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Laboratório de Física C

Resultados e Discussões

1. Densidade experimental:
Para ser definida a densidade linear encontrada experimentalmente, seguiremos
alguns passos:
1) Realizar as medições de frequências para os 4 harmônicos, variando 4 vezes a
massa que tensiona a corda de Nylon.

2) Reorganizar a fórmula de frequência esperada para cada harmônico, isolando a


densidade da fórmula com o intuito de facilitar a sua inserção no software
SciDAVis para que o resultado da densidade já esteja com suas incertezas
inseridas.

3) Após a reformulação, encontrar os valores de “x”, que são os outros dados com a
exceção da densidade e construir uma tabela que relaciona o valor de “x” com a
frequência experimental.

4) Plotar o gráfico que relaciona o valor de “x” com a frequência experimental,


usando uma fórmula auxiliar, que será a junção de “x” com a densidade linear
para fazer o ajuste não – linear, dessa forma, como os valores de “x” já estarão
definidos, a densidade será um parâmetro.

5) Após feito o ajuste, o software dará um valor da densidade já com a sua incerteza.

1.1.Dados experimentais:
F(Hz) para F(Hz) para F(Hz) para F(Hz) para
Massa
o 1º o 2º o 3º o 4º
(kg)
harmônico harmônico harmônico harmônico
0,06 37 ± 3 73 ± 4 112 ± 3 149 ± 2
0,08 41 ± 3 82 ± 4 126 ± 5 167 ± 3
0,1 45 ± 3 92 ± 4 139 ± 3 183 ± 4
0,12 49 ± 4 100 ± 6 150 ± 3 200 ± 2
Tabela 1 - Dados experimentais obtidos

Com os dados das frequências experimentais obtidas, então o próximo passo é achar as
frequências teóricas. Esses valores de frequência foram obtidos com o comprimento
da corda de Nylon constate, de valor: 1,46 m.
1.2.Fórmula e Reformulação
A frequência teórica é obtida através da fórmula a seguir:

𝑓𝑛 = 𝑚𝑔 *

Fórmula de frequência

fn = frequência do harmônico
n = número do harmônico
L = comprimento da corda de Nylon
m = massa utilizada
g = aceleração da gravidade [9,782 (2) m/s2]
µ = densidade linear da corda

Como o objetivo do experimento é descobrir a densidade linear da corda, então esse valor
ainda é uma incógnita. Para ser obtida de forma direta já com suas incertezas calculadas
no software SciDAVis, ela tem que ser isolada da fórmula de frequência e ajustá-la como
um parâmetro na equação auxiliar.
1
𝑓𝑛 = 𝑥 ∗
√𝜇
Onde,
𝑛
𝑥= 𝑚𝑔
2𝐿

1.3.Tabela - “x” Versus Frequência experimental


Já com os valores experimentais em mãos, podemos agora calcular os valores de “x” para
plotar o gráfico “(n/2L) √mg Versus Frequência experimental”.
Frequência
(𝒏/𝟐𝑳 ) 𝒎𝒈 (N1/2/m)
experimental (Hz)
0,262365425 37
0,302953498 41
0,338712308 45
0,371040743 49
0,524730851 73
0,605906996 82
0,677424615 92
0,742081486 100
0,787096276 112
0,908860494 126
1,016136923 139
1,113122229 150
1,049461702 149
1,211813992 167
1,354849231 183
1,484162972 200
Tabela 2 - Tabela de dados "x" Versus Frequência experimental

1.4.Plotagem do gráfico:
Valores da Tabela 2 no SciDavis e a coluna das incertezas das frequências experimentais,
como ilustrado abaixo:

Figura 1 – Tabela de dados – “x”, Fn e incertezas de Fn

1.4.1. Plotando o Gráfico:


Com a finalização da tabela, fazemos uma plotagem de gráficos de ponto. Após essa
plotagem, partimos para o ajuste não-linear do gráfico que conta com uma equação
auxiliar para definirmos o valor da densidade linear que servirá como um parâmetro para
essa função.

Figura 2 – Gráfico e ajuste não – linear Fn versus “x”

Equação auxiliar utilizada para o ajuste não – linear:



𝑥= 𝑚𝑔

µ = densidade linear

1.5.Resultado:

Densidade linear experimental da corda de Nylon = 5,30(5) * 10-5 kg/m

Esse é o valor da densidade descoberta experimentalmente.

2. Densidade Teórica

1) O próximo passo será encontrar a densidade linear teórica, que usará uma relação
simples, da densidade volumétrico da corda de Nylon com a sua área transversal.

2) Para saber o seu valor real, é feito sua propagação de incerteza.

2.1.Fórmula
Para a densidade teórica, é simples.
Utiliza a fórmula dada:

µ = ρA
µ = densidade linear da corda
ρ = densidade volumétrica da corda
A = área da secção reta da corda
d = diâmetro da corda

2.2.Valores
ρ = 1,14 (2)g/cm3 (valor fornecido pela tabela de valores de referência), transformando
para [kg/m3] \ ρ = 1140 (20) kg/m3.

d = 0,25 mm2, (diâmetro fornecido no laboratório), transformando para [m2].


d = 0,00025 m.
E considerando o seu erro instrumental como sendo 0,000005 m.

2.3.Substituindo os valores na fórmula


Fazendo o A =
0,00025
µ ó = 1140 ∗ 𝜋 ∗
4

µ ó = 5,59 ∗ 10

2.4.Propagação de incerteza

𝜕𝑓 𝜕𝑓
∆𝑦 = 𝑑𝑥 + 𝑑𝑥 +…
𝜕𝑥 𝜕𝑥

𝜕𝜇 𝜕𝜇
𝜇 = 𝑓(𝜌, 𝑑, 𝐿) ⇒ ∆𝜇 = ∆𝜌 + ∆𝑑
∆𝜌 ∆𝑑

𝜋𝑥0,000250 1140𝑥𝜋𝑥0,000250
∆𝜇 = 20 + 0,000005
4 2

∆𝜇 = 0,24𝑥10

2.5.Resultado
Com a incerteza da densidade, a densidade teórica:

𝜇 = 5,59(24)𝑥10 𝑘𝑔/𝑚

3. Erro relativo:
O erro relativo é uma forma de avaliar a confiança dos dados obtidos
experimentalmente com relação aos teoricamente esperados.

│𝜇 − 𝜇 ó │
𝐸𝑟𝑟𝑜 𝑟𝑒𝑙𝑎𝑣𝑖𝑡𝑜 = ∗ 100
𝜇 ó

│5,30 ∗ 10 − 5,59 ∗ 10 │
𝐸𝑟𝑟𝑜 𝑟𝑒𝑙𝑎𝑣𝑖𝑡𝑜 = ∗ 100
5,59 ∗ 10

𝑬𝒓𝒓𝒐 𝒓𝒆𝒍𝒂𝒕𝒊𝒗𝒐 ≅ 𝟓, 𝟐%
4. Discussão

Como observado, o valor da densidade linear experimental é aproximadamente 5,2%


menor que a densidade linear teórica.
Apesar de todas as interferências e imprecisões adversas, o resultado teve um erro
relativamente baixo, tornando um experimento eficaz para o objetivo proposto do
experimento.

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