Você está na página 1de 33

Universidade Eduardo Mondlane

DEPARTAMENTO DE FÍSICA

CURSO DE FISICA

Electrónica Analógica
Relatorios laboratoriais

Discente: Docentes:

Chabir Abdul Jaime Prof. Chea

Dr.Marenjo

Maputo, Março de 2023


Medição com osciloscópio – Composição de sinais e figuras de Lissajous

1. Introdução

O osciloscópio é um instrumento de medida de sinais eléctricos/electrónicos que


apresenta um gráfico de duas dimensões de um ou mais sinais eléctricos de acordo com a
quantidade de canais de entrada o eixo vertical y do ecrã representa a intensidade do sinal
ou seja, a tensão, e o eixo horizontal x representa o tempo, tornando-se assim um
instrumento muito útil para mostrar sinais periódicos.
A nossa experiencia laboratorial está centrada em medir esses sinais com o auxílio dum
osciloscópio analógico para melhor compressão da base funcional desses instrumentos.
1.0 Objectivos

Os objectivos desta experiencia são:

1. Medir com Osciloscópio, as amplitudes e frequências de sinais periódicos. Comparar os


valores eficazes (Vrms) com os medidos pelo Multímetro.

2. Obter as figuras de Lissajous resultantes da superposição de sinais periódicos


perpendiculares entre si e, medir as suas características.
2 Material Necessário

 Fonte de Alimentação: dois Geradores de Sinais


 Instrumentos: Osciloscópio e Multímetro
 Outros: Fios de conexão e dois cabos BNC jacaré.

3 Resumo Teórico

3.1 Osciloscópio de tubos de raios catódicos

O osciloscópio é um instrumento fundamental em laboratórios de Física, Química,


Engenharia e até em alguns laboratórios de Biologia e Medicina. O osciloscópio, em
comparação com outros instrumentos de medição, para além de efectuar medições das
magnitudes dos sinais, permite também a visualização da evolução temporal desses sinais
em seus circuitos. Assim, para além de amplitudes, pode-se conhecer também frequências e
fases dos sinais periódicos. Os osciloscópios subdividem-se em analógicos e digitais,
porém, para o nosso caso consideraremos os analógicos visto que são os que estão
disponíveis no nosso Laboratório de Física na UEM. O osciloscópio analógico tem como
elemento principal o tubo de raios catódicos. O tubo de raios catódicos é composto de um
filamento, cátodo, grade de controlo, ânodo de aceleração e focalização, placas de deflexão
vertical e horizontal, e uma tela fluorescente, conforme se ilustra na Fig.1. Quando o
filamento é percorrido por uma corrente eléctrica, ele aquece devido ao efeito joule e, emite
electrões que em seguida são acelerados (pela diferença de potencial aplicada entre o
cátado e o ânodo) até colidirem com a película fluorescente que resulta na emissão da luz
visível no ecrã do osciloscópio. Durante o movimento do feixe de electrões do cátado até a
colisão com a película fluorescente, o feixe é sujeito a duas deflexões (vertical e horizontal)
por intermédio de placas de deflexão que são submetidas a campos eléctricos controláveis.

Figura 1. Tubo de raios catódicos


3.2 Superposição de Sinais Periódicos Perpendiculares - Figuras de Lissajous.

O nosso dia-a-dia é repleto de vários fenómenos que são consequências de superposição


de sinais periódicos. Por exemplo, os sons que ouvimos e as imagens que vimos são
produzidos pela superposição de sinais periódicos. A superposição pode ocorrer em sinais
periódicos que se propagam na mesma direcção (com frequências iguais ou não, com
amplitudes iguais ou não) ou em direcções perpendiculares, como é o caso da nossa
consideração. Consideremos dois sinais harmónicos de mesma frequência, sendo um
propagando-se ao longo do eixo-OX e o outro propagando-se ao longo do eixo-OY,
respectivamente dados pelas seguintes relações:

X (t) = A×cos (ωt +φx) (1)


Y (t) = B×cos (ωt +φy ) (2)

Fazendo-se um rearranjo na eq.2 (y(t) = B ×cos(ωt +φx +φy −φx)) e considerando-se a


identidade matemática (cós (a+b) = cós (a) ×cos (b) – sem (a) ×sen(b)), a combinação das
duas equações (eq.1 e 2) resulta em seguinte relação:
Y 2 X2 2 XY
2+ −¿ + cos(∆ ϕ) = sen2 (∆φ)
B A AB
Onde, ∆φ = φy −φx.
A eq.3 representa em geral uma elipse excepto em alguns casos particulares, isto é, quando
π 3π
∆φ = 0; π ; ; ; e 2π.
2 2
Quando as frequências dos sinais representados pelas eqs.1 e 2 são diferentes (ωx para x (t)
e ωy para y (t)), a combinação das duas equações resulta numa expressão complicada que
depende da razão das frequências (ωy /ωx). Assim, dependendo da razão das frequências
(ωy /ωx) e da diferença de fases (∆φ) entre os sinais que se sobrepõem, tem-se uma família
de curvas denominadas Curvas de Lissajous, conforme se ilustra na Fig.2.
Figura 2: Figuras de Lissajous (Tektronix, 2009)

No que concerne às aplicações, as figuras de Lissajous podem ser utilizadas para a


determinação de frequências desconhecidas e de diferença de fases entre dois sinais. Para a
determinação de frequências, é necessário que se conheça a frequência de um dos sinais e, a
outra (a desconhecida), determina-se contando o número dos extremos (lóbos) da figura de
Lissajous nos dois eixos perpendiculares no osciloscópio com vista a se conhecer a razão de
frequências (Vide a Fig.2). Para além dos lobos, a razão de frequências também pode ser
determinadas com recurso ao método das tangentes. Assim:

ωy Ny
=
ωx Nx
Onde, Ny é o número de de tangencia na vertical (ao longo do eixo-Oy) e, Nx é o número
de tangencia na horizontal.

4.0 Ordem de execução

4.1 Medição com osciloscópio

1. Ligamos o osciloscópio, e giramos o controlo “Intensity” até o que apareceu o feixe


electrónico e utilizamos o controlo “Focus” para focalizar o feixe electrónico.
2. Utilizamos os controlos ←→ l de forma a centralizar o feixe electrónico.
3. Mantemos os controlos “VARIABLE” da escala de tempo e voltagem na posição de
calibração (CAL).
4. Mantemos o controlo “MODE” na posição (NORMAL).
5. Mantemos o controlo “SOURCE” na posição (INT) e mantemos o controlo “AC-GND-
DC” em AC;
6. Inserimos o sinal sinodal na entrada do canal-1 do osciloscópio utilizando os cabos
BNC. E também conectamos também os terminais de terra.
7. Actuamos no controle “LEVEL” para fixar a varredura electrónica na tela.
8. Ajustamos e anotamos a escala de voltagem do osciloscópio (Volt/Div) de modo a ter
uma boa observação da amplitude pico a pico do sinal a medir.
9. Ajustamos e anotamos a escala de tempo do osciloscópio (Time/Div) de modo a ter uma
boa observação do período do sinal;
10. Para obtermos os valores de frequência e voltagem no gerador de sinais, calculamos e
os resultados estão dispostos na tabela 1.

4.2 Obtenção de figuras de Lissajous

1. Ligamos os geradores de sinais aos canais do osciloscópio sendo um para o canal 1


(Ch1) e outro para o canal 2 (Ch2);
2. Ajustamos o cursor de sensibilidade vertical (Volt/Div) para a posição X-Y e
asseguramos que o feixe de electrões esteja no centro do ecrã do osciloscópio.
3. Usamos a escala de 100Hz para os dois geradores de sinais.
4. Variamos ligeiramente a frequência de um dos geradores (por exemplo, o ligado ao
Ch2) e obtemos uma elipse. Medimos as amplitudes A e B (Vide a Fig.3) dessa elipse e
determinamos o ângulo de desfasamento através da equação: (∆φ = arcsen (B/A)). Compare
com o valor teórico na Fig.2. Figura 3:
Figura 3: Amplitude da onda

Figura 4: figura obtida no osciloscópio do laboratório

Olhando para este gráfico podemos calcular o valor do ângulo de desfasamento através da
equação: (∆φ = arcsen (B/A)).
Então:
∆φ = arcsen (B/A)
∆φ =arcsen (16 divisoes/19 divisões)
∆φ = arcsen (18/20)
∆φ = 64.15°
Figura 2 sobreposixcao de dois sinais

∆φ = arcsen (B/A)
∆φ =arcsen (15 divisoes/17 divisões)
∆φ = arcsen (15/17)
∆φ = 61.88°

Para obtermos os valores de frequência e voltagem no gerador de sinais, calculamos ambos


os valores e os resultados estão dispostos na tabela 1.
Para preencher a tabela é necessário calcular os seguintes valores: Vpp, Vrms, T (s), F
(Hz), V (v).

A fugira 5 mostra o gráfico obtido na experiencia laboratorial e que será usada para
determinar alguns dos parâmetros.
Figura 5: Gráfico obtido no Osciloscópio

Para calcular Vpp usa-se a seguinte expressão:


V pp=¿ 2×V p ou V pp=¿ V×N
Onde:
V p é o valor da voltagem de um pico correspondente a amplitude;
V pp é o valor da voltagem pico a pico que corresponde a duas amplitudes.
V é o valor de volt/div escolhido no osciloscópio
N é o número de divisões que a onda ocupa na vertical.
Para determinar o valor de Vrms usa-se a seguinte expressão:
Vp
Vrms¿
√2
O valor V p é determinado dividindo o valor de V pp por 2.

Para determinar o valor do período usa-se a seguinte expressão:


T¿ t × N
Onde:
t é o tempo escolhido no controle time/Div e é dado em segundos.
N é o número de quadrados que corresponde a uma oscilação completa.
Para determinar o valor da frequência, usa-se a equação:
1
f=
T

5 Cálculos dos parâmetros a preencher na tabela

5.1 Cálculo de Vpp

Vpp¿V× N
Vpp¿ 5 × 4 ¿20v

5.2 Cálculo do período

Para o calculo de período, como o numero de quadrados time/div não coincidiu com uma
oscilação completa, calculei o tempo correspondente a uma subdivisão do quadrado
calculando o quociente entre o valor do time/div e o numero de subdivisões de um
quadrado e denominei por t s:
−3
2 ×10
t s= ¿ 0.4×10−3s
5

De seguida multiplica-se este valor pelo numero de subdivisões que uma oscilação
completa cobre, observando o gráfico chega-se a 12 subdivisões, assim chega-se ao período
da oscilação completa:

12×0.4×10−3 ¿ 4.8 × 10−3s

5.3 Cálculo de Vrms

Vrms é o valor de um sinal AC que nos informa qual o valor em DC equivalente que
dissiparia exactamente a mesma potencia, ou seja, que geraria a mesma quantidade de calor
em uma carga resistiva.

Vpp Vp
Vp¿ Vrms¿
2 √2
20 10
Vp¿ Vrms¿
2 √2

10 √2
Vp¿ 10 v Vrms¿ ≈ 7.07 v
5

5.4 Frequência
1
f=
4.8 ×10−3

1
f= =¿ 208.3 Hz
0.07

Gerador de Osciloscópio Multímetro


sinais

F V (v) Vpp(v) Vrms(v) T (s) F (Hz) V (v)


(Hz)

60 3

100 5 20 7.07 4.8 × 10−3 208.3 -

150

Tabela 1: Resultado dos dados colhidos no Laboratório.

7.0 Análise de Resultados

Tendo realizado a experiencia laboratorial cujo os objectivos eram de medir com o


Osciloscópio, as amplitudes e frequências de sinais periódicos e comparar os valores
eficazes (Vrms) com os medidos pelo Multímetro e também, obter as figuras de Lissajous
resultantes da superposição de sinais periódicos perpendiculares entre si e, medir as suas
características, podemos observar através dos resultados dispostos na tabela que, o valor de
Vrms que foi obtido acta vez de cálculos, é menor em relação ao resultado obtido pelo
multímetro e a diferença entre ambos os resultados é de apenas 0.1 v.

Na obtenção das figuras de lissajous a figura obtida foi uma elipse, e através de cálculos
podemos medir o seu ângulo de desfasament.

8.0 Conclusão

Tendo realizado a experiencia laboratorial e o relatório, concluo que o osciloscópio, para


além de efectuar medições das magnitudes dos sinais, permite também visualizar a
evolução temporal desses sinais em seus circuitos. Assim, para além de amplitudes, pode-se
conhecer também frequências e fases dos sinais periódicos aplicando para o efeito cálculos
utilizando fórmulas já deduzidas.
Diodos

1. Introdução

Muitos componentes como os transístores, e circuitos integrados, em que se baseia a


electrónica moderna, são fabricados a partir semicondutores. Sabe-se que existem dois tipos
de comportamentos dos materiais em relação a capacidade de conduzir a corrente eléctrica.
Existem os materiais condutores, e os materiais em que a corrente não pode passar,
denominados isolantes. Dentre os condutores destacamos os metais, os gases ionizados, as
soluções iónicas, entre outros. Dentre os isolantes destacamos o vidro, a borracha, a mica,
plásticos, etc. Existe uma terceira categoria de materiais, um grupo intermediário de
materiais que não são bons condutores, pois a corrente tem dificuldade em passar através
deles, mas não são totalmente isolantes. Nestes materiais, os portadores de carga podem se
mover, mas com certa dificuldade. Estes materiais são denominados. Semicondutores".
Dentre os materiais semicondutores mais importantes, que apresentam essas propriedades,
destacamos os elementos químicos silício (Si), germânio (Ge) e o Selénio (Se). Numa
escala de capacidades de conduzir a corrente, eles cairiam em posições intermediárias.
1. Objectivos

1. Verificar os efeitos das polarizações directas e inversa de um diodo semicondutor;


2. Determinar a característica de um diodo semicondutor;
3. Utilizar o Ohmímetro para provar um diodo semicondutor;
4. Aprender a montar e testar circuitos electrónicos simples.
1. Resumo Teórico

Diodo é um elemento ou componente electrónico composto de um cristal semicondutor seja


de silício ou de germânio numa película cristalina, cujas faces opostas são dopadas por
diferentes materiais durante sua formação, Dopar aqui, se refere a colocar uma impureza"
na rede cristalina. Por exemplo em uma rede cristalina composta por um elemento que
contem 4 electrões de valência, substituir um dos átomos que constituem essa rede por um
outro átomo cuja valência e 3 ou 5. Para o primeiro caso, após a dopagem o semicondutor
se torna do tipo N ou seja, os portadores maioritários aqui são electrões, e para o segundo
caso o semicondutor se torna do tipo P onde os portadores maioritários são lacunas (iões
positivos).

Figura 1: Diodo Semicondutor

3.1. Polarização do Diodo

Polarizar um diodo e nada mais do que ligar os seus dois terminais aos pólos de uma bateria
ou fonte de alimentação, existem duas formas de polarizar um diodo, são elas: polarização
directa e inversa:

3.2. Polarização directa

Vamos supor que o material P é ligado ao pólo positivo da bateria, enquanto o material N é
ligado ao pólo negativo. Ocorre então uma repulsão entre cargas que faz com que os
portadores de carga do material P, ou seja, as lacunas se movimentem em direcção a
junção, enquanto os portadores de carga do material N, que são os electrões livres, se
afastam do pólo da bateria sendo empurrados em direcção _a junção. Os portadores de
carga positivos (lacunas) e os negativos (electrões) se encontram na região da junção onde
recombinam e são neutralizados. O movimento dos portadores de carga, nada mais é do que
uma corrente eléctrica que pode fluir livremente através do componente, sem encontrar
muita resistência ou oposição. Dizemos, nessas condições, que o componente, esta
polarizado no sentido directo.

1.3. Polarização inversa

Da mesma forma, invertendo a polaridade da bateria, os portadores do material P se


afastam da junção, o que significa que temos um alargamento da junção", com um aumento
da barreira de potencial que impede a circulação de qualquer corrente eléctrica. A estrutura
polarizada desta forma, ou seja, polarizada no sentido inverso, não deixa a corrente passar.
Na prática, uma pequena corrente da ordem de milionésimos de ampere pode circular
mesmo quando o diodo está polarizado no sentido inverso. Esta corrente de "fuga" se deve
ao fato de que o calor ambiente agita os átomos do material de tal forma que, um ou outro
portador de carga pode ser libertado, transportando corrente dessa forma.

Como ilustrado na figura 1, o diodo é um componente electrónico que é constituído por


duas partes juntas (coladas) uma das partes tem mais lacunas do que electrões e a outra tem
mais electrões do que lacunas P e N respectivamente, e essa junção leva o nome de Junção
PN.

4. Material Necessário

1. Alimentação - fonte variável 0- 9V;


2. Equipamento - dois (2) multímetros - usados como Voltâmetro e Amperímetro;
3. Diodo - 1N4007;
4. Resistor - 100 ohm;
5. Diversos - painel para montagem, ferro de estanhar, soldam, etc.

5. Ordem de Execução

1. Montou-se o circuito da figura 1 para o diodo 1N4007 e o resistor de 100 ohm;


2. Com ajuda do multímetro mediu-se a corrente e a voltagem nos respectivos terminais
Demonstrados na figura 1;
3. Preencheu-se os valores lidos nos multímetros correspondentes a voltagem e Intensidade
da corrente eléctrica.

6. Execução (polarização directa)

Fez-se como orientado a cima e para o cálculo da resistência foi usada a lei de Ohm
U = R×I. Os valores lidos no amperímetro e voltímetro do multímetro estão dispostos nas
tabelas abaixo.

U(V) 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9

I(mA) 0.05 0.16 0.28 0.30 0.42 2.22 11.2 11.2 11.2

R(Ohm) 2 1.25 1.07 1.33 1.19 0.27 0.06 0.07 0.08

Tabela 1: Resultados das mediações com o multímetro para polarização directa.

Com a ajuda da linguagem de programação python é possível construir um gráfico de U(v)


em função de I(ma) (Tensão em função da intensidade). Esse gráfico na verdade se trata da
curva característica do diodo em questão, a figura 3ilustra o gráfico:

Figura 3. Curva característica do Diodo


7 Análise de resultados

Durante as aulas teóricas vimos que numa polarização directa, um Diodo semicondutor
comporta-se como condutor com uma resistência directa RD muito pequena. Esse efeito foi
visto na experiencia laboratorial, analisando a tabela 1, obcervou-se que para um valor de
tensao muito baixo (0.1V) a resistencia assume o valor maximo para essa experiencia,
variando a tensão para maior o valor da resistência cai para valores proximos de 0(ohm),
para um resistor que obedece a lei de ohm, quanto maior for o valor da resistência do
resistor existente num circuito tanto menor serà o valor de corrente que ira passar pelo
mesmo circuito, por tanto, existe uma proporcionalidade inversa entre a resistência e a
corrente. tal nao se verifica no Diodo, pois analisando o grafico essa dependencia nao é
linear mas sim exponencial.

Por outra obcerva-se que para valores de tensao abaixo de 0.7 V a corrente que passa pelo
circuito é muito baixa, isso porque 0.7V é o valor que corresponde a barreira de potencial
do Diodo tal que precisa ser vencida pela fonte de tensão para que a corrente comece a fluir
devidamente no circuito.

No laboratorio nao foi feita a experiencia com o Diodo polarizado inversamente, mas em
tal condicao espera-se que passe uma corrente (de fuga) muito pequena no diodo, que
Independe da intensidade de polarização.
8. Conclusão

Em conclusão, o experimento realizado no laboratório permitiu observar o comportamento


do Diodo polarizado directamente e prever seu comportamento quando polarizado
inversamente. Foi possível verificar que, quando polarizado directamente, o Diodo se
comporta como um circuito fechado, permitindo a passagem de corrente eléctrica. Por outro
lado, quando polarizado inversamente, o Diodo se comportarse-ia como um circuito aberto,
impedindo a passagem de corrente eléctrica.

Além disso, o gráfico obtido do Diodo permitiu visualizar sua característica não linear e a
tensão de ruptura. Esses resultados são importantes para entender o funcionamento de
circuitos electrónicos que utilizam Diodos, como rectificadores, reguladores de tensão,
osciladores e amplificadores.

Em resumo, a compreensão do comportamento do Diodo é fundamental para o


desenvolvimento de aplicações práticas na área da electrónica. O experimento realizado no
laboratório forneceu uma base sólida para a compreensão desses conceitos, permitindo aos
estudantes avançar na sua formação e aplicação dos conhecimentos em projectos futuros
Diodo Rectificador

1. Introdução

Um circuito rectificador é utilizado para converter uma corrente alternada em corrente


contínua. Para tal utiliza-se uma fonte de alimentação, um Diodo e um resistor para
construir um circuito rectificador.

O Diodo é um componente electrónico que permite a passagem de corrente eléctrica em um


sentido e bloqueia em outro. Quando conectado em série com um resistor e uma fonte de
alimentação de corrente alternada, o Diodo permite a passagem da corrente eléctrica em
apenas um sentido, bloqueando a outra metade do ciclo.

Neste experimento, conecta-se o Diodo com o osciloscópio nos dois terminais de saída da
fonte de alimentação, obtendo uma onda completa.
Conecta-se o osciloscópio nos dois terminais do resistor, obtêm-se uma meia onda, pois o
Diodo bloqueou metade do ciclo da corrente eléctrica.

O resistor é utilizado para limitar a corrente eléctrica que passa pelo circuito, evitando que
os componentes sejam danificados. Com a utilização do resistor em série com o Diodo, a
corrente eléctrica é limitada, protegendo o Diodo de danos.
1. Objectivos

1. Estudar o emprego do Diodo como rectificador;


2. Observar o efeito do sinal sinusoidal, o efeito de rectificação de meia onda.

2. Material Necessário

1. Unidade de transformador 110 -220/12V;


2. Osciloscópio de dois (2) canais;
3. Resístores de 10k;
4. Díodos: 1N5892 (1 unidade);
5. Diversos: Ferro de soldar, painel, fios e estanho.

3. Modo de Execução

Identificou-se bem o funcionamento do transformador para tal usou-se o multímetro para


medir o valor das resistências de entrada e saída do transformador, sendo que os terminais
de maior resistência são de entrada e de menor resistência são de saída.
No transformador disponível no laboratório verificou-se que a entrada era representada por
dois fios vermelhos e a saída por dois fios amarelos que representam a entrada e a saída no
transformador respectivamente.

Mostrou-se o circuito da figura 1, em que o Diodo e o resistor estão dispostos em serie, o


canal 1 representa a saída da tensão transformada pelo transformador, a saída do mesmo
canal foi ligada a um osciloscópio para observássemos o formado da onda a figura 2 mostra
o resultado obtido.
O canal 2 representa a sida da tensão rectificada pelo Diodo do mesmo modo, a saída desse
calal foi ligada a um osciloscópio e a figura 3 mostra a figura obtida.
Figura 1: Circuito Rectificador de meia onda

Figura 2: onda obtida na saída do canal 1

Na figura acima, o cursor Volt/Div foi ajustado para 5 v, e o cursor Time/Div foi ajustado
para 10 ms.

Sabendo que:

V pp =¿ 2×V p ou V pp=¿ V×N


Usando: V pp =¿ V×N
V pp=5 ×(2+0.2+0.3)
V pp =5 × 2.5
V pp =12.5 V
O valor de V max calculou-se usando a lei das malhas: sabendo que a tensão total do circuito
se conserva e que a tensão fornecida pela fonte é de 12V temos e sabendo que a barreira de
tenção do Diodo é equivale a 0.7 V temos:

12¿ U max + 0.7

U max =12−0.7

U max =¿ 11.3 V

Calculou-se o valor de V DC da seguinte forma:

V AB=V DC +V max

V DC =V AB−V max

V DC =12.5−11.3

V DC =1.2V

Figura 3: onda rectificada obtida na saída do canal 2


Forma da onda Tensão Continua

AeC R V DC

Medido:

V pp: 12.5V V max : 11.3V Calculado: 1.2V

4. Analise de resultados

Como visto nas imagens obtidas no osciloscopio correspondentes ao sinal


transformado (onda completa) e o sinal rectificado (meia onda), chegou-se ao
resultado que se previa teoricamente, que o sinal nao rectificado fosse uma
onda senoidal completa e o sinal obtido apos a rectificacao fosse uma funcao
somente de semiciclos posetivospois o diodo so assume passar corrente nyuma
unica direccao, uma vez que este estava ligado a uma fonte de trensao variavel
ou alternada em que os semiciclos posetivo e negativo alternam entre os dois
terminais da mesma fonte io diodo so admitiu passar corrente nos semiciclos
piosetivos.
5. Conclusao

Em conclusao do experimento realizado no laboratorio com o circuito


rectificador foi capaz de se demonstrar a capacidade do diodo em converter
corrente alternada em em corrente continua. Actravez da analise do sinal
rectificado obtido do osciloscopio, foi possivel obter apenas a presenca de
apenas uma polaridade do sinal, caracteristico da corrente continua. Alem
disso, a adiccao do resistor permitiu limitar a corrente que passava pelo diodo,
evitandoposivei danos ao componente. Dessa forma, o experimento nao
apenas possibilitou a compreensao do funcionamento do diodo rectificador,
como tambem a importancia do uso de resistores em circuitos electronicos.
Filtragem

1. Introdução

No processo de transição de corrente alternada em contínua existem quatro principais


etapas que são: transformação, rectificação, filtragem e regulagem.
Para a fazer a filtragem usa-se um capacitor.
Fale sobre os capacitores e diga porquê deles servirem de filtro em circuitos
transformadores 

Os capacitores são dispositivos electrónicos que armazenam carga eléctrica e são


amplamente utilizados em electrónica e em sistemas eléctricos. Eles são compostos por
duas placas condutoras separadas por um material isolante (dieléctrico), como ar, cerâmica
ou polímero.

Na filtragem de circuitos transformadores, o capacitor é utilizado para suavizar a corrente


eléctrica, eliminando oscilações ou ondulações indesejáveis na saída do circuito
rectificador. Essas ondulações são causadas pela natureza pulsante da corrente eléctrica que
é rectificada, que não é constante, mas sim um tipo de onda sinodal que muda de
polaridade.

Quando um capacitar é adicionado em paralelo com a carga, ele é carregado durante os


picos de corrente do circuito rectificado e descarregado durante os vales, o que reduz as
flutuações na tensão da fonte de alimentação. Isso suaviza a saída do circuito rectificador,
fornecendo uma tensão mais constante e reduzindo o ruído eléctrico e a interferência
electromagnética em outros componentes do circuito.
Além disso, os capacitores têm a capacidade de armazenar energia e liberá-la rapidamente,
tornando-os úteis para fornecer corrente instantânea em circuitos de alta demanda. Por
essas razões, os capacitores são comummente usados como filtros em circuitos
transformadores para suavizar a saída rectificada e fornecer uma fonte de alimentação
estável e confiável.

1 Objectivo

1. Verificar o efeito que um filtro capacitivo provoca sobre a tensão de saída de um


rectificador

2 Material Necessário

Alimentação: Transformador 220/12V


Instrumentos: Osciloscópio e multímetro
Resístor: 10k
Capacitores: 1μF, 47μF.
Díodos: 1N5892 (1 unidades)
Diversos: Ferro de soldar, painel, fios e estanho.
3 Procedimento

1. Montou-se o circuito da Fig.1;


2. Fez-se os respectivos cálculos;
3. Preencher a tabela 1;

Figura 1: circuito de filtragem

A figura do circuito acima, retrata as primeiras etapas de um circuito transformador, que


são: transformação, regulagem, e filtragem. As imagens abaixo ilustram as formas de onda
obtidas no osciloscópio do laboratório. Na primeira imagem foi usado um capacitor de 1μF,
e na segunda foi usado um capacitor de 47μF.
Figura 2. Onda filtrada com capacitor de 1μF

Figura 3. Onda filtrada com capacitor de 47μF

C(μF) Forma de onda no R Ripple (Vpp)


1μF 11.6 V

47μF 12.1 V

Tabela 1. Formas de onda e seus respectivos valores de Vpp

4. Análise de Resultados

Olhando para as duas imagens obtidas no laboratório, pode-se ver que apesar do circuito ser
o mesmo, existe uma diferença entre elas, a isso se deve ao facto de se ter usado capacitores
diferentes, na primeira imagem usou-se um capacitor de 1μF obtendo com isso uma curva
não muito bem filtrada, na segunda imagem, usou-se um capacitor de 47μF, obtendo assim
uma imagem com uma onda mais filtrada que a anterior mas não tanto quanto se
tivéssemos usado um capacitor capacidade mais alta.
5. Conclusão

Em conclusão, a construção do circuito transformador foi bem sucedida e atingiu seu


objectivo de transformar a tensão de entrada em uma tensão de saída desejada. Durante o
processo, foram aprendidos conceitos importantes sobre a teoria dos transformadores e
como projectar um circuito adequado para atender às especificações desejadas. Além disso,
foram aprimoradas habilidades práticas de soldagem e montagem de componentes
electrónicos.

Através da análise dos resultados obtidos, foi possível verificar que a eficiência do
transformador estava dentro das expectativas e que o circuito apresentava uma boa
estabilidade. É importante ressaltar que o projecto do transformador pode ser adaptado para
diferentes aplicações, permitindo uma ampla gama de possibilidades para o uso deste
circuito.

Em suma, o processo de construção do circuito transformador proporcionou um excelente


aprendizado teórico e prático, além de oferecer uma base sólida para futuros projectos
envolvendo electrónica e transformadores.
Bibliografia

Henrique Mattede. Dispionivel em mudodaelectrica:


http://www.munsodaelectrica.com.br/o-que-osciloscopio-e-para-que-serve/

Guião do Laboratório de Electrónica Analógica - Departamento de Física - UEM 2020

Você também pode gostar