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Laboratório de Física Universidade Federal do Paraná

ONDAS ESTACIONÁRIAS

Alunos: Ana Clara Souza Ribeiro, Eduarda Boeng, Jorge Brock, Rafaella
Letycia, Renan Loechel
OBJETIVO – Criar um padrão de onda estacionária em uma corda esticada; investigar
a influência da freqüência, comprimento de onda de excitação, densidade e tensão da
corda sobre a velocidade da onda.

INTRODUÇÃO
Ondas estacionárias são resultantes da superposição de duas ondas com
mesma frequência, amplitude, comprimento de onda e direção, mas sentidos opostos.
Pode-se obter uma onda estacionária através de uma corda fixa numa das
extremidades. Com uma fonte faz-se a outra extremidade vibrar com movimentos
verticais periódicos, produzindo-se perturbações regulares que se propagam pela
corda. Ao atingirem a extremidade fixa, elas se refletem, retornando com sentido de
deslocamento contrário ao inicial. Dessa forma, as perturbações se superpõem às
refletidas originando o fenômeno das ondas estacionárias.
Uma onda estacionária se caracteriza pela amplitude variável de ponto para
ponto, isto é, há pontos da corda que não se movimentam (amplitude nula), chamados
de nós, e pontos que vibram com amplitude máxima, chamados ventres. A distância
entre dois nós consecutivos vale meio comprimento de onda, λ/2.
Uma corda esticada tem muitos modos de vibrações naturais (três exemplos
estão na Figura 1). Em todos os casos, o comprimento da corda é igual a um múltiplo
inteiro de meio comprimento de onda.

Figura 1 - Três primeiros modos de vibração de uma corda esticada e fixa nas
duas extremidades.
Podemos escrever esta relação entre os comprimentos de onda e da corda

como L= , onde n corresponde ao número de ventres da onda estacionária, e
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também é conhecido como número harmônico.

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Caso coloque uma corda esticada para vibrar em uma frequência arbitrária, você
provavelmente não verá nenhum modo em particular: vários modos aparecerão
misturados. Mas, se a frequência, a tração e o comprimento são ajustados
corretamente o modo vibracional vai aparecer em uma amplitude maior que nos outros
modos.
Nesse experimento, ondas estacionárias são criadas em uma corda esticada
através das vibrações de um gerador de ondas elétrico. O arranjo experimental é
mostrado da Figura 2. A tração na corda é igual ao peso das massas suspensas
através da polia. Você pode mudar a tração mudando as massas, pode ajustar a
amplitude e a frequência da onda regulando a saída do gerador de frequência senoidal,
que alimenta o gerador de ondas.

Figura 2 - Esquema experimental: L é o comprimento da corda e λ é o


comprimento de onda. A corda está vibrando em três segmentos, λ = ⅔ L.

Para qualquer onda com comprimento de onda λ e frequência f, a velocidade da


onda v é igual a
v = λf (1)

A velocidade de uma onda em uma corda também pode ser dada por
v=√ ❑ (2)
A densidade linear (µ) é a massa por unidade de comprimento da corda. A
tração (T) é aplicada pela massa suspensa (m) e é igual ao peso (mg).

MATERIAL NECESSÁRIO:

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● Gerador de ondas senoidal; vibrador de cordas; corda elástica branca; pinos
banana-banana; suporte universal; Kit com massas em disco; régua de metro
e balança.

PROCEDIMENTO
1. Para calcular a densidade da corda (μ C) meça o comprimento da mesma (L C) e coloque
na balança para aferir sua massa (MC). Anote esse valor na tabela 1 abaixo.

Tabela 1 – Medida da densidade linear da corda


MC ( Kg ) LC( m ) µC( Kg/m )
0.00436 kg 1m 0.00436

2. A figura 3 mostra a montagem experimental. Na extremidade esquerda da figura vemos


que a corda está presa no gerador de ondas, e na outra extremidade passa por uma
polia e é tracionada por uma massa conhecida m.

Figura 3 – Montagem experimental mostrando o 3o harmônico.

3. Medir a distância entre a extremidade da corda fixa no gerador de ondas até a polia,
essa é o comprimento L. Anote esse valor, e a massa (m) utilizada para tensionar a
corda no quadro lateral da tabela 2.
4. Ligue o gerador de ondas. Regule a frequência e a amplitude para encontrar os quatro
primeiros modos de vibração. Anote esses valores na tabela 2.

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5. Calcule o comprimento de onda em cada caso (λ n = 2L/n), e a velocidade da onda na
corda (v = λf). Calcule também o valor médio da velocidade.

Tabela 2 – Ondas estacionárias e a variação do modo de vibração n.


n f ( Hz ) λ( m ) v ( m/s ) m ( Kg ) = 0.155
1 10 2 20
L( m )=1
2 20,2 1 20,2
3 28,8 2/3 19,2
4 38,8 2/4 19,4
VMéd ( m/s ) 19,7

6. Sabendo que v=√ ❑, calcule a velocidade da onda na corda e compare com o valor
médio obtido na Tabela 2, através do erro percentual entre ambos.
T =0.155∗10=1.55 , U=0,0436/1=0,436
v=√ ❑
|19,7−18,85|
Erro %= =0,045∗100=4,509 %
18,85
...............................................................................................................................
.................................................................................................................................
.................................................................................................................................
.................................................................................................................................
7. Troque a posição do ponto de sustentação alterando o comprimento da corda.
Encontre a freqüência que produz o segundo modo de vibração (n = 2). Repita o
processo mais vezes, anotando tudo na tabela 3. Não esqueça de manter a massa
constante.

Tabela 3 – Ondas estacionárias para L variável e n = 2. m = ........................


L(m ) f ( Hz )
1.0 20.2
0.8 24.3
0.7 27
0.6 31.4
0.5 36

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8. Para obter um gráfico linear, construa um gráfico da freqüência em função do inverso
do comprimento (1/L). Qual o coeficiente angular da reta correspondente, e qual o seu
significado físico?
● Coeficiente angular é a medida que caracteriza a declividade de uma reta em
relação ao eixo das abscissas de um plano cartesiano. E no caso do exercício
proposto é o gráfico da frequência em função do inverso do comprimento de cada
um das 4 frequências encontradas.
∆ y yb− ya 2.0−1.0
● α= = = =0.063
∆ x xb−xa 36−20.2

9. Qual a sua conclusão a respeito do experimento?

Podemos concluir que as teorias das ondas estacionárias são corretas e batem com os
dados experimentais, a principal fonte de erro do experimento parece ser a imprecisão
dos observadores de distinguir a frequência exata formadora de ondas estacionárias,
além dos erros nas medições da densidade da corda e fatores externos como a
resistência do ar. Como as equações das ondas estacionárias são derivadas das
equações diferenciais ordinárias das ondas podemos afirmar que toda a teoria está
correta.
Referências:
HALLIDAY, D.; RESNICK, R.; WALKER, J. Fundamentos de Física. 9 a edição. Rio de
Janeiro: LTC, 2009.

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