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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RECÔNCAVO DA BAHIA

CENTRO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA EM ENERGIA E SUSTENTABILIDADE

AIDES OLIVEIRA COELHO


MARLON COELHO PITA
NOEMIA SIMPLICIO

CIRCUITOS DE CORRENTE CONTÍNUA

FEIRA DE SANTANA- BA
2023
AIDES OLIVEIRA COELHO
MARLON COELHO PITA
NOEMIA SIMPLICIO

INTRODUÇÃO A CIRCUITOS DE CORRENTE CONTÍNUA

Relatório apresentado ao curso de Bacharelado


Interdisciplinar em Energia e Sustentabilidade
como requisito parcial para aprovação no
componente curricular GCETENS143.P
Fenômenos Eletromagnéticos – Prática, da
Universidade Federal do Recôncavo da Bahia.
Docente: Kilder Leite Ribeiro

FEIRA DE SANTANA- BA

2023
1 INTRODUÇÃO

Um material pode apresentar facilidade ou dificuldade para circulação do fluxo


de carga elétrica, para medir a resistência elétrica e a dificuldade da circulação da
corrente elétrica, chamada de resistência elétrica, a unidade de medida é em OHM.
Um circuito elétrico produz o fluxo de corrente que forma uma tensão. Observa-se que
existe uma fonte de tensão que alimenta uma corrente ao longo do circuito através de
uma resistência.
Essa relação é dada pela lei de Ohm, que determina a tensão V, corrente I e
resistência R, onde V = Ri. Onde o fluxo da corrente é acionado por uma tensão ou
força motriz.
A resistência depende das características físicas do material que é constituído,
uma seção transversal e seu comprimento, logo:

Onde,
p= resistividade do material em Ohm
l = comprimento em metro
A = seção transversal em m²

Os resistores são constituídos de ligas metálicas e componentes de carbono,


sendo disponibilizados pelos fabricantes três parâmetros característicos: resistência
ôhmica, tolerância e potência. Onde a resistência é o valor especifico do resistor,
indicado por números ou por anéis coloridos, definidos em tabela. A tolerância é a
diferença no valor ôhmico da resistência no processo de fabricação do resistor, sendo
composto por valores de tolerância que são: 1%, ±2%, ±5%, ±10% e ±20%, os
resistores de 1% e 2% são considerados precisos. Com relação a potência, esta pode
ser determinada quando o resistor suporta calor sem alterar seu valor ou ser
danificado.
Os estudos sobre estas características se iniciaram quando Georf Simon OHM
ao montar um circuito, encontrou a relação entre a tensão e a corrente sobre um
resistor. Utilizando um amperímetro e um voltímetro conectados ao circuito, Ohm foi
variando a tensão da fonte e observou que ao aumentar a tensão a correte aumentava,
concluindo que a corrente é diretamente proporcional a variação da tensão, deduzindo
que: V=RI, onde: V é a tensão em volts (V), I a corrente em Ampére(A) e R a
resistência em Ohm (Ω), ou seja quanto maior a resistência menor a corrente no
circuito.
Nos circuitos o componente para representar o comportamento da resistência é
o resistor, que podem ser ligados em série ou em paralelo, e essa associação pode
dividir uma corrente, dividir uma tensão e obter um valor de resistência não disponível
comercialmente.
Numa associação em série os resistores formam uma sequência linear, fazendo
que a corrente elétrica passe por todos os componentes. Neste caso, a soma das
tensões em cada resistor é igual à tensão total aplicada sobre o conjunto, onde V =
Vab + Vbc = R1*I + R2*I = (R1+R2)*I; e a resistência equivalente do circuito é dada pela
soma das resistências dos resistores associados (Req = R1+R2). A figura 1 ilustra a
associação dos resistores em série.

Figura 1. disposição dos resistores em série

A uma outra forma de associar os resistores que é em paralelo. Numa


associação em paralelo os resistores são arranjados para terem 2 pontos de contato
entre eles com o objetivo que a queda de tensão e a corrente seja dividida entre eles.
Neste caso, a tensão V nos terminais de cada resistor é a mesma, e a corrente total é
a soma das correntes em cada ramo que é igual à corrente total do conjunto, no qual:

E a resistência equivalente é dada pelo inverso da soma dos inversos dos


resistores, ou seja,
Figura 2: disposição dos resistores em paralelo:

Então, é possível analisar o comportamento dos resistores quando associados


em série e em paralelo, através do cálculo de sua resistência equivalente, da corrente
e da tensão no resistor, além de validar a lei de Ohm.

2 OBJETIVOS

2.1 Objetivo geral

Compreender a associação de resistores em série e em paralelo e pelas medidas de


corrente e tensão nos diversos pontos dos circuitos montados, segundo a lei de Ohm.

2.2 Objetivos específicos

○ Verificar lei de Ohm;


○ Medir tensão;
○ Medir corrente;
○ Verificar a associação de resistores em série e paralelo;

3 MATERIAIS

○ Fontes de tensão elétrica;


○ Multímetros;
○ Cabos;
○ Resistores;
○ Protoboard;
○ Jumpers.
4 PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS E METODOLOGIA

Primeiro foi identificado o valor nominal da resistência, observando-se as cores


de cada resistor e fazendo comparação com a tabela de cores, em seguida os valores
encontrados foi comparada com os valores verificados no Ohmímetro digital,
comparando-se os valores encontrados com os valores de tolerância descritos na
tabela dos fabricantes.
No Ohmímetro foi verificada a resistência correspondente a cada resistor,
realizando-se as medidas de tensão no resistor R1.Cada resistor foi colocado na placa
do circuito para medir a corrente com diferentes medidas de tensão, os dados foram
coletados 10 vezes.
Em seguida, o circuito foi montado para encontrar a corrente e a tensão. Como
pode ser visto na figura 2, para a montagem do circuito utilizou-se a placa de
protoboard, o amperímetro foi conectado a em série a um resistor e em paralelo ao
voltímetro para encontrar as medidas de tensão e a corrente o circuito foi ligado a uma
fonte de alimentação, sendo realizadas 10 medidas.

Figura 3: circuito para medir a tensão e a corrente

5 RESULTADOS E DISCUSSÕES

Ao compararmos o valor nominal das resistências com o valor realizado pelo


Ohmímetro observamos que o desvio estava dentro do esperado pelo
fabricante. Todos os resistores possuíam em seu código de cores a cor dourada,
que corresponde a 5% de tolerância. O Voltímetro digital utilizado apresenta o
erro de 0,001(kΩ)
Tabela 1: Resultados das medidas de tensão

FONTE: Dados coletados pelos alunos

Escolhemos o resistor R1, que teve como medida 146,8KΩ e repetimos sua
medição 10 vezes, modificando sua tensão e registrando os valores da corrente e da
resistência como mostra a Tabela 2.

Tabela 2 - Resultados das medidas de resistência utilizando um Ohmímetro

Fonte: Dados coletadas pelos alunos

Ao analisar as medidas tomadas, pode-se verificar que o valor da corrente


aumenta conforme aumenta a tensão, ou seja a corrente é diretamente proporcional a
tensão. Segundo a fórmula temos que R=I*V, então para encontrar o valor da
resistência foi multiplicada a corrente x tensão = resistência, como se pode observar
na tabela a resistência aumenta conforme os valores da corrente e da tensão
aumentam, pois o resistor é responsável por limitar o fluxo da corrente elétrica.
O desvio da resistência encontrado foi de 3,826006 que está dentro do limite
esperado pelo fabricante
O gráfico construído com os dados da Tabela 2, resultou em uma reta inclinada a
qual representa a resistência elétrica do resistor analisado. O gráfico também vem
demonstrar que a medida que a tensão aumenta a corrente também aumenta.
De acordo com a resistência encontrada na função linear do gráfico que é de
R=1618,9 mΩ , obtivemos o desvio no ponto em cada uma das medidas feitas com a
resistência como é mostrado na Tabela 2.

Curva tensão versus corrente (IxV) de um diodo

6 CONCLUSÃO

Com os resultados obtidos durante os experimentos, pode-se concluir que os


objetivos do estudo foram atingidos. Pois, foi possível verificar a Lei de Ohm com o
tratamento dos dados, por permitir perceber a proporcionalidade entre a tensão elétrica
e a corrente elétrica.
Pode-se observar que as grandezas obtidas por meio das medidas com o
multímetro não coincidem com o valor obtido com a leitura do valor nominal da
resistência com o auxílio do código das cores de resistores. Contudo, esses valores
estão dentro do limite de erro esperado que é de 5% devido a cor dourada na 4ª faixa
de todos os resistores.
REFERÊNCIAS

Roteiro Experimental de Capítulo 5 Circuitos de corrente contínua, disponibilizado


pelo professor .

HALLIDAY, D. RESNICK, R. WALKER, J.; Fundamentos de Física, vol3:


eletromagnetismo. 10. ed. - Rio de Janeiro : LTC, 2016.

TIPPLER, P.A. Física: para cientistas e engenheiros. 3. ed. Rio de Janeiro:


Guanabara Koogan,1991.v. 3.

YOUNG, H. D.; FREEDMAN, R. A. Sears e Zemanski física III: eletricidade e


magnetismo. São Paulo: Pearson, 2004.

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