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Laboratório de Física B para Engenharia Ambiental

Prática 4: Osciloscópio e Corrente alternada

Laura Fernandes de Jesus - nº USP: 12544649


Júlia Fiuza Funicello de Souza Ferreira - nº USP: 12544611
Sara Alves - nº USP: 12566219

São Carlos-SP
03/06/2022
Sumário

1. Introdução
2. Objetivos
3. Materiais
4. Metodologia e resultados
5. Conclusões
6. Bibliografia
1. Introdução-

A priori, o osciloscópio é um instrumento que permite observar como uma


determinada tensão V(t) varia no tempo, sendo uma ferramenta de teste eletrônico
que possibilita a observação gráfica de sinais de tensão. Além disso, o osciloscópio
permite a determinação da frequência, da componente contínua (CC) e alternada
(CA) de um sinal, a detecção de interferência de ruído, além de possibilitar a
comparação de dois sinais num dado circuito. Nesse sentido, a principal aplicação
de um osciloscópio é mostrar a dependência temporal de um sinal de tensão V(t).
Por outro lado, o transformador é um dispositivo constituído de duas bobinas, sendo
utilizado em circuitos de CA, produzindo um sinal de saída proporcional ao sinal de
entrada. Além disso, os transformadores são usados para elevar ou abaixar a
tensão. Por fim, o gerador de funções é um aparelho eletrônico utilizado para gerar
sinais elétricos de frequências e amplitudes (tensão) variáveis, tendo em vista que
os geradores de funções possuem três tipos de forma de onda: quadrada, triangular
e senoidal.

2. Objetivos-

Nessa prática introduziu-se o uso de osciloscópio e analisou-se noções de


corrente alternada. Ademais, alguns experimentos básicos foram efetuados para
ilustrar o uso do osciloscópio e do gerador de funções com medidas de período,
tensão de pico e tensão rms, por exemplo. Posteriormente, foram realizados
experimentos de carga e descarga de capacitores (circuito RC) com o uso de
tempos muito curtos. Além disso, observou-se como ocorre a transformação da
tensão alternada em tensão contínua.

3. Materiais-

Os materiais utilizados no experimento foram:

- osciloscópio;
- gerador de função;
- 1 pilha;
- transformador;
- resistores;
- capacitores;
- diodo.

4. Metodologia e resultados-

I. Introdução ao uso do Osciloscópio


A priori, utilizou-se o Osciloscópio de dois feixes para observar
simultaneamente duas tensões, 𝑉1(𝑡) e 𝑉2(𝑡), com sensibilidade máxima de
1𝑚𝑉/𝐷𝐼𝑉 e taxa de varredura máxima de 10𝑛𝑠𝑒𝑔/𝐷𝐼𝑉. Nesse sentido, mediu-se a
tensão alternada de um sistema elétrico por meio de um osciloscópio e, por
intermédio do gráfico gerado e do valor para cada divisão, mediu-se a tensão de
pico. Consequentemente, a partir desses dados e do valor do período do sinal
senoidal observado (ilustrado na figura 1), calculou-se a tensão 𝑉𝑟𝑚𝑠 (𝑉), a
frequência (𝐻𝑧) e sua incerteza. Além disso, foi feito o desvio padrão entre a
frequência dada pelo sinal de rede e a frequência calculada, mostrando a sua
compatibilidade.

Figura 1.

fonte: IFSC USP- Laboratório de Física Geral III

I.1- Experimento: medindo a tensão de uma pilha


Ligou-se o osciloscópio no botão power, utilizando, posteriormente, a
configuração padrão. Conectou-se um cabo coaxial BNC ao canal 1 (CH1) do
osciloscópio, colocando os dois terminais banana (vermelho e preto) do cabo em
curto circuito, sendo que a tensão de entrada é nula e a tela indicou uma linha na
posição do terra consoante à figura 2. Em seguida, conectou-se o terminal vermelho
no positivo, conforme a figura 3, e o preto no negativo da pilha, a qual é um exemplo
de tensão contínua (constante no tempo). Nesse sentido, a variação observada na
tela foi pequena, uma vez que a escala vertical do osciloscópio inicial (default) era
5, 0 𝑉/𝑑𝑖𝑣𝑖𝑠ã𝑜.
Adicionalmente, observou-se o ajuste da escala entre 5, 0 𝑉/𝑑𝑖𝑣 e 0, 5 𝑉/𝑑𝑖𝑣.
Por fim, o experimento foi repetido, invertendo a posição dos terminais banana, isto
é, colocando a banana vermelha no terminal negativo da pilha e a banana preta no
terminal positivo de acordo com a figura 4.

figura 2.
fonte: Elaborada pelas autoras

figura 3.

fonte: Elaborada pelas autoras

figura 4.
fonte: Elaborada pelas autoras

Experimentos usando o transformador

I.2- Conectou-se o osciloscópio ao transformador com entrada em 110 𝑉


Observando a tensão 𝑉12(𝑡) e utilizando o cabo BNC, conectou-se os terminais
vermelho e preto aos bornes. Nesse contexto, como há uma fonte de tensão
alternada, ajustou-se a base de tempo e a escala de forma que a tela mostre 2
períodos do sinal senoidal, resultando no sinal ilustrado pelas figuras 5 e 6 abaixo.

figura 5.

fonte: Elaborada pelas autoras

figura 6.
fonte: Elaborada pelas autoras

I.3- Mediu-se o valor do período 𝑇 (em unidades de milissegundo) do sinal


senoidal observado e sua incerteza. Com base nesses valores, calculou-se o valor
1
da frequência correspondente por meio da relação 𝑓 = 𝑇
. Como 𝑇 = 16, 5 𝑚𝑠 com
base na observação das divisões na tela do osciloscópio, as quais equivalem a 5µ𝑠
cada, obteve-se:
1
𝑓= 16,5

𝑓 = 60, 60 ℎ𝑧

Portanto, a frequência é igual a 60. 60 ℎ𝑧.

I.4 Para o relatório- Calculou-se a incerteza referente ao valor da frequência. Nessa


perspectiva, observando as divisões na tela do osciloscópio, que correspondem a
5µ𝑠 por divisão, o período 𝑇 dos sinais é dado por aproximadamente 16, 5µ𝑠.
Entretanto, o valor da frequência do sinal de rede é igual a 61 𝐻𝑧. Portanto,
realizando o cálculo do desvio padrão dos valores:

120,6
𝑥= 2

𝑥 = 60, 3

𝑁
−2
∑ (𝑥𝑖−𝑥)
𝑖=1
σ= 𝑁−1
σ = 0, 848528137
|60, 60 − 60| < 2 . 0, 848528137
|0, 60| < 1, 697056274 (𝑉)

Logo, a frequência calculada é compatível com a frequência do sinal de rede


medida.

I.5- Utilizando o sinal observado no osciloscópio, mediu-se a tensão de pico 𝑉0


de 𝑉13 (ilustrada pelas figuras 7 e 8) e 𝑉23 (ilustrada pelas figuras 9 e 10), a qual é
igual a 5𝑉. Além disso, calculou-se o valor de 𝑉𝑟𝑚𝑠 de cada uma delas. Nesse
sentido, utilizou-se a equação 𝑉𝑟𝑚𝑠~0, 71 𝑉0 e obteve-se:

𝑉13 = 0, 71 . 10
𝑉13 = 7, 1 𝑉

𝑉23 = 0, 71 . 5
𝑉23 = 3, 55 𝑉

figura 7.

fonte: Elaborada pelas autoras

figura 8.
fonte: Elaborada pelas autoras

figura 9.

fonte: Elaborada pelas autoras

figura 10.
fonte: Elaborada pelas autoras

I.6- Mediu-se as tensões usando um voltímetro e comparou-se este valor com o


obtido no osciloscópio, de modo que 𝑉13 = 7, 61 𝑉 , ilustrada pela figura 11, e
𝑉23 = 3, 79 𝑉, ilustrada pela figura 12, sendo que os valores estão próximos aos
valores obtidos pelo uso do osciloscópio.

figura 11.

fonte: Elaborada pelas autoras

figura 12.

fonte: Elaborada pelas autoras

Circuito simples de AC

Experimento: Montou-se um circuito, ilustrado na figura 13, usando a saída 𝑉13 do


transformador conectada em 110 𝑉, com 𝑅1 = 1𝑘Ω e 𝑅2 = 470Ω.

Figura 13
fonte: IFSC USP- Laboratório de Física Geral III

I.7- Mediu-se, com o uso do voltímetro digital (modo CA), os valores de 𝑉13
(ilustrada pela figura 14), 𝑉𝑅1 (ilustrada pela figura 15) e de 𝑉𝑅2 (ilustrada pela
figura 16).

figura 14.

fonte: Elaborada pelas autoras

figura 15.
fonte: Elaborada pelas autoras

figura 16.

fonte: Elaborada pelas autoras

Nesse sentido, conclui-se que 𝑉13 = 7, 60 𝑉, 𝑉𝑅1 = 0, 14 𝑉 e 𝑉𝑅2 = 7, 43 𝑉.

I.8- A lei das malhas de Kirchhoff, a qual é uma consequência da conservação da


energia e que indica que a soma algébrica das diferenças de potencial em uma
malha em um dado sentido é igual a zero, é válida neste circuito CA, uma vez que o
valor de 𝑉13 é igual a soma entre 𝑉𝑅1 e 𝑉𝑅2, demonstrando que não há perda de
corrente no circuito. Além disso, a lei das malhas de Kirchhoff é válida para circuitos
de corrente alternada.

I.9- Observou-se no osciloscópio o sinal da saída de sinal variável (OUTPUT 50Ω


) do gerador de funções. Adicionalmente, colocou-se a frequência do gerador em
~1𝐾𝐻𝑧 (ilustrada pela figura 17) e observou-se o sinal de uma onda senoidal
(ilustrada pelas figuras 18 e 19), de uma onda triangular (ilustrada pelas figuras 20 e
21) e de uma onda quadrada (ilustrada pelas figuras 22 e 23).

figura 17

.
fonte: Elaborada pelas autoras

figura 18.
fonte: Elaborada pelas autoras

figura 19.

fonte: Elaborada pelas autoras

figura 20.
fonte: Elaborada pelas autoras

figura 21.

fonte: Elaborada pelas autoras

figura 22.
fonte: Elaborada pelas autoras

figura 23.

fonte: Elaborada pelas autoras

II. Circuito RC

Durante essa parte da prática 4, o circuito foi montado com um resistor de


𝑅 = 1𝑘Ω, e um capacitor 𝐶 = 100η𝐹 em série. Vale mencionar que o gerador
utilizado estava no modo de onda quadrada. Além disso, o terminal preto do cabo
coaxial estava conectado ao terminal terra (ponto 3), e o terminal vermelho ao ponto
2. No início, foi observado o sinal do gerador com os pontos a e b desconectados,
para valores de frequência: 100𝐾ℎ𝑧 , 10𝐾𝐻𝑧, 1𝐾𝐻𝑧 e 100𝐻𝑧.

II.1

3 −9
τ = 𝑅𝐶 → τ = 1. 10 . 100. 10 → τ = 100 µ𝑠
II.3

Pontos a e b conectados por um fio

Observou-se uma variação no sinal quando o circuito é ligado, isto é, ao


conectar os pontos a e b com um fio. Isso ocorre devido ao capacitor, que ao
interferir na onda que é apresentada no osciloscópio, o dispositivo se carrega e
descarrega em corrente alternada.

Figura 24.

fonte: Elaborada pelas autoras

Figura 24

fonte: Elaborada pelas autoras


Figura 25

fonte: Elaborada pelas autoras

Figura 26

fonte: Elaborada pelas autoras


Figura 27

fonte: Elaborada pelas autoras

Figura 28

fonte: Elaborada pelas autoras

Figura 29

fonte: Elaborada pelas autoras


II.4

Figura 30

fonte: Elaborada pelas autoras

Figura 31

fonte: Elaborada pelas autoras


Figura 32

fonte: Elaborada pelas autoras

O sinal da tensão no capacitor alterna de acordo com o esperado, visto que o


circuito está em corrente alternada, e o capacitor carrega e descarrega com a
passagem da corrente elétrica. Portanto, a forma da onda está de acordo com o
previsto.

Além disso, a tensão adequada do gerador para se observar bem o sinal


transiente do circuito é de, aproximadamente, 100 Hz, pois assim é possível
observar no osciloscópio a capacidade de carregamento e descarregamento do
capacitor.

II.5

Ao observar o osciloscópio, com o valor 𝑡 = 200 µ𝑠 , foi possível notar que


para que 𝑉(𝑡) → 𝑉(𝑡/2), 𝑡/2 = 106, 6 µ𝑠.
Figura 33

fonte: Elaborada pelas autoras

Figura 34

fonte: Elaborada pelas autoras


Figura 35

fonte: Elaborada pelas autoras

II.6

τ𝑒𝑥𝑝 = 1, 44 𝑥 𝑡1/2 → τ𝑒𝑥𝑝 = 1, 44 𝑥 106, 6 → τ𝑒𝑥𝑝 = 152, 64 µ𝑠

II.7

Figura 36

fonte: Elaborada pelas autoras


Ao observar o osciloscópio, em que 𝑡 = 200 µ𝑠, o valor de 𝑡1/3 é de,
aproximadamente, 160 µ𝑠.

τ𝑒𝑥𝑝 = 0, 91 𝑥 𝑡1/3 → τ𝑒𝑥𝑝 = 0, 91 𝑥 160 → τ𝑒𝑥𝑝 = 145, 6 µ𝑠

Devido a incerteza de aproximadamente 10%, os valores obtidos em II.6 e


II.7 está de acordo com o esperado. A diferença entre os valores da ideia da
incerteza na determinação experimental. Sendo assim, a média desses valores é:

152,64+145,6
τ𝑒𝑥𝑝 = 2
→ τ𝑒𝑥𝑝 = 149, 12 µ𝑠

II.8
3 −9
τ𝑐𝑎𝑙𝑐 = 1000 𝑥 100 𝑥 10 𝑥 10 = 100 µ𝑠

Os valores obtidos em τ𝑒𝑥𝑝e τ𝑐𝑎𝑙𝑐 são consideravelmente diferentes entre si.

II.10

O sinal de 𝑉𝑅(𝑡) está de acordo com o previsto, pois o resistor não permite
que o capacitor cumpra a sua função de armazenar energia em forma de carga, o
seu comportamento é alterado, fazendo com que ele seja carregado e
descarregado imediatamente, em ambos os sentidos da corrente que se alterna,
fazendo com que haja essa aparência no osciloscópio.

Figura 37

fonte: Elaborada pelas autoras


Figura 38

fonte: Elaborada pelas autoras

II.11

𝑡 = 320 µ𝑠 → 𝑡1/3 = 80 µ𝑠
τ𝑒𝑥𝑝 = 0, 91 𝑥 80 → τ𝑒𝑥𝑝 = 72, 8 µ𝑠

III. O Diodo em AC

O circuito foi montado com um transformador ligado a um diodo e um resistor


de 𝑅 = 1 𝑘Ω, em série. Em adição, o terminal preto do cabo coaxial foi conectado ao
terminal terra (ponto 3) e o cabo vermelho ao ponto 2.

III.2

Figura 39
fonte: Elaborada pelas autoras

Forma de onda 𝑉𝑅(𝑡) = 𝑉23(𝑡)

Figura 40

fonte: Elaborada pelas autoras

O sinal observado está de acordo com o previsto, porque o diodo só permite


a passagem de corrente elétrica em um sentido, que é o positivo (polarização
direta).

III.4

Figura 41
fonte: Elaborada pelas autoras

Figura 42

fonte: Elaborada pelas autoras

O sinal observado está de acordo com o previsto, pois com a inversão do


sentido do diodo, a passagem de corrente elétrica passa a ser somente no sentido
negativo.

IV. O Diodo como retificador

Inicialmente um circuito elétrico foi montado de acordo com as instruções da


apostila, como mostrado na figura 43, com um transformador ligado a fonte
de corrente alternada, acompanhado por um diodo em série, e um resistor, e
um capacitor em paralelo.
Observou-se no osciloscópio a relação entre a tensão em função do tempo,
para o circuito, que deu origem a um sinal de onda senoidal, representado na
figura 44.

Figura 43
Fonte: Elaborado pelas autoras

Figura 44

Fonte: Elaborado pelas autoras

IV.1 O circuito montado a seguir possuía as mesmas configurações do anterior, o


único diferencial foi de que os valores resistência e capacitância foram
estabelecidos previamente, portanto tratava-se de um circuito com um
transformador ligado a fonte de corrente alternada de 110V, e conectado à placa
pelos terminais 0V e 3,8V, acompanhado pelo diodo em série, e um resistor de
1000Ω, e um capacitor de 100µ𝐹 em paralelo.
Para esse sistema foram avaliadas duas diferentes situações, com e sem o
capacitor ligada ao circuito. No primeiro caso, com o capacitor, foram observadas
ondas ripple, no osciloscópio, conforme representado na figura 46, e no segundo
caso, sem o capacitor, as ondas assumiram forma semi-senoidal, pois devido ao
diodo a corrente flui em apenas uma direção, criando a aparência e um gráfico
senoidal, visto na etapa anterior do experimento, porém cortado pela metade, como
pode-se observar na figura 48 .

Figura 45

Fonte: Elaborado pelas autoras

Figura 46

Fonte: Elaborado pelas autoras

Figura 47
Fonte: Elaborado pelas autoras

Figura 48

Fonte: Elaborado pelas autoras

IV.2 Em seguida, mantendo a formatação anterior do circuito, e utilizando


resistores de 47Ω , 470Ω, 4700Ω, observou-se as mudanças no sinal de onda,
quando alteramos o valor da resistência no circuito, com isso, analisando a
diferença entre o tempo de resposta do circuito (𝜏) e o período do sinal de entrada
(T), e observou-se que para um valor de resistência baixo como 47Ω, observado no
circuito das figuras 49 e 50 o tempo de resposta é muito menor do que o período,
para a resistência de valor intermediário, observado no circuito das figuras 53 e 54
470Ω, o tempo de resposta e o período eram próximos, e para uma resistência de
valor elevado, como 4700Ω, observado no circuito das figuras 51 e 52, o tempo de
resposta foi muito maior do que o período.

Figura 49

Fonte: Elaborado pelas autoras

Figura 50

Fonte: Elaborado pelas autoras


Figura 51

Fonte:Elaborado pelas autoras

Figura 52

Fonte:Elaborado pelas autoras

Figura 53
Fonte: Elaborado pelas autoras

Figura 54

Fonte: Elaborado pelas autoras

IV.3 Dessa forma é possível concluir que ao valor da resistência influencia a


retificação das ondas, que é mais eficiente quando temos um circuito com
resistência elevada, já que o produto da resistência pela capacitância determina a
constante (𝜏), resgatando um comentário feito anteriormente pode-se afirmar que é
justamente no caso de um circuito com alta resistência que o período (T) se torna
muito menor que o tempo de resposta, e a amplitude é reduzida.

IV.4 Na etapa seguinte foi utilizado o acoplamento CC do osciloscópio para


encontrar V (figuras 55 e 56), e em seguida o acoplamento CA do osciloscópio para
observar apenas a parte variável, o sinal de ripple (figuras 57 e 58), e por fim
usando os dados obtidos foi calculado o fator r deste sinal, por meio da equação:

Δ𝑉
𝑟(%) = 𝑉
× 100%
(1)

Figura 55

Fonte: Elaborado pelas autoras

Figura 56

Fonte: Elaborado pelas autoras

Figura 57
Fonte: Elaborado pelas autoras

Figura 58

Fonte: Elaborado pelas autoras

4,84 −0,20 4,64


𝑟(%)47Ω = 4,84
= 4,84
= 0, 9587

1,32 −0,25 1,07


𝑟(%)470Ω = 1,32
= 1,32
= 0, 8106

4,84 − 0 4,84
𝑟(%)4700Ω = 4,84
= 4,84
= 1
IV.5 Variando os valores de resistência e mantendo o mesmo capacitor de 100μF,
o fator de mérito r foi calculado, e os resultados para cada respectivo ΔV estão
dispostas na Tabela a seguir.

Tabela 1- Valores determinados experimentalmente.

ΔV (Volts) r(%)

47Ω 4,64 0,96

470Ω 1,07 0,811

47000Ω 4,84 1,00


Fonte: Elaborada pelas autoras

IV.6 Para o Relatório:


Por fim foi necessário calcular novamente o fator de mérito ou fator de ripple,
1
representado por r, utilizando a seguinte equação 𝑟(%) = 𝑓𝑅𝐶
× 100%, que

seriam os valores esperados teoricamente, e comparar com os valores de r(%) ou


seja, os resltados foram dispostos na Tabela 2.

Tabela 2- Valores esperados.

r(%)

47Ω 3,5461

470Ω 0,35461

47000Ω 0,035461
Fonte: Elaborada pelas autoras

Há boa concordância entre eles, e diante dos resultados, é possível afirmar


que resistências maiores reduzem o fator de ripple em um circuito RC de corrente
alternada, portanto a variação entre as tensões máxima e mínima fica cada vez
mais próxima de 0, aproximando-se do comportamento de um circuito de corrente
contínua.

5. Conclusão

Primeiramente, os experimentos efetuados objetivavam compreender o


emprego de osciloscópios e suas funcionalidades, como, por exemplo, medir a
corrente alternada e determinar a amplitude máxima e a frequência de oscilação.
Nesse viés, por intermédio de experimentos específicos, realizou-se a análise dos
valores para as variáveis físicas sobre sistemas elétricos, e os resultados obtidos
foram comparados com aqueles obtidos por voltímetros.
Concomitantemente, ao gerar gráficos bidimensionais contínuos, sob escalas
pré-definidas, a tensão foi tratada como um sinal elétrico periódico, o qual repetiu-se
em determinado período de tempo, além da tensão poder ser representada na
forma quadrada, senoidal ou triangular. Desta forma, ao observar o sinal, foi
possível analisar suas propriedades de tensão, como a tensão de pico (𝑉𝑝 = 𝑉0) e
a tensão rms.

6. Bibliografia-

USP- IFSC. Laboratório de Física Geral III- Livro de Práticas: Eletricidade e


Magnetismo.

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