas estacionárias.

Foto 2: eixo do oscilador danificado.


6. CONCLUSÃO

Apesar dos empecilhos ocorridos com o experimento no laboratório, fazendo


com que os resultados apresentados não sejam próximos do esperado. Foi
possível observar no experimento, a relação entre as variáveis, concluindo que
as mesmas têm influência na frequência. Observamos como é obtida a
ressonância no oscilador forçado, como todo sistema possui frequência natural,
ao serem atingidas por uma força externa e harmônica, fazem com que a
amplitude das oscilações aumente e a formação de ondas estacionárias.
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

NUSSENZVEIG, Horch Moysés. Curso de Fisica básica, 2: Fluidos, oscilações


e ondas, calor / H. Moysós Nussenzweig.-5. Ed. - São Paulo. Blusher, 2014

GUSMÃO, Marta o tal Manual de Fisica II. Universidade Federal do Amazonas


UFAM Manaus/AM 2019.

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