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Universidade Tecnológica Federal do Paraná

Engenharia de Controle e Automação

Física Experimental 1 - Prof. Hélio Saito


Disciplina:FI31B Turma:A12

Atividade 9 – Propagação de erros e densidade

Nome: - Marcus Vinicius Marques de Oliveira

- Matheus Gil Bovolenta

- Matheus Gomes Camargo

- Nikolas Catib Boranelli

- Nathalia Manzatto Peres

- Thiago Januario De Morais

Cornélio Procópio
2019
1. Título

Propagação de erros e densidade

2. Objetivos

Neste experimento teve-se como objetivo compreender e adquirir novos


conhecimentos acerca da teoria de propagação de erros. Por meio de uma atividade
experimental, será obtido valores de medições, e a partir destes, passarão para uma
seção de tratamento, atendendo a um determinado padrão (teoria de propagação de
erros). Esses dados, após a manipulação, deverão manter ainda suas caraterísticas
fundamentais.

3. Fundamentação teórica

Segundo Santos Júnior e Irigoyen, o valor verdadeiro de uma grandeza física


experimental pode ser considerado o objetivo final do processo de medição e é
entendido como problema porque esse valor é sempre desconhecido. As únicas
grandezas que têm seus valores verdadeiros conhecidos exatamente são aquelas que
não dependem de dados experimentais para serem determinadas, tal como o número
pi (𝜋). De acordo com Vuolo, se 𝑦𝑣 é o valor verdadeiro de um mensurando e 𝑦 é o
resultado de uma medição, o erro (𝜂) em 𝑦 é definido pela Equação 1. 𝜂 = 𝑦 − 𝑦𝑣

Os diferentes tipos de erros podem ser agrupados em 2 grandes grupos que são os
erros sistemáticos e os erros estatísticos (aleatórios). Erros estatísticos resultam de
variações aleatórias no resultado da medição, devido a fatores que não podem ser
controlados ou que, por qualquer motivo, não são controlados. Em geral, estas
variações se devem somente ao processo de medida. Por exemplo, na medição de
massa com uma balança, correntes de ar podem introduzir este tipo de erro, que pode
ser reduzido ou praticamente eliminado colocando se a balança em uma caixa de vidro
ou mesmo em vácuo.

O ato de medir é, em essência, um ato de comparar, e essa comparação envolve erros


de diversas origens. Quando se pretende medir o valor de uma grandeza, pode-se
realizar apenas uma ou várias medidas repetidas, dependendo das condições
experimentais particulares ou ainda da postura adotada frente ao experimento. Em
cada caso, deve-se extrair do processo de medida um valor adotado como melhor na
representação da grandeza e ainda um limite de erro dentro do qual deve estar
compreendido o valor real.

Tipos de erros:

Erros grosseiros: são erros que resultam de uma desatenção do experimentador.


Erros sistemáticos: são erros oriundos de causas constantes e que afetam as medidas
de um modo uniforme, deslocando o melhor valor sempre de uma constante.
Erro estatístico: mede de alguma forma a dispersão dos dados ao redor da média.
Erro absoluto: Diferença entre o valor exato de um número x e o seu valor aproximado
x’.
Erro relativo: como dependendo das grandezas envolvidas o erro absoluto pode não
ser muito significativo, portanto, emprega-se o erro relativo que é o erro absoluto
dividido pelo valor aproximado x’.

A Incerteza de medição é um parâmetro associado ao resultado de um procedimento,


que caracteriza a dispersão de valores atribuídos à grandeza submetida à tal ensaio.
Assim, por definição, a incerteza é um valor que estima o quanto um resultado é
confiável. Quando maior a incerteza, menor a confiabilidade desse resultado. Ao
mesmo tempo, é plausível apontar que incerteza e erro são dois parâmetros
diferentes. Enquanto o estudo do erro está relacionado à necessidade de conhecer o
valor verdadeiro do que está sendo medido, o cálculo da incerteza não depende desse
tipo de análise. A incerteza é um conceito mais instrumental e mais aplicável que o
conceito de erro.

A exatidão é avaliada através das atividades de calibração que, grosso modo, consiste
em realizar várias medições em um padrão de valor conhecido. A diferença entre a
média das medições e o valor conhecido do padrão é a exatidão.

A precisão é avaliada através de estudos de repetibilidade e reprodutibilidade. A


repetibilidade mede o grau de concordância das medições quando não há variação
dos fatores que podem contribuir para a variação das medições, enquanto a
reprodutibilidade mede o grau de concordância das medições quando pelo menos um
dos fatores é modificado.

Em geral, o fator modificado são os analistas, ou seja, a repetibilidade mede a variação


das medições realizadas por um único analista nas mesmas condições e a
reprodutibilidade mede a variação das medições entre diversos analistas.

4. Materiais e Métodos

Neste experimento foram utilizados os seguintes materiais: régua, paquímetro,


balança eletrônica, corpo de prova e o software Microsoft Excel.

• Régua utilizada no experimento

• Paquímetro utilizado no experimento


• Balança digital utilizada no experimento

• Corpo de prova utilizado no experimento

● Software Microsoft Office Excel utilizado no experimento.


Primeiro, com a régua, foram medidos os valores de espessura e diâmetro, e com o
auxílio da balança foi aferida a massa do corpo de prova, sendo que esses dados
foram utilizados na para determinar o volume do corpo de prova(como para a
maioria dos cálculos 𝜋 foi admitido o valor de 3,141593 para este experimento).
Em seguida foi realizado o cálculo da incerteza propagada em relação ao volume.
Logo após foi calculada a densidade do corpo de prova, e analogamente, foi
determinada a incerteza propagada em relação a densidade.
Por fim, repetiu-se o mesmo processo para as medições, entretanto, utilizando o
instrumento paquímetro e feita a comparação entre os resultados.

5.Resultados

Primeiramente, utilizando a régua para realizar as medições do corpo de prova,


chegou-se nos seguintes valores:

Diâmetro (D) = ( 11,92 ± 0,05 ) cm


Espessura (E) = ( 1,71 ± 0,05 ) cm

Após isso, utilizando a balança de precisão, foi aferida a massa do corpo de prova, a
qual teve o seguinte valor:

Massa (M) = ( 1509,26 ± 0,01 ) g

Depois, a fim de obter o volume do corpo de prova, utilizou-se a seguinte fórmula:

𝜋. 𝐷2 . 𝐸
𝑉=
4

𝜋. 11,922 . 1,71
𝑉=
4

Chegando ao seguinte valor:

Volume (V) = 190,8264409440480 cm³ e, portanto, V =


̃ 191 cm³.
Para uma maior precisão dos resultados, foi calculada a incerteza propagada do
volume (V) utilizando as seguintes equações:

Obtendo 𝜎𝑉 = 5,804837558418020 e, portanto, 𝜎𝑉 =


̃ 6.

Chegando, assim, ao resultado do volume (V):

(V ± 𝜎𝑉 ) cm³

V = ( 190,8264409440480 ± 5,804837558418020 ) cm³ e, portanto,


V=
̃ ( 191 ± 6 ) cm³.

Com o valor do volume e da massa do corpo de prova, foi possível calcular o valor
da densidade (𝜌) através da razão entre a massa (m) e o volume (V):

𝑚
𝜌= 𝑉

Obtendo, assim, como valor da densidade (𝜌) = 7,909071680703450 g/cm³ e,


portanto, (𝜌) =
̃ 7,9 g/cm³.
Após isso, também a fim de obter uma maior precisão dos resultados, foi calculada a
incerteza propagada da densidade (𝜌) utilizando as seguintes equações:

Obtendo 𝜎𝜌 = 0,240589706574760 e, portanto, 𝜎𝜌 =


̃ 0,2.

Chegando, assim, ao resultado da densidade (𝜌):

(𝜌 ± 𝜎𝜌 ) 𝑔/𝑐𝑚³

𝜌 = ( 7,909071680703450 ± 0,240589706574760) g/cm³ e, portanto,


𝜌=
̃ ( 7,9 ± 0,2 ) g/cm³.

Por fim, utilizando o paquímetro para realizar as medições do corpo de prova,


chegou-se nos seguintes valores:

Diâmetro (D) = ( 12,01 ± 0,005 ) cm


Espessura (E) = ( 1,72 ± 0,005 ) cm

O valor da massa do corpo de prova, por não utilizar outra diferente balança, foi o
mesmo obtido anteriormente:

Massa (M) = ( 1509,26 ± 0,01 ) g


Depois, a fim de obter o volume do corpo de prova, utilizou-se a seguinte fórmula:

𝜋. 𝐷2 . 𝐸
𝑉=
4

𝜋. 12,012 . 1,72
𝑉=
4

Chegando ao seguinte valor:

Volume (V) = 194,8517860460990 cm³ e, portanto, V =


̃ 195 cm³.

Para uma maior precisão dos resultados, foi calculada a incerteza propagada do
volume (V) utilizando as seguintes equações:

Obtendo 𝜎𝑉 = 0,5892068728960250 e, portanto, 𝜎𝑉 =


̃ 6.

Chegando, assim, ao resultado do volume (V):

(V ± 𝜎𝑉 ) cm³

V = ( 194,8517860460990 ± 0,5892068728960250 ) cm³ e, portanto,


V=
̃ ( 195 ± 1 ) cm³.
Com o valor do volume e da massa do corpo de prova, foi possível calcular o valor
da densidade (𝜌) através da razão entre a massa (m) e o volume (V):

𝑚
𝜌= 𝑉

Obtendo, assim, como valor da densidade (𝜌) = 7,745682144493830 g/cm³ e,


portanto, (𝜌) =
̃ 7,75 g/cm³.

Após isso, também a fim de obter uma maior precisão dos resultados, foi calculada a
incerteza propagada da densidade (𝜌) utilizando as seguintes equações:

Obtendo 𝜎𝜌 = 0,02342200809733090 e, portanto, 𝜎𝜌 =


̃ 0,02.

Chegando, assim, ao resultado da densidade (𝜌):

(𝜌 ± 𝜎𝜌 ) 𝑔/𝑐𝑚³

𝜌 = ( 7,745682144493830 ± 0,02342200809733090 ) g/cm³ e, portanto,


𝜌=
̃ ( 7,75 ± 0,02 ) g/cm³.
6. Discussão e conclusão

Ao analisar os resultados obtidos pela régua, teve-se que o volume foi de


V =
̃ ( 191 ± 6 ) cm³ e a densidade de 𝜌 =
̃ ( 7,9 ± 0,2 ) g/cm³. E com o uso do
paquímetro foi de V =
̃ ( 195 ± 1 ) cm³ e a densidade de 𝜌 =
̃ ( 7,75 ± 0,02 ) g/cm³.
Portanto, conclui-se que o desvio encontrado no paquímetro é menor em relação a
régua, ou seja, os valores obtidos pelo paquímetro são mais precisos.

7. Bibliografia

https://www.ebah.com.br/content/ABAAAAT6cAC/medidas-propagacao-erros;

https://www.midomenech.com.br/lean-seis-sigma/downloads/artigos/133-saber-
profundo-propagacao-de-erros-em-medicao.html;

https://dialnet.unirioja.es/descarga/articulo/5762872.pdf.

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