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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - UFC

CENTRO DE TECNOLOGIA - CT
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA - DEE

Relatório da Prática 02
A SENÓIDE: VALORES MÉDIO E EFICAZ

Aluno: Gabriel Vieira de Almeida – 398648


Aluno: Hercules Henrique Silva do Amaral – 375252
Aluno: Ronald Emanuel Rocha da Fonseca – 404974

Professor: Lucas Silveira Melo


Turma: 02C (Quinta-Feira, 14h-16h)

Fortaleza
(22/03/2018)
Sumário

1. Objetivos ......................................................................................................................................... 3

2. Introdução Teórica .......................................................................................................................... 3

3. Material Utilizado ........................................................................................................................... 4

4. Procedimento Prático ...................................................................................................................... 4

5. Questionário .................................................................................................................................. 11

6. Conclusão ...................................................................................................................................... 13

Referências Bibliográficas .................................................................................................................... 14


3

1. Objetivos

Medir valores eficazes de tensão e corrente em circuito ca, bem como medir valores
médios de tensão e corrente ca retificadas; testar a equivalência entre valor cc e valor ca quando
em se tratando de dissipação de potências; e aprender como determinar o valor RMS verdadeiro
das ondas senoidal, quadrada e triangular.

2. Introdução Teórica

Quando se analisa um circuito, quer seja de corrente alternada contínua (cc), quer seja
de corrente alternada (ca) em regime permanente, se tem a necessidade de quantificar as
grandezas envolvidas como corrente, tensão e potência útil, se utilizando então dos
equipamentos específicos disponíveis para realizar determinadas mensurações.
Os instrumentos medidores de corrente ou tensão contínua retificam o sinal de entrada
e indicam no seu visor o valor médio do sinal. Se o sinal de entrada é uma função f(t), seu valor
médio é definido como:
(1)

Tem-se que o valor médio de um sinal puramente alternado (sem nível cc) será sempre
nulo, com isso para efeito de medida, calcula-se o valor médio do sinal retificado.
Já os instrumentos que medem tensão ou corrente alternada tem em seu visor a indicação
do valor eficaz, ou valor rms (Root Mean Square) do sinal de entrada. O valor RMS de um em
circuitos elétricos é a intensidade do sinal em corrente alternada que dissipa sobre uma carga a
mesma potência que seria dissipada se esta carga estivesse inserida num circuito de corrente
contínua. O valor rms pode ser calculado pela equação (2).

(2)

No caso específico do sinal de tensão com forma de onda senoidal:


𝑣(𝑡) = 𝑉𝑚 sin(𝜔𝑡 + 𝜃) (3)

(4)

Onde Vm é o valor de pico da senóide na equação (3). As equações (3) e (4) podem ser
usadas para a corrente alternada senoidal com suas devidas adaptações.
4

Tem-se ainda que a relação entre o valor médio do sinal alternado retificado e o valor
rms é um valor constante que é chamado de de fator de forma (FF). No caso da senoide tem
valor igual a 1,11.
𝐹𝑟𝑚𝑠
𝐹𝐹 = (5)
𝐹𝑚𝑒𝑑
Um sinal que seja alternado pode ser deslocado em relação ao eixo horizontal pela
presença de um sinal contínuo no circuito, componente cc. Para uma onda de tensão ou corrente
que é composta da senóide fundamental e de senóides, cuja frequência angular são múltiplos
inteiros da fundamental (harmônicas), podemos calcular o valor rms por:

𝐹𝑟𝑚𝑠 = √𝐹𝑐𝑐2 + ∑ 𝐹𝑖2 (6)


1

Onde Fi é o valor eficaz de cada harmônica, já que a senóide fundamental é a harmônica


de ordem 1, e Fcc é o valor da componente contínua caso exista.

3. Material Utilizado

 Variac 0-240Vca;
 Fonte de Alimentação Pantec ca/cc Mod. 111A331;
 Carga de Lâmpadas Mod. 111A435;
 Potência Nominal lâmpada incandescente: 200W, 220V;
 Tensão de Alimentação: 115-220V;
 Voltímetro Analógico ca 0-250 V;
 Voltímetro Analógico cc 0-150 V;
 Amperímetro Analógico ca 0-10 A;
 Amperímetro Analógico cc 0-3 A.
 Retificador 70V;

4. Procedimento Prático

a) Foi realizada a montagem do circuito de corrente alternada como na figura 1 com fonte
ajustada para 70 V eficaz (tensão fase-neutro), alimentando uma carga composta de 3
lâmpadas de 200 W, em paralelo (600 W). Calculou-se então a corrente estimada do
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circuito a fim de escolher um amperímetro de fundo de escala mais adequado. Aparelho


mais adequado escolhido registrou-se na Tabela 1 a corrente medida no amperímetro ca
e encontrou-se a resistência equivalente real das lâmpadas, bem como a potência dissipada
nas lâmpadas. Observou-se a intensidade do brilho das lâmpadas.

Figura 1 - Circuito de Corrente Alternada utilizado na prática.

Fonte: Adaptado pelo autor de [1].

Como auxilio dos dados fornecidos na lista de materiais da prática, a potência nominal
Pnominal de uma lâmpada é de 200W a uma tensão de 220 V eficaz na entrada. Por tanto, a
resistência nominal Rnominal de uma lâmpada pode ser calculada pela equação (7).

(220 𝑉)2 (7)


𝑅𝑛𝑜𝑚𝑖𝑛𝑎𝑙 = = 242 𝛺
𝑃𝑛𝑜𝑚𝑖𝑛𝑎𝑙
Como as três lâmpadas da Figura 1 possuem a mesma resistência e estão em paralelo,
pode-se calcular a resistência equivalente nominal do circuito.

𝑅𝑛𝑜𝑚𝑖𝑛𝑎𝑙 (8)
𝑅𝐸𝑞𝑛𝑜𝑚𝑖𝑛𝑎𝑙 = ≅ 80,7 𝛺
3

Estabelecendo uma tensão de 70 V de entrada no circuito da Figura 1 como solicitado


no manual, a corrente teórica que circulará no circuito pode ser obtida por (9).
70 𝑉 70 𝑉 (9)
𝐼= = ≅ 0,87 Α
𝑅𝐸𝑞𝑛𝑜𝑚𝑖𝑛𝑎𝑙 80,7 𝛺
Vale ressaltar que este valor de I calculado é um valor de corrente eficaz, portanto sua
corrente de pico Im será √2.I, como salientado na introdução teórica. Então Im valerá 1,23 A.
Dentre os amperímetros disponíveis no laboratório para medição de corrente eficaz em
ca e com base na análise feita anteriormente, o amperímetro ca de fundo de escala 3 A dá uma
margem de segurança para realizar a mensuração da corrente eficaz no circuito que pode
6

divergir do valor calculado por conta das não idealidades encontradas em problemas com
circuitos reais.

Após esse processo de análise teórica e escolha do amperímetro, realizou-se as devidas


medições e os resultados foram anotados na Tabela 1.
Tabela 1: Valores eficazes de tensão e corrente medidos no circuito ca.

Valores Medidos

IRMS 1,45 A

VRMS 70 V

Fonte: O próprio autor


.
de posse dos valores da tabela 1 pode-se calcular o valor de resistência equivalente do
circuito, através da lei de Ohm:
𝑉𝑅𝑀𝑆 70 𝑉
𝑅𝑒𝑞 = = = 50 𝛺 (10)
𝐼𝑅𝑀𝑆 1,4 𝐴
A potência dissipada na resistência equivalente (as três lâmpadas em paralelo),
calcula-se pela equação (11).
𝑉𝑅𝑀𝑆 2 (70 𝑉)2 (11)
𝑃= = = 98 𝑊
𝑅𝑒𝑞 50 𝛺
Considerando que a resistência de cada lâmpada é igual, como as lâmpadas estão em
paralelo, a resistência de uma unidade de lâmpada será:
(12)
𝑅𝑢𝑛𝑖𝑡á𝑟𝑖𝑜 = 3 × 𝑅𝑒𝑞 = 3 × 50 𝛺 = 150 𝛺
Com isso tem-se que o valor de potência dissipada em cada lâmpada é dado por:
𝑉𝑅𝑀𝑆 2 (70 𝑉)2
𝑃𝑢𝑛𝑖𝑡á𝑟𝑖𝑎 = = ≅ 32,7 𝑊
𝑅𝑢𝑛𝑖𝑡á𝑟𝑖𝑜 150 𝛺 (13)

Observou-se que a intensidade de brilho estava muito fraca em cada lâmpada. O brilho
na lâmpada está diretamente ligado a potência que está sendo dissipada em cima deste
componente. Como foi visto anteriormente tem-se que cada lâmpada que pode dissipar até 200
W está dissipando apenas 32,7 W, ou seja, pouco mais que 16 % de sua potência nominal.
7

b) Para o mesmo conjunto de 3 carga, montou-se o circuito mostrado na Figura 2. Alimentado


por uma ponte retificadora na entrada ca sem passar pelo varistor da ponte. As lâmpadas
foram alimentadas a partir da saída cc do retificador na faixa de 0-130 Vcc. Procurou-se
ajustar a tensão ca de entrada de modo a obter o mesmo brilho das lâmpadas do circuito ca
da Figura 1. O valor medido no voltímetro cc e amperímetro cc são apresentados na
Tabela 3.
Figura 2 - Circuito retificado utilizado na prática.

Fonte: [1]

Tabela 3: Valores médios medidos com amperímetro cc e voltímetro cc no circuito retificado.

Valores Medidos (Vmed)

IMED 1,40 A

VMED 70 V

Fonte: O próprio autor

Um brilho similar ao observado na medição em circuito ca foi obtido quando a corrente


medida pelo amperímetro cc foi de 1,40 A e a tensão na saída no retificador aproximadamente
70 V, e a tensão observada no voltímetro ca antes do retificador foi de 79,5V. Estes valores
medidos em cc são valores médios, e por isso, pela equação (5) apresentada na introdução, os
valores de corrente e tensão eficazes são esses valores médios multiplicados por pelo fator de
forma 1,11. A potência dissipada na carga resistiva equivalente será:

𝑃 = (1,11 × 𝐼𝑀𝐸𝐷 )(1,11 × 𝑉𝑀𝐸𝐷 ) = 97,8 𝑊 (14)

Logo o resultado da equação (14) prova que o brilho observado no circuito retificado está
muito próximo da intensidade de brilho observada no circuito de corrente alternada, tendo em
vista que neste último as lâmpadas dissiparam 98 W de potência e no circuito retificado as
8

lâmpadas dissiparam 97,8 W. Os valores de potência diferem por 0,2%, que pode ser decorrente
de quedas de tensão nos dispositivos internos do retificador.

Verificando-se a relação entre Vca, tensão eficaz medida na entrada do retificador, e Vcc,
tensão média medida na saída do retificador, observamos a relação:

𝑉𝑐𝑎 𝑉𝑅𝑀𝑆 79,5 𝑉 (15)


= = = 1,13
𝑉𝑐𝑐 𝑉𝑀𝐸𝐷 70

A análise teórica nos indica que a relação entre VRMS e VMED é de 1,11 (fator de forma).
Logo através do experimento se pode chegar a um valor com um erro menor que 1% em relação
ao valor teórico, este erro pode ser decorrente de diversos fatores entre eles da calibragem dos
instrumentos utilizados, ou de arredondamentos de leitura por exemplo.

c) Para as ondas de tensão ca definidas em (16), (17) e (18), calculou-se o valor médio, o
valor rms verdadeiro expresso em função da amplitude e o valor rms com base no valor
constante fator de forma (FF)

 Onda de tensão senoidal:

(16)

Por aplicação das equações (1) e (2), calculamos o valor médio e eficaz de (16):

1 𝑇 1 2π 𝑉𝑚 2π
𝑉𝑚𝑒𝑑 = ∫ 𝑓(𝑡) = ∫ 𝑉𝑚𝐶𝑜𝑠(𝑤𝑡)𝑑𝑤𝑡 = (𝑠𝑒𝑛(𝑤𝑡))
𝑇 0 2π 0 2π 0

𝑉𝑚 𝑉𝑚
= [𝑠𝑒𝑛(2π) − 𝑆𝑒𝑛(0)] = [0 − 0] → 𝑽𝒎𝒆𝒅 = 𝟎
2π 2π

Como (16) é uma função senoidal adiantada no tempo e não apresenta componentes
cc, naturalmente o seu valor médio esperado seria um valor nulo.

1 2π 𝑉𝑚2 2π 1 + cos(2𝑤𝑡)
𝑉𝑟𝑚𝑠 = √ ∫ 𝑉𝑚2 𝐶𝑜𝑠 2 (𝑤𝑡)𝑑𝑤𝑡 → 𝑉𝑟𝑚𝑠 = √( ∫ 𝑑𝑤𝑡)
2π 0 2π 0 2

𝑉𝑚2 2π 1 + cos(2𝑤𝑡)
→ √ ∫ 𝑑𝑤𝑡
2π 0 2
9

𝑉𝑚2 𝑤𝑡 𝑠𝑒𝑛(2𝑤𝑡) 2π 𝑉𝑚2 2π 𝑠𝑒𝑛(4π) 𝑠𝑒𝑛(0)


=√ [ + ] = √ ( + −0− )
2π 2 4 0 2π 2 4 4

1 2π 2π 1 𝑉𝑚
= 𝑉𝑚√ ( + 0 − 0 + 0) = 𝑉𝑚√ = 𝑉𝑚√ = → 𝑽𝒓𝒎𝒔 = 𝟎, 𝟕𝟎𝟕𝑽𝒎
2π 2 4π 2 √2

O valor eficaz calculado também é o resultado esperado para uma função senoidal sob
as mesmas condições citadas anteriormente.

O valor médio do sinal retificado é calculado em meio ciclo do sinal retificado. No


caso, como temos uma cossenóide, o meio ciclo vai de - 𝜋/2 a 𝜋/2.

π π
1 2 𝑉𝑚 2
𝑽𝒎𝒆𝒅, 𝒓𝒆𝒕 = ∫ 𝑉𝑚𝐶𝑜𝑠(𝑤𝑡) = [𝑆𝑒𝑛(𝑤𝑡)] −π
π −π π
2 2

𝑉𝑚 π −π 𝟐𝑽𝒎
= ⌊𝑆𝑒𝑛 ( ) − 𝑆𝑒𝑛 ( )⌋ =
π 2 2 𝝅

𝑉𝑟𝑚𝑠
𝑭𝒂𝒕𝒐𝒓 𝒅𝒆 𝑭𝒐𝒓𝒎𝒂 = = 𝟏, 𝟏𝟏
𝑉𝑚𝑒𝑑, 𝑟𝑒𝑡

 Onda quadrada:

(17)

Para onda quadrada da equação (17), segue-se o mesmo procedimento do item anterior:

𝑇/2 𝑇
1
𝑽𝒎𝒆𝒅 (𝒕) = [∫ (𝑉𝑚)𝑑𝑡 + ∫ (−𝑉𝑚)𝑑𝑡] = 𝟎
𝑇 0 𝑇/2

𝑇/2
1 1
𝑽𝑹𝑴𝑺 = √ ∫ 𝑉𝑚² 𝑑𝑡 → √( 𝑉𝑚² ∗ 𝑇/2) → √(𝑉𝑚² ) → 𝑽𝑹𝑴𝑺 = 𝑽𝒎
𝑇/2 0 𝑇/2
10

2 𝑇/2 2 𝑇
𝑽𝒎𝒆𝒅, 𝒓𝒆𝒕 = ∫ 𝑉𝑚 𝑑𝑡 = (𝑉𝑚 . ) = 𝑽𝒎
𝑇 0 𝑇 2

𝑉𝑟𝑚𝑠
𝑭𝒂𝒕𝒐𝒓 𝒅𝒆 𝑭𝒐𝒓𝒎𝒂 = =𝟏
𝑉𝑚𝑒𝑑, 𝑟𝑒𝑡

Como se pode notar para esse tipo de onda o Fator de Forma já assume um novo valor.

 Onda triangular:

(18)

𝑇/4
1 𝑇 4𝑉𝑚 1 𝑇/4
4𝑉𝑚 16 𝑉𝑚 𝑇/4 𝑉𝑚 𝑡 2
𝑽𝒎𝒆𝒅 = ∫ 𝑡 𝑑𝑡 → ∫ 𝑡 𝑑𝑡 → ∫ 𝑡 𝑑𝑡 → 16 [ ]
𝑇 0 𝑇 𝑇/4 0 𝑇 𝑇2 0 𝑇2 2 0
𝑇2
𝑉𝑚 16)
( 𝑉𝑚 𝑇2 𝑽𝒎
→ 16 → 16 ∗ →
𝑇2 2 𝑇 2 16 ∗ 2 𝟐

𝑇/4
1 4𝑉𝑚 2 4 𝑇/4 16𝑉𝑚2 64 𝑇/4
𝑽𝑹𝑴𝑺 = √ ∫ ( 𝑡) 𝑑𝑡 → √ ∫ 𝑡² 𝑑𝑡 → Vm √ ∫ 𝑡² 𝑑𝑡
𝑇/4 0 𝑇 T 0 𝑇2 𝑇3 0

𝑇/4 𝑇/4 𝑇3
64 𝑡3 64 (𝑇/4 )3 √64
→ 𝑉𝑚√ 3 [ ] → 𝑉𝑚√ [ ] → 𝑉𝑚 3 ∗ 64
𝑇 3 0 𝑇3 3 0
𝑇 3

64 𝑇3 𝑽𝒎
→ 𝑉𝑚√ ∗ → 𝑽 𝑹𝑴𝑺 =
𝑇 3 64 ∗ 3 √𝟑

𝑉𝑚
𝑉𝑅𝑀𝑆 ′ = 1,111 ∗ 𝑉𝑀é𝑑𝑖𝑜 𝑅𝑒𝑡𝑖𝑓𝑖𝑐𝑎𝑑𝑜 → 𝑉𝑅𝑀𝑆 ′ = 1,111 ∗
2

Valor RMS pela onda retificada X Valor RMS

𝑉𝑅𝑀𝑆 ≠ 𝑉𝑅𝑀𝑆 ′

Na comparação pode-se perceber que os valores RMS e o RMS obtido pela onda retificada são
diferentes.
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5. Questionário

1) Determine o valor eficaz da corrente:


I(t) = 12.sen(377t) + 6.sen(754t + 30° ) A (18)

Ao analisar a equação (18) e se for adotada que a frequência angular da primeira senóide
da equação seja 𝝎𝟏 e que 𝝎𝟐 seja a frequência angular da segunda senóide, percebe-se que
𝝎𝟐 = 2 𝝎𝟏 . Pode-se afirmar então que a segunda senóide é uma harmonica de ordem 2 da
primeira senóide. Neste caso, usa-se a equação (6) apresentada na introdução teorica deste
𝟐𝝅
relatorio para se obter o valor rms verdadeiro da corrente dentro de um período 𝑻 = .
𝝎

Da mesma forma a equação (6), calcula-se a corrente eficaz da equação (18):

𝟐
𝟐 + ∑ 𝐈 𝟐 = √𝐈 𝟐 + 𝐈
𝐈𝐫𝐦𝐬 = √𝐈𝐜𝐜 𝟐 𝟐
𝐢 𝐜𝐜 𝐫𝐦𝐬,𝟏 + 𝐈𝐫𝐦𝐬,𝟐
𝟏

𝟐𝛑 𝟐𝛑
𝟑𝟕𝟕 𝟑𝟕𝟕
𝟏 𝟏 𝛑
𝐈𝐫𝐦𝐬 = √ 𝟐𝛑 ∫ 𝟏𝟒𝟒. 𝐬𝐞𝐧𝟐 (𝟑𝟕𝟕𝐭). 𝐝𝐭 + 𝟐𝛑 ∫ 𝟑𝟔. 𝐬𝐞𝐧𝟐 (𝟕𝟓𝟒𝐭 + ) . 𝐝𝐭
𝟔
𝟑𝟕𝟕 [ 𝟎 ] 𝟑𝟕𝟕 [
𝟎
]
𝟐𝛑 𝟐𝛑
𝟑𝟕𝟕 𝟑𝟕𝟕
𝟏𝟒𝟒 𝟏 𝟑𝟔 𝟏 𝛑
𝐈𝐫𝐦𝐬 = √ 𝟐𝛑 ∫ (𝟏 − 𝐜𝐨𝐬(𝟐. 𝟑𝟕𝟕𝐭))𝐝𝐭 + 𝟐𝛑 ∫ (𝟏 − 𝐜𝐨𝐬 (𝟐. (𝟕𝟓𝟒𝐭 + )))𝐝𝐭
𝟐 𝟐 𝟔
𝟑𝟕𝟕 [ 𝟎 ] 𝟑𝟕𝟕 [
𝟎
]

𝟓𝟒𝟐𝟖𝟖 𝟏𝟑𝟓𝟕𝟐 𝛑 𝛑
𝐈𝐫𝐦𝐬 = √( 𝟕𝟐 − (𝐬𝐞𝐧 (𝟒𝛑) − 𝐬𝐞𝐧 (𝟎))) + (𝟏𝟖 − (𝐬𝐞𝐧 ( 𝟖𝛑 + ) − 𝐬𝐞𝐧(𝟎 + ))
𝟐𝛑 𝟐𝛑 𝟔 𝟔

𝐈𝐞𝐟 = √𝟕𝟐 + 𝟏𝟖 = √𝟗𝟎 = 𝟗, 𝟒𝟗 𝐀

2) Calcular o valor rms da forma de onda de tensão v(t) versus t(s) mostrada na
Figura 3.
Figura 3 – Forma de onda v(t) versus t

Fonte: [1].
12

Para o cálculo do valor rms, aplica-se a equação (2) apresentada na


introdução teórica deste relatorio. Pela Figura 3, pode se concluir que o período T
corresponde a 3 segundos.
𝟏 𝟑
𝟏 𝟏
𝑽𝒓𝒎𝒔 = √ [∫(𝟒𝒕)². 𝒅𝒕] + [∫(−𝟒𝒕 + 𝟖)². 𝒅𝒕]
𝟑 𝟑
𝟎 𝟐

𝟏𝟔 𝟏
𝑽𝒓𝒎𝒔 = √ [𝟏³ − 𝟎] + [𝟓, 𝟑𝟑]
𝟗 𝟑

𝑽𝒓𝒎𝒔 = 𝟏, 𝟖𝟖 𝑽
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6. Conclusão

O método experimental empregado na pratica se mostrou coerente com os modelos


matemáticos estudados anteriormente, tendo em vista que as relações matemáticas foram
satisfeitas com a presença de um erro consideravelmente baixo. Os erros nos resultados
experimentais podem surgir devido a não idealidade dos instrumentos de mediadas utilizados
como do próprio circuito abordado, ainda deve ser levado em consideração as perdas internas
de potência. Erros tão pequenos como os obtidos não devem comprometer o funcionamento do
sistema abordado no experimento.
Vale lembrar ainda que as lâmpadas respondem linearmente à entrada senoidal do
sistema, logo, podem ser modeladas por cargas resistivas. Tendo em vista que quanto maior a
dissipação de potência no filamento da lâmpada, maior a intensidade da luz emitida, o cálculo
da potência dissipada nas lâmpadas a partir dos valores de tensão e corrente medidos oferece
uma maneira quantitativa de avaliar o seu brilho, enquanto a avaliação da intensidade do brilho
pela intensidade de luz captada pelos olhos de um observador é um método de avaliação apenas
qualitativo e muito aberto a várias interpretações se tornando inconclusivo, desta forma foi
utilizada a potência dissipada como forma de avaliar o brilho emitido por cada lâmpada.
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Referências Bibliográficas

[1] LEÃO, R. P. S. Roteiro de Aulas Práticas Nº 02 – A Senóide: Valores Médio e


Eficaz. Fortaleza: DEE-UFC, 2018.

[2] BOYLESTAD, R. L. Introdução à análise de circuitos. 10ª Edição. São Paulo:


Pearson/Prentice Hall, 2004.

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