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Eu e a Física 11

FPE

Nome __ N.º Turma __________ Professor

GRUPO I

1. Na figura encontram-se representados os gráficos posição-tempo correspondentes a dois movimentos


retilíneos ao longo do eixo dos xx.
(A) (B)

Os gráficos velocidade-tempo são:


(C) (D)

1.1. Faça a devida associação entre os gráficos (C) e (D) e os gráficos (A) e (B).
(C) corresponde a (A) e (D) corresponde a (B).
Quando o declive da tangente à curva é negativo, é negativo; quando é positivo, é
positivo.

1.2. Esboce os gráficos aceleração-tempo para os dois movimentos.


Na situação (A): Na situação (B):

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1.3. Determine x1, t1, x2 e t2.

Situação (A):

Situação (B):

2. O gráfico da figura representa a variação da velocidade, em função do tempo, do centro de massa de três
corpos, A, B e C, que descrevem um movimento retilíneo segundo a direção do eixo dos xx.

2.1. De acordo com os valores registados, pode concluir-se:


(A) Os corpos A e C cruzam-se no instante .
(B) Os corpos B e C têm a mesma velocidade no instante .X
(C) No intervalo de tempo considerado, os corpos A e B viajam lado a lado.
(D) O corpo C desloca-se no sentido negativo do referencial.
Opção (B).
Como ambos os corpos, B e C, apresentam movimento retilíneo e se deslocam no mesmo sentido
(sentido positivo do referencial) no instante em que o módulo da velocidade é igual, terão igual
velocidade, o que ocorre no instante .

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2.2. Dos gráficos representados, selecione o que pode corresponder ao movimento do corpo C.
(A) (B) X (C) (D)

Opção (B).
O corpo C desloca-se no sentido positivo do referencial com módulo da velocidade decrescente.
Num gráfico posição-tempo, o declive da reta tangente à curva em cada ponto é igual à componente
escalar da velocidade v, nesse ponto. Dos gráficos posição-tempo apresentados, o gráfico B é o que
representa, no intervalo de tempo considerado, a componente escalar da velocidade positiva e de
módulo decrescente ao longo do tempo.

2.3. Sabendo que os corpos B e C partem da mesma posição inicial, determine o instante em que se
encontram novamente.
Apresente todas as etapas de resolução.
Sabendo que os dois corpos se deslocam com movimento retilíneo uniformemente variado, é válida
a equação:

Para o corpo B, virá , sendo .

Para o corpo C, virá , sendo .


Igualando as duas equações, obtemos o instante em que os corpos se encontram outra vez:

3. Dois carros, A e B, deslocam-se ao longo do eixo dos xx.

O carro A parte da posição e desloca-se para a esquerda; no instante , a grandeza

da sua velocidade é e o carro inicia uma travagem com aceleração de módulo .


O carro B encontra-se à esquerda do carro A e desloca-se para a direita; no instante ,a

grandeza da sua velocidade é e este carro inicia uma travagem com aceleração de módulo

. Quando os dois carros param, a sua distância é .


3.1. Determine o ponto de partida do carro B.
(num movimento retardado, e têm sinais opostos)
(carro A para no instante )

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(carro B para no instante , antes de A parar)

Sendo
.

3.2. Obtenha os gráficos e para cada um dos carros.

4. Um satélite de massa m descreve periodicamente uma órbita circular em torno da Terra com velocidade
de módulo constante e raio R.
4.1. Qual dos seguintes conjuntos de vetores pode representar a força centrípeta, , que atua no
satélite, a velocidade, , e a aceleração, , num dado ponto da trajetória?

(A) (B) (C) (D) X

Opção (D).

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No movimento circular e uniforme, a velocidade e a força são grandezas vetoriais perpendiculares entre

si. Como, pela Segunda Lei de Newton, , os vetores e terão a mesma direção e o mesmo
sentido.

4.2. Demonstre que o módulo da velocidade do satélite, na órbita considerada, não depende da massa
do satélite.
Mostre como chegou à conclusão solicitada.

Sendo e , ficará:

. Assim, conclui-se que o módulo da velocidade do satélite


depende apenas da massa da Terra, M, e do raio da órbita descrita pelo satélite, R, não dependendo
da massa do satélite.

5. A variação no tempo da velocidade angular de uma roda de raio encontra-se representada na


figura.

5.1. Indique os intervalos de tempo em que o movimento é circular uniforme.


O movimento só é circular uniforme quando a velocidade angular é constante. Portanto, isso

verifica-se nos intervalos de tempo e .

5.2. Quantas voltas são realizadas nos intervalos de tempo e ?

No intervalo de tempo ,é No intervalo de tempo de 1 s, realizam-


-se 4 voltas.

No intervalo de tempo ,é Neste intervalo de tempo de 1 s, realizam-


-se 2 voltas.

5.3. Qual é o valor da velocidade linear de um ponto da periferia da roda no instante ?

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6. Um satélite, após ter sido lançado, fica a descrever uma órbita circular rasante à superfície da Terra.

6.1. Calcule o período da órbita descrita pelo satélite.


Apresente todas as etapas de resolução.
Se o satélite descreve uma órbita circular rasante à superfície da Terra, podemos admitir que a
aceleração a que o satélite está sujeito no seu movimento é igual a .

Sendo .

Cálculo da velocidade orbital do satélite:

Cálculo do período da órbita descrita:

6.2. Se a distância entre o satélite e a Terra aumentar para o dobro, o período do satélite irá…
(A) … diminuir para metade.
(B) … aumentar. X
(C) … diminuir.
(D) … permanecer constante.
Opção (B).

6.3. Imagine que seria possível “desligar” a interação gravítica que atuava no satélite. Selecione o gráfico
que, nessas condições, melhor relacionaria o deslocamento em função do tempo.

(A) X (B) (C) (D)

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Opção (A).
Nessas circunstâncias, a resultante das forças que atuaria no satélite seria nula. De acordo com a
Primeira Lei de Newton, o satélite passaria a mover-se com movimento retilíneo e uniforme, isto é, a
deslocar-se em linha reta, percorrendo distâncias iguais em intervalos de tempo iguais.

7. Uma bola de massa é abandonada de uma altura , em relação ao solo. Ao atingi-lo, retorna
verticalmente para cima, alcançando uma altura máxima, . Na figura seguinte está representada a
altura atingida após o primeiro ressalto. Considere que é desprezável o efeito da resistência do ar.

7.1. Calcule a percentagem de energia dissipada no seu movimento de queda e ressalto.


Apresente todas as etapas de resolução.
Cálculo da percentagem de energia dissipada:

Substituindo pelos valores, tem-se:

7.2. Em qual dos esquemas se encontra corretamente representada a aceleração da bola durante a
queda, no embate com o solo e durante o ressalto, respetivamente

(A) (B) (C) X (D)

Opção (C).
Durante a subida e a descida, a resultante das forças que atua sobre a bola é igual à força gravítica.
Então, quer durante a subida quer durante a descida, a aceleração é constante e igual à aceleração
gravítica – vertical, de sentido descendente e de módulo constante e igual a g.

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Durante o embate, a resultante das forças, , tem direção vertical, sentido ascendente e módulo

dado pela expressão .

7.3. Admita que, após ressaltar no solo, a bola inicia a subida com uma velocidade de módulo .
7.3.1. A altura da bola no instante em que foi largada é:

(A)
(B)
(C) X
(D)
Opção (C).
Durante o ressalto, como a resultante das forças que atua sobre a bola é igual à força
gravítica, há conservação da energia mecânica e vem:

Como , virá .

7.3.2. Calcule o tempo que a bola permaneceu no ar durante este ressalto.


Apresente todas as etapas de resolução.
Durante o ressalto, como a resultante das forças que atua sobre a bola é igual à força
gravítica, atendendo ao sentido do eixo dos , virá .
Assim, usando a equação do movimento,

e com as seguintes condições iniciais:


Como quando a bola volta ao solo é , tem-se, substituindo na equação:

8. Quando uma folha de papel é largada no ar, na posição horizontal, fica sujeita a uma força de resistência

do ar de módulo .
Se a folha estiver dobrada em quatro, é ; se estiver desdobrada, o valor da
constante é quatro vezes maior.
8.1. Sendo a massa da folha , calcule o valor da velocidade-limite, no caso de a folha estar
dobrada em quatro e no caso de estar desdobrada.

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A velocidade-limite é atingida quando .

No caso da folha dobrada em quatro, é .

No caso da folha desdobrada, é .

8.2. Considere que no instante em que a folha dobrada em quatro atingiu a velocidade-limite, passa, à
mesma altura e com a mesma velocidade, uma pequena pedra, em queda vertical.

Sendo a resistência do ar, no caso da pedra, praticamente desprezável, compare o tempo que a folha
de papel demora a percorrer 10 m com o tempo que a pedra leva a percorrer a mesma distância.

No caso da folha de papel, o movimento é uniforme, com uma velocidade de .

Neste caso, é .

No caso da pedra, trata-se de um movimento uniformemente acelerado, com e

. Logo, neste caso, é .

9. Um pequeno bloco, de massa , é lançado no plano inclinado, representado na figura, com uma

velocidade de , a partir do ponto O.

9.1. Considere desprezável o atrito entre o bloco e o plano inclinado.


9.1.1. O valor da aceleração do bloco é dado pela expressão
(A)
(B) X
(C)
(D)
Opção (B).

Sendo ,é .

Como e , tem-se .

9.1.2. Calcule, usando as equações do movimento, a distância total percorrida pelo bloco desde
que é lançado até voltar a atingir de novo o ponto O.

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O movimento do bloco é um movimento uniformemente variado, com e


, na subida, e , na descida.
Como, para um movimento uniformemente variado, é:
e

tem-se, neste caso:

O tempo de subida, , é o tempo que decorre até se anular:

A distância percorrida na subida é:

Desde o início até atingir de novo o ponto O, o bloco percorreu uma distância
.

9.1.3. Esboce os gráficos de e até ao instante em que o bloco regressa ao ponto O.

9.2. Considere, agora, a situação em que existe atrito entre o bloco e o plano inclinado, sendo a grandeza
da força de atrito .
9.2.1. Calcule, nestas circunstâncias, o módulo da aceleração do bloco na subida e na descida.

Na subida:

Sendo e , tem-se:

O módulo da aceleração na subida é .

Na descida:
Consequentemente, tem-se:

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O módulo da aceleração na descida é .

9.2.2. Calcule o tempo que o bloco demora a atingir a altura máxima e a distância percorrida.

Na subida, é

O tempo de subida, , obtém-se fazendo .


A distância percorrida na subida é:

9.2.3. O tempo de descida, até ser atingido de novo o ponto O, é igual ao tempo de subida?
Justifique.

Na descida, é .
O tempo, t3, que decorre desde o início da descida até ser atingido o ponto O pode calcular-
se fazendo .

Sendo , em que e , tem-se:

O tempo que decorre desde o início da subida até o bloco atingir de novo o ponto O é:

9.2.4. Esboce os gráficos vx(t) e x(t).

Como a distância percorrida na subida é a mesma que a


percorrida na descida, as duas áreas a tracejado devem ser
iguais.
Sendo a grandeza do declive da reta maior no intervalo de

tempo (subida) do que no intervalo de tempo

(descida), o tempo de descida é maior do que o


tempo de subida.

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9.3. O tempo que o bloco demora a subir o plano inclinado e a descer de novo até ao ponto O é
____________ no caso de não haver atrito e no caso de uma força de atrito de 0,25 N.

Complete a frase com um dos termos seguintes: “menor”, “maior” ou “igual”.

Maior. De facto, no caso de não haver atrito, a distância percorrida é também maior do

que no caso em que existe atrito .

10. Um bloco, de massa 2 kg, desloca-se numa superfície horizontal com uma velocidade de .
Para levar o bloco a imobilizar-se, aplica-se, durante o tempo necessário, uma força constante , de
sentido oposto ao da sua velocidade.
10.1. Qual deverá ser a grandeza de para que o bloco se imobilize ao fim de 10 s? Qual é a distância
percorrida até parar?

Consideremos o bloco a deslocar-se no sentido positivo do eixo dos xx.

Sendo ,é .
Tratando-se de um movimento uniformemente variado, é:

Para o bloco se imobilizar ao fim de 10 s, deve ter-se:

O gráfico é, então:

A distância percorrida corresponde à área a sombreado:

10.2. Qual deverá ser a grandeza da força aplicada para que o bloco se imobilize ao fim de 80 m?
Neste caso, a área a sombreado corresponde a 80 m.

Então, .
Sendo dado pelo declive da reta da figura, tem-se:

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Logo, .
A grandeza da força aplicada deve ser 5 N.
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11. Um plano inclinado, com de comprimento, é utilizado como rampa num camião, de modo a permitir
colocar no seu interior uma caixa de , a uma altura de , como se mostra na figura
seguinte.

11.1. Considere que, numa situação 1, a intensidade da força de atrito entre a caixa e a rampa é .
Para o bloco ser arrastado ao longo do plano inclinado, com velocidade constante, o trabalho que
a força aplicada tem de realizar é:
(A) 1020 J
(B) 2820 J
(C) 924 J
(D) 4620 J X
Opção (D).

e
Se o bloco se desloca com velocidade constante, a resultante das forças aplicadas é nula e o
trabalho das forças resultantes também é nulo.

Logo, (1).

Sendo , virá .

, virá .

, pois é perpendicular ao deslocamento.

Assim, substituindo em (1): .

11.2. Considere agora uma situação 2, em que a intensidade das forças dissipativas que atuam na caixa
é desprezável. Selecione a opção que compara corretamente o trabalho realizado pela força
gravítica aplicada na caixa, desde o início da rampa até chegar ao camião, na situação 1, , e na
situação 2, .
(A) X

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(B)
(C)
(D)
Opção (A).
Se a caixa vai ser levada até à mesma altura h (1,5 m), a variação da energia potencial gravítica do

sistema é igual à da situação anterior. .

Sendo , podemos concluir que o trabalho realizado pela força gravítica aplicada no
caixote na situação 1, , é igual ao trabalho realizado pela força gravítica aplicada no caixote na
situação 2, . O trabalho realizado pela força gravítica só depende da diferença de altura entre
as posições final e inicial.

12. O carrinho da figura parte do repouso numa superfície horizontal, não sendo desprezável o atrito entre
O e A. Considere que, durante o percurso na superfície horizontal, o carrinho se desloca com aceleração
constante e de intensidade
igual a .

12.1. Admitindo que,


no percurso AB, não
atuam forças não conservativas, indique qual deverá ser o comprimento do troço AO de modo
que o carrinho chegue ao ponto B com velocidade nula.
Apresente todas as etapas de resolução.
Como no percurso AB há conservação da energia mecânica:

Usando a lei das velocidades, é possível calcular o tempo necessário para percorrer o percurso
OA: ; usando a lei das posições, é possível calcular o

comprimento do troço OA:


Assim, o troço OA deverá ter 36 m.

12.2. Relacione o trabalho realizado pelo peso do carrinho na subida e na descida do plano inclinado.

O trabalho realizado pelo peso é simétrico da variação da energia potencial. Como a variação da
energia potencial na subida é simétrica da variação da energia potencial na descida:

, o trabalho do peso na subida é simétrico do trabalho do peso na descida do

plano inclinado.

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GRUPO II

1. Na figura estão representadas a evolução no espaço de uma onda e a evolução temporal da elongação,
num determinado ponto do espaço.

1.1. Qual é a velocidade de propagação da onda neste meio?

Sendo ,é .

1.2. Se a mesma perturbação se propagar num meio em que a velocidade de propagação é o dobro,
como se alteram os gráficos anteriores?

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A frequência e o período não se alteram; são uma característica da perturbação, não do meio.
Portanto, o gráfico de y(t) não se altera. Mas, sendo . Assim, o gráfico da evolução
no espaço da onda passará a ser:

2. No interior de uma discoteca, o volume do som é, por vezes, demasiado alto. Isso acontece porque…
(A) … a velocidade de propagação das ondas sonoras é maior do que no exterior.
(B) … a frequência dos sons é mais elevada.
(C) … a amplitude das ondas sonoras é mais elevada. X
(D) … o comprimento de onda das ondas sonoras é menor.
Indique a opção correta.
Opção (C).
A intensidade de um som está relacionada com a amplitude das ondas sonoras, bastante maior no
interior da discoteca.

3. Uma onda sonora, de frequência , propaga-se no ar. A velocidade de propagação do som no

ar é .
3.1. Numa distância de 5 m ao longo da direção de propagação da onda, quantas zonas de compressão
existem?

Ao longo de 5 m na direção de propagação da onda, existem 10 zonas de compressão.

3.2. Num dado instante, o ponto P encontra-se numa zona de compressão.


Quantas vezes, ao longo do minuto seguinte, o ponto P se encontra numa zona de compressão?

, com
Ao longo de um minuto, o ponto P encontra-se numa zona de compressão vezes.

3.3. Na água, a velocidade de propagação do som é .


Como se alteram as respostas às questões anteriores (3.1. e 3.2.), se a onda sonora se propagar na
água?

Ao longo de 5 m, existem duas a três zonas de compressão.


A resposta à questão 3.2. não se altera, uma vez que a frequência da onda sonora é a mesma, na
água e no ar.

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4. Observe a figura.

4.1. Qual é a frequência da onda sonora A representada na figura?

4.2. Esboce um gráfico pressão/tempo para uma onda sonora:


1 – B com frequência dupla da de A e igual amplitude;
2 – C com a mesma frequência de A e amplitude dupla;
3 – D com frequência igual a metade da frequência de A;
4 – E que é a sobreposição de A e B.

1. 2.

3. 4.

4.3. As ondas sonoras referidas são detetáveis por um ouvido humano normal? Justifique.
Estas frequências são detetáveis por um ouvido humano normal. Portanto, estes sons serão ouvidos
se forem suficientemente intensos.

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4.4. Qual é a frequência da onda sonora E?


A onda sonora E resulta da sobreposição do som A, com frequência de , ao som B, com
frequência de . Trata-se de uma onda complexa em que a frequência fundamental é .

4.5. Como é que o ouvido humano distingue o som A dos outros sons?
O som B é mais agudo do que o som A, o som C é mais intenso, o som D é mais grave e o som E tem
um timbre diferente.

5. Na figura apresentam-se os gráficos pressão-tempo de ondas sonoras no ar, produzidas por um piano,
um diapasão e uma flauta, quando se toca a mesma nota musical.

(A) (B) (C)

5.1. Tendo em atenção a figura, qual dos gráficos corresponde ao som produzido pelo diapasão?
O gráfico (B).
O som produzido pelo diapasão é um som puro, descrito por uma onda sinusoidal do tipo
. Este tipo de função está representado no gráfico (B).
5.2. Que tipo de som tem origem na vibração de um diapasão? Justifique.
O som emitido por um diapasão é um som puro ou simples, também designado por som harmónico;
está associado a uma onda sonora com uma frequência bem definida.

5.3. Considere as afirmações seguintes:


I. A intensidade de um som permite distinguir um som fraco de um som forte. V
II. A intensidade de um som está relacionada com a energia transferida pela onda sonora ao longo
do tempo. F. Está relacionada com a energia transferida pela onda sonora por unidade de tempo e
de área.
III. A altura de um som é tanto maior quanto maior for a intensidade da onda sonora. F. É tanto
maior quanto maior for a frequência da onda sonora.
IV. O som de um piano é um som complexo; resulta da sobreposição de vários sons puros. V

Selecione a opção correta.


(A) Todas as afirmações são verdadeiras.
(B) Só a afirmação I é verdadeira.
(C) As afirmações II, III e IV são verdadeiras.
(D) Só as afirmações II e III são falsas. X
Opção (D).

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O timbre é uma característica sonora que permite distinguir sons que possuem a mesma altura e
intensidade, mas são produzidos por fontes sonoras diferentes.

5.4. Dois sons propagam-se no ar com a mesma altura e diferente intensidade. O som mais intenso tem,
em relação ao outro som, maior…
(A) … frequência.
(B) … amplitude. X
(C) … velocidade de propagação.
(D) … amplitude e velocidade de propagação.
Selecione a opção correta.
Opção (B).
(A) F. Se os sons têm a mesma altura, a sua frequência é igual.
(B) V. A intensidade de um som depende apenas da amplitude de pressão da onda sonora; à onda
sonora de maior amplitude de pressão corresponde um som mais intenso.
(C) F. Como os dois sons se estão a propagar no ar, a sua velocidade de propagação é igual.
(D) F. Ver (B) e (C).

5.5. Selecione a opção que contém os termos que preenchem, sequencialmente, os espaços de forma a
tornar verdadeira a afirmação seguinte.
O _________ permite distinguir dois sons complexos com a mesma _______________________,
produzidos por fontes sonoras ___________.
(A) … timbre… altura e intensidade… diferentes X
(B) … timbre… altura… iguais
(C) … diapasão… altura e intensidade… diferentes
(D) … diapasão… intensidade… diferentes
Opção (A).
6. Num edifício comercial, um alarme de segurança é acionado produzindo um som com uma dada
frequência . Quando uma pessoa viaja num carro em direção ao alarme e depois se afasta dele com a
mesma velocidade, observa-se uma mudança na frequência.
6.1. Refira, justificando, qual é a relação entre a frequência do som ouvido pela pessoa quando se
aproxima do alarme e a frequência do sinal sonoro se a pessoa estiver parada em relação à fonte.
À medida que a pessoa se aproxima da fonte, observa um aumento do número de frentes de onda
que, por unidade de tempo, passam por ela, em comparação com a situação em que a pessoa se
encontra parada. Como consequência, a frequência “medida” pela pessoa na primeira situação é
maior do que a frequência “medida” quando a pessoa se encontra em repouso em relação à fonte
sonora. Assim, a frequência do som é maior quando a pessoa se aproxima do alarme.

6.2. Na figura está representado o ecrã de um osciloscópio, no qual está registado o sinal elétrico
resultante da conversão do sinal sonoro emitido pelo alarme. O sinal emitido pode ser descrito pela
equação: .

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6.2.1. Indique o nome do dispositivo que deverá ligar-se ao osciloscópio de modo a converter o sinal
sonoro emitido pelo alarme num sinal elétrico.
Microfone.

6.2.2. Selecione a opção correta:


O valor da frequência do diapasão é:
(A) 220 Hz X
(B) 440 Hz
(C) 2,5 Hz
(D) 440  Hz
Opção (A).

A partir da equação que descreve o sinal emitido obtém-se e .


A partir da frequência angular retira-se o valor da frequência do sinal:

6.2.3. Calcule a base de tempo para que foi regulado o osciloscópio.


Apresente todas as etapas de resolução.
De acordo com a figura apresentada, um período corresponde a três divisões. A partir do valor

obtido para a frequência, o período é .

Assim, cada divisão vale .

6.2.4. Se o sinal emitido pelo alarme for mais grave e mais intenso, o sinal elétrico registado no ecrã
do osciloscópio terá…
(A) … menor período e maior amplitude.
(B)  … maior período e maior amplitude. X
(C)  … maior período e igual amplitude.
(D)  … menor período e igual amplitude.
Selecione a opção correta.
Opção (B)
Se o sinal for mais grave, terá menor frequência. Como a frequência é igual ao inverso do

período, , o sinal mais grave terá um maior período. A intensidade está relacionada com
a amplitude do sinal, sendo este tão mais intenso quanto maior for a amplitude. Assim, se o
sinal emitido pelo alarme for mais grave e mais intenso, terá maior período e maior amplitude.

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7. Um raio de luz monocromática incide numa camada de óleo vegetal (óleo de girassol), na superfície de
uma tina com água.

Meio material Índice de refração, n


Ar 1,000
Água 1,332
Óleo vegetal 1,467

7.1. Determine o ângulo de refração do raio de luz na água.


Pelas leis de Snell-Descartes, é:

Na passagem do raio de luz do ar para o óleo, tem-se:

Na passagem do raio de luz do óleo para a água, tem-se:

7.2. De acordo com a informação fornecida, pode afirmar-se que a velocidade de propagação da luz é…
(A) … maior no óleo do que na água.
(B) … maior no meio com menor índice de refração. X
(C) … maior no meio com maior índice de refração.
(D) … igual nos três meios, pois estes são transparentes e homogéneos.
Selecione a opção correta.
Opção (B).

Sendo , o meio que tem maior índice de refração é aquele em que a velocidade de propagação
é menor, e esta é menor quando os raios luminosos mudam de direção, aproximando-se da normal.
Portanto, a velocidade de propagação da luz é menor no óleo do que no ar e, por sua vez, é maior na
água do que no óleo.

7.3. O índice de refração da luz monocromática num meio e o seu comprimento de onda nesse meio
relacionam-se pela expressão:
(A)

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(B)

(C)

(D) X
Selecione a opção correta.
Opção (D).
Sendo e a frequência, , da luz monocromática uma característica da mesma, a velocidade
de propagação da luz monocromática, num meio, é diretamente proporcional ao seu comprimento
de onda nesse meio.

Como , tem-se:

8. Considere a figura abaixo, na qual se represente uma onda que se propaga do meio I para o meio II. Sabe-

se que a relação entre os comprimentos de onda da onda no meio I e no meio II é .

8.1. A relação entre a velocidade da onda no meio I e a velocidade da onda no meio II é:


(A) 1
(B) 2

(C)
(D) 4
Opção (C).

Como . Assim, .

8.2. Sabendo que X = 75, calcule o valor de Y.


Apresente todas as etapas de resolução.
De acordo com a lei de Snell-Descartes:

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Se .

Pode agora calcular-se o ângulo incidente:

9. Um raio de luz monocromática incide perpendicularmente na face de um prisma equilátero e emerge de


forma rasante pela outra face, como representado na figura.

Sabendo que o meio exterior é o ar ( ), calcule o índice de refração do material de que é feito o
prisma.
Apresente todas as etapas de resolução.

Para um prisma equilátero, os ângulos são iguais e têm 60. Assim,


é possível calcular o ângulo incidente na face interior do prisma:
.
Como o raio de luz emerge de forma rasante pela outra face,
.
O índice de refração do material pode ser calculado a partir da
equação de Snell-Descartes:

10. Uma pedra transparente tem a forma representada na figura. Nela se representa também a trajetória
de um raio luminoso que incide na face A, se reflete nas faces B e C e volta a sair através de A.

10.1. Apresente uma justificação para a seguinte afirmação: “Apesar de a pedra ser transparente, não
ocorre refração nas faces B e C.”

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Se não ocorre refração nas faces B e C, então a reflexão é total. Assim, o índice de refração do
material deve ser tal que nas faces B e C, em que o ângulo de incidência tem 45 , este é superior
ao ângulo crítico, ocorrendo assim reflexão total.

10.2. Para que a trajetória do raio luminoso seja a indicada, o índice de refração do material de que é
feita a pedra deve ser superior a um determinado valor. Calcule esse valor.
Para que em B e C ocorra reflexão total, deve ser .

Sendo , então .

11. Um feixe laser, de comprimento de onda , é colocado em frente a um fio de diâmetro


.
11.1. Esboce a forma do padrão de luz observado num alvo à distância do fio.

11.2. Qual é o fenómeno responsável por este padrão?


Difração da luz.

11.3. Numa fábrica têxtil, pretende-se usar um fio de diâmetro 0,1 mm. Como é possível, com recurso a
esta técnica, selecionar este fio?

Se .
Assim, deve ser selecionado o fio que produz um padrão de difração com

12. Na figura estão representados dois campos elétricos uniformes, com o mesmo módulo; a distância entre as
placas A e B é igual à distância entre as placas C e D. Na região entre as placas B e C não há campo elétrico.
P2, P3 e P4 representam fendas nas placas.

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Eu e a Física 11

12.1. Quando uma partícula com carga elétrica é colocada num dado ponto de um dos campos
elétricos, fica sujeita a uma força elétrica tal que o campo elétrico e a força elétrica…
(A)… têm sempre a mesma direção e sentido.
(B)… têm sempre a mesma direção e sentidos opostos.
(C) … são sempre perpendiculares entre si.
(D)… têm a mesma direção e o mesmo sentido se a carga for positiva. X
Selecione a opção correta.
Opção (D).

Sendo , a força elétrica tem sempre a direção do campo elétrico e o mesmo sentido, se
, e sentido oposto, se .

12.2. Se uma partícula de carga elétrica for colocada em repouso no ponto , sobre a superfície A,
que tipo de movimento adquire?
Despreze o peso da partícula.

Sendo e sendo o campo elétrico uniforme , a força elétrica, , que atua


na partícula de carga elétrica é constante, com direção horizontal e sentido de para . Logo,
o seu movimento é retilíneo e uniformemente acelerado.

12.3. Considere as afirmações seguintes relativamente ao movimento da partícula de carga elétrica


(e peso desprezável).
I. A partícula de carga elétrica desloca-se entre e com movimento retilíneo uniforme.
V. Nessa região, se o campo elétrico é nulo, a força elétrica também é nula. Logo,

. O movimento é uniforme com velocidade (constante) igual à velocidade


com que atinge P2.
II. A partícula de carga elétrica inverte o sentido do movimento ao atingir , na placa B.
F. A carga elétrica atinge a fenda P2, pela qual sai em linha reta.
III. A partícula de carga elétrica desloca-se entre e com movimento retilíneo
uniformemente retardado.
V. Como a carga elétrica é positiva e este campo elétrico tem sentido contrário ao anterior, a
força elétrica atua em sentido contrário ao do movimento da carga. Por outro lado, como os
módulos dos campos elétricos são iguais, as forças elétricas têm também módulos iguais. Logo, o
módulo da aceleração do movimento da carga de até é igual ao módulo da aceleração do
movimento da partícula de carga elétrica, de até . Sendo a distância entre as placas, nos dois
campos elétricos, igual, a partícula de carga elétrica atinge com a mesma velocidade com que
foi colocada em ; velocidade nula.

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Eu e a Física 11

IV. A partícula de carga elétrica desloca-se de a , onde para. V


Selecione a opção correta.
(A) Todas as afirmações são falsas.
(B) Só a afirmação III é verdadeira.
(C) Só as afirmações III e IV são verdadeiras.
(D) Só a afirmação II é falsa. X
Opção (D).

13. O gráfico representado na figura mostra a variação, em função do tempo, do fluxo magnético que
atravessa uma determinada bobina.

13.1. Indique o intervalo de tempo em que foi nula a força eletromotriz induzida nessa bobina.

. Sendo , quando o fluxo magnético é constante, a variação é nula e,


consequentemente, é nula a força eletromotriz induzida na bobina, o que ocorre no intervalo entre
0,5 s e 1,0 s.

13.2. Selecione a única opção que contém os termos que preenchem, sequencialmente, os espaços
seguintes, de modo a obter uma afirmação correta.
A indução eletromagnética consiste na produção de ________________________ por variação
____________________________ através do circuito.
(A) … um fluxo magnético induzido… da força eletromotriz…
(B) … um fluxo magnético induzido… da corrente elétrica…
(C) … uma força eletromotriz induzida… do fluxo do campo magnético… X
(D) … uma força eletromotriz induzida… da corrente elétrica…
Opção (C).
A indução eletromagnética consiste na produção de uma força eletromotriz induzida por variação
do fluxo do campo magnético, através de um circuito.

13.3. O fluxo do campo magnético que atravessa uma espira é…


(A) … máximo quando a superfície delimitada pela espira é perpendicular à direção do campo
magnético. X
(B) … máximo quando a superfície delimitada pela espira é paralela à direção do campo
magnético.
(C) … nulo quando o vetor unitário perpendicular à superfície da espira tem a direção do campo
magnético.

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Eu e a Física 11

(D) … nulo quando a superfície delimitada pela espira é atravessada por linhas de campo.
Selecione a opção correta.
Opção (A).
, em que é o ângulo que o vetor unitário perpendicular à superfície da espira faz
com o campo magnético, . Portanto, o fluxo de campo magnético é máximo quando ,
o que acontece quando a superfície delimitada pela espira é perpendicular à direção do campo

magnético, . Será nulo quando , ou seja, quando a superfície delimitada


pela espira não é atravessada por linhas de campo.

13.4. Uma espira condutora, com uma área de , é colocada num campo magnético de

intensidade . Determine:
13.4.1. o fluxo que a atravessa se for colocada perpendicularmente ao campo magnético.
Sendo , tem-se:

13.4.2. o fluxo que a atravessa se for colocada num plano que faz com a direção do campo
magnético.
Se a espira fizer um ângulo de com a direção do campo magnético, a sua normal faz
um ângulo de com a mesma direção. Então, tem-se:

14. Considere um solenoide e uma pequena espira quadrada (lado 1 cm), colocada no seu interior.
14.1. Como sabe, no interior do selenoide, percorrido por uma corrente elétrica, o campo magnético é
uniforme.
Faça um esquema das linhas de força do campo magnético no interior do solenoide.

14.2. Calcule o fluxo magnético que atravessa a espira quando o plano desta é perpendicular ao campo
magnético, sabendo que .

14.3. Das situações que se seguem, indique aquela em que ocorre uma força eletromotriz induzida na
espira.
(A) A espira é deslocada ao longo do eixo do solenoide, mantendo a sua orientação.
(B) A espira, orientada perpendicularmente ao eixo dos xx, roda em torno deste eixo.
(C) A espira roda em torno de um eixo perpendicular ao eixo dos xx. X

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Opção (C).
Só nesta última situação há uma variação ao longo do tempo do fluxo magnético na espira.
Portanto, só neste caso se produz nesta uma força eletromotriz induzida.

FIM

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