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Ficha – 11º ano

Domínio 4: Ondas periódicas e sinusoidais

RESUMINHO ☺
As ondas harmónicas são um caso particular das ondas periódicas e correspondem a ondas cuja amplitude 𝐴 em cada ponto do

meio pode ser dada por uma função harmónica seno ou cosseno.

em que 𝐴 é o valor máximo da perturbação, e 𝜔 é a frequência angular ou velocidade angular dada por: 𝜔 = 2𝜋.
𝑇

Em cada instante, o deslocamento vertical da corda é descrito também por uma função harmónica do tipo:

Na figura ao lado, ilustra-se o mecanismo de propagação da perturbação harmónica numa corda

(meio homogéneo), tendo-se representado, para quatro instantes diferentes, o estado de

movimento de alguns pontos da corda, igualmente espaçados.


O ponto 4 da corda entra em movimento quando 𝑡 = 𝑇; o ponto 7 em 𝑡 = 𝑇, e assim
$ 2

sucessivamente, até que em 𝑡 = 𝑇 o ponto 13 entra em movimento, isto é, ao fim de um período

encontram-se no mesmo estado de vibração (na mesma fase).

Recorrendo à definição de comprimento de onda, conclui-se que a distância que separa os pontos

1 e 13, em 𝑡 = 𝑇, corresponde ao comprimento de onda.

A energia de qualquer sinal harmónico depende da amplitude de oscilação e da frequência do sinal:

• quando são produzidas duas perturbações harmónicas de igual frequência, a onda que transporta mais energia será a que
tem maior amplitude de oscilação;

• quando são produzidas duas perturbações harmónicas de igual amplitude, a onda que transportará mais energia será a
que tem maior frequência de oscilação.

Colocando uma mola elástica comprida a oscilar harmonicamente com uma certa frequência, gera-se uma onda sinusoidal com

essa frequência.
Tal como numa mola elástica se formam, alternadamente,

zonas onde as espiras estão mais comprimidas e zonas onde

as espiras estão menos comprimidas, na propagação das

ondas sonoras no ar formam-se, também, alternadamente:

• zonas onde as partículas do ar estão mais

comprimidas – zonas de compressão do ar – há

mais partículas de ar no mesmo volume, maior

densidade do ar, ou seja, a pressão do ar é maior

do que a pressão normal.

• zonas onde as partículas do ar estão mais rarefeitas

– zonas de rarefação do ar – há menos partículas de ar no mesmo volume, menor densidade do ar, ou seja, a pressão do

ar é menor do que a pressão normal.

Daí uma onda sonora ser uma onda de pressão, pois, como a pressão num dado ponto varia (aumentando e logo a seguir

diminuindo), há uma oscilação da pressão que se propaga no ar: as ondas sonoras no ar são ondas mecânicas longitudinais que se

formam por sucessivas compressões e rarefações do ar (variações de pressão).

É possível representar graficamente a variação da pressão do ar, ao longo do tempo, num ponto do meio, quando uma onda

sonora se propaga nesse meio.

O gráfico anterior corresponde a um sinal sonora sinusoidal (ou harmónico) descrito por uma função do tipo

onde:

• 𝒑(𝒕) é a diferença entre a pressão do ar no instante 𝑡 e a pressão do ar na ausência da onda sonora (pressão atmosférica);

• 𝑝% é a amplitude de pressão;

• 𝜔 é a frequência angular.

No gráfico pressão-tempo podemos ver a variação temporal da pressão do ar num ponto do meio quando uma onda sonora se

propaga através desse meio.

1. Uma partícula de um determinado meio oscila, afastando-se, no máximo 0,2 𝑚 da posição de equilíbrio.

O período da fonte geradora da oscilação é 20 𝑚𝑠.

1.1) Escreve a expressão da elongação da partícula referida.

1.2) Sabendo que a oscilação da partícula é feita na direção da propagação da onda, qual das opções está incorreta?

(A) A onda é longitudinal.

(B) A onda é transversal.

(C) Todas as partículas do meio têm o mesmo período de oscilação.

(D) Todas as partículas do meio oscilam com a mesma frequência.

1.3) Se o meio de propagação fosse um gás cuja temperatura estivesse a aumentar, iria ocorrer alguma alteração na frequência

e na velocidade de propagação da onda? Porquê?


2. Os sinais propagam-se através de ondas periódicas e não periódicas, sinusoidais ou não sinusoidais.

2.1) Identifica qual das seguintes afirmações está correta.

(A) As ondas periódicas resultam da emissão do mesmo sinal em intervalos regulares.

(B) Todas as ondas periódicas são harmónicas e podem ser descritas por uma função sinusoidal.

(C) A frequência de uma onda harmónica depende da sua amplitude.

(D) A frequência de uma onda harmónica depende das caraterísticas do meio.

2.2) Justifica a seguinte afirmação: “A onda representada na figura é periódica mas não sinusoidal.”

3. A elongação de duas partículas X e Y que oscilam num certo meio é descrita pelas equações 𝑦& = 0,10 sin(20𝑡) e

𝑦F = 0,10 sin(10𝑡).

3.1) Compara o desvio máximo relativamente à posição de equilíbrio das partículas do meio em que se propagam estes sinais.

3.2) A energia associada a cada um dos sinais é a mesma? Justifica.

3.3) Que relação existe entre as frequências angulares de cada um destes sinais?

4. Na figura estão representadas as oscilações de uma partícula de um meio material ao longo do tempo.

4.1) Identifica as ondas periódicas.

4.2) Quais das ondas representadas podem ser descritas por uma função sinusoidal?

5. A elongação de uma partícula que oscila em torno de uma posição de equilíbrio é dada pela equação

𝑦 = 2,0 × 10() sin(4𝜋𝑡) (SI).

5.1) Qual a distância máxima da partícula à sua posição de equilíbrio?

5.2) Quantas vezes esta partícula oscila em cada segundo?

6. Escreve a elongação das partículas envolvidas na propagação da onda indicada na figura seguinte.

7. A figura mostra a posição de um ponto A de uma corda na qual se propaga uma onda. Entre

as duas configurações indicadas decorreram 0,20 𝑠.

7.1) Considerando que, entre as duas configurações indicadas, o ponto A não repete

nenhuma posição, indica o período da onda que percorre a corda.

7.2) Em que a posição está o ponto A 0,10 𝑠 depois do instante 𝑡2?

7.3) Escreve a equação que traduz a oscilação do ponto A ao longo do tempo.


8. A onda que se propaga num fio flexível foi gerada em 2,5 𝑠.

8.1) Qual é a frequência da vibração das partículas do fio?

(A) 1,0 𝐻𝑧 (B) 2,5 𝐻𝑧

(C) 0,40 𝐻𝑧 (D) 6,2 𝐻𝑧

8.2) Calcula a velocidade de propagação do sinal.

9. A Flora e o Filipe seguram uma corda esticada entre as suas mãos. O Filipe

mantém a mão que segura a corda sem a mexer, a Flora agita a mão para cima

e para baixo a um ritmo constante, gerando uma onda na corda.

9.1) De que depende a amplitude da onda gerada na corda?

9.2) Se a Flora aumentar o número de oscilações verticais da sua mão por unidade de tempo, o que acontecerá ao

comprimento de onda e à velocidade de propagação?

(A) O comprimento de onda diminuirá e a velocidade aumentará.

(B) O comprimento de onda manter-se-á e a velocidade aumentará.

(C) O comprimento de onda diminuirá e a velocidade manter-se-á.

(D) O comprimento de onda aumentará e a velocidade manter-se-á.

9.3) Qual das seguintes opções justifica a resposta à alínea anterior?

(A) Mantendo-se o mesmo meio de propagação, a velocidade mantém-se; como 𝑣 = 𝜆𝑓, aumentando a frequência,

diminui o comprimento de onda.

(B) Mantendo-se o mesmo meio de propagação, a velocidade mantém-se; como 𝑣 = 𝜆𝑓, aumentando a frequência,

aumenta o comprimento de onda.

(C) A frequência não afeta o comprimento de onda; como 𝑣 = 𝜆𝑓, aumentando a frequência, aumenta a velocidade de

propagação.

(D) Ondas de maior frequência transportam mais energia, logo, propagam-se com maior velocidade e tendem a ter

menores comprimentos de onda.

10. As figuras seguintes, utilizando a mesma escala, representam a propagação do mesmo som em dois meios diferentes.

10.1) Compara a intensidade do som quando se propaga em cada um dos meios.

10.2) Estabeleça a relação entre a velocidade de propagação destes sinais nos dois meios.

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