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Laboratório de Física Universidade Federal do Paraná

EXPERIMENTO – ONDAS ESTACIONÁRIAS

OBJETIVO – Criar um padrão de onda estacionária em uma corda esticada; investigar


qual a influência da frequência e comprimento de onda de excitação, densidade e tensão
da corda sobre a velocidade da onda.

INTRODUÇÃO
Ondas estacionárias são resultantes da superposição de duas ondas com mesma
frequência, amplitude, comprimento de onda, direção e sentidos opostos. Pode-se obter
uma onda estacionária através de uma corda fixa numa das extremidades. Com uma
fonte faz-se a outra extremidade vibrar com movimentos verticais periódicos, produzindo-
se perturbações regulares que se propagam pela corda.
Ao atingirem a extremidade fixa, elas se refletem, retornando com sentido de
deslocamento contrário ao inicial. Dessa forma, as perturbações se superpõem às
refletidas originando o fenômeno das ondas estacionárias.
Uma onda estacionária se caracteriza pela amplitude variável de ponto para
ponto, isto é, há pontos da corda que não se movimentam (amplitude nula), chamados
de nós, e pontos que vibram com amplitude máxima, chamados ventres. Como os nós
estão em repouso, não pode haver passagem de energia por eles, não havendo, então,
em uma onda estacionária o transporte de energia.
A distância entre dois nós consecutivos vale meio comprimento de onda, 𝜆/2.
Uma corda esticada tem muitos modos de vibrações naturais (três exemplos estão
na Figura 1). A corda pode vibrar em um único modo, e neste caso o comprimento da
corda (L) é igual a metade de um comprimento de onda (𝜆/2). A corda pode também
vibrar com dois segmentos com nós nas extremidades e um nó no meio (segundo modo);
então o comprimento de onda é igual ao comprimento da corda. A corda pode vibrar
com um número de segmentos maior. Em todos os casos, o comprimento da corda é
igual a um múltiplo inteiro de meio comprimento de onda.

Figura 1 – Três primeiros modos de vibração de uma corda esticada e fixa nas duas extremidades.

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Caso coloque uma corda esticada para vibrar em uma frequência arbitrária, você
provavelmente não verá nenhum modo em particular: vários modos aparecerão
misturados. Mas, se a frequência, a tração e o comprimento são ajustados corretamente
o modo vibracional vai aparecer em uma amplitude maior que nos outros modos.
Nesse experimento, ondas estacionárias são criadas em uma corda esticada
através das vibrações de um gerador de ondas elétrico. O arranjo experimental é
mostrado da Figura 2. A tração na corda é igual ao peso das massas suspensas através
da polia. Você pode mudar a tração mudando as massas, pode ajustar a amplitude e a
frequência da onda regulando a saída do gerador de frequência senoidal, que alimenta
o gerador de ondas.

Figura 2 – Esquema experimental: L é o comprimento da corda e 𝝀 é o comprimento de onda. A corda está


vibrando em três segmentos, 𝝀 = 𝟐⁄𝟑 𝑳

Para qualquer onda com comprimento de onda 𝜆 e frequência f, a velocidade da


onda 𝑣 é igual a
𝑣 = 𝜆𝑓 (1)
A velocidade de uma onda em uma corda também pode ser dada por
𝑇
𝑣 = √𝜇 (2)

A densidade linear (𝜇) é a massa por unidade de comprimento da corda. A tração


(𝑇) é aplicada pela massa suspensa (m) e é igual ao peso (mg).
Quanto maior a intensidade do som, mais forte ele será, e maior será também o
seu volume. O som fraco tem menor intensidade e menos volume.

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MATERIAL NECESSÁRIO:
 Gerador de ondas senoidal; vibrador de cordas; corda elástica branca; pinos
banana-banana; suporte universal; Kit com massas em disco; régua de metro e
balança.

PROCEDIMENTO E ANALISE
1. Para calcular a densidade da corda meça um pedaço da mesma e coloque na balança
para aferir sua massa. Anote esse valor.

2. Seguir a montagem experimental, ver Figura 3. Em uma extremidade a corda deve


estar presa no gerador de ondas, passar pela polia e na outra extremidade sustentar as
massas.

Figura 3 – Montagem experimental.

3. Medir a distância entre a extremidade da corda fixa no gerador de ondas até a polia,
essa é o comprimento L. Anote esse valor.

4. Ligue o gerador de ondas. Regule a frequência e a amplitude para encontrar o


primeiro, o segundo e o terceiro modo de vibração (como os da Figura 1). Anote esses
valores e responde as questões seguintes:

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a. Qual a incerteza do valor da frequência?
b. O quanto você pode variar a frequência no gerador de ondas senoidal sem que
haja alteração no modo de vibração?
c. Qual a razão entre as frequências encontradas nos três modos?
d. Calcule o comprimento de onda nos modos.
e. Calcule a Tração da corda.
f. Calcule a velocidade de onda nos modos, através da equação 1 e equação 2
comparando os resultados.

5. Ajuste a frequência, com um valor entre o segundo e o terceiro modo, para que não
seja possível distinguir nenhum modo. Mova os suportes da corda, variando o
comprimento L, até encontrar dois modos. Medir o novo comprimento de onda e calcular
a velocidade. Responda:
a. Como o comprimento L altera a velocidade da onda?

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