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UCRANIANO
Automotivo avançado
OSCILOSCÓPIO ANALISADOR DE
MOTOR, IGNIÇÃO E TRANSDUTORES
POR DIOGO VIEIRA
Treinamento Erechim – RS
Conteúdo do treinamento: Princípios físicos de eletricidade aplicada, velas de ignição e testes, geração de alta tensão, tipos
de bobinas e seus acionamentos, sinal de secundário, definição do conceito físico de pressão, definição de pressão
atmosférica, pressões de referência, medidores mecânicos de pressão, medidores eletrônicos e pressão, teoria de motores
de combustão interna, troca gasosa em motores atmosféricos, nomenclaturas de motor de acordo com a quantidade de
eixos comando de válvulas e tipos, sistema VVT-i, definição de overlap, operação básica do software emulador de
diagnóstico Autoscope IV, analise de pressão de cilindro sem combustão, diagnóstico de fluxo de gás e pressão com
gabaritop, analise de pressão de cilindro com combustão, diagnóstico de fluxo gasoso no escapamento, analises de misfires,
diagnóstico de pressão de coletor com sensor DX e pastilha piezoelétrica, diagnóstico de pressões via scripts de Andrey
Shulgin.
Pré-requisitos:
Sobre o curso:
▪ Abordagem pedagógica tradicional, com ênfase na teoria dos processos eletroeletrônicos e mecânicos, pois
entendemos que a grande dificuldade dos reparadores está em não entender os gráficos apresentados na tela, por
falta de base teórica e aprofundamento em alguns aspectos.
▪ Exercícios serão aplicados em sala de aula e uma posterior avaliação dos conhecimentos.
▪ Como o objetivo do treinamento é apresentar um conteúdo avançado, focaremos na parte teórica dos processos e
apresentação de estudos de caso com o emulador do software Autoscope IV.
▪ Curso aberto a qualquer participante, tendo ou não um analisador de motor. Os conceitos apresentados se
aplicam a qualquer equipamento.
Obrigações do aluno:
Forneceremos:
▪ Apostila impressa
▪ Coffee pela manhã e tarde
▪ Certificados, sob mérito na avaliação de conhecimento individual (prova)
Sinais elétricos
Sinal é toda onda que carrega uma informação. Os sinais de uma estação de rádio FM e os emitidos
por uma emissora de TV, além daqueles que chegam ao seu celular, sempre apresentam uma
informação (mensagem originada de um transmissor, direcionando-a a um ou mais receptores). Esses
sinais podem ser classificados de acordo com a natureza e com o formato do sinal na tela do
osciloscópio.
Quanto à natureza do sinal, podem ser de mais de um tipo, a saber.
▪ Sinal digital
Sinal em que se verifica uma onda que assume geralmente duas faixas de
tensão pré-definida: nível baixo e alto. Ou é ou não é. Também podemos
chamá-lo de sinal binário. Esses sinais são muito comuns na eletrônica. No
exemplo que segue, temos um sinal do sensor de fase (CMP) de um VW Gol.
O nível baixo assume um valor de zero volts e o nível lógico alto, um valor
de 5 volts.
▪ Sinal analógico
Sinal analógico é um sinal que pode assumir muitos valores em um
intervalo de tempo. O sinal do sensor de oxigênio é um bom
exemplo de sinal analógico. No exemplo dado, inserimos nossas
réguas de medida em vários pontos e obtivemos os resultados a
seguir.
Quanto ao formato do sinal, podemos classificá-lo de acordo com algumas nomenclaturas, a saber.
Onda quadrada
Onda quadrada é uma onda muito comum às áreas de eletrônica e de processamento de sinais. Uma
onda quadrada perfeita alterna regularmente de nível baixo para nível alto. Nota-se na figura que as
áreas do quadrado são semelhantes em formato e em tamanho. A aplicação no automóvel é vasta,
não se limitando apenas a sinais de sensores e atuadores. Muitos sinais de chips, localizados dentro
das unidades eletrônicas, são considerados onda quadrada.
Onda triangular
Onda triangular é um tipo de onda não senoidal, a qual recebeu este nome devido ao formato
semelhante à figura geométrica triângulo.
Em nosso treinamento EaD, daremos mais exemplos de outros tipos de sinais, bem como
de suas aplicações na área automotiva e, claro, estudos de caso envolvendo a correta
interpretação desses sinais, além daqueles “defeitos cabulosos” que apareceram em nossa
oficina, responsáveis por gerar aulas com aquele conteúdo top! Não perca.
Frequência X Período
Um motor funcionando a 900
rotações por minuto (RPM) completa
15 rotações a cada segundo. Assim,
podemos afirmar, que o motor está
funcionando a 15 Hz.
Sinal elétrico de 60Hz, 60 ciclos por segundo
!
fonte: Google
fonte: Google
A - Menu de ferramentas
B - Tela de trabalho
C - Botões de ajuste
Linha de zero
Se nenhuma fonte de tensão estiver conectada à entrada do
osciloscópio, o oscilograma mostrará uma linha contínua e
horizontal, coincidindo com a seta indicadora do canal que
está sendo usado. Essa linha é chamada de “linha de zero”
porque exibe o nível correspondente a zero volts na entrada
do osciloscópio.
Ajustando o sinal
Dividiremos os principais ajustes em três tópicos:
▪ Ajuste horizontal (varredura);
▪ Ajuste vertical (ganho);
▪ Ajuste de gatilho (trigger).
Os MESMOS pacotes da
CAN, mas, desta vez, a base
de tempo é de 10 us/div.
Mudando a base do tempo, é
como se “esticássemos” o
sinal.
Usando um osciloscópio
analisador de motor
profissional USB
AUTOSCOPE IV, temos no
canal vermelho o gráfico de
pressão do cilindro capturado
com um sensor de pressão de
cilindro. O canal vermelho está
com ganho (ajuste vertical) de
100 milivolts por divisão.
Trigger
Muitos reparadores possuem dúvidas a respeito desta função. Talvez porque poucos manuais se
arriscaram a traduzir esta palavra para o português, com um significado próximo de “gatilho” ou “alvo”.
Trigger, em inglês, tem a pronúncia da letra “i” com o mesmo som do “i” do português. Não precisa
enrolar a língua ou fazer bico. Como brasileiro, gostaria que tudo fosse traduzido para o nosso bom
português, mas esta palavra acabou sofrendo um neologismo (emprego de uma palavra nova, derivada
ou formada de outra já existente, na mesma língua ou não). Desse modo, “trigger” foi
“aportuguesada”, dando origem a outras palavras como “trigar”, “trigando”, “trigado” ou “trigou”.
A função trigger é “parar o sinal na tela”, estabilizar o sinal para
medir. Sincronizar para ser mais técnico. Em um sinal que não
está corretamente trigado, temos a impressão de que o sinal
“fica correndo” na tela. E como se faz isto? A função trigger
geralmente tem dois traços, um na vertical e outro na horizontal.
A interseção desses dois traços (nosso alvo) nos dará o ponto de
gatilho inicial. No nosso treinamento EaD, falaremos de técnicas
avançadas de trigger, explicando cada detalhe.
Agora que o princípio de Muitos quando aprenderam o sistema de injeção eletrônica, aprenderam de forma
funcionamento do deficiente, pois o curso não lhes preparou para o osciloscópio e não mostrou como as
osciloscópio ficou claro, coisas funcionam do “ponto de vista eletrônico”.
A oscilação do sinal
2 volts/div representa os dentes da
roda fônica. Na
imagem, conseguimos
analisar alguns dentes
com clareza, podendo
usar os cursores para
fazer medidas. O sinal
na horizontal ocupa 1/3
da tela.
Veja ao lado um
exemplo de
enquadramento
vertical não 10 volts/div
recomendado para
uma análise detalhada
dos dentes, cuja onda
ficou muito pequena,
miúda. Caso exista
uma variação de
tensão que mostre
algum defeito, dessa
forma não será
possível enxergar.
Um exemplo de
500 mvolts/div enquadramento vertical
errado. O sinal não se
parece em nada com o
que esperávamos,
aparecendo tão grande
na tela que cortou a
parte superior e inferior.
Para ajustar, basta
alterar os valores de
“volts/divisão” ou o eixo
“y”.
Nas figuras anteriores, vimos casos de erro no enquadramento vertical (tensão). Também poderão
ocorrer erros no enquadramento do eixo “x”, a varredura em segundos/divisão. Veja os exemplos.
Ainda estamos
trabalhando no
exemplo da página
anterior, ou seja, no
sensor de rotação. A
foto ao lado parece
estar com um bom
enquadramento
vertical, com 1/3 da
tela. Mas cadê os
dentes da roda fônica?
Só conseguimos ver
uma oscilação. Repare
na base de t emp o
errada de 100 us/div
100 us/div para esta análise.
Na figura de referência da
página anterior, desejávamos
ver os detalhes de alguns
dentes da roda fônica, o que
não significa que aqueles
valores de ajustes eram
inflexíveis. A foto ao lado
mostra um bom
enquadramento, mas a
intenção aqui não era enxergar
detalhes de um dente, mas
duas falhas de 2 dentes
consecutivos na roda fônica.
Um enquadramento muito
comum para a análise de
sincronismo do motor.
“O “O que você quer ver, precisa ser o que deve ser visto.”
A foto mostra um sensor Dx (transdutor) de baixa pressão ligado ao vácuo do motor de um Subaru
Forester com problemas mecânicos. No canal 2, em amarelo, temos a referência de ignição do cilindro
1. Para inserir a régua de graus e medir os momentos teóricos de abertura e o fechamento das válvulas
no cruzamento destas, esse enquadramento está perfeito, já que me oferece uma riqueza de detalhes
(veja a tabela na parte inferior da figura). Mas, se eu quiser saber se a falha marcada no “círculo azul”
se repete, devo alterar a base de tempo, possibilitando mais voltas no motor.
Analisador AUTOSCOPE IV
A base de tempo foi alterada. Assim, mais revoluções do motor aparecem na tela. A falha marcada na
foto anterior se repete ciclicamente, indicando que há problemas mecânicos no motor. O gráfico acima
representa a variação de pressão dentro do coletor de admissão no momento da partida. Os picos
inferiores deveriam ficar todos nivelados e próximos à linha “pontilhada vermelha”. Em nosso
treinamento de transdutores, veremos isso com mais detalhes.
Eu poderia mostrar centenas de exemplos, pois são muitos anos de diagnósticos gravados. Mas
acredito que você leitor já entendeu o que pretendo. Desse modo, a pergunta que desejo fazer é a
seguinte: “É melhor aprender ou decorar?”.
Os sinais das sondas verdes e vermelhas são somados inversamente e vão para a entrada analógica
8(canal 8).
• O número 8 do painel, a Conexão "In Synchro" é usada para a sonda de trigger (gatilho),
responsável por detectar faísca de ignição. O sinal da sonda vai para a entrada analógica 7 por
meio de um circuito detector de pico.
• 10 - Indicador de energia dos transdutores.
• 11, 12 - Indicador de polaridade de pulso de faísca, detectada com a sonda de trigger.
1. Entrada analógica.
2. Terra do dispositivo.
3. Positivo +12 V. Funciona apenas quando as garras de
jacaré do equipamento estão ligadas.
Cabo de energia.
Ligar no positivo da bateria do veículo e no CHASSI do motor, Cabo USB 2.0 de alta velocidade.
pois tem menos ruídos do que o polo negativo. Atenção! Cabos chineses de má qualidade
poderão deixar o equipamento com
funcionamento irregular
Cabo Synchro
Ou cabo de Trigger
Agulhas
Sensor Px35
Acessórios necessários
para o script PX
Centelhador
Crocodilos
1
2
3
4
Figura 1- Janela do programa
Execute o emulador. O
arquivo começará a ser
executado.
Selecionando os canais
Agora basta
selecionar qual o
canal deseja ser
trigado
Clique no trigger
normal (a primeira
opção conforme a foto)
Na primeira
opção, seleciona a
frequência. Muito
útil para teste de
rede CAN
Aqui se ajusta a
varredura (tempo)
Se por acaso o sinal medido sumir da sua tela, basta apertar o botão da
“setinha pra baixo” que você chama o sinal para aparecer na tela
Exercícios.
Abra a pasta de arquivos do grupo do curso.
Rolagem da tela
Funções necessárias para trabalhar com o Elpower (teste de partida, carga e compressão)
Plugins (4x)
AUTOSCOPE IV
Painéis de análise (3x)
Scripts (5x)
Plugins
São softwares inseridos dentro do ambiente de trabalho do Autoscope que melhoram a
visibilidade das formas de onda exibidas e podem realizar análises automáticas em tempo
real. Abaixo, os principais Plugins usados:
A guia “Fase de
distribuição dos
gases” indica a
quantidade de gás no
cilindro em relação ao
ângulo do virabrequim,
mostrando um diagrama
de válvulas em tempo
real e uma animação do
motor, facilitando o
diagnóstico. Veja na
figura ao lado.
Na guia
“Quantidade” as
mesmas informações
são mostradas, mas em
relação à posição do
pistão e ao curso. Essa
guia mostra a
quantidade de gás no
cilindro em relação à
posição do pistão e
curso.
O script Px também pode analisar a posição relativa do pico de pressão do cilindro e o sinal do
pulso de ignição. O script, com base nessas informações, é capaz de exibir um diagrama da
relação entre o avanço de ignição, a rotação do motor e a carga. Um exemplo da guia
“Avanço” é mostrado logo abaixo.
O diagrama exibirá
anormalidades no avanço de
ignição vs. RPM do motor e
carga, não apenas durante
condições de marcha lenta, mas
também durante condições
transitórias, como abertura
rápida do acelerador.
Sistema de ignição
Afirmamos com certeza que os testes nos sistemas de ignição são
os mais procurados pelos reparadores automotivos que buscam o
diagnóstico avançado com osciloscópio. Provavelmente essa
cultura vem dos antigos testadores de motores da década de 80
e 90. (Fig. 1). Analisar um sinal de ignição é ver o
comportamento de uma centelha num motor de combustão
interna, em tempo real. A centelha que pula dentro do cilindro 1
sofre influência de fatores como: pressão de compressão do cilindro, mistura ar-combustível,
detonação, resistências do circuito primário e secundário. Com tatas variáveis a serem levadas em
consideração, o diagnostico deste sistema não é tão fácil como muitos pensam, precisando de um
treinamento apropriado para um diagnóstico conclusivo. Abordaremos nas próximas linhas o
conceito básico do sistema.
2 Para entender como o sinal é gerado, temos que entender
os conceitos fundamentais do magnetismo. Os imãs são
materiais ferromagnéticos
que possuem a propriedade
de atrair ou repelir outros imas (Fig. 2). É do conhecimento de todos
que polos iguais se repelem e os polos opostos se atraem. Isso
acontece pelo fato de cada polo gerar um campo magnético com 3
uma orientação específica (Fig.3).
Na indústria automotiva, os imãs naturais dividem espaço com os
4 eletroímãs (Fig.4). Exemplificado de maneira bem simples, a figura mostra
que o eletroímã consiste em um material ferromagnético, enrolado com
diversas voltas de um fio de cobre no qual uma corrente é aplicada,
gerando um campo magnético.
Outro conceito importante para o entendimento do sistema de ignição é
fenômeno físico chamado de indução eletromagnética (Fig.5). Nesta figura, um galvanômetro
(instrumento utilizado para medir corrente de baixa intensidade) está ligado em um condutor no
formato de espiral. Próximo a ele, outro condutor no formato de espiral está ligado à uma fonte de
tensão com uma chave do tipo liga-desliga. Ao comutar a corrente do circuito através da chave,
irradia-se um campo magnético que pode ser “sentido” pela bobina que está ligada ao galvanômetro.
Esse é o fenômeno que acontece nas
bobinas de ignição, onde a UCE (Unidade de
Controle Eletrônico) chaveia uma corrente
no circuito primário da bobina e uma tensão
é induzida no circuito secundário, gerando
faísca para as velas de
ignição. CLIQUE AQUI ou 5
scaneie o qrcode ao lado
para acessar o vídeo do
experimento prático!
▪ Tensão de primário
Aqui analisaremos o comportamento do sinal com uma bobina que recebe um pulso de potência
oriundos da UCE ou módulo específico. Geralmente uma bobina de ignição recebe uma tensão
positiva em um dos terminais e um pulso negativo de acionamento. A onda característica pode ser
vista abaixo, onde capturamos com um analisador de motor profissional Autoscope IV.
Entenda cada etapa do sinal:
Tensão de secundário
O sinal de secundário é o espelho do primário. Isso acontece por causa do fenômeno de indução
eletromagnética,
como vimos na
página 35. A
bobina de ignição
amplifica a tensão
do sistema, pela
relação de espiras
no primário e
secundário e a
tensão gerada
nesse circuito
pode passar dos 12 mil volts. O sinal do secundário é muito parecido com o sinal do primário, com
algumas ressalvas:
F – O círculo destaca um fenômeno característico do secundário, que acontece no instante inicial do
carregamento da bobina.
G – Tensão máxima de disparo. Medido em quilovolts (kV), representa uma importante medida no
diagnóstico. A distância entre os eletrodos da vela, a pressão de compressão do cilindro e outros
fatores, influenciam diretamente nesse valor. O correto valor mostrado na tela do osciloscópio
dependerá da correta calibração da sonda de teste, das configurações de hardware do osciloscópio e
correta ajustagem na tela e captura do sinal. Na prática, vimos que valores confiáveis de tensão KV
só foram possíveis com OSCILOSCÓPIOS ANALISADORES DE MOTOR.
H – Linha de centelha. Corresponde ao tempo de duração da centelha, que normalmente é acima de
1 ms (um milésimo de segundo).
I – Oscilações residuais provocadas pela dissipação da energia que resta no secundário, após o
término da centelha.
Transdutores de pressão
Esses acessórios merecem um capítulo à parte. São transdutores que transformam valores de pressão
ou variações de pressão em tensões para serem analisadas em nossos osciloscópios e que geralmente
não fazem parte dos kits de osciloscópios automotivos, necessitando serem comprados por fora. Para
o domínio dessa ferramenta, o reparador automotivo deverá conhecer os ajustes básicos do
osciloscópio e um bom conhecimento do funcionamento do motor. Descreveremos abaixo alguns
modelos, juntamente com o princípio de funcionamento deles.
Hoje, no Brasil, as técnicas ucranianas de diagnóstico de Yuri Ignatenko são as mais utilizadas.
▪ Aplicação: O sensor de pulsos pode ser ligado basicamente à pelo menos 3 lugares
diferentes e apresentar diagnósticos distintos. Veja na próxima página:
Figura 2- Oscilograma das pulsações dos gases de escape Figura 3- Um aumento no nível de pulsações em um
de um motor em funcionamento. dos cilindros. Misfire detectada.
um aumento do nível de pulsação em um dos cilindros, e esse desvio for sistemático, então um
dos cilindros está operando com eficiência reduzida. Se você comparar os resultados desse teste
com os resultados da medição da compressão relativa, poderá dizer que a mecânica do motor ou
o sistema de gerenciamento do motor estão com defeito.
DX AUTOSCOPE
Este sensor faz parte do kit padrão do
analisador de motor ucraniano USB
AUTOSCOPE IV. O transdutor é capaz de
analisar pressões de -0,95 bar... + 0,15 bar.
WPS500X
Este sensor é fabricado pela inglesa
PICOAUTO e vendido como acessório
a parte. O modelo da foto lê 3 faixas
de pressão, incluindo baixas pressões.
Experimento
Para o experimento, foram utilizados os
seguintes materiais:
• Bomba de vácuo
• Sensor de pulsos
• Sensor de baixa pressão DX
• Conexão no formato “T”
• Mangueiras
• Cabos de ligação
• Analisador de motor Autoscope IV
• Computador
Sensor DX
Pressão atmosférica
Responde apenas às
variações de pressão
Mostra a variação
Sensor de pulsos
de pressão real
Com o auxílio de uma bomba, aplicou-se uma medida de vácuo e após certo tempo, a pressão de
vácuo foi alterada pela válvula de alívio da ferramenta, tomando um novo valor e após alguns
instantes, a pressão do sistema aumentou e o ponteiro do manômetro da bomba igualou-se com a
pressão atmosférica. Na foto acima, o canal 1 (linha vermelha) representa o comportamento da
pressão e o canal 2 (linha azul) é referente ao sensor de
pulsos. Repare que o sensor de pulso respondeu apenas
à variação de pressão. Além das curvas do canal azul
serem diferentes da curva real do ambiente de teste,
destacamos no círculo verde a existência de dois picos
de variação de pressão na primeira subida. Comparando
esses picos com a taxa de variação de pressão do canal
vermelho, notamos que a variação de pressão não foi
significativa nesse ponto. Logo concluímos que o sensor
de pulsos (vulgo TVA) apresenta resultado enganoso, já
que deu relevância a um evento de pressão de baixa
amplitude. A foto ao lado mostra esse evento com
detalhe maior.
Testes também foram realizados em veículos em marcha lenta. Observou-se algumas diferenças
entre os sinais. O sensor de pressão absoluta Dx além de fornecer valores de pressão, relevantes ao
processo de diagnóstico, também mostram resultados mais fiéis as taxas de variação de pressão do
coletor.
Dica de instrumentação: deve-se desligar o injetor do cilindro em teste para que não ocorra o risco de uma explosão no
cilindro e a consequente avaria na ferramenta. Outro detalhe: a maioria dos fabricantes recomendam que os testes nos
veículos não ultrapassem dois minutos para que a temperatura do motor não descalibre a ferramenta.
Bem verdade que o sensor de pressão no cilindro ajuda muito no diagnóstico de sincronismo do motor ou estado de
vedação de válvulas. Entretanto observou-se que raramente os testes apresentavam desvios, ou seja, nem todos testes
feitos com essa ferramenta apontavam resultados confiáveis. Então o ucraniano Andrey Shulgin criou o Script PX, um
algoritmo avançado de diagnóstico capaz de realizar testes do motor tanto em marcha lenta como em acelerações. Desse
modo, aumentou-se a confiabilidade dos testes. Este recurso é exclusivo do equipamento Autoscope e qualquer equipamento que
possua tal tecnologia, apresentará resultados não confiáveis, por se tratar de cópia não autorizada.