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UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO

INSTITUTO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS E EXATAS

DEPARTAMENTO DE FÍSICA APLICADA

EXPERIMENTO 2 – TUBO DE KUNDT

DOCENTE: Profa. Dra Ariana de Campos

TURMA: P08

DISCENTES: FLÁVIO HORIZONTINO ROSA


DO AMARAL

JOÃO VITOR BARBOSA

MARCELO OLIVEIRA MARQUES DA SILVA

PLÍNIO PEREIRA DE MIRANDA

RONAN DUARTE LIMA

UBERABA – MG

10/07/2023
1. OBJETIVOS

Esse experimento tem como intuito determinar o comprimento de onda,


velocidade e propagação do som à temperatura ambiente através do Tubo de Kundt,
assim como, comparar os dados teóricos com os experimentais.

E a partir disto, desenvolver o modelo teórico para calcular o comprimento de


onda (λ) e frequência do som em Hz, realizar o experimento utilizando o Tubo de Kundt
para determinar o comprimento de onda do som à temperatura ambiente, medir a
propagação do som utilizando resultados experimentais, comparar com valores teóricos
obtidos com resultados experimentais do tubo e analisar as possíveis diferenças entre
valores reais e experimentais, identificando seus respectivos erros de precisão.

2. RESULTADOS E DISCUSSÕES

Para coletar os dados necessários para o experimento, foi utilizado uma trena
para medir o comprimento do tubo de vidro (L = 0,99m) com um diâmetro interno de
Di = 0,0344 m e um diâmetro externo de De = 0,0382 m com a temperatura do
laboratório estando em (22 ± 1) °C. Isso permitiu determinar o comprimento efetivo do
tubo (Lef = 1,00032 m) usando a equação (1).

Lef = 0,6 x R + L (1)

Onde R é o raio interno do tubo e L é seu comprimento. Com o valor obtido para
Lef, foi calculado o comprimento de onda (λ) utilizando a equação (2).

λ = 4𝐿𝑒𝑓/𝑛 (2).

Com (𝑛) igual à 1, 3, 5, 7, 9.

Para o experimento foi calculada a taxa de frequência esperada para cada


harmônico (tabela 1).

Harmônico Faixa de frequência


n=1 60 – 110 Hz
n=3 230 – 280 Hz
n=5 400 – 450 Hz
n=7 575 – 625 Hz
n=9 625 – 800 Hz
Tabela 1: referente a faixa de frequência

A velocidade em que as ondas se movimentam no interior do Tubo de Kundt


pode ser calculada através da frequência de ressonância (f) e do comprimento de onda
(λ), relacionadas pela equação (3).
𝑣 = λ𝑥𝑓 (3)

Porém, para poder usar efetivamente a equação (3) deve-se usar a velocidade
calculada através da equação (4), com relação à temperatura do laboratório.

𝑣 = 331 + 0, 6 𝑥 𝑇 (4)

Por meio da equação da média dos dados (5) e do desvio padrão (6), é possível
obter uma estimativa estatística da discordância dos dados coletados, ou seja, o desvio
padrão representa a média das distâncias entre cada valor coletado e a média da
amostra, fornecendo uma medida de quão dispersos os dados estão.

𝑛
1
𝑥 = 𝑛
∑ 𝑥𝑖 (5)
𝑖=1

𝑛
∑ (𝑥𝑖 − 𝑥)²
σ = 𝑖=1
𝑛−1
(6)

A partir da equação (5) e (6), é adquirida a expressão da incerteza estatística do


valor médio.
σ
σ𝑎 = (7)
𝑛

Ademais, o uso de equipamentos para adquirir os dados do experimento gera


uma incerteza instrumental para cada medida, sendo essa incerteza o valor da precisão
do equipamento. Quando não se sabe esse valor é decidido que a incerteza instrumental
−5
(σb) é a metade da menor divisão do equipamento. Assim, σb = 5 𝑥10 m, e o desvio
instrumental é tido como um erro de 0,5%.
Assim expressamos seu valor final da forma x = ( ±σc) , em que corresponde à
incerteza combinada, a qual, é calculada pela seguinte equação:

σc= σ𝑎² + σ𝑏² (8)

Utilizando as equações (1) e (3) com os valores coletados no começo do


experimento, obteve-se a frequência.

Medições Harmônico Harmônico Harmônico Harmônico Harmônico


ƒ(Hz) n=1 n=3 n=5 n=7 n=9
1ª 85,7 257,0 429,3 612,0 770,0
2ª 90,2 250,0 439,0 618,0 773,0
3ª 94,8 270,0 435,0 601,0 790,0
Tabela 2: dados referentes às frequências

Usando as equações (6), (7), (8) obtém os valores da tabela 3.

Harmônico σ (Hz) σa (Hz) σc (Hz) Média Final ƒ (Hz)


n=1 4,55 1,48 1,48 90,2
n=3 10,15 3,31 3,31 257,0
n=5 4,87 1,59 1,59 435,0
n=7 8,62 2,81 2,81 612,0
n=9 10,79 3,51 3,51 773,0
Tabela 3: resultados encontrados de acordo com as equações

N ƒ (Hz) ƒ̅ (Hz) Número de Número de λ (m)


-(harmônico) (previsão) Ventres Nós
1 85,85 90,2 1 2 2,000
3 257,57 257,0 1 2 1,320
5 429,29 435,0 2 3 0,792
7 601,01 612,0 3 4 0,565
9 792,72 773,0 3 4 0,440
Tabela 4: medidas referentes às frequências

Gráfico 1: Comprimento de onda(𝜆) em função de 1/frequência, dados retirados


da tabela (4)

3. CONCLUSÃO

Seguindo os passos do relatório fornecido, calculamos o comprimento


efetivo, comprimento de onda, a velocidade da onda e plotamos o gráfico da
velocidade. Ao examinar a diferença entre valores experimentais e teóricos, foi
possível identificar fontes de erro que contribuem para essa diferença. Erros
experimentais, limitações instrumentais, desvios das condições ideais e negligência
de efeitos físicos relevantes estão entre os principais fatores que afetam a
concordância entre os resultados obtidos e os valores teóricos.
4. REFERÊNCIAS

[1] Halliday, D., Resnick, R., Walker, J.-Fundamentos de Física 2- São Paulo. Livros
Técnicos e Científicos Editora, 4a Edição, 1996.
[2] HIM. Nussenzweig, Curso de Física Básica V.2, p.87-90 Ed. Edgard Blücher, São
Paulo.
[3] PIACENTINI, J. Introdução ao Laboratório de Física. 2. ed. Florianópolis:
Editora da UFSC, 1998. 125 p.
[4] VUOLO, José Henrique. Fundamentos da teoria de erros. 2. ed. São Paulo:
Edgard Blücher, 1992.

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