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Medidas Elétricas

Departamento Regional de Rondônia


Medidas Elétricas

Federação das Indústrias do Estado de Rondônia


Presidente do Sistema FIERO/SESI/SENAI/IEL
Euzébio André Guareschi

Diretor Superintendente do SESI/RO


Valdemar Camata Junior

Diretor Regional do SENAI/RO


Vivaldo Matos Filho

Superintendente do Instituto Euvaldo Lodi - IEL/RO


Valdemar Camata Junior

Diretora da Escola Centro de Formação Profissional “Marechal Rondon”


Elsa Ronsoni Mendes Pereira

Ficha Catalográfica

Editoração Eletrônica: Ervamary Robaina


Composição e Montagem: Equipe de Elaboração de Material Didático

SENAI. Departamento Regional de Rondônia.


S474 Medidas Elétricas
Impresso SENAI - RO. Porto Velho: O Departamento, 2006.
35p.: il.

Dezembro
2006

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Medidas Elétricas

UTILIZAÇÃO DE MATERIAL DIDÁTICO.

O SENAI deseja, por meio dos diversos materiais didáticos nivelados em um


contexto nacional, aguçar a sua curiosidade, responder às suas demandas de
informações e construir links entre os diversos conhecimentos e competências, tão
importantes para sua formação profissional.

Além dos esforços e dedicação de todo o grupo do SENAI DR/RO na confecção


de material didático estamos também utilizando as obras divulgadas no site
www.senai.br/recursosdidaticos desenvolvidas por outros Departamentos Regionais,
reservados os direitos patrimoniais e intelectuais de seus autores nos termos da Lei nº.
9610, de 19/02/1998.

Tal utilização se deve ao fato de que tais obras vêm de encontro as nossas
necessidades, bem como têm a função de enriquecer a qualidade dos recursos didáticos
fornecidos aos nossos alunos como forma de aprimorar seus conhecimentos e
competências.

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Medidas Elétricas

SUMÁRIO

1 MEDIDAS ELÉTRICAS.....................................................................................................4
1.1 Função Senoidal ............................................................................................................4
1.2 Operando o osciloscópio ...............................................................................................6
2 MEDIDAS ELÉTRICAS.....................................................................................................7
2.1 Relações entre Tensão, Corrente e Potência num Circuito Ac Indutivo Monofásico ....7
2.2 Relações entre Tensão, Corrente e Potência num Circuito Ac Capacitivo Monofásico .8
EFEITOS DA CONTRA-TENSÃO: ......................................................................................8
MULTIPLICAÇÃO DE NÚMEROS COMPLEXOS NA FORMA POLAR ............................12
DIVISÃO DE NÚMEROS COMPLEXOS NA FORMA POLAR ..........................................13
FORMULÁRIO PARA CIRCUITO AC ................................................................................17
CIRCUITO RC EM PARALELO .........................................................................................19
CIRCUITO RL EM SÉRIE..................................................................................................19
CIRCUITO RL EM PARALELO..........................................................................................21
CIRCUITO LC EM SÉRIE..................................................................................................21
CIRCUITO LC EM PARALELO..........................................................................................22
CIRCUITO RLC EM SÉRIE ...............................................................................................23
CIRCUITO RLC EM PARALELO .......................................................................................24
POTÊNCIA EM CIRCUITOS AC .......................................................................................26
CIRCUITO INDUTIVO: ......................................................................................................27
CIRCUITO CAPACITIVO:..................................................................................................27
FATOR DE POTÊNCIA .....................................................................................................28
SISTEMAS TRIFÁSICOS ..................................................................................................28
POTÊNCIA EM CARGAS TRIFÁSICAS EQUILIBRADAS.................................................31
MÉTODO DOS DOIS WATTÍMETROS .............................................................................33
MÉTODO DOS TRÊS WATTÍMETROS ............................................................................34
INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃODE POTÊNCIA ..............................................................34

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1 MEDIDAS ELÉTRICAS

1.1 Função Senoidal

As funções alternadas sinusoidais são particularmente importantes para a análise


de circuitos, pois, a maior parte dos sistemas de produção e distribuição elétrica gera e
transmite energia através de grandezas cuja evolução no tempo se pode considerar
sinusoidal; a sigla, normalmente utilizada para designar esta forma de energia elétrica é
“AC”.

(a) (b) (c)

Figura 1 – (a) Grandeza alternada sinusoidal; (b) Grandeza Alternada não sinusoidal (c) Grandeza
contínua.

Uma grandeza alternada sinusoidal, X(t), pode ser descrita pela expressão
matemática:

X(t) = Xm . sin . (ωt + φ)

Sendo X(t) o valor instantâneo , Xm a sua amplitude máxima , (ωt + φ) a fase , ω a


freqüência angular que se expressa em radianos por segundo [rad / s] e φ a fase inicial
expressa em radianos.

A freqüência angular relaciona-se com a freqüência f, expressa em ciclos por


segundo ou hertz (Hz), através de: ω = 2πf

A freqüência pode ser expressa em função do período T, através de:

F=1/T

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Todos estes parâmetros da sinusóide estão graficamente representados na figura


seguinte

Figura 2 – Representação gráfica de uma grandeza sinusoidal

Dadas duas grandezas sinusoidais com igual freqüência, descritas pelas


expressões:

X(t) = Xm . sin . (ωt + φ) e Y(t) = Ym . sin . (ωt + φ)

Designa-se por defasagem entre as grandezas, a diferença de fases iniciais, (φ – y).

Figura 3 – Representação gráfica do defasamento entre duas grandezas


sinusoidais

De acordo com o exemplo dado, diz-se que a grandeza X(t) está avançada (φ – y).
Radianos, relativamente a Y(t). A afirmação dual também é válida: a grandeza Y(t) está
atrasada (φ – y). Radianos, relativamente a X(t).

O conceito de valor eficaz de uma tensão ou corrente alternada sinusoidal está


diretamente ligado à potência transferida por esse par de grandezas; é através do valor

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eficaz que se pode comparar a potência associada a grandezas AC com potências


associadas a grandezas DC.

Fisicamente, o valor eficaz de uma corrente alternada é o valor da intensidade de


uma corrente contínua que produziria, numa resistência, o mesmo efeito calorífico que a
corrente alternada em questão.

1.2 Operando o osciloscópio

Exercícios propostos:

Observe a forma de onda a seguir e calcule:

a) A Vp (Tensão de pico):
b) A Vpp (Tensão pico a pico = 2 x Vp):
c) A Vrms (Tensão eficaz):
d) A f (Freqüência):
e) O T (Período):
f) O λ (Comprimento de onda):
g) A ω (Velocidade angular):

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2 MEDIDAS ELÉTRICAS

2.1 Relações entre Tensão, Corrente e Potência num Circuito Ac Indutivo


Monofásico

Numa indutância:
a) a tensão aplicada está adiantada 90º em relação à corrente;
b) a FCEM (força contra-eletromotriz) está atrasada 90º em relação à corrente;
c) a tensão aplicada à entrada e a FCEM estão 180º defasadas.

CONCLUSÃO: Qualquer circuito AC que contenha apenas indutância apresenta


três variáveis importantes: a) tensão aplicada; b) força contra-eletromotriz induzida e c)
corrente do circuito.

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FCEM: é a voltagem contrária originada num circuito indutivo pela passagem de


uma corrente alternada ou pulsativa.

LEI DE LENZ: uma fem (força eletromotriz) produzida pela indução tende a
estabelecer uma corrente cujo sentido opõe-se ao campo primitivo que a produziu.

2.2 Relações entre Tensão, Corrente e Potência num Circuito Ac Capacitivo


Monofásico

A corrente através do capacitor está adiantada em relação à tensão aplicada


ao capacitor de 90º.

Conforme ilustra a figura abaixo, a corrente através do capacitor está


defasada de 90º tanto em relação à tensão aplicada como em relação à contra-tensão.
Portanto, a corrente está adiantada de 90º em relação à tensão aplicada e atrasada de
90º em relação à contra-tensão.

EFEITOS DA CONTRA-TENSÃO:

Quando uma fonte de tensão DC é ligada nos extremos de um capacitor, a corrente


é máxima quando a tensão da fonte, senoidalmente, começa a crescer a partir do zero,
desde que as placas do capacitor estejam neutras (sem carga) e não apresentem forças
eletrostáticas opostas.

Quando a tensão da fonte cresce, as cargas nas placas do capacitor que resultam
do fluxo de corrente, aumentam.

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À medida que a carga no capacitor aumenta, resulta numa tensão que se opõe à
tensão aplicada, resultando numa diminuição da corrente.

Quando a tensão da fonte (tensão aplicada) atinge o valor máximo ou valor de pico,
o capacitor estará com a máxima carga e máxima tensão apresentando assim uma
oposição à tensão aplicada (cargas eletrostáticas opostas), as quais se anulam,
resultando então em uma corrente zero.

Quando a tensão aplicada nos extremos do capacitor começa a decrescer, a carga


eletrostática nas placas do capacitor torna-se maior do que o potencial dos terminais da
fonte e o capacitor começa a descarregar-se, repetindo assim o processo, porém no
sentido inverso.

MAGNITUDE E ÂNGULO DE UM NÚMERO COMPLEXO


“REPRESENTAÇÃO POLAR E RETANGULAR DE UM NÚMERO COMPLEXO
CONVERSÕES RETANGULAR/POLAR - POLAR/RETANGULAR”

Veja a figura abaixo:

Em termos elétricos, uma impedância complexa 4 + j3 significa 4Ω de


resistência elétrica e 3Ω de reatância indutiva. Lembrar que, a impedância 4 + j3 está
escrita na forma retangular.

R 2 + XL
2
A impedância é o resultado de: Z = ou Z2 = R2 + XL2

Z= 4 2 + 32 = 16 + 9 = 25 = 5Ω

O ângulo de fase θ é o arco tangente (arctan) da relação entre XL e R.

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XL 3
Portanto: θ = arctan R = 4 = 0,75 ≅ 37º

Desta forma, a impedância complexa pode ser escrita da seguinte maneira:

4 + j3Ω - forma retangular

- forma polar

EXERCÍCIOS RESOLVIDOS

Converter para a forma polar:

a) 2 + j4

4
= 2 +4 =
2 2
4 + 16 = 20 = 4,47 Î arctan 2 = 2 ≅ 63º Î

b) 8 + j6

6
= 64 + 36 = 100 = 10 Î arctan 8 = 0,75 ≅ 37º Î

c) 4 - j4

-4
= 16 + 16 = 32 = 5,66 Î arctan 4 = -1 = - 45º Î

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Converter para a forma retangular:

a)

sen 65º = 0,906 (parte imaginária) Î 12 . 0,906 = 10,87

cos 65º = 0,423 (parte real) Î 12 . 0,423 = 5,08

Resposta: 5,08 + j10,87

b)

sen 60º = 0,866 (parte imaginária) Î 100 . 0,866 = 86,6

cos 60º = 0,5 (parte real) Î 100 . 0,5 = 50

Resposta: 50 + j86,6

c)

sen - 60º = - 0,866 (parte imaginária) Î 100 . - 0,866 = - 86,6

cos - 60º = 0,5 (parte real) Î 100 . 0,5 = 50

Resposta: 50 - j86,6

d)

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Medidas Elétricas

sen 90º = 1 (parte imaginária) Î 10 . 1 = 10

cos 90º = 0 (parte real) Î 10 . 0 = 0

Resposta: 0 + j10

Quando um número complexo é formado por uma parte real igual a zero,
como por exemplo: 0 + j5, a expressão na forma polar será:

Para a expressão: 0 - j5, a expressão na forma polar será:

Quando um número complexo é formado por uma parte imaginária igual a


zero, como por exemplo: 5 + j0, a expressão na forma polar será:

MULTIPLICAÇÃO DE NÚMEROS COMPLEXOS NA FORMA POLAR

I - REAL x POLAR

a)

b)

II - POLAR x POLAR

Na multiplicação de números complexos (polar x polar) os ângulos são


somados algebricamente, conforme mostra os exemplos abaixo:

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Medidas Elétricas
a)

b)

c)

DIVISÃO DE NÚMEROS COMPLEXOS NA FORMA POLAR

I - POLAR ÷ REAL

a)

b)

c)

II - POLAR ÷ POLAR

Na divisão de números complexos na forma polar (polar ÷ polar) os ângulos


são subtraídos algebricamente, conforme mostra os exemplos a seguir:

a)

b)

c)

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Medidas Elétricas

III - REAL ÷ POLAR

a)

b)

EXERCÍCIOS RESOLVIDOS UTILIZANDO NÚMEROS COMPLEXOS

I - Dado o circuito abaixo:

Calcule as correntes I1, I2 e I3; as impedâncias Z1; Z2 e Z3; a corrente total


(IT) e a impedância total (ZT) nas formas retangular e polar.

Solução:

1) escrevendo cada ramo de impedância na forma retangular, temos:

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Z1 = 50 - j50Ω

Z2 = 40 + j30Ω

Z3 = 30 + (j110 - j70) = 30 + j40Ω

2) convertendo cada ramo de impedância na forma polar, temos:

- 50
Z1 = 50 2 + (-50) 2 = 70,7 Î θ = arctan 50 = -1 = - 45º Î

30
Z2 = 40 + 30
2 2
= 50 Î θ = arctan 40 = 0,75 = 36,87º (37º) Î

40
Z3 = 30 + 40
2 2
= 50 Î θ = arctan 30 = 1,33 = 53,15º (53º) Î

3) Calculando a corrente em cada ramo de impedância, ou seja, as correntes I1, I2


e I3:

I1 = Vin / Z1

Î 1 + j1A (retangular)

I2 = Vin / Z2

Î 1,6 - j1,2A (retangular)

I3 = Vin / Z3

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Î 1,2 - j1,6A (retangular)

4) Calculando a corrente total (forma retangular):

IT = I1 + I2 + I3 = 1 + 1,6 + 1,2 + j1 - j1,2 - j1,6

IT = 3,8 - j1,8A

convertendo para a forma polar:

1,8
IT = 3,8 + (-1,8) = 4,2 Î θ = arctan - 3,8 = - 0,474 = - 25.4º Î
2 2

5) Calculando a impedância total (forma polar):

ZT = Vin / IT

Convertendo para a forma retangular:

23,8 . sen 25,4º = 23,8 . 0,429 = 10,21 (indutiva)

23,8 . cos 25,4º = 23,8 . 0,903 = 21,5 (resistiva)

ZT = 21,5 + j10,21Ω

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Medidas Elétricas

FORMULÁRIO PARA CIRCUITO AC

ASSOCIAÇÃO DE INDUTORES

EM SÉRIE: LT = L1 + L2 + L3 + L4 …

1 1 1 1 1
EM PARALELO: L T = L1 + L 2 + L 3 + L 4 … (para mais de dois indutores)

ou

L1 . L 2
LT = L1 + L 2 (para dois indutores)

ASSOCIAÇÃO DE CAPACITORES

1 1 1 1 1
EM SÉRIE: C T = C1 + C 2 + C 3 + C 4 … (para mais de dois capacitores)

ou

C1 . C 2
CT = C1 + C 2 (para dois capacitores)

EM PARALELO: CT = C1 + C2 + C3 + C4 …

CIRCUITO RC EM SÉRIE

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VR = R.IT VR + VC
2 2 VC = XC . IT
VT =

VC XC
V
θ = arctan - R Î = - R

R 2 + XC
2 VT VT
Z=
Z = IT IT = Z

1 1
XC = ω C , onde ω = 2 π f Î XC = 2π f C

f = freqüência em hertz

C = capacitância em farads

Fasor representando a impedância total ( Z ) de um


circuito RC série.

A defasagem entre R e XC é de 90º.

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CIRCUITO RC EM PARALELO

IR + IC
2 2 VT VT
IT =
IR = R IC = X C

IC
θ = arctan I R

VT VT
IT = Z Z = IT

CIRCUITO RL EM SÉRIE

VR + VL
2 2 VR = R . IT VL = XL . IT
VT =

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Medidas Elétricas

VL XL
θ = arctan VR Î = R

XL = ω L , onde ω = 2 π f Î XL = 2 π f L

f = freqüência em hertz

L = indutância em henry

Fasor representando a impedância total ( Z ) de


um circuito RL série.

A defasagem entre R e XL é de 90º.

R 2 + XL
2 VT VT
Z=
Z = IT IT = Z

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Medidas Elétricas

CIRCUITO RL EM PARALELO

IR + IL
2 2 VT VT
IT =
Z = IT IT = Z

IL
θ = arctan - I R

2
⎛1⎞ ⎛ 1 ⎞
2

⎜ ⎟ + ⎜⎜ ⎟⎟
⎝ R ⎠ ⎝ XL ⎠
2
⎛ 1 ⎞ ⎛⎜ 1 ⎞⎟
2
R . XL
⎜ ⎟ +⎜
R 2 + XL X ⎟
Z= ⎝ ⎠ ⎝ L⎠
2
R
Z= Î

CIRCUITO LC EM SÉRIE

2 2
XL - XC
Z=

XL - XC = X

XC - XL = X

logo: Z = X

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Medidas Elétricas

VT VT
Z = IT IT = Z

CIRCUITO LC EM PARALELO

X L . (-X C )
Z = X L + (-X C )

- Z Î capacitiva

Z Î indutiva

2
VT VT
IL + IC
2
IT = , onde: IL = X L e IC = X C

VT VT
Z = IT IT = Z

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Medidas Elétricas

CIRCUITO RLC EM SÉRIE

Z= R 2 + X2

onde:

X = XL - XC ou

X = XC - XL

O fasor para o circuito acima é mostrado a seguir.

Observe que a defasagem entre as tensões do capacitor e do indutor é de


180º, no entanto, entre estes componentes e o resistor é de 90º.

VL = XL . IT

VC = XC . IT

VR = R . IT

VR + VX
2 2
VT =

onde:

VX = VL - VC ou

VX = VC - VL

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Medidas Elétricas

VT VT
Z = I T Î IT = Z

VL - VC VX
θ = arctan VR = VR Î ( VL > VC )

VC - VL VX
θ = arctan - VR = - VR Î ( VC > VL )

XL - XC X
θ = arctan R ( XL > XC ) = arctan R

XC - XL X
θ = arctan - R ( XC > XL ) = - R

CIRCUITO RLC EM PARALELO

VT
IL = X L

VT
IC = X C

VT
IR = R

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Medidas Elétricas

IR + IX
2 2
IT = onde:

IX = IL - IC ou

IX = IC - IL

O fasor de um circuito RLC em paralelo é mostrado abaixo, onde


prevalecem as correntes IC , IL e IR.

IL - IC IX
θ = arctan - I R = - I R ( IL > IC )

IC - IL IX
θ = arctan I R = I R ( IC > IL )

Calculando a impedância em um circuito paralelo:

x.y

Z= x 2 + y 2 onde:

X L . (- X C )
x = X L + (-X C )

y=R

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Medidas Elétricas

A impedância de um circuito RLC paralelo pode também ser calculada pela


fórmula:

2
⎛ 1 ⎞ ⎛⎜ 1 1 ⎞
2

⎜ ⎟ +⎜ - ⎟
⎝ R ⎠ ⎝ XC X L ⎟⎠
2
⎛ 1 ⎞ ⎛⎜ 1 ⎞
2
1
⎜ ⎟ +⎜ - ⎟⎟
Z= ⎝ ⎠ ⎝ C ⎠
R X XL
Î

VT VT
Z = IT IT = Z

R Z
Podemos também calcular θ com as fórmulas: θ = arctan X e θ = arccos R

POTÊNCIA EM CIRCUITOS AC

Em circuitos AC existem três potências distintas: real, reativa e aparente


identificadas respectivamente pelas letras P ( W ), Q ( VAR ) e S ( VA ).

P = V . I . cosθ = VR . I = R . I2 (potência real = W)

Q = V . I . senθ ( potência reativa = VAR)

S = V . I (potência aparente = VA)

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Medidas Elétricas

CIRCUITO INDUTIVO:

P = VI cosθ

Q = VI senθ

S = VI

cos 90º = 0

sen 90º = 1

∴Q = S (não há potência real)

CIRCUITO CAPACITIVO:

P = VI cosθ

Q = VI senθ

S = VI

cos 90º = 0

sen 90º = 1

∴Q = S (não há potência real)

CONCLUSÃO: Em um capacitor ou indutor a potência reativa é igual a potência


aparente.

Q=S Î VAR = VA Î P =0

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Medidas Elétricas

FATOR DE POTÊNCIA

VI . cosθ Fp = P
Fp = VI Potência real Fp = S
Potência aparente

Fp = cosθ Q Q = P . tanθ
θ = arctan P

Fator de potência indutivo: motores de indução, indutores, etc.

Fator de potência capacitivo: motores síncronos, banco de capacitores, etc.

IR
Fator de potência para circuitos paralelos: Fp = arccos I T

R
Fator de potência para circuitos série: Fp = arccos Z

SISTEMAS TRIFÁSICOS

Um sistema trifásico é a combinação de três sistemas monofásicos. Num


sistema balanceado, a potência fornecida por um gerador ca que produz três tensões
iguais mas separadas, cada uma delas defasadas com as demais de 120º.

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Medidas Elétricas

Embora os circuitos monofásicos sejam amplamente usados em sistemas


elétricos, a maior parte da geração e distribuição da corrente alternada é trifásica. Estes
exigem peso menor dos condutores do que os circuitos monofásicos de mesma
especificação de potência; eles permitem flexibilidade na escolha das tensões; e podem
ser usados para cargas monofásicas. Além disso, o equipamento trifásicotem menores
domensões, é mais leve e mais eficiente do que as máquinas monofásicas de mesma
capacidade. As três fases de um sistema trifásico podem ser ligadas de duas formas. Se
os três terminais comuns de cada fase forem ligados juntos num terminal comum indicado
por N que representa o neutro, e as outras três extremidades forem ligadas a uma linha
trifásica, o sistema será ligado em estrela ou Y. Se as três fases forem ligadas em série
para formar um percurso fechado, o sistema é ligado em triângulo ou Δ, conforme figuras
abaixo:

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Medidas Elétricas

Relação de tensão e corrente para ligação comuns de transformadores trifásicos:

Ligaç Primário Secundário


ão do Linha Fase Linha Fase
transformad
or
T C C C
T T
ensã orren ensã orrent orrent orrent
(Do ensão ensão
o te o e e e
primário ao
secundário).

Δ–Δ V I V a V a
/√3 /a I /a I/√3

Y–Y V
/√3 I V a V a
/a I /√3a I

Y–Δ V
I
/ √3 V √ V a
/√3a 3aI /√3ª I
Δ-Y V
I
/√3
√ a V a
3V/a I/√3 /a I/√3

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Medidas Elétricas

POTÊNCIA EM CARGAS TRIFÁSICAS EQUILIBRADAS

Uma carga equilibrada indica que há a mesma impedância em cada enrolamento


do secundário. A impedância de cada enrolamento na carga Δ aparece na figura abaixo.

e na carga Y é representada como mostra a figura abaixo:

Numa carga ligada em Δ equilibrada, a tensão da linha VL e a tensão de


fase são iguais, já a corrente da linha é √3 vezes a corrente de fase If, ou seja:

Carga em Δ: VL = Vf

IL = √3*If

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Para uma carga equilibrada em Y a corrente da linha IL e a corrente de fase


ou do enrolamento são iguais, a corrente neutra IN é zero, e a tensão da linha VL é √3
vezes a tensão de fase Vf, ou seja:

Carga em Y: IL = If

IN = 0

VL = √3Vf

Como a potência de fase de cargas em Δ e em Y equilibradas tem correntes


iguais, a potência de uma fase é um terço da potência total. A potência de fase Pf é:

Pf = Vf * If * cos θ e a potência total Pt = 3*Vf * If * cos θ

Sendo assim:

Carga em Δ: PT = √3*VL*IL * cos θ

Carga em Y: PT = √3*VL*IL * cos θ

FP = cos θ

Conclusão:

PT = √3*VL*IL * cos θ

ST = √3*VL*IL

QT = √3*VL*IL * sen θ

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Medidas Elétricas

MÉTODO DOS DOIS WATTÍMETROS

Este método é aplicável para ligações trifáficas a três fios (3 fases) equilibradas ou
não.

As Figuras mostram respectivamente o esquema de ligação dos instrumentos.

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Medidas Elétricas

MÉTODO DOS TRÊS WATTÍMETROS

INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃODE POTÊNCIA

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Medidas Elétricas

REFERÊNCIAS

http://www.lei.ucl.ac.be/multimedia/eLEE/PO/realisations/CircuitsElectriques/Medidas
Elétricas/ Acessado em 27/11/2006

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