Ministério da Educação

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ

ENGENHARIA MECÂNICA

DISCIPLINA: FÍSICA EXPERIMENTAL III

EXPERIMENTO: VOLTÍMETRO

Voltímetro

DISCENTE
Item Descrição Valor Nota
1 Formatação de acordo com o modelo. 1,5
2 Conteúdo e redação do Resumo. 1,5
3 Conteúdo, redação, tabelas, gráficos e 2,5
equações da seção Procedimento
experimental.
4 Conteúdo, redação, tabelas, gráficos e 3,0
equações seção Resultados e Discussão.
5 Conteúdo e redação da seção 1,5
Conclusões e Referências
Total 10,0

Victor Vieira Sampaio

E1.1
DOCENTE
Prof. Dr. Bartolomeu C. Viana Neto

Teresina-PI, 27 de janeiro de 2023.

Voltímetro

1 – Resumo
O voltímetro pode ser definido como um instrumento utilizado para medir a
diferença de potencial (tensão) entre dois nós de um circuito. Resistores são componentes
de circuitos elétricos que resistem à passagem de corrente elétrica, através da conversão de
energia elétrica em energia térmica. Este relatório apresenta ao leitor uma pesquisa
quantitativa dos fundamentos e aplicações de voltímetros, resistores e potenciômetros. A
princípio, foi demonstrado como regular a escala do voltímetro, além de ter sido estudado
como ocorre a modificação da corrente em um circuito quando há variação na resistência, o
que mantém constante a tensão aplicada. Assim sendo, a corrente e a diferença de tensão
foram analisadas em cada parte dos circuitos propostos, com isso, tendo como referencial a
Lei de Kirchhoff, pôde-se compreender os comportamentos de uma corrente elétrica diante
de resistências em série e em paralelo.

2 – Materiais e Métodos
2.1 – Equipamento experimental (Materiais)
 Fonte de Tensão Contínua;
 Resistores (220 Ω, 1 kΩ e 10 kΩ);
 Potenciômetro (10 kΩ);
 Multímetro.
2.2 – Procedimento Experimental (Metodologia)
2.2.1 – A princípio, foi inserido uma fonte de tensão contínua que foi ajustada a 5V. Na
sequência, verificou-se através de um voltímetro a tensão que saía pela fonte. Através do

E1.2
Ohímetro do multímetro, mediu-se todos os valores dos resistores fornecidos (220 Ω, 1 kΩ
e 10 kΩ).
2.2.2 – A seguir, na figura 1, é apresentado o circuito que foi montado conforme os
resistores que foram fornecidos. Na sequência, usando a Lei de Kirchoff, foi calculado a
tensão sobre cada um dos resistores. Posteriormente, foi utilizado um voltímetro, onde
mediu-se as tensões sobre cada um dos resistores. Com cada um dos dados obtidos foi
construída uma tabela.

Figura 1: Circuito obtido para o procedimento 2.2.2

2.2.3 – Na sequência, verificou-se a Lei de Kirchhof das tensões para a malha do circuito
apresentado na Figura 1, através da equação Vfonte = VR1 + VR2.
2.2.4 – Em seguida, na Figura 2 a seguir, é apresentado o circuito montado com os
resistores fornecidos. O circuito fornecido será montado com fonte de tensão contínua de 𝐸
= 5,0 𝑉, um resistor de 𝑅𝑥 = 10 𝑘Ω e o potenciômetro de 10 kΩ. O potenciômetro será
ajustado de modo a obter uma tensão sobre o resistor R x como indicado na Tabela 1. Meça
a tensão sobre o potenciômetro, VAB.
Figura 2: Divisor de Tensão Ajustável

2.2.5 – Por fim, com o voltímetro configurado para medição da tensão alternada, é preciso
realizar a medição da tensão na tomada da rede elétrica do laboratório e da saída de um
estabilizador ou no- break. Logo, também foi realizado a medição entre o terra e neutro.

E1.3
3 – Resultados e Análise
3.1 Dados Experimentais
3.1.1 Medida de Tensão da Fonte e Resistência dos Resistores
Tabela 1: Valores nominais e práticos do procedimento 2.2.1
Valor Nominal Valor Medido Erro (%)
Fonte 5V 5,09V 1,76
Resistor 1 220Ω 214Ω 2,72
Resistor 2 1KΩ 999Ω 0,1
Resistor 3 10KΩ 9,84KΩ 1,6

3.1.2 Medidas do circuito da Figura 1

Tensão de saída da fonte verificada com o multímetro.

Medidas dos resistores.

3.1.3 Verificação da Lei de Kirchhof para a Figura 2

E1.4
Tensão medida sobre o R2 (1K Ohm) no circuito. R1 (220 Ohm) no circuito.
3.1.4 Medidas do Circuito da Figura 2
Tabela 2: Valores de Tensão para o procedimento 2.2.4
VRx (V) 4 3 2,56 2 1
VAB (V) 1,03 2,02 2,42 XX XX

3.1.5 Medida da tensão na tomada da rede elétrica do laboratório e da saída de um

estabilizador ou no-break

Medida da tensão na rede elétrica. Terra Neutro

E1.5
Medida da tensão no estabilizador.

3.2 Análise
3.2.1 Teste dos valores nominais da fonte e dos resistores indicados
Apenas houve o teste dos valores nominais da fonte de 5V e dos resistores de 220Ω, 1KΩ e
10KΩ
3.2.2/ 3.2.3 Análise das tensões ao longo do circuito
 Cálculos teóricos
Ufonte = R x I
5V = (1220Ω) x I
I = 0,004 A
 Cálculo da variação de tensão em cada resistor:
Devido as resistências estarem em série, a corrente é a mesma para os dois resistores.
Variação de tensão em R1:
UR1 = (220 Ω) x (0,004 A)
UR1 = 0,9V
Variação da tensão em R2
UR2 = (1000 Ω) x (0,004)
UR2 = 4,1 V
Como previsto, a soma das tensões nas resistências é igual a tensão fornecida pela fonte:
Ufonte = UR1 + UR2
5 V = 0,9 V + 4,1 V

E1.6
3.2.4 Uso do potenciômetro no circuito
Utilizando a Figura 2 e o procedimento 2.2.4 obtivemos a tabela 3.
Tabela 3: Valores de Tensão para o procedimento 2.2.4
VRx (V) 4 3 2,56 2 1
VAB (V) 1,03 2,02 2,42 XX XX

 VRx (V) = 4V
Ufonte = URx + UAB
5 V = 4 V + UAB
UAB = 1 V
Valor medido = 1,03 V

 VRx (V) = 3V
Ufonte = URx + UAB
5 V = 3 V + UAB
UAB = 2 V
Valor medido = 2,02 V

 VRx (V) = 2V
Ufonte = URx + UAB
5 V = 2 V + UAB
UAB = 3V (ERRO)
Cálculo da corrente total:
URx = 2 V = (10000 Ω) x I
I = 0,0002 A
Cálculo da resistência do potenciômetro que corresponda aos valores predeterminados:
3 V = (RAB) x (0,0002 A)
RAB = 15KΩ
O Potenciômetro teria que possuir uma resistência de 15KΩ para satisfazer o valor
requerido, por isso o Voltímetro não foi capaz de calcular 3V.

 VRx (V) = 1V

E1.7
Ufonte = URx + UAB
5 V = 1 V + UAB
UAB = 4V (ERRO)
Cálculo da corrente total
URx = 1 V = (10000 Ω) x I
I = 0,0001 A
Cálculo da resistência do potenciômetro que corresponda aos valores predeterminados:
4 V = (RAB) x (0,0001 A)
RAB = 40KΩ
O Potenciômetro teria que possuir uma resistência de 40KΩ para satisfazer o valor
requerido, por isso o Voltímetro não foi capaz de calcular 4V.

4 – Conclusões
Diante dos experimentos realizados e dos cálculos obtidos, conclui-se, portanto, que
o objetivo da prática foi alcançado com sucesso, pois foi possível compreender aspectos do
regulamento do multímetro para a funcionalidade de voltímetro a fim de determinar as
tensões e correntes requeridas no roteiro. Por fim, na primeira parte da prática foi
identificado o valor da tensão de 5V e das resistências de 220 Ω, 1 kΩ e 10 kΩ analisando
em cada medida o erro em relação aos valores nominais como apresentado na tabela 1.
Em seguida, as técnicas de medição em série foram aplicadas em um circuito com
tensão e resistência constante, posteriormente, as medidas calculadas foram coerentes com
a literatura utilizada para a realização das práticas, pois a partir dos resultados comprovou-
se a equivalência da soma das tensões como previsto pela Lei de Kirchhoff. Já no
experimento do potenciômetro uma outra metodologia de análise foi utilizada, a fim de
analisarmos o limite de medição que envolveu o circuito.
Por fim, após os resultados obtidos, aprendeu-se a regular o voltímetro para a
função de tensão alternada a fim de medir a tensão da tomada da rede elétrica do
laboratório e da saída de um estabilizador ou nobreak.

5 – Referências

E1.8
[1] ALEXANDRE, C. K.; SADIKU, M. N. O. Fundamentos de Circuitos Elétricos. 5. ed.
Porto Alegre: AMGH, 2013.
[2] JOHNSON, D. E.; HILBURN, J. L.; JOHNSON, J. R. Fundamentos de Análise de
Circuitos Elétricos. 4. Ed. Rio de Janeiro: LTC, 2000.

Apêndice (Questionário)
1) Indique a escala do voltímetro que você utilizaria para medir as seguintes tensões:
(a) arranjo de 3 pilhas comuns em série (realize a medida no laboratório e responda qual a
tensão encontrada).
Resposta: Considerando que o valor da tensão nominal de uma pilha comum seja 1,5V, a
tensão resultante de três pilhas em série é (3x1,5) V = 4,5V. Na escala do voltímetro para
corrente contínua, o parâmetro maior que 4,5V e mais próximo é 20V.
(b) Alimentação do chuveiro elétrico;
Resposta: O chuveiro elétrico é ligado diretamente à rede elétrica da concessionária, por
isso apresenta uma tensão nominal de 220 V alternada, na escala alternada do voltímetro, o
parâmetro maior e mais próximo de 220 V é 750 V.
(c) Bateria de um automóvel (escolha uma bateria no laboratório e meça).
Resposta: A tensão nominal de uma bateria de carro normalmente é de 12 V, assim o
parâmetro utilizado para a medição da tensão seria 20 V.

2) Considere o circuito ao lado onde 𝑅1 = 100 Ω e 𝑅2 = 𝑅3 = 200 Ω. Sabendo que a fonte

está regulada em 10 V, determine a voltagem a que está submetido cada um dos resistores
𝑅1, 𝑅2 e 𝑅3.

Resposta:
Resistência equivalente do circuito:

E1.9
 R 2. R 3 200.200
Req = R1 + =100+
R 2+ R 3 200+ 200

Req = 200Ω

Cálculo da corrente total (I) do circuito:

U = Req x I
10V = (200Ω) x (I)
I = 0,05 A
R 2. R 3
UAB= X I = (100 Ω) x (0,05 A)
R 2+ R 3
UAB = 5V
I2 + I3 = 0,05 A
UAB = R2 x I2 = R3 x I3
200 x I2 = 200 x I3
I2 = I3 = 0,025 A
Queda de tensão em R2 e R3:
UR2 = UR3 = (200 Ω) x (0,025 A) = 5V
Queda de tensão no R1:
UR1 = (100 Ω) x (0,05 A) = 5V

3) Calcule qual seria a resistência necessária do potenciômetro usado no procedimento

4.2.1 para se obter uma tensão de 2,5 V sobre 𝑅𝑥.
Resposta: 2,56 foi o valor mínimo de ajuste para o potenciômetro de 10KΩ. Devido
estarem ligados em série e serem ambos de 10KΩ a tensão de 5V se divide igualmente para
cada um.

4) Considere o circuito esquematizado na figura ao lado. Calcule a tensão em cada resistor

E1.10
Resposta:
Resistência equivalente do sistema:
R 1. R 2 1000 X 500
Req=R 3 =10+ =486 ,2 Ω
R 1+ R 2 10500
Req = 486,2 Ω
Cálculo da corrente total:
10 = (486,2) x I
10
I= A
486 , 2
Cálculo de UAB:
UAB = 476,2 x (I)
UAB = UR1 = UR2 = 9,8V
Tensão em R3:
UR3 = 10 x I
UR3 = 0,2 V

E1.11