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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS

INSTITUTO DE FÍSICA

Geradores De Ondas Estacionárias

DISCIPLINA: Física Experimental 2


ALUNO: Josivaldo dos Santos
PROFESSOR: André Luis Baggio
CURSO: Física Licenciatura

Maceió, 24 de junho de 2022


UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS
INSTITUTO DE FÍSICA

Geradores De Ondas Estacionárias

Relatório referente ao experimento


"Gerador de ondas estacionárias ", realizado no
laboratório de Física 2, sob a orientação do
professor André Luis Baggio.

Maceió, 24 de junho de 2022

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SUMÁRIO

SUMÁRIO ....................................................................................................................... 2
1. Introdução teórica ...................................................................................................... 3
2. Objetivos ...................................................................................................................... 4
3. Materiais utilizados .................................................................................................... 4
4. Procedimento experimental ....................................................................................... 4
5. Resultados e discussões .............................................................................................. 5
6. Conclusões ................................................................................................................... 6
7. Bibliografia .................................................................................................................. 7
8. Anexos. ......................................................................................................................... 7

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1. Introdução teórica

Suponhamos que duas ondas senoidais de mesmo comprimento de onda e mesma


amplitude no mesmo sentido sejam enviadas ao longo de uma corda esticada. Para prevê
a onda resultante, devemos aplicar o princípio da superposição.
A onda resultante depende da extensão em que as ondas estejam em fase uma em
relação à outra – ou seja, o quanto uma forma de onda está deslocada em relação à outra.
Se as ondas estiverem exatamente em fase (de modo que os picos e os vales de uma
estejam exatamente alinhados com os da outra), elas se combinam para dobrar o
deslocamento produzido por apenas uma delas. Se elas estiverem exatamente fora de fase
(os picos de uma, alinhados exatamente com os vales da outra), elas se combinam para se
cancelar em todos os pontos e a corda permanece retilínea. Chamamos este fenômeno de
combinações de ondas de interferência, e dizemos que as ondas interferem. (Esses termos
se referem apenas aos deslocamentos das ondas; a propagação das ondas não é alterada).
Discutiremos agora o caso de duas ondas senoidais de mesmo comprimento de
onda e mesma amplitude se propagando ao longo de uma corda esticada. O que ocorreria
se elas se propagassem em sentidos opostos? Encontraremos, novamente, a onda
resultante aplicando o princípio da superposição. A figura 1 sugere a situação
graficamente. Ela mostra as duas ondas componentes, uma se propagando para a esquerda
(figura 1.a), a outra para a direita (figura 1.b). A figura 1.c mostra sua soma obtida
aplicando-se o princípio da superposição graficamente. A característica marcante da onda
resultante é que existem lugares ao longo da corda, chamados nós, onde a corda nunca se
move. Quatro desses nós estão marcados por pontos na figura 1.c. No ponto médio entre
nós adjacentes estão os antinós (ou ventres), onde a amplitude da onda resultante é um
máximo. Ondas com configurações como a da figura 1.c são chamadas de ondas
estacionárias porque a forma da onda não se move para a esquerda e nem para a direita;
as posições de máximos e mínimos não variam.

Figura 1: Representação gráfica do princípio da superposição para ondas estacionárias.

Fonte: Manual Azeheb.

Neste experimento, buscaremos reproduzir esse comportamento através de uma


corda conectada a um vibrador estacionário.
Aqui é importante lembrar que a velocidade v de propagação do pulso numa
corda é dada por:
𝐹
𝑣 = √𝜇 (01)
Onde F é força de tensão e 𝜇 é a densidade da corda.
Por outro lado, a velocidade de propagação também é dada por:

3
𝑣 = 𝜆𝑓 (02)
Onde𝜆 é o comprimento de onda e f é a frequência. Dessa forma, podemos mostrar que:

𝐹 𝐹
√𝜇 = 𝜆𝑓 ⇒ 𝜆2 = 𝜇𝑓 (03)
Assim, numa situação onde a densidade da corda é a mesma, o coeficiente angular do
gráfico 𝐹 = 𝑓(𝜆²) pode nos fornecer a frequência de oscilação (constante) da corda.

2. Objetivos

 Reprodução dos modos de vibração em uma corda esticada;


 Medir o comprimento de onda para cada modo;
 Determinar a força de tração na corda para cada modo.

3. Materiais utilizados

Material Quantidade
Dinamômetro e 1 N com precisão de 0,01 N 1
Vibrador para onda estacionária 1
Haste metálica em L com 69 cm de comprimento 1
Haste regulável suporte para dinamômetro 1
Cordas (corpos de prova) 4
Fonte de tensão variável 0-12 V 1

4. Procedimento experimental

No início do experimento montamos o aparato experimental de acordo com o que está


apresentado na figura 2.

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Figura 2: Arranjo experimental para gerador de ondas estacionarias.

Na primeira parte do experimento, foi fixado o barbante de 2 fios com densidade igual a
2, em seguida ligamos o equipamento deixando-o vibrar com frequência máxima,
variando apenas a intensidade da força de tração, além de manter também o comprimento
do barbante.
Desse modo, observando os padrões gerados, foram identificados a quantidade de nós e
também de ventres. Além de poder estimar o comprimento de onda e anotamos os dados
na tabela 1 e com os dados de F(N) e λ2 foi construído um gráfico F(λ2).
Na segunda parte, utilizamos o mesmo aparato experimental, repetindo os procedimentos
experimentais de primeira parte, no entanto, analisando um comprimento de onda
constante, segundo harmônico com o barbante de densidade 4, foram anotados na tabela
2 os dados de λ e F, além da relação de F/μ, com tai dados foi possível construir um
gráfico F=F(μ).

5. Resultados e discussões

Nº de nós Nº de ventres F (N) λ(m) λ2 (m2) F/λ2


1º 2 1 0,42 1 1 0,42
2º 3 2 0,3 0,5 0,25 1,2
3º 4 3 0,1 0,333 0,111 0,9
4º 5 4 0,04 0,25 0,0025 0,64
Tabela 1: Dados sobre os modos de vibração de uma corda esticada.

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μ λ F (N) F/μ

4 0,5 0,2 0,05

2 0,5 0,3 0,15


Tabela 2: Relação entre força e densidade da corda.

Ao analisar os dados obtidos desse experimento foi possível observar, na primeira parte
do experimento, a relação entre força de tração e comprimento de onda, além de visualizar
a formação de nós e ventres da onda.
É valido lembrar que para serem chamados de ondas estacionárias, a forma da onda não
se move nem para a esquerda nem para a direita, onde, as posições de máximos e mínimos
não variam posições, essas conhecidas como antinós (ventre). Com isso em mente, é
correto afirmar que o experimento em questão, se trata do caso de geração de ondas
estacionárias.
Diante disso, considerando se tratar de ondas estacionárias, sabemos que para calcular o
comprimento de onda λ, temos que:
𝐿
𝜆𝑛 = 2 𝑛 Onde n = 1, 2, 3 ...
Substituindo os valores para cada harmônico, encontramos λ em cada modo de vibração,
no qual todos os valores devidamente calculados, se encontram na tabela1. Para os nós e
antinós basta observarmos respectivamente os pontos que não vibram e o ponto médio
entre nós adjacentes. Ainda, é possível determinar a força de tração na corda para cada
modo, observando os valores fornecidos pelo dinamômetro do aparato experimental.
Ainda mais, analisando o gráfico 1 de 𝐹(𝜆2 ), encontrado no anexo, é possível observar,
de acordo com as coordenadas que se encontram em cada ponto, anotou-se que sua forma
se distancia muito de um gráfico linear, no qual é deduzido através disso que alguns
resultados estão, equivocados. Além disso na tentativa de estimar a frequência de
oscilação a partir do gráfico 1, sabendo que, numa situação onde densidade da corda e a
mesma, o coeficiente angular do gráfico 𝐹(𝜆2 ) pode nos dá a frequência de oscilação,
assim:
Δ𝑦 1−0,062
𝑡𝑔𝛼 = Δ𝑥 = 0,42−0,04 = 2,47𝜇2
Na segunda parte analisamos apenas a relação de proporcionalidade entre a força de
tração e a densidade linear.
Com o gráfico 2 de 𝐹 = 𝐹(𝜇), como só foi medido para duas densidades lineares, temos
um gráfico de dois pontos, onde o observando, pode-se concluir que a força de tração é
inversamente proporcional a densidade linear da corda.

6. Conclusões
Com a realização do experimento relatado, foi possível concluir que, os objetivos
propostos pelo experimento, foram devidamente cumpridos, com relação a reprodução
dos modos de vibração em uma corda esticada, a medição de λ para cada modo e a
determinação da força de tração na corda para cada modo, além de definir sua relação
com a densidade linear.
Com tudo, conclui-se que os objetivos abordados foram alcançados com sucesso.

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7. Bibliografia

[1] R. Resnick, D. Halliday – Física. Volume 2.


[2] Nussenzveig, Herch Moyses. Curso de Física básica / H. Moyses Nussenveig – 4ª
edição – São Paulo: Edgar Blucher, 2002

8. Anexos.

Gráfico 1: força de tração em função do comprimento de onda

Gráfico 2: força de tração em função da densidade linear

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