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Laboratório de Física C

Métodos e Materiais para o experimento de cordas vibrantes

1. Materiais utilizados:

1. Fio de Nylon.
2. Massas de 10g, 50g.
3. Amplificador de áudio
4. Caixa de som
5. Gerador de sinal
6. Balança digital
7. Suporte para os pesos
8. Suporte para o nylon
9. Roldana
10. Trena

2. Montagem do experimento:

Figura 1 - Experimento de Cordas Vibrantes

Com o intuito de analisar a frequência de vibração de um fio se relaciona com o número


de ventres, com o comprimento do fio e com a tensão aplicada sobre ele e determinar a
densidade linear deste fio. Inicialmente é aferido com a balança, valores de m de 4
conjuntos de massa (Figura 2), o primeiro conjunto, de menor massa, é preso ao fio,
ficando suspenso, como mostrado na Figura 1. Logo após, configura-se o gerador de
frequência.
Então, com o sistema montado, aumenta-se gradativamente a frequência fornecida pelo
gerador até que o fio é colocado em ressonância 4 vezes (Figura 3 e Figura 4), em 4
harmônicos diferentes (n = 1, 2, 3, 4 e 5), e os valores de frequências de ressonância são
anotados (Tabela 1). Da mesma forma, obtém-se as medidas das frequências de
ressonância do fio em n = 1, 2, 3,4 e 5 para os quatro conjuntos de massa m restantes.
Por fim, mede-se o comprimento lfio, e com o auxílio dos dados de referência do diâmetro
e densidade volumétrica de um fio de mesmo material usado no experimento, a fim de
ser obtida a densidade do fio.
Figura 2 - Realização das medições das massas

3. Obtenção dos dados experimentais:


Após a montagem do experimento, é feita a coleta de tais dados: o número de ventres
formados, e a sua frequência com o comprimento constante e variando a tensão na corda.
São obtidos os seguintes dados:
F(Hz) para F(Hz) para F(Hz) para F(Hz) para
Massa
o 1º o 2º o 3º o 4º
(kg)
harmônico harmônico harmônico harmônico
0,06 37 ± 3 73 ± 4 112 ± 3 149 ± 2
0,08 41 ± 3 82 ± 4 126 ± 5 167 ± 3
0,1 45 ± 3 92 ± 4 139 ± 3 183 ± 4
0,12 49 ± 4 100 ± 6 150 ± 3 200 ± 2
Tabela 1 - Frequência relacionada com o seu harmônico variando a massa.

Obs.: O suporte para as massas tinha um peso padrão de 10 g, ou 0,01 kg, então as adições
de massa iniciaram-se com 0,05 kg mais a massa do suporte, daí em diante foram sendo
adicionados 0,02 kg para serem feitas 4 medidas para 4 harmônicos.
Figura 3- Gerador de Sinal

Figura 4- Visualização de surgimento de ventres

4. Estudo de erros em medidas:


A medida de uma grandeza é obtida, em geral, através de um experimento, na qual o grau
de complexidade do processo de medir está relacionado com a grandeza em questão e
com o processo de medição.
A determinação do erro de medida não é simples, pois a maioria dos casos há uma
combinação de inúmeros fatores que influenciam, de forma decisiva, no resultado da
medição. Portanto, o erro “verdadeiro” de uma medida é sempre impossível de conhecer,
sendo possível apenas uma estimativa do erro máximo aceitável.
Existem diversas classificações de erros na literatura especializada, entretanto, há três
principais que são:
1) Erro de escala: é o erro associado ao limite de resolução da escala do instrumento
de medida;
2) Erro sistemático: é o erro em que o medidor sofre, de maneira constante, em todo
o processo de medição. No momento da descoberta da sua origem, o erro é
possível de ser sanado;
3) Erro aleatório: é o erro que decorre de perturbações estatísticas impossíveis de
serem previstas, sendo assim, difícil de evitá-los.
4.1. Cálculo das incertezas das frequências de ressonância
Para tal cálculo, foi determinado que fosse observado a menor frequência em que surgisse
o ventre na sua menor amplitude possível, e a maior frequência em que esse ventre ainda
se mantivesse com uma amplitude parecida com o de menor frequência, então foi tirado
a diferença entre essas frequências e depois dividida por 2. Assim tínhamos a incerteza
da frequência. A frequência média é a frequência em que foi observado a maior amplitude
possível.
4.2. Propagação de Erros:
Seja uma grandeza y que depende de outras grandezas x1, x2, x3, .... Então, a grandeza y é
uma função das grandezas x1, x2, x3, .... e pode ser escrita da seguinte forma:
𝑦 = 𝑓(𝑥1, 𝑥2, 𝑥3, … )
A variação infinitesimal de qualquer uma das variáveis xi provoca também uma variação
infinitesimal em y. Podemos expressar essa variação através da diferencial exata abaixo:
𝜕𝑓 𝜕𝑓
𝑑𝑦 = 𝑑𝑥 + 𝑑𝑥 + …
𝜕𝑥 𝜕𝑥
Realizando uma analogia entre variações infinitesimais e os desvios (erros) das variáveis,
uma vez que ambos representam variações temos:
𝜕𝑓 𝜕𝑓
∆𝑦 = ∆𝑥 + ∆𝑥 + …
𝜕𝑥 𝜕𝑥
Com a equação acima, considera-se a situação na qual os erros, atuando no mesmo
sentido, somam-se. Isto é possível tomando-se o módulo das derivadas parciais da
equação acima.

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