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Experimento: Ondas Estacionárias

Experiment: Stationary Waves


MARTINS, D.H.1; PIMENTA, G.R.S.2; SANTOS, J.B.A.3
Universidade Estadual da Paraíba, CCTS. Departamento de Engenharia Civil. Araruna/PB,
03/06/2022.

Resumo
O artigo a seguir tem por objetivo analisar as ondas estacionárias, que são conceito
importante na teoria dos instrumentos musicais e na teoria quântica. Estas consistem na
combinação de superposições de ondas deslocando-se em direções opostas sob determinadas
frequências. É possível verificar que em certas frequências aparecem configurações de ondas
estacionárias se uma corda estiver tensionada e fixa em duas extremidades e for exercitada por
um movimento harmônico simples de pequena amplitude. Essas frequências são chamadas de
frequências de ressonância da corda. Assim, para a elaboração do artigo, foi adotada a prática
experimental como comprovação da pesquisa bibliográfica que será exposta, posteriormente, na
fundamentação teórica. Com isso, utilizamos o laboratório de Física Experimental II da UEPB,
CAMPUS VIII, Araruna-PB.
Palavras chaves: Ondas Estacionárias; Frequência de Ressonância.
Abstract
The following article aims to analyze stationary waves, which are an important concept
in the theory of musical instruments and in quantum theory. These consist of the combination of
wave overlays moving in opposite directions under certain frequencies. It is possible to verify that
at certain frequencies stationary wave configurations appear if a string is tensioned and fixed at
two ends and is exercised by a simple harmonic movement of small amplitude. These frequencies
are called string resonance frequencies. Thus, for the elaboration of the article, experimental
practice was adopted as proof of bibliographic research that will be exposed, later, in the
theoretical foundation. With this, we used the Laboratory of Experimental Physics II of UEPB,
CAMPUS VIII, Araruna-PB.
Key words: Stationary Waves; Resonance frequency.

1. Introdução Teórica
No estudo dos conceitos básicos de amplitudes iguais, propagando-se em
ondas temos que ficar atentos a uma sentidos contrários, superpõem-se em um
característica, que é o transporte de energia dado meio, vemos se formar uma figura de
sem o transporte de matéria. Por esse motivo interferência chamada de onda estacionária.
é que dizemos que elas são apenas Evidentemente, não se trata de uma onda, na
deformações que se propagam em um meio. acepção normal do termo, mas de um
Sendo assim, elas podem atravessar a mesma particular padrão de interferência.
região ao mesmo tempo.
O caso mais simples desse tipo de
Quando duas ondas periódicas de interferência é o que ocorre em uma corda
frequências comprimentos de ondas e esticada, na qual as ondas produzidas em
uma das extremidades superpõem-se às
ondas refletidas na extremidade oposta. Os
Na figura acima podemos ver a
pontos do meio no qual ela é estabelecida
frequência fundamental de oscilação em
oscilam em MHS, com amplitudes que
uma corda de extremidades fixas. Para o
dependem da posição do ponto considerado.
maior comprimento de onda, a relação
correspondente é a menor frequência. Essa
básica relação pode ser observada através da
seguinte equação:
𝑣 = 𝜆. 𝑓

2. Procedimento Experimental
Com o auxílio da professora, foi
Figura 1
montado o equipamento de acordo com a
Fonte: https://www.bing.com/images/ imagem abaixo:

Nos pontos de interferência


construtiva (V), denominados ventres ou
pontos ventrais, a amplitude de oscilação é
máxima, correspondendo ao dobro da
amplitude de cada constituinte.
Aos pontos de interferência Imagem 1
totalmente destrutiva (N), damos o nome de Fonte: Autor
nós ou pontos nodais, que não oscilam,
permanecendo, portanto, em equilíbrio Logo após, adotamos uma primeira
como demonstrado na figura 1. A distância configuração, onde no dinamômetro foi
entre dois ventres consecutivos, ou entre aplicada uma força de tração igual a 0,30 N.
dois nós consecutivos, é igual a metade do Em seguida, o equipamento foi ligado e
comprimento de onda da onda estacionária. colocado para vibrar em uma frequência
máxima. Essa frequência foi mantida
Para a produção de uma onda constante durante todo o experimento. Como
estacionária devemos primeiramente fixar as demonstrado na imagem 2.
duas extremidades de uma corda em uma
parede e em seguida fazer com que uma das
extremidades vibre com movimentos
periódicos verticais. Vejamos a ilustração
abaixo.

Imagem 2
Fonte: Autor

Em uma outra configuração,


adotamos no dinamômetro uma força de
tração igual a 0,08 N. Em seguida foi
Figura 2 encontrado outro modo de vibração. Como
demonstrado na imagem 3.
Fonte: https://www.bing.com/images/
4. Questionário

4.1. Calcule a razão F/λ2 de acordo


com os valores da (Tabela 1).
• 0,30N/0,88m2 = 0,34N/m2
Imagem 3 • 0,08N/0,22m2 = 0,36N/m2
Fonte: Autor • 0,02N/0,09m2 = 0,22N/m2

Na última configuração desse 4.2. Faça o gráfico F × λ (força de


experimento, adotamos no dinamômetro tração em função do comprimento de
uma força de tração igual a 0,02 N. Em onda). Qual a forma do gráfico?
seguida, foi encontrado outro modo de
vibração. Como demonstrado na imagem 4.

Imagem 4
Fonte: Autor 4.3. Faça o gráfico de F × λ2 (força de
tração em função do comprimento de
Após a realização dos experimentos,
onda ao quadrado). Qual a forma do
a cada harmônico encontrado foi preenchido
gráfico?
os valores obtidos em uma tabela (anexada à
frente) que foi exigida.

3. Resultados e Análises
A seguir, temos a tabela com os
valores obtidos em todo experimento.
Harmônico N° N° F λ λ2 F/λ2
(nodos) (antinodos) (N) (m) (m2)

1º 2 1 0,30 0,94 0,88 0,34

2º 3 2 0,08 0,47 0,22 0,36


4.4. Observando os gráficos acima,
você conclui que a força de tração é
3º 4 3 0,02 0,31 0,09 0,22
diretamente ou inversamente
Tabela 1 proporcional ao quadrado do
comprimento de onda?
Com os resultados obtidos,
percebemos que a cada harmônico a força Notando que, quanto maior for a
aplicada e o comprimento de onda força maior será seu comprimento de onda e
diminuíam, ou seja, para que haja um ainda pela observação gráfica, percebemos
número maior de harmônicos, nodos e uma forma crescente de tais variáveis; Logo,
antinodos, é necessária uma força cada vez concluímos que a força de tração é
menor e consequentemente um diretamente proporcional ao quadrado do
comprimento menor, pois a corda/ fio estará comprimento de onda.
cada vez mais rígido.
5. Conclusão

Como havíamos comentado


anteriormente, por este experimento em
análise, percebemos que quanto maior a
força aplicada à corda/ fio, maior será seu
comprimento de onda, mas menor será a
quantidade de nodos e antinodos, pois
quando aplicamos uma força grande
específica, o comprimento da onda também
terá um comprimento específico e
proporcional a força; isso ocorre pela rigidez
que a corda/ fio possui ao reagir a essa força
específica. Portanto, concluímos que o
comportamento da onda depende
unicamente da intensidade de força exercida,
quanto menor for, menor será seu
comprimento de onda e maior será a
quantidade de harmônicos, nodos e
antinodos da onda; quanto maior for essa
força, maior será seu comprimento de onda
e menor será a quantidade de harmônicos,
nodos e antinodos da onda.

6. Referências

• https://www.ifsc.usp.br/~strontium/
Teaching/Material2013-
2%20FCM0102%20Fisica%20II-
EESC/Exercicio%20T16.55.pdf

• https://brasilescola.uol.com.br/fisic
a/ondas-
estacionarias.htm#:~:text=No%20estudo%2
0dos%20conceitos%20b%C3%A1sicos,me
sma%20regi%C3%A3o%20ao%20mesmo
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