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OSCILOSCÓPIO PARA PESADOS

JOELSON S. R. Técnico em automobilística, especialista em diagnóstico por


grafismo, registrado no CREA Nº PR 163071/TD

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Tiago da Silva Machado - tiagosmsvp@gmail.com - IP: 187.39.228.32


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AUTORAIS.
CÓPIA NÃO AUTORIZADA É CRIME.
Lei nº 9.610, de 19 de fevereiro de 1998.

Edição: Junho de 2017


Revisão: Janeiro de 2020

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Sumário
OSCILOSCÓPIO E SUA SUPERIORIDADE SOBRE O MULTÍMETRO .................................................. 5
CLASSIFICAÇÃO. ...................................................................................................................... 8
A OPERAÇÃO. .............................................................................................................................. 14
O OPERADOR ............................................................................................................................... 14
O PILOTO ..................................................................................................................................... 14
FUNÇAO SENO ............................................................................................................................. 14
CONCEITO DE SINAL ANALÓGICO ............................................................................................... 17
SINAL DIGITAL.............................................................................................................................. 19
SETE PASSOS DA INSTRUMENTAÇÃO. ......................................................................................... 22
1-CONHECER O SISTEMA A SER TESTADO ................................................................................... 22
2-b CORRENTE ELÉTRICA. ............................................................................................................ 22
3-AVALIAR O MEIO ATENTANDO PARA A SEGURANÇA PESSOAL E DO FERRAMENTAL ............. 23
4-EFETUANDO A CALIBRAÇÃO E RESET DO EQUIPAMENTO ....................................................... 24
4-a CALIBRAÇÃO DAS PONTAS DE PRÓVA X10 ........................................................................... 26
4-b CALIBRAÇÃO DO ZERO VOLT. ................................................................................................ 29
4-c CONFIGURAÇÃO DO SOFTWARE COM O MESMO VALOR DO ACESSÓRIO .......................... 31
4-d CONFIGURAÇÃO DO TEMPO ................................................................................................. 33
4-e CONFIGURAÇÃO DA TENSÃO ................................................................................................ 33
5- INTERVENÇÃO NO OSCILOSCÓPIO. ......................................................................................... 34
6- INTERVENÇÃO N SISTEMA ...................................................................................................... 35
7- AFINANDO OS AJUSTES PARA UM EFICIENTE TESTE............................................................... 35
TELA ............................................................................................................................................. 35
1-DIVISÕES E SUBDIVISÕES. ........................................................................................................ 35
2- MARCADORES......................................................................................................................... 36
DIVISÕES DE TEMPO........................................................................Error! Bookmark not defined.
AMPLITUDE (AM) ........................................................................................................................ 38
FREQUENCIA (FM) ....................................................................................................................... 40
CICLOS EM HERTZ ........................................................................................................................ 40
SINAL PWM ................................................................................................................................. 41
IDENTIFICAÇÃO DE CONTROLE PWM.......................................................................................... 42
CURSOR ....................................................................................................................................... 43
TRIGGER ...................................................................................................................................... 43
EXPLORANDO AS JANELAS SUPERIORES ..................................................................................... 49
(GRADE) JOGO DA VELHA ............................................................................................................ 49
MEDIDAS NUMÉRICAS ................................................................................................................ 50

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REMOVENDO A GRADE. .............................................................................................................. 51
COMO SALVAR IMAGEM ............................................................................................................. 55
COMO TESTAR UM SENSOR OU ATUADOR COM OSCILOSCÓPIO............................................... 57
MOTOR BOMBA DE AR................................................................................................................ 58
QUEDA DE TENSÃO ..................................................................................................................... 62
TESTE BICO INJETOR EM TRES ANGULOS. ................................................................................... 64
QUEDA DE TENSÃO EM BOBINA. ....................................................Error! Bookmark not defined.
INDICE DE FIGURAS ..................................................................................................................... 68

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O osciloscópio se tornou a mais eficiente ferramenta da atualidade, ainda que
seja um ferramenta antiga largamente utilizada na eletrônica, hoje em dia o
grafismo automobilístico ganhou espaço entre os mecânicos, especialmente
pela popularização dos transdutores, acessórios que dão olhos infravermelho
ao técnico que consegue vê a saúde de peças internas sem desmontar. Essa
versatilidade de uso da ferramenta deu velocidade ao ato de achar defeito, os
gráficos são sinais representativos das mais variadas grandezas.
Quase tudo que é quantificado é passível de monitoramento: Ressonantes,
líquidos, sólidos, gasosos, pressão, vazão, sinais, ondas elétricas potência e
fluxo de energia, em particular a possibilidade de ver defeitos em motores
funcionando chama bastante a atenção.

OSCILOSCÓPIO E SUA SUPERIORIDADE SOBRE O MULTÍMETRO:

As grandezas elétricas presentes nos sistemas veiculares sofrem avanço


tecnológico continuamente. Sistemas de comunicação de alta velocidade de
comutação obrigaram os técnicos a investir no conhecimento de novas
ferramentas, o velho e bom multímetro está longe de ser descartado, mas sua
baixa capacidade de leitura o torna apenas um equipamento de apoio, para
diagnósticos conclusivos o reparador necessita mesmo é de um bom
osciloscópio.
A comutação de um sinal elétrico é a mudança de polaridade, recurso
largamente utilizado pela grande eficiência em transmitir informações e
também controlar componentes com eficiência e economia de energia. Dessa
forma, a tensão de um sinal elétrico pode ser estável ou mudar de polaridade,
amplitude e frequência milhares de vezes em um único segundo, no entanto
esse fenômeno da eletrônica somente pode ser monitorado por um
osciloscópio dos bons. O teste da rede CAN, presente em todo tipo de veiculo
é um bom exemplo da indispensabilidade do osciloscópio na oficina, trata-se de
um sinal duplo que muda constantemente sua freqüência e largura, porém a
amplitude permanece fixa e anatomia espelhada, 98% dos casos
representando cinco volts a soma dos mesmos. No teste com multímetro, o
aparelho faz uma média e com isso o valor lido é uma pegadinha, restando
apenas a possibilidade de testar a resistência do circuito, impossibilitando
totalmente um teste dinâmico e conclusivo.
O tempo de comutação é tão rápido que pode chegar a milhões de vezes em
um segundo, (Em um mesmo veículo pode varias redes com diferentes
velocidades) fato que exige a capacidade máxima do osciloscópio, que precisa
ser de boa qualidade, com configuração mínima de 50mhz e 1 giga samples.

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Figura 1- EXEMPLO DE REDE CAN COMPLEXA.

Figura 2- REDE CAN SIMPLES AXOR 2014.

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Figura 3- REDE CAN ERRO DE INSTRUMENTAÇÃO.

Figura 4-REDE CAN CURTO NO CHICOTE.

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CLASSIFICAÇÃO:

Os equipamentos de múltiplos canais são divididos em duas famílias: A que


tem o massa de referência comum para todos os canais, e aqueles com a
malha dos canais isolados, sendo necessário o aterramento de todas suas
pontas durante o diagnóstico, isso dificulta a instrumentação, porém evita
riscos de danos ao aparelho e componentes.

Figura 5 - Massa compartilhado e individual:

O exemplo no alto da figura é do tipo massa compartilhado. O mais comum no


mercado, ele vem acompanhado de um triângulo de atenção, isso facilita para
que o técnico saiba que existe risco de curto circuito durante a instrumentação.
Em caso de dúvida, o multímetro deve ser usado para testar a continuidade
entre os aterramentos.

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Figura 6- Massa compartilhado:

ACERTOS HORIZONTAIS PELA BARRA DE COMANDOS

Clique no (H) no alto da barra... Configure o tempo de captura conforme


desejado. (a seleção de tempo é comum para todos os canais)
Selecione obrigatoriamente a função Y-T...

Figura 7 - Acertos Horizontais.

Para testar sinais lentos acima de 500ms é possível usar a função


VARREDURA, assim os traços partem da esquerda da tela...
Caso utilize a função ROLAR eles vem do lado direito...

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Figura 8 - Função captura ROLAR.

COMO INVERTER CANAL


Cuidado, a função de inversão de canal torna a imagem de ponta cabeça e
deve ser usado apenas em casos específicos e retornado a posição original
imediatamente após o uso para evitar equívocos em testes futuros, mantenha
todos eles sem inversão após o uso.
Clique no (V) no alto da barra de comandos...

Figura 9 - Botão de inverter canal.

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Esse botão também possibilita fazer os ajustes verticais dos canais.
Selecione o canal que deseja capturar a imagem de ponta cabeça e ligue se
necessário, selecione o campo inverter...

Figura 10 - Canal invertido.

CUIDADO Assim todo sinal positivo que ler na tela vai ficar como se fosse
negativo e vice e versa.

Quanto aos vetores, para um melhor aproveitamento, deve-se utilizar sempre a


primeira opção, veja na imagem que a seleção a esquerda mostra traços
contínuos e a direita traços pontilhados.

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FUNÇÃO MATEMÁTICA
Essa função é acionada para somar, diminuir ou multiplicar o valor lido
instantaneamente por um canal em relação ao outro, selecione os canais que
deseja calcular... O valor do resultado aparecerá em outro gráfico como se
fosse sinal de outro canal.

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Figura 11 - Seleção de matemática.

Figura 12 - Matemática somando C3 e C4.

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Nas imagens o gráfico extra, mede os valores somados dos dois canais onde A
é sempre zero e B comuta entre zero e 2 volts.

A OPERAÇÃO:
Tirar proveito dessa magnífica ferramenta deve ser encarado como um grande
desafio, a superação deste, traz como troféu uma verdadeira transposição de
mundos. O operador torna-se um indivíduo preparado para enfrentar as mais
célebres novidades tecnológicas que aparecerem pela frente, sejam elas
eletrônicas, mecânicas, hidráulicas, pneumáticas ou um amontoado de
sistemas. Doutra forma quase impossível de ser decifrada.

O OPERADOR:
Consiste em um indivíduo que conhece tecnicamente os comandos do
osciloscópio, que seja através de estudo, pesquisa, leitura de manuais,
matérias técnicas, cursos teóricos ou prática de manuseio diário, este precisará
ser persistente e aplicar a técnica de repetir procedimentos aprendendo com
erros e acertos. Então será um operador com relativa habilidade.

O PILOTO:
É o indivíduo que domina a operação e é apaixonado por conhecimento e
desafios e ao obter conhecimentos teóricos e práticos dos sistemas e
ferramentas com incansável dedicação diária, atinge certo nível de
familiaridade com osciloscópio e os problemas dos sistemas e comandos da
máquina que faz manutenção, então consegue realizar rapidamente
diagnósticos, testes, ensaios e simulações transformando a localização dos
defeitos e soluções dos mesmos em uma tarefa simples e rápida.

FUNÇAO SENO:
O gráfico de função seno no plano cartesiano, é uma curva denominada
senóide, ou onda senoidal. Ela mostra durante certo tempo como se
comportam os fenômenos, se constantes, lineares, oscilantes ou mistos, os
mais conhecidos usos da onda senoidal são as ondas de rádio, AM (amplitude
modulation).

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Figura 13- Senóide alta amplitude:

Figura 14- Senóide baixa amplitude.

FM (frequencimodulation).

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Figura 15- Senóide alta frequência:

Figura 16- Senóide média frequência:

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Figura 17- Senóide baixa frequência:

A Senóide normalmente é encontrada em sinais analógicos em corrente


alternada (AC).
Mas em alguns casos existem ondas semelhantes em sinais (DC), por
exemplo: TVA na partida ou transdutor TVC.

Figura 18- EXEMPLO DE TVC.

CONCEITO DE SINAL ANALÓGICO:


Alguns sinais presentes na natureza não podem ser medidos, salvos ou
quantificados por se tratar de sinais analógicos, são eles: raios, ruídos e ondas
eletromagnéticas naturais. Isso significa que sofrem alterações de tempo,
frequência e amplitude constantemente.

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Figura 19- Sinal analógico natural:

No entanto, existem sinais analógicos que podem ser medidos e quantificados


num todo ou em partes.
Os produzidos pelos humanos: ondas de rádio, sons musicais, sinais de
satélites, leitura dos fenômenos químicos, hidráulicos, pneumáticos e
mecânicos presentes em máquinas e equipamentos, esta última opção é
encontrada em diversos pontos na eletromecânica veicular, transdutores de
vácuo, sensores de ressonância, CMP, CKP e outros.

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Figura 20- EXEMPLO DE SINAL ANALÓGICO SINCRO DAF.

Figura 21- Sinal analógico analisável, TVE:

SINAL DIGITAL:
O grafismo de motores é uma metodologia avançada para localizar defeitos
mecânicos sem desmontar. Os gráficos mostram as irregularidades
instantaneamente e com confiabilidade extrema, pontos específicos dos
gráficos precisam estar alinhados com o tempo exato do fenômeno,
(EXEMPLO PMS).
No caso de sensores de rotação indutivos são exemplos de geradores de
sinais analógicos por isso sua amplitude muda conforme a velocidade do
motor, já os sensores de rotação de efeito HALL tem amplitude fixa e podem
ser considerados geradores de sinal digital.

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Figura 22- SINCRO CARGO 2428

No caso do monitoramento de pressões, positivas e negativas para gerar o


gráfico é preciso usar um transdutor, esse precisa ser de qualidade
comprovada para evitar equívocos, acima de dois bares o transdutor precisa
ser projetado com circuitos eletrônicos digitais cujo sinal gráfico não sofre
atraso. Transdutores não profissionais com atrasos variados e apesar de
mostrar um sinal representativo da pressão, não oferece possibilidade de
testes conclusivos.

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Figura 23- EXEMPLO DE TESTE ENCHIMENTO DE CILINDRO MAIS PRESSÃO DO RAIL.

A INSTRUMENTAÇÃO:

É indispensável conhecer os riscos eminentes no sistema e o uso de


acessórios que facilitem o trabalho. Lembrando que instrumentar não significa
apenas acomodar o aparelho em cima do motor, e sim planejar todo passo a

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passo do antes, durante e depois, prevendo riscos para evitar futuros
problemas. É importante dispor de engates rápidos, cabos isolados, pontas
precisas sem nenhum tipo de improviso ou adaptação.

OS 7 PASSOS DA INSTRUMENTAÇÃO:

1-Conhecer o sistema a ser testado:


Para evitar a exposição do aparelho ao perigo, é necessário conhecer o
sistema e os valores esperados. Efetuar a configuração no software para
depois instalar a parte física, pontas, garras, pinças etc.
Erros de operação durante a configuração, água e quedas, são as principais
causas de danos em osciloscópio.
Danos graves e até irreversíveis ao equipamento podem ocorrer quando o
operador deixa de se atentar para a capacidade de leitura da pinça e espeta
um circuito com picos de 40 volts usando uma pinça cuja capacidade não
passa de 35 volts. Na melhor das hipóteses consegue alguma leitura, porém
encontra dificuldade em interpretar os gráficos, na maioria das vezes necessita
ser executada gradativamente, até que domine o conhecimento dos fenômenos
que acontecem no sistema testado obtendo conhecimento do diagnóstico de
defeitos do mesmo. Por exemplo: os sinais dos sensores quando não se
conhece o sistema de injeção eletrônica ou o sinal dos transdutores antes de
dominar a mecânica.

2-Escolher os acessórios corretos:

2-a Tensão elétrica:


Tensões até 10 v melhor usar a garra x1 (sensores)
Tensões de 10 a 300v utilizar a garra x10 (atuadores)
Tensões de 300 a 700v interessante usar o atenuador 20/1
Acima desse valor é aconselhável usar captadores indutivos.

2-b Corrente elétrica:


Nos testes de consumo de corrente em atuadores e motores veiculares, deve
ser usada a pinça transdutora tensão/corrente CC65, seu circuito eletrônico
transforma as oscilações da tensão em sinal de consumo de corrente. Garras
industriais do tipo (AC) não tem utilização veicular.

2-c Fenômenos mecânicos:


Para realizar os testes pneumáticos, hidráulicos e mecânicos através dos
gráficos, o indivíduo deve ter pleno conhecimento das grandezas presentes e a
capacidade de leitura das ferramentas.

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3-Avaliar o meio atentando para a segurança pessoal e do ferramental:
A instrumentação deve ser feita rigorosamente, principalmente quando o
sistema em questão gera ou propaga valores elevados de pressão, tensão ou
corrente elétrica, conforme o caso, evitando prejuízos materiais, danos físicos e
psicológicos.
Cabos de velas e bobinas com fuga costumam derreter osciloscópios sem
nenhuma tolerância, em veículos com visível mal estado de conservação no
sistema de ignição e faíscas saltando para todo lado ninguém tentará
instrumentar, sob pena de levar grandes choques elétricos. Diagnóstico
avançado é uma metodologia superior de encontrar defeitos e não pode ser
usado para diagnósticos básicos cuja causa dos defeitos estão explícitos.
Mesmo que o sistema de ignição tenha boa aparência, é recomendado um
teste rápido do material isolante usando um fio aterrado em uma extremidade e
com a outra percorrer toda extensão dos cabos. Deixar de realizar esse
procedimento poderá causar graves danos e acidentes.

Figura 24- A bomba:

A tensão elevada nem sempre é o mais algoz gladiador. O sistema de


arrefecimento e as correias costumam ter pouca tolerância, isso porque o
mesmo é uma caldeira, se não acontecer o alívio da pressão na hora certa, a
água vai voar, se o motor funcionar, mantenha aparelhos eletrônicos longe dele
até ter certeza que ele não esteja com febre. As pontas de prova, caso fiquem
expostas ao movimento da correia de acessórios podem ser engolidas e
quebrar os equipamentos.

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Figura 25- Erro de instrumentação.

4-Efetuar a calibração e reset do equipamento, caso necessário evitando


equívocos durante a análise:
Caso desapareçam por completo os traços dos canais ou quando ler valores
estranhos é necessário realizar a configuração de fábrica, posteriormente pode
se usar a bateria do carro para conferir a veracidade da leitura.
Clique em utilidades... Depois em configuração de fábrica...

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Clique no campo sim...

Todos os canais aparecem na tela configurados com tensão de 200mv AC e 20


micro segundos de tempo.

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4-a Calibração das pontas x10:
Existem vários modelos de pontas de prova, aqui estão alguns deles:
atenuadores, sondas, pinças, transdutores e outros acessórios utilizados para
capturar o sinal elétrico. O item mais comum é a ponta de múltipla atenuação
x1 x10, contendo duas posições de uso, isto é: com e sem atenuação, para ler
valores verdadeiros é preciso que a configuração no software seja a mesma da
empunhadura.
As pontas de prova X10 necessitam de um ajuste periódico, atuando no
pequeno parafuso da empunhadura.

Figura 26-- Ponta de prova X10:

Uma conhecida onda quadrada deve ser usada como referência, existente no
próprio aparelho que foi concebida para essa função.

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Figura 27- Sinal de referência para calibração das pontas:

Instalar as pinças e ajustar em 500mv 500µs a onda quadrada na tela...

Figura 28- Saída da onda quadrada:

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Figura 29- ajuste de atenuação incorreto:

Figura 30 - Procedimento de ajuste.

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Figura 31- Ajuste incorreto.

Figura 32 - Atenuação ajustada corretamente:

4-b Calibração do zero volt:


Curto-circuitar a ponta de prova com sua malha de aterramento.

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Figura 33- Ponta de prova curto-circuitada.

Clique em utilidades, calibração...

Depois em Checar todos e iniciar...

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Durante a calibração é normal ouvir estalos na parte interna do aparelho, isso
acontece pelas comutações automáticas de tempo e tensão.

4-c Configuração da ponta com o mesmo valor na pinça e no painel do aparelho:

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Figura 34- Selecionado para x10:

Observar atentamente o número do canal ligado a ponta, selecionar no


aparelho o referido canal e acertar a atenuação correspondente.

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O uso mais comum na eletrônica automotiva são as configurações de X1, X10,
20/1, CC65...
OBSERVAÇÃO:
Transdutores de pressão e vácuo usar X1.

4-d Configuração do tempo:


A boa configuração do tempo a princípio, é ver uma imagem dentro dos limites
da tela e em boa definição. Ao diminuir o tempo, a imagem sofrerá um efeito de
zoom.
Essa configuração vale para todos os canais, isto é: alterando o valor, todos os
canais em uso terão a mesma capacidade de leitura na horizontal. Sempre
estarão sincronizados, diminuindo o tempo com a imagem pausada, tendo o
mesmo efeito do zoom.

Figura 35- Configuração de tempo.

O ajuste de tempo vale para todos os canais e deve ser feito sempre antes de
um novo teste, logo; ao ligar o aparelho o operador deve estar inteirado dos
valores que se espera ver na tela, e então realizar os ajustes necessários para
capturar um gráfico passível de análise, caso não se capture o sinal esperado,
é provável que exista uma falha na instrumentação ou nos cabos garras e
pinças, nesse caso é aconselhável usar o multímetro como instrumento
auxiliar.

4-e Configuração da tensão:


A configuração da tensão é individual para cada canal que será utilizado,
identificando as cores: Amarelo 1, Azul 2, Lilás 3, Verde 4.

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Figura 36- LISTA DE CONFIGURAÇÃO BÁSICA.

5- Intervenção no osciloscópio:
Caso o operador não conheça o sistema testado, deverá usar um multímetro
como base inicial nos testes. Identificando a média de valores em tensão,
sempre que iniciar um novo diagnóstico deve ser configurado primordialmente
o tempo, tensão e TRIGUER antes da instrumentação, para evitar jogar no
equipamento valores acima da capacidade a qual esteja configurado. O ajuste
de tempo é comum para todos os canais, no entanto o ajuste de tensão sempre
será individual para cada canal.

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NOTA:
OS QUATRO PASSOS PROFISSIONAIS DO GRAFISMO SÃO:
- CONFIGURAÇÃO;
- INSTRUMENTAÇÃO;
- CAPTURA;
- ANÁLISE.

6-intervenção no sistema:
Averiguar atentamente os eventuais riscos, como por exemplo: terreno
desnivelado, cabos próximos as correias e polias, fugas de alta tensão,
vazamentos de líquidos, sólidos ou gasosos.
É hora de instalar todos os aparates de captura de sinais que representarão as
grandezas presentes nos sistemas: analógicos ou digitais. Em casos de testes
de campo, é importante fixar tudo de forma protegida para evitar surpresas.

7- Partir os testes e afinar os ajustes para um eficiente diagnóstico:


Mesmo em sistemas já conhecidos com níveis dos gráficos já previstos,
poderão aparecer sinais totalmente fora do padrão, seja por falha em alguma
das etapas anteriores ou defeitos graves no sistema em questão. Nesse caso
trabalhar tempo, tensão e controles dos fenômenos até que se veja pelo menos
um ciclo na tela.

TELA:
1-Divisões e subdivisões:
A tela possui 10 divisões na horizontal e 8 na vertical,
Nesse exemplo, o equipamento da HANTEK com 80 divisões, sendo 8 na
vertical para medir o valor da grandeza elétrica, estamos medindo tensão em
volts, estando o aparelho e a pinça na configuração de 1 volt por divisão, a tela
terá uma capacidade de ler 8 volts, e 10 na horizontal para medir o tempo, logo
se a configuração do aparelho marca 1s, a tela mostrará os adventos que
ocorrerão dentro de 10 segundos, uma sonda lambda pode comutar mais de 20
vezes em 10 segundos.
Depois cada divisão é subdividida em 25 partes, cinco na horizontal e cinco na
vertical.
Uma boa opção para uma rápida análise é usar a contagem pelas subdivisões,
se a configuração de tensão marca 5V cada subdivisão estará lendo 1V.

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Figura 37- Tela e as divisões:

2- Marcadores:
Aparecem em forma de flechas nas extremidades da tela e mostram a posição
dos cursores, gatilho vertical e horizontal. Os marcadores da face esquerda
mostram onde estão os cursores, caso o zero volt não esteja alinhado com o
marcador, é necessário realizar a calibração do zero.
A flecha superior mostra onde está o cursor que faz o gatilho vertical.
A flecha a direita mostra onde está o gatilho horizontal.

Figura 38- Marcadores:

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UNIDADES DE MEDIDA DE TEMPO E SEUS MULTIPLOS E DIVISORES:

S - Segundo;
MS - Milisegundo;
US - Microsegundo;
NS - Nano segundo;

1s representa 1000ms.
1ms representa 1000 micro segundos.
1micro segundo representa 1000 nano segundos.

Figura 39- ACERTOS DE TEMPOS COMUNS.

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Figura 40 - Configuração do tempo no relógio:

AMPLITUDE (AM):
Esse tipo de sinal é lembrado pelo seu uso na recepção das ondas de rádio.
Nesse caso, as ondas sobem e descem mudando a amplitude constantemente
e a frequência é fixa. Quando se captura um sinal sem aterrar devidamente a
malha da ponta de prova ou com configuração de tensão muito abaixo do ideal,
o sinal sai para o alto da tela, podendo ocorrer um erro comum na configuração
de voltagem, tensão ou capacidade de leitura em função da amplitude, isto é, a
altura do sinal no gráfico.

Figura 41-Tensão baixa ou ponta sem aterramento:

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Figura 42- Análise de amplitude em tensão e corrente:

Figura 43- Diagnóstico pela amplitude do TVE:

No diagnostico veicular, a observação da amplitude do sinal é de sobremaneira


importante tanto em componentes eletrônicos, sensores, atuadores direto na
peça ou fazendo uso de transdutores, os quais transformam uma grandeza
como pressão, vazão, vácuo em um sinal gráfico. Os corriqueiros testes são:
motores elétricos com garra de corrente CC65, e motores a combustão com a
CR, TVA, TVE, TVC, e outros.

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FREQUÊNCIA (FM):
Esse tipo de comunicação usa alteração da frequência para transmitir uma
determinada mensagem, a unidade de controle do motor não enxerga valores
de pressão ou outras grandezas físicas mas somente sinais elétricos, que
representam algum fenômeno.
Um outro exemplo de uso desses sinais são as ondas de rádio (FM), no ramo
automobilístico os sensores que usam essa tecnologia são chamados de
digitais e são extremamente mais precisos e confiáveis que os modelos
analógicos, um dos bons exemplos é o sensor MAF DA AMAROK.

Figura 44- MAF AMAROK.

CICLOS EM HERTZ
CICLOS POR SEGUNDO.

Realizar cálculos de velocidade instantânea fica fácil usando a medida dos


ciclos por segundo, por exemplo: se em uma roda dentada existem 10 dentes e
pondo esta a girar lemos 10 HERTZ, significa que sua velocidade é uma volta
por segundo, a partir dessa informação podemos calcular qual é a sua
velocidade em metro/minuto ou km/h.
Um ciclo completo tem duas ondas, uma positiva e uma negativa, seja em
sinais analógicos ou digitais, nos sistemas cujo controle se fundamenta em

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variar a frequência, a porcentagem das ondas fica em 50% positiva e 50%
negativa.

Figura 45- Ciclo em onda quadrada:

SINAL PWM

(Controle por largura de pulso)

MITO... PULSO DE BICOS E BOBINA NÃO É SINAL PWM.


Esse tipo de sinal é largamente usado para controlar atuadores que
consomem boa quantia de corrente elétrica, a frequência e a amplitude
permanecem fixas, a largura do pulso sofre alterações constantes ou conforme
a necessidade.

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Figura 46- PWM positivo 50, 75 e 85%.

IDENTIFICAÇÃO DE CONTROLE PWM


Um atuador controlado por esse modelo de sinal recebe um sinal fixo que pode
ser o massa ou o positivo 12 volt, e o outro fio recebe o pulso, para identificar
se o controle vem pelo positivo ou negativo deve se usar dois canais. Podendo
usar juntamente uma garra de corrente em um terceiro canal e observar o
momento que existe consumo, são eles: negativo fixo: controle positivo e
positivo fixo: controle negativo. Alguns casos o comando comutado está dos
dois lados, possibilitando a inversão de rotação como em atuadores de posição
de turbina por exemplo.

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CURSOR:

Figura 47- Cursor quatro medidas:

TRIGUER:
Caso o sinal a capturar seja desconhecido ou se o operador ainda tem pouca
prática com a operação do Trigguer, deve se iniciar o uso do osciloscópio pelo
modo PULSO E VARREDURA AUTO. Isso porque nessa configuração todos
os sinais presentes no circuito circulam pela tela em tempo real, sempre que
precisar configurar para realizar um novo teste deve se usar a opção de
varredura AUTO.

Figura 48- Trigguer inicial.

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Porém como o modo AUTO não estabiliza o sinal, para capturar o sinal com
ele precisa pausar a tela com tempo maior... E então diminuir o tempo para dar
efeito de zoom, e arrastar a onda até o ângulo que se deseja salvar.
NOTA:
Nem todos os modelos de osciloscópios dispõe dessa opção de dar zoom na
imagem após pausado a tela.

Figura 49-Sinal em 2 segundos:


Mudar o tempo para um valor menor ...

Figura 50- Redução do tempo da tela (zoom):

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Figura 51- Sinal com ZOOM.

A captura no osciloscópio continua dos fenômenos ocorridos em dois


segundos, tendo diminuído o tempo de 2 segundos para 500ms temos quatro
telas gravadas. Para visualizar algum ponto específico podemos arrastar o
sinal lateralmente...

Figura 52- Arrastar onda:

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Figura 53- Primeira tela:

Figura 54- Terceira tela:

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Figura 55- Quarta tela:

Como o osciloscópio filma os sinais durante um tempo conforme a


configuração, ele mostra um tempo após o outro. Com isso a imagem está
sempre passando pela tela de modo que só será fixa quando pausamos, e isso
não é bom quando queremos ver um ponto específico, pois a pausa acontece
em momentos aleatórios, então precisamos do gatilho ou TRIGUER, existem
diversos MODOS mas no ramo automobilístico o mais indicado é o BORDA
sendo recomendado que sempre se utilize essa opção.

ALVO: Ponto ou região que será fixado o alvo.


Modo Borda: captura um ponto ascendente ou descendente do sinal.

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Figura 56- TRIGGUER por borda negativa:

Modo Pulso: Captura um pulso com determinado tempo de duração em um


sinal de frequência fixa. Para medir, pausar a imagem... clicar em cursor e
selecionar o tipo vertical. Conhecendo a medida ao colocar no campo
LARGURA, o sinal estabiliza na tela.
NOTA: ESSE MODO É INDICADO PARA TESTES EM PLACAS, NO CASO
DE APLICAÇÃO NA OFICINA É MELHOR USAR SEMPRE BORDA.

Figura 57- TRIGUER POR PULSO:

VARREDURA: Imagens constantes ou em momentos específicos.

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Automático: Não pausa a tela, a imagem fica passando o tempo todo, (durante
a configuração deve-se usar obrigatoriamente essa varredura).

Manual: Pausa a tela ao último evento que acontecer, ou seja atualiza sempre
pelo ultimo sinal.
Simples ou único: Pausa a tela ao primeiro evento importante, isto é: congela
automaticamente, essa opção de varredura é importantíssima para capturar
mal contatos ou curtos esporádicos.
Alternativo: coloca pulsos de múltiplos canais de tempos diferentes na mesma
posição.
Externo (3064): fixa o sinal de alta frequência na tela, mesmo não aparecendo
gráfico nenhum na tela.

Explorando as janelas superiores:

(GRADE) JOGO DA VELHA.

A marcação que faz as divisões da tela é chamada de grade, trata-se de um


quadriculado em forma de traços pontilhados que se comporta como uma
régua ajustável, a tela é dividida em 80 pequenas partes, sendo 8 na vertical e
10 no horizontal como se fosse vários jogos da velha agrupados.

Figura 58- Tela com grades:

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Essas marcas servem para realizar rápidos cálculos dos resultados sem a
necessidade de botar os medidores na tela, esses dão muito trabalho para
configurar e acabam tomando mais tempo no dia a dia. Caso medidores
numéricos estejam em uso, a grade torna-se apenas uma poluição na tela,
nesse caso ela poderá ser removida.

MEDIDAS NUMÉRICAS:
Naturalmente o osciloscópio é um leitor de gráficos, apenas isso, seu operador
faz a leitura e interpreta. No entanto, existe uma opção de ler na tela as
medidas numéricas como no multímetro, para isso basta clicar no campo
medidas.
Clique em Medidas ...
Selecione a fonte... Isto: é o canal que quer saber os valores, e terá no rodapé
o valor da grandeza que esta sendo monitorada, tensão ou corrente conforme o
caso.

Figura 59- Seleção de medidas:

As opções são muitas tanto na horizontal que mede os fenômenos dos pulsos
e na vertical que calcula vários pontos do sinal. Algumas resultam no mesmo
valor como PICO E MÁXIMO, ao selecionar mais de oito medidas a última
desliga a primeira.

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Figura 60- Medidas horizontais:

Figura 61-Medidas verticais:

REMOVENDO A GRADE:
Clique em display...

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Clique em intensidade...

Arraste a barra superior pra direita...

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Arraste pra esquerda...

Observe oque acontece............................................... Quando estiver a seu


contento clique em OK.
A intensidade da grade pode ser alta, média, baixa ou nula.
NOTA: É RECOMENDADO USAR SEMPRE GRADE MÉDIA OU ALTA.
Alguns diagnósticos são feitos somente pela observação do formato anatômico
da onda pela técnica da relatividade, nesse caso, a grade não TEM UTILIDADE
e pode ser totalmente apagada, isso tornará a imagem mais agradável,
contudo deve-se lembrar sempre se voltar a grade média após o uso.

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COR DO FUNDO
Alguns modelos possuem a opção de mudança da cor do fundo, essa
característica é de muita importância quando se pretende imprimir o
diagnóstico.
Clique em display...

Clique em cor do fundo da grade...

Clique no retângulo branco...

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Escolha a cor de sua preferência...
Clique em OK. Pronto, a tela está personalizada com sua cor favorita...
Observe bem o quadro, existe a possibilidade de você criar suas próprias
cores, mude quando quiser.

COMO SALVAR IMAGEM:


O processo de salvar as imagens, traz a oportunidade posterior de analisar
com calma o diagnóstico, apenas observando o comportamento do gráfico
antes e depois da solução é possível agregar peculiar aprendizado.
Clique em arquivo... Depois em salvar imagem...

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Observe o campo retangular e anote para onde está indo sua imagem. Nesse
exemplo ela está indo parar em minhas imagens do computador. Após várias
imagens jogadas lá, você poderá entrar e juntar elas em uma pasta com o
nome do carro e o defeito por exemplo.
Nomeie a sua imagem... 1
Escolha a opção de arquivo JPEG... 2
Clique em salvar... 3.
Pronto, sua imagem estará guardada na memória do computador.

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COMO TESTAR UM SENSOR OU ATUADOR COM OSCILOSCOPIO.

Para um diagnóstico apurado, é necessário um monitoramento em todas as


vias do componente, portanto é obrigatório o uso de múltiplos canais, isso
porque na maioria dos casos existem múltiplas vias.
Em testes com multímetro e scanner, identifica-se uma estimativa já que um
tem leitura muito lenta e o outro só repassa a informação vinda da central
eletrônica.
No osciloscópio os testes são extremamente mais eficientes, contudo é preciso
conhecer as técnicas de aplicação da ferramenta para que o monitoramento
seja feito com sucesso.

Figura 62- Teste sensor malha individual:

Figura 63- Teste de sensor no osciloscópio massa conjugado:

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Figura 64- Teste em dupla via.

O sinal que o sensor ativo emite, dependerá da grandeza que estiver


exposto e também a sua alimentação e referência de massa, que é o
zero volt ou um valor aproximado conforme o projeto em questão. O
trabalho de fornecer alimento pode ser feito por outro meio.
Para a UCE o que realmente importa é a informação que o sensor
transmite através do sinal elétrico.

MOTOR BOMBA DE AR:


Durante o a partida, o propulsor é carregado e comportar-se exatamente como
uma bomba unidirecional de ar. O pistão é uma seringa de aço que ao descer
suga o ar da atmosfera, quando sobe esse ar é comprimido na câmara, nesse
momento ele não pode escapar, já as duas válvulas estão fechadas, se
retornar para o cárter ou para o coletor de admissão, a pressão monitorada
pelo transdutor de vácuo identificará esse vazamento.
Válvulas tortas, mal assentadas, guias com folga ou cames gastos, afetará o
enchimento do cilindro e haverá alteração no gráfico do TVA, caso exista
sincronismo incorreto os sensores de posição dos eixos denunciarão o
problema.

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TESTE DE SINCRONISMO SEM DESMONTAR

Figura 65- AXOR 720 GRAUS.

Figura 66- MERCEDES BENS AXOR SINCRONISMO OK.

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Figura 67- MERCEDES BENS AXOR COM DEFEITO DE SINCRO.

Podemos observar rapidamente na imagem abaixo, analisando o gráfico de


compressão.

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Figura 68- RODA FONICA E TVA.

Essa possibilidade de enxergar posição dos pistões, válvulas e as


pressões em diversos pontos do motor, torna o trabalho de encontrar as
falhas mecânicas muito mais rápidas aumentando a produção na oficina.
Basta usar a ordem inversa do modo tradicional.
Sempre iniciando a procura pela parte mecânica, quando identificadoo
problema nas vedações e demais mecanismos, num primeiro momento, o
reparo destes é prioridade.

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QUEDA DE TENSÃO:
A tensão em um circuito representa: a pressão ou velocidade que os elétrons
circulam. Durante o monitoramento de um circuito, seus valores em tensão são
esperados em uma faixa de tolerância pré definida. O técnico deve atentar-se
para esses valores constantemente, por exemplo: em um sinal de ignição, pode
se observar claramente uma falha de aterramento.
Sendo assim, compreende-se que todo componente consumidor para
funcionar adequadamente precisa de tensão e corrente, caso algum ponto do
circuito sofrarestrição ao fluxo de corrente ou mal contato, acontecerá uma
redução na DDP (diferença de potencial). Essa diferença pode ser vista com
multímetro quando a alimentação é tensão constante, porém em controles
pulsados como: bicos e bobinas ou outro tipo de componente comandado por
pulsos, só se pode ver o problema com osciloscópio.
Como o próprio nome diz, ele é capaz de ver a oscilação com nitidez e dessa
característica nos beneficiamos muito nos sistemas de controle eletrônico.

Figura 69-Referência de massa para checar queda de DDP:

Para uma análise precisa de queda de tensão, a referência de massa deve ser
sempre o polo negativo da bateria. Dessa forma, qualquer ponto de
aterramento deficiente pode ser visto pela diminuição da DDP, ou seja, a
LINHA DE ZERO tende a subir e A LINHA DO SINAL positivo tende a descer.

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Figura 70- BATERIA OK.

Para um teste conclusivo, o aterramento deve ser monitorado em dois canais, a


integridade física do circuito garantirá a queda por igual em pontos diferentes.

Figura 71- aterramento do motor ok:

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Figura 72- Motor mal aterrado:

NOTA:

QUANDO A ALIMENTAÇÃO EM CIRCUITOS FOR DE 24 VOLTS A QUEDA DE TENSÃO TOLERÁVEL


DURANTE A PARTIDA É ATÉ 21 VOLTS.

TESTE BICO INJETOR EM TRÊS ÂNGULOS:

Uma avaliação precisa em bico injetor requer pelo menos três parâmetros:
positivo, negativo pulsado e rampa de corrente elétrica.
A queda de tensão em bicos injetores Common Rail é grande devido as altas
tensões aplicadas, sendo que o consumo de corrente diminui
proporcionalmente a queda de tensão. Valores fora da faixa de tolerância
tornam insuficiente a alimentação, portanto o componente não realizará
corretamente seu trabalho.
IMPORTANTE: A MANEIRA MAIS SEGURA E RÁPIDA DE TESTAR A
CORRETA ALIMENTAÇÃO DOS BICOS E UNIDADES É PELA RAMPA DE
CORRENTE A QUAL PODE SER ACESSADA EM QUALQUER PONTO DO
CHICOTE.

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Figura 73- Queda negativo bico DO ARLA OK.

Figura 74- Queda negativo ARLA acentuada, defeito.

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Figura 75- Queda no positivo ARLA.

MEDICÕES GRÁFICAS, CORRENTE ELETRICA.


A corrente elétrica que flui por um circuito representa a quantidade de elétrons
que pode se deslocar ao mesmo tempo, analogicamente é como um tubo
d´agua quanto a sua espessura vazão é a corrente. Podemos ter a mesma
tensão em fios de diferentes espessuras, mas a corrente será diferente, pois
está relacionada com a exigência do consumidor, por isso, se ligarmos um
componente grande consumidor de corrente em um fio fino haverá super
aquecimento, é como quando temos uma bomba de sucção de grande
exigência ligada a um tubo muito pequeno, ele não da vazão e acaba
murchando. A corrente elétrica é proporcional a queda de tensão, ao diminuir a
pressão, a vazão será menor, por exemplo: uma bomba de combustível com
pressão normal, o fluxo de corrente mostra uma avaria no coletor.

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Figura 76- Bomba de baixa com defeito:

Figura 77- Ventilador do radiador ok:

COMMON RAIL
NORMALMENTE QUANDO O SISTEMA COMMON RAIL CONTA COM
BOMBA DE BAIXA E ESSA LINHA ATINGE 7 OU 8 BARES SIGNIFICA
QUE EXISTE UMA OBSTRUÇÃO NA LINHA DE BAIXA ANTES DA BOMBA
DE ALTA, POIS ESSA É A PRESSÃO LIMITE QUE FAZ
ABRIR A VALVULA DE SEGURANÇA CRIANDO UM BYPASS DENTRO DO
TANQUE, PARA CONFIRMAR A SUSPEITA COM O

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MANOMETRO LIGADO EM SÉRIE REMOVER O CANO NA ENTRADA DA
BOMBA DE ALTA E OBSERVAR.

CASO REAL S10 2013, NÃO FUNCIONA GERANDO PRESSÃO DE 8 BAR


NA LINHA BAIXA E NADA NA LINHA DE ALTA...

Índice de Figuras:

Figura 1- Multímetro baixa tensão da sonda. .................................Error! Bookmark not defined.


Figura 2- multímetro alta tensão sonda. .........................................Error! Bookmark not defined.
Figura 3- Massa compartilhado e individual. ................................................................................ 8
Figura 4- Massa compartilhado. .................................................................................................... 9
Figura 5- Senóide alta amplitude. ............................................................................................... 15
Figura 6- Senóide baixa amplitude. ............................................................................................. 15
Figura 7- Senóide alta frequência. .............................................................................................. 16
Figura 8- Senóide média frequência. .......................................................................................... 16
Figura 9- Senóide baixa frequência. ............................................................................................ 17
Figura 10- Sinal do sensor de oxigênio............................................Error! Bookmark not defined.
Figura 11- Sinal analógico natural. .............................................................................................. 18
Figura 12-Sinal analógico PMS Astra 1.8 .........................................Error! Bookmark not defined.
Figura 13- Sinal analógico analisável, TVE. .................................................................................. 19
Figura 14- sinal digital de compressão. ...........................................Error! Bookmark not defined.
Figura 15- A bomba. .................................................................................................................... 23

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Figura 16-Erro de instrumentação. ............................................................................................. 24
Figura 17- Ponta de prova X10. ................................................................................................... 26
Figura 18- Sinal de referência para calibração das pontas. .............................................. 27
Figura 19- Saída da onda quadrada............................................................................................. 27
Figura 20- ajuste de atenuação incorreto. .................................................................................. 28
Figura 21- Ajuste incorreto. ........................................................................................................ 29
Figura 22- atenuação ajustada corretamente. ..................................................................... 29
Figura 23- Ponta de próva curto-circuitada. ............................................................................... 30
Figura 24- Selecionado para x10. ................................................................................................ 32
Figura 25- Configuração de tempo.............................................................................................. 33
Figura 26- Tela e as divisões. ....................................................................................................... 36
Figura 27- Marcadores ................................................................................................................ 36
Figura 28- Configuração de tempo ............................................Error! Bookmark not defined.
Figura 29- Configuração do tempo no relógio. .................................................................... 38
Figura 30-Tensão baixa ou ponta sem aterramento. .................................................................. 38
Figura 31- Análise de amplitude em tensão e corrente. ............................................................. 39
Figura 32- Diagnóstico pela amplitude do TVE ........................................................................... 39
Figura 33- MAP digital (FM) ............................................................Error! Bookmark not defined.
Figura 34- Ciclo em onda quadrada. ..................................................................................... 41
Figura 35- PWM positivo 50, 75 e 25%. ...................................................................................... 42
Figura 36- Cursor quatro medidas. ........................................................................................ 43
Figura 37- TRIGGUER por borda negativa. .................................................................................. 48
Figura 38- TRIGGUER POR PULSO. .............................................................................................. 48
Figura 39- Tela com grades ......................................................................................................... 49
Figura 40- Seleção de medidas. ............................................................................................ 50
Figura 41- Medidas horizontais. .................................................................................................. 51
Figura 42-Medidas verticais. ....................................................................................................... 51
Figura 43- Teste sensor malha individual. ................................................................................... 57
Figura 44- Teste de sensor no osciloscópio massa conjugado. ................................................... 57
Figura 45-Teste em dupla via. ..................................................................................................... 58
Figura 46- Bomba de ar ...................................................................Error! Bookmark not defined.
Figura 47-Referência de massa para checar queda de DDP. ...................................................... 62
Figura 48- BATERIA OK ................................................................................................................ 63
Figura 49- aterramento do motor ok. ......................................................................................... 63
Figura 50- Motor mal aterrado. .................................................................................................. 64
Figura 51- Queda negativo bico ok. ............................................................................................ 65
Figura 52- Queda negativo acentuada, defeito. ......................................................................... 65
Figura 53- Queda no positivo. ..................................................................................................... 66
Figura 54-Queda normal até 10% ...................................................Error! Bookmark not defined.
Figura 55-Queda acentuada, defeito. .............................................Error! Bookmark not defined.
Figura 56- Queda do positivo defeito, centelha fraca.....................Error! Bookmark not defined.
Figura 57- Bomba com defeito. ................................................................................................... 67
Figura 58- Ventilador do radiador. .............................................................................................. 67

Página 69

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