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Bacharelado Interdisciplinar em Ciência e Tecnologia Curso de

Física Experimental 2 Prof. Dr. Thiago Prudêncio

RELATÓRIO DE FÍSICA EXPERIMENTAL II


Experimento 6: Fonte DC

Nomes dos alunos - Matrícula:


Felipe Andrade Fontenelle - 2022003405
Jorge Guilherme Castro Bruzaca - 2022023936
Bruno Leonardo Reis Silva - 2022020406
Pedro Henrique de Souza Mendes - 2020002454

SÃO LUÍS - MA

23 de outubro de 2023
0. Apresentação

É um privilégio apresentar os quatro jovens pesquisadores que colaboraram


neste relatório sobre o experimento sobre Fonte DC provenientes da respeitada
Universidade Federal do Maranhão.

Jorge Guilherme C. Bruzaca: Estudante do curso BICT, com propósito de se formar


na área de Engenharia da Computação.

Felipe Andrade Fontenelle: Estudante do curso BICT, com propósito de se formar na


área de Engenharia Civil.

Bruno Leonardo Reis Silva: Estudante do curso BICT, com propósito de se formar
na área de Engenharia da Computação.

Pedro Henrique de Souza Mendes: Estudante do curso BICT, com propósito de se


formar na área de Engenharia Civil.

A Universidade Federal do Maranhão valoriza a dedicação desses jovens e sua


contribuição para o avanço do conhecimento, ao mesmo tempo que cultiva um
ambiente propício ao desenvolvimento de futuros líderes em ciência e tecnologia.

1. Introdução

A unidade de fonte de alimentação (PSU) é um componente essencial em


dispositivos eletrônicos, realizando a conversão da energia elétrica da rede de
corrente alternada (CA) para uma energia de corrente contínua (CC), regulada e de
baixa tensão, a qual é fundamental para alimentar os componentes internos de
computadores e diversos outros aparelhos eletrônicos.

Enquanto nas gerações iniciais de computadores domésticos e


microcomputadores, como o Commodore PET de 1977, eram comuns o uso de
transformadores pesados e fontes de alimentação lineares, a chegada do Apple II,
também de 1977, trouxe consigo uma inovação na forma de fontes de alimentação
comutadas, que eram mais compactas, leves e dispensavam a necessidade de
resfriamento por ventilação, marcando uma transição importante na evolução das
fontes de alimentação.
Para compreender a relevância da conversão de CA em CC, é necessário
distinguir entre os dois tipos de corrente elétrica. A corrente contínua (CC) é
caracterizada por um fluxo constante de elétrons em uma única direção, mantendo
uma polaridade fixa, enquanto a corrente alternada (CA) envolve a inversão
periódica do sentido do fluxo dos elétrons. A conversão de CA em CC é
fundamental, pois muitos dispositivos eletrônicos e sistemas operam com base na
corrente contínua. A importância da corrente contínua vai além da eletrônica e se
estende para o uso comum em baterias, pilhas e na geração de energia solar
fotovoltaica. A CC é considerada constante, uma vez que sua intensidade e direção
permanecem inalteradas ao longo do tempo, tornando-se valiosa para dispositivos
que dependem de tensões estáveis e ininterruptas.

Além disso, é fundamental compreender as equações matemáticas que regem a


corrente contínua.

A Lei de Ohm relaciona a tensão (V), a corrente (I) e a resistência (R) em um


circuito de corrente contínua, expressa pela equação:

V=I⋅R

onde:

● V é a tensão em volts (V).


● I é a corrente em amperes (A).
● R é a resistência em ohms (Ω).

Lei de Kirchhoff das Tensões (Lei das Malhas): Esta lei afirma que a soma das
quedas de tensão em qualquer malha de um circuito fechado é igual à tensão total
fornecida. Em um circuito simples com uma única fonte de tensão (E) e uma única
resistência (R), a equação é:

∑Vi=0
Onde:

● ∑Vi é a soma das quedas de tensão em cada elemento da malha, levando


em consideração a polaridade e a resistência.
● O valor final da soma deve ser igual a zero, indicando que a energia
fornecida pela fonte é igual à energia consumida nas quedas de tensão ao
longo da malha.

Lei de Kirchhoff das Correntes (Lei dos Nós): Esta lei estabelece que a soma das
correntes que entram em um nó de um circuito é igual à soma das correntes que
saem desse nó. Em um circuito simples com uma única fonte de corrente (I) e uma
única resistência (R), a equação é:

∑ientrando=∑isaindo

Onde:

● ∑ientrando é a soma das correntes que entram no nó (ponto de conexão).


● ∑isaindo é a soma das correntes que saem do nó (ponto de conexão).

2. Metodologia

2.1 Instrumentos Utilizados

1 Fonte de Corrente Contínua

1 Placa de Circuitos;

1 Resistor

Fios conectores

1 Voltímetro (Multímetro com Função)

1 Ohmímetro (Multímetro com Função)

1 Amperímetro (Multímetro com Função)


Materiais de Suporte

Equipamentos auxiliares de suporte

1 Celular /Filmadora/ Máquina Fotográfica

2.2 Procedimento Experimental:

1. Foi montado o circuito, onde a fonte de corrente contínua (DC) foi conectada em
série com um resistor de 100Ω. Paralelamente, um multímetro foi colocado na
função voltímetro para medir a tensão.

2. A voltagem da fonte DC foi variada sistematicamente em incrementos de 1V,


começando em 1V e indo até 12V. Em cada caso, a voltagem sobre o resistor foi
medida.

3. Em um segundo circuito, a fonte DC foi novamente conectada em série com o


mesmo resistor de 100Ω. No entanto, o multímetro foi configurado como
amperímetro para medir a corrente elétrica.

4. Da mesma forma, a voltagem da fonte DC foi variada de 1V a 12V, e a corrente


elétrica no resistor foi medida em cada caso.

5. Para a maior voltagem, que foi de 12V, a temperatura do resistor foi medida
utilizando um termômetro integrado ao multímetro.

6. Durante todo o experimento, etapas foram registradas por meio de fotografias e


filmagens para documentar o processo de medição e as condições do experimento.

Esse procedimento experimental foi realizado com o objetivo de investigar a relação


entre a tensão aplicada e a corrente elétrica em um resistor de 100Ω, bem como
para avaliar as mudanças de temperatura associadas ao aumento da tensão.

2.3 Coleta de Dados:


3.Tratamento de Dados e Resultados

1. Apresenta-se um gráfico da voltagem no resistor em função da voltagem da


fonte DC:
Tabela 1.0 Voltagem do resistor x Fonte DC.

2. Apresenta-se um gráfico da corrente elétrica no resistor em função da


voltagem da fonte DC:
Tabela 1.0 Corrente do resistor x Fonte DC.

3. Calcula-se a razão entre a voltagem medida no resistor em relação à corrente


medida no resistor para cada voltagem da fonte DC. E apresenta-se o
resultado numa tabela, com as respectivas precisões instrumentais das
medidas e propagação de erros:

Leva-se em consideração um erro instrumental de medição de 0.1 V para as


medições das voltagens no resistor e de 0.5 mA para as medições das correntes no
resistor.
Além disso, utilizou-se esta fórmula para o cálculo da propagação de erros
(incerteza):

Tabela 3.1 Fórmula Incerteza na Razão.


Tabela:

Tabela 3.2 Razão e propagação de erros.

4. Calcula-se a média e desvio padrão dos dados de voltagem no resistor.

Média: A média (ou valor médio) dos dados é calculada somando todos os
valores e dividindo pelo número de observações.
Média ≈ 6.30 V

Desvio Padrão: O desvio padrão é uma medida de quão dispersos os dados


estão em relação à média. Quanto maior o desvio padrão, maior a dispersão dos
dados.
Desvio Padrão ≈ 3.28 V

Portanto, a média das voltagens no resistor é aproximadame nonte 6.30 V, e


o desvio padrão é aproximadamente 3.28 V. Isso indica que os dados estão
dispersos em torno da média com um desvio padrão de 3.28 V.
5. Calcula-se a média e desvio padrão dos dados de corrente elétrica no
resistor.

Tem-se:
Média ≈ 62.50 mA e Desvio Padrão ≈ 38.66 mA

Portanto, a média das correntes no resistor é de aproximadamente 62.50 mA,


e o desvio padrão é aproximadamente 38.66 mA. Isso indica que os dados de
corrente estão dispersos em torno da média com um desvio padrão de 38.66 mA.

6. Apresenta-se a distribuição gaussiana para os dados de voltagem no resistor.


Calcula-se o resultado da distribuição para cada voltagem no resistor e
apresenta-se o resultado em tabela:

Tem-se a distribuição gaussiana:

Distribuição Gaussiana x Voltagem 6.1

Vale ressaltar que os valores na tabela a seguir, se dão a partir da


probabilidade da média até o valor de cada voltagem. Tem-se como exemplo a
representação do primeiro cálculo:

Exemplo do método de distribuição utilizado 6.2

Tem-se, então, a tabela:

Tabela das probabilidades x voltagem 6.3


7. Apresenta-se a distribuição gaussiana para os dados de corrente elétrica do
resistor. Calcula-se o resultado da distribuição para cada corrente elétrica no
resistor e apresenta-se o resultado numa tabela.

Nesse caso, a distribuição fica:

Distribuição Gaussiana x Corrente 6.1

Com isso, a tabela fica:


Tabela das probabilidades x corrente 7.2

8. Verificar o efeito Joule no experimento utilizando a medida de temperatura


obtida no experimento (°C) e as medidas de corrente elétrica e voltagem no
Resistor para a medida correspondente à fonte em 12V.

É observado o efeito Joule a partir da identificação da transformação de


energia elétrica em energia térmica. Onde chegou-se a temperatura de 67,2 °C no
resistor.
A corrente no resistor era de 118,5 m A e a voltagem de 11,79 V. O que
permite o cálculo da potência obtida pela fórmula:

Fórmula de potência 8.0

Onde V é a voltagem e I a corrente. Assim, chegou-se a uma potência de


aproximadamente 1,4 W. O que nos demonstra a ação do efeito Joule e a
transformação de energia no resistor do experimento. Por isso, há um aumento de
temperatura no equipamento, haja vista a dissipação do calor gerado pela corrente
elétrica passando pelo resistor.

4. Conclusão

A conclusão deste estudo experimental revela uma compreensão mais profunda da


relação entre tensão aplicada, corrente elétrica e dissipação de calor em um resistor
de 100Ω. Os resultados obtidos confirmam as leis fundamentais da eletricidade, em
particular a Lei de Ohm, demonstrando que a corrente elétrica é diretamente
proporcional à tensão aplicada.

Além disso, a observação do aumento da temperatura do resistor com o aumento da


voltagem evidencia a validade da Lei de Joule, que descreve a conversão de
energia elétrica em calor. Essas descobertas não apenas fortalecem a base teórica
da eletricidade, mas também têm aplicações práticas relevantes em engenharia e
tecnologia.

A meticulosa documentação fotográfica e de vídeo garantiu a precisão e a


confiabilidade dos dados coletados, sustentando os resultados deste experimento.
Consequentemente, este estudo contribui de maneira significativa para o
conhecimento existente no campo da eletricidade, fornecendo uma base sólida para
futuras investigações e aplicações práticas. Através deste relatório, espera-se que
pesquisadores, engenheiros e cientistas possam aproveitar os insights e conclusões
alcançados para aprimorar seus projetos e entender melhor as propriedades
elétricas dos materiais.

5. Referência bibliográficas

https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Corrente_cont%C3%ADnua

https://www.portalsolar.com.br/corrente-eletrica-continua-cc-alternada-ca
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Unidade_de_fonte_de_alimenta%C3%A7%C3%A3o_(
computador)

6. Apêndice, Vídeos e Fotografias.

Para a elucidação de alguns instrumentos utilizados:

•Resistor: Componente elétrico projetado para limitar o fluxo de corrente elétrica em


um circuito, introduzindo resistência. É geralmente especificado em ohms (Ω).

•Voltímetro: Um dispositivo de medição usado para avaliar a diferença de potencial


elétrico, ou tensão, entre dois pontos em um circuito. É expresso em volts (V).

•Ohmímetro: Um instrumento de medição projetado para medir a resistência elétrica


de um componente ou dispositivo. A unidade de medição é o ohm (Ω).

•Amperímetro: Um instrumento de medição que avalia a intensidade da corrente


elétrica em um circuito, medindo a quantidade de carga elétrica que flui por unidade
de tempo. É expresso em amperes (A).

Seguem fotos e vídeos do experimento:

Fotos:
https://drive.google.com/drive/folders/1wxfxJv6J370zJMT44eU5UJBkTm8-R9tR

Vídeo:
https://drive.google.com/drive/folders/1xTMb_D3J0mgrBtBhMUAGtnXmREXrP6Ng

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