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Física 2 Experimental - 09/2023 - Turma 08

Experimento - Ondas Estacionárias


01/09/2023

Grupo 04
- Participantes:
● Ana Clara Soares - (231024890)
● Ana Helena Neves de Assis Braga - (231024907)
● Kamila Vitória Vieira Lacerda - (231024999)

Introdução:

O experimento realizado objetivava reproduzir e observar o comportamento de ondas


estacionárias em uma corda, sendo de nylon e elástica. A saber, ondas estacionárias são
oscilações produzidas pela interferência entre ondas de mesma frequência e amplitude e que
se propagam ao longo da mesma direção, mas em sentidos opostos. Essas ondas possuem um
padrão, formando-se a partir da superposição de duas ondas idênticas que, como dito
anteriormente, se movem em direções opostas. Essas ondas são formadas por um fenômeno
denominado ressonância, que pode ser observado na produção de notas em instrumentos
musicais de corda e de sopro. Alguns exemplos desse fenômeno de ondas são as ondas
sonoras em um tubo fechado ou as que foram visualizadas no presente experimento: em uma
corda com duas extremidades fixas (e com a utilização de um excitador de ondas e de um
oscilador de frequência, como no caso do experimento).
Ademais, como qualquer outra onda, as estacionárias (ou harmônicos) possuem
comprimento de onda, frequência, período e velocidade de propagação. De forma sucinta,
ondas estacionárias em cordas são formadas quando uma oscilação incide sobre a
extremidade fixa de uma corda. Quando isso acontece, essa onda é refletida com uma
inversão de fase, isto é, a amplitude da onda tem sua direção de oscilação e propagação
invertida.
Essas ondas mecânicas, também conhecidas como transversais, são estudadas para
entender as propriedades físicas de uma onda e suas aplicações teóricas no mundo real, como
por exemplo, no estudo das ondas geradas por terremotos.
Figura 1 - Representação dos ventres observados com a variação da frequência nas ondas do
experimento

Fonte: https://brasilescola.uol.com.br/fisica/ondas-estacionarias.htm¹

Figura 2 - Diagrama representando ondas estacionárias

Fonte: https://es.wikipedia.org/wiki/Diagrama_de_Onda_Estacionaria²

Objetivos:

Verificar o comportamento das ondas estacionárias reais em uma corda e como suas
equações teóricas se aplicam na realidade, observando-se o comprimento da onda, sua
velocidade de propagação e sua frequência.

Materiais:

Dentre os materiais utilizados para a realização do experimento no laboratório e para a


análise de dados e confecção do presente relatório, é possível citar:
● 1m de corda elástica;
● 1m de fio de nylon;
● Dois suportes de fixação;
● Balança digital (com 0,1g de precisão);
● Poste com roldana;
● Dois conjuntos com quatro pesos em cada, de cerca de 400g no total (com suportes);
● Excitador de ondas PASCO modelo (WA-9857);
● Gerador de ondas senoidais PASCO modelo (WA-9867);
● Uma trena de 5m (com 0,05 cm de precisão);
● Planilhas no excel;
● Programa SciDavis.

*O kit utilizado não estava numerado.

Procedimentos:

O experimento foi dividido em quatro partes, com o intuito de atingir de forma bem
explicada o objetivo final do relatório. Antes da realização dos procedimentos, fez-se
necessária a pesagem da corda elástica utilizando a balança digital com erro de 0,1g; assim
como da massa com seu respectivo suporte. A próxima etapa consistiu na utilização da trena
para medir o comprimento da corda elástica, tendo muita atenção para que estivesse o menos
distendida possível. Pela dificuldade de medição, a incerteza adotada para a trena foi de 0,1
cm; dobrando a incerteza original de 0,05 cm. Esses dados podem ser encontrados na Tabela
01.
Após as medições, a corda foi amarrada na ponta do oscilador de frequência e
esticada por uma massa pendurada em sua outra extremidade, através de uma polia.

Figura 3- Esquema de Montagem do Aparato Experimental

Fonte: Autoral

Na primeira parte do experimento, buscava-se calcular a velocidade da propagação


(v) da onda na corda por meio da relação v = √τ /µ, onde τ é a tensão (calculada pelo produto
da gravidade pela massa suspensa na corda) e µ é a densidade linear (encontrada pelo
quociente da massa pelo comprimento da corda). Buscava-se também determinar uma função
que descrevesse o valor da densidade em função da distensão da corda.
Na segunda parte, pretendia-se mostrar que o produto do comprimento de onda e a
frequência são constantes, sendo igual à velocidade de propagação da onda, ou seja, λf = v.
Para tal, foi utilizado o oscilador de frequência, encontrando para cada número de ventre, um
comprimento de corda e frequência fundamental.
Na terceira parte, a intenção era mostrar que, para ser considerada estacionária, uma
onda deve seguir a fórmula λn = 2L/ n,sendo L igual ao comprimento da corda e n igual ao
número de ventres visíveis na onda.
Na quarta e última parte, esperava-se mostrar que a velocidade é proporcional à raiz
quadrada da tensão. Para a execução, a corda elástica foi substituída por uma corda de nylon
de mesmo comprimento, fixando o número de ventre igual a 2, e encontrando sua frequência
fundamental para cada aumento de massa no suporte.
Todas as medidas foram convertidas seguindo o Sistema Internacional de Unidades³ e
suas incertezas são arredondadas de acordo com a regra do algoritmo significativo.

Resultados e análise:

Os dados obtidos pré experimento:

Tabela 01: Dados pré-experimento

A partir desses dados, foi possível obter a densidade linear (µ) da corda não
distendida, utilizando a fórmula:

𝑚
µ= 𝐿

Obtém-se: µ= (0,00465 ± 0,00008) kg/m.


Já o erro é calculado pela propagação de erros do quociente, onde a incerteza é igual
ao produto da soma das incertezas fracionárias das medidas (m e L) pelo valor melhor. 4
Com a adição da massa suspensa na corda, de valor: m= (0,3100 ± 0,0001) kg, foi
criada uma tensão (τ) que causa distensão na corda elástica. Escolhendo-se um ponto
arbitrário L1, enquanto a corda não estava distendida e outro ponto L2 após a distensão, foi
possível encontrar o ▲L = (0,625 ± 0,001) m, que representa o valor da distensão.
Uma possível densidade linear da corda distendida poderia ser calculada somando o
valor da distensão com o comprimento da corda, obtendo L3= (1,910± 0,002)m. Utilizando a
fórmula da densidade e a propagação de erros, encontra-se como resultado:

µ = (0,0031±0,0001) kg/m.
Para calcular a velocidade da propagação (v) da onda na corda é necessário o cálculo
da Tensão:
A tensão é o produto da massa m pela gravidade g:

τ= m × 𝑔
onde:
m é a massa tensionada de valor m= (0,30995 ± 0,0001) kg
5
g é a gravidade de valor g= 9,8 m/s ² assim temos:

τ = 0,30995 × 9,8 → τ = 3,038 kg*m/s²

E para o erro da tensão, é utilizada a propagação de erros de um produto, semelhante


ao erro do quociente da densidade 4; encontrando:

δτ = 0,001 kg*m/s²

Com o valor da tensão τ = (3,038 ± 0,001) kg*m/s², e da densidade linear µ=


(0,00465 ± 0,00008) kg/m, é possível utilizar a seguinte fórmula:

τ
v= µ

5
Considera-se a medição da gravidade como certa e sem incerteza;

Encontrando:
v= 25,5 m/s.

A propagação do erro da velocidade foi realizada usando a fórmula para propagação


com duas ou mais variáveis:

Figura 4- Fórmula da Propagação de Erros com mais de uma variável.

Fonte: https://www2.fis.ufba.br/dfes/fis3/Teoria_dos_Erros.pdf 6
A segunda etapa consiste em ajustar o oscilador e o propagador de ondas até encontrar
a frequência fundamental (f) para cada número de ventre (n) e calculando o respectivo
comprimento de onda (λ), formando a seguinte tabela:

Tabela 02: Frequência e Comprimento de Onda correspondente ao número de ventre.

O comprimento de onda (λ) é calculado a partir da relação v= λ × f, utilizando a


frequência encontrada e a velocidade de propagação de ondas anteriormente calculada.
Para investigar se o produto do comprimento de onda pela frequência é constante, ou
𝑣
seja, satisfaz λ= 𝑓 é necessário uma constante proporcionalidade (k). Essa constante pode ser
1 1
encontrada através do gráfico f em função de λ
, onde f= λ
× 𝑘.

1
Tabela 03- f em função de λ
1
Gráfico 01- f em função de λ

A constante de proporcionalidade encontrada é k = 25,55 ± 1,04 e-09; e a velocidade


antes calculada é v= (25,5 ± 0,2)m/s, observando seus valores e incertezas, é possível
concluir que elas são iguais. Assim, comprova que o produto do comprimento de onda pela
frequência é igual a velocidade de propagação da onda, ou seja λf = v.
Na terceira parte, foram utilizados os dados obtidos na segunda etapa para calcular o
1
coeficiente angular da reta (h) de λ em função de 𝑛
, por meio do gráfico 2.

Tabela 04- λ em função de 1/n do Gráfico- 02


Gráfico 02- λ em função de 1/n utilizando o comprimento de onda anterior

O coeficiente angular h=1,99±0,01 deveria ser igual ao dobro do comprimento da


corda, L=(2,570 ± 0,004)m. Buscando solução para esse problema, iremos criar outro gráfico,
agora utilizando o valor do comprimento da corda calculado por meio da seguinte função:
2𝐿
λ𝑛 = 𝑛

Tabela 05 - λ em função de 1/n para o Gráfico 03


Gráfico 03- λ em função de 1/n utilizando outra fórmula para o comprimento de onda

Agora, nota-se que o coeficiente angular h= 2,56±5,37e-10 é igual ao dobro do


comprimento: L=(2,570 ± 0,004)m, dentro das respectivas incertezas. Dessa forma,
compreendemos que para uma onda estacionária, apenas os valores obtidos pela segunda
fórmula são permitidos.
Na quarta etapa a corda elástica foi substituída por uma corda de nylon, para que não
houvesse uma distensão perceptível da corda quando a tensão fosse aplicada. Por essa
condição, o comprimento de onda (λ) é igual ao valor do comprimento da corda L(1,285 ±
0,001)m
Primeiro foi colocado uma massa de aproximadamente 100g no suporte, ajustando o
oscilador até determinar a frequência fundamental para n=2. Variou-se as massas,
aumentando de 50g a 50g até atingir 400g. Conhecendo cada frequência e a massa
correspondente, é possível calcular a tensão e a velocidade de propagação da onda.

Tabela 06- Frequência, Velocidade e Tensão em n=2.


Buscando verificar a relação proporcional da velocidade da propagação da onda com
a raiz quadrada da tensão, foi construído o gráfico 04:

Tabela 07 - Proporcionalidade de v em relação a τ

Gráfico 04- Proporcionalidade de v em relação a τ.

É possível perceber um crescimento linear, provando que a velocidade de propagação


da onda é proporcional à raiz quadrada da tensão.
Conclusão:

Principais Resultados:
Valor da Velocidade de Propagação de Onda………………..…………………………6
Constante de Proporcionalidade do produto de λ*f ……………………………….….7
λ para Ondas Estacionárias ………………………………………………………….…9
v é Proporcional a τ ……………………………………………………………..…10

De acordo com os dados e informações que foram apresentados no presente relatório,


foi possível observar a aplicação das equações e teorias sobre as ondas estacionárias na
prática e como elas se aplicam no cotidiano, em situações reais. Ao fim do experimento e dos
cálculos realizados, analisou-se com precisão a aplicação da inversa-proporcionalidade de
ondas em uma corda: a amplitude da onda tem sua direção de oscilação e propagação
invertidas, pois de acordo com a frequência aplicada nas ondas, o comprimento varia de
forma contrária (quanto maior sua frequência, menor o comprimento da onda; quanto menor
sua frequência, maior o comprimento da onda).
Dessa forma, ao final do experimento, tendo estudado suas aplicações, teorias e
relações, é possível estudar de forma cada vez mais precisa o comportamento das ondas e as
variações no meio em que elas se propagam.
Faltou falar da relação entre velocidade de
propagação e a raiz quadrada da tensão.
Bibliografia:

¹Disponível em: < https://brasilescola.uol.com.br/fisica/ondas-estacionarias.htm>


Acesso em: 07 set.2023.

²Disponível em: <https://es.wikipedia.org/wiki/Diagrama_de_Onda_Estacionaria>


Acesso em: 07 set.2023.

³O sistema internacional de unidades.


Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_Internacional_de_Unidades>
Acesso em: 07 set.2023.

4
A propagação de erros será utilizada para definir as demais incertezas, sua base teórica é
encontrada no livro Introdução à análise de erros´de John Taylor.
TAYLOR, John R. Introdução à análise de erros: o estudo de interferências em influências
físicas. Bookman, 2012. E-book. IBSN 9788540701373.
Disponível em: <https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788540701373/>
Acesso em: 07 set.2023.

6
Disponível em: <https://www2.fis.ufba.br/dfes/fis3/Teoria_dos_Erros.pdf>
Acesso em: 07 set. 2023.

Halliday, Walker e Resnick, Fundamentos de Física - 2, Editora LTC;


Acesso em: 07 set.2023.

Disponível em: <https://mundoeducacao.uol.com.br/fisica/ondas-estacionarias.htm>


Acesso em: 07 set.2023.
Apêndice

Legenda
v Velocidade de propagação da onda;

τ Tensão exercida sobre a corda (m×g);

µ Densidade Linear;

g Gravidade da Terra;

m Massa;

λ Comprimento de Onda;

f Frequência;

n Nº de ventres da Onda;

L Comprimento da Corda;

δ Incerteza da Medida;

k Constante de Proporcionalidade;

h Coeficiente Angular;

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