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Universidade Federal de São Carlos

Centro de Ciências Exatas e de Tecnologia

Roteiro 5 - Oscilações e Sistemas Ressonantes

Física Experimental D
Matheus Felippe Cavalcanti de Azevedo - 800335
Rafael Faustino Olmo - 802597
Victor Rodrigo Souza Domingues - 801505

São Carlos
06 de Março de 2023
1. Objetivos
Analisar o comportamento de um sistema massa-mola em um trilho de ar, a partir do estudo
de uma Oscilação Amortecida Forçada ,verificando a curva de amplitude da oscilação em função
do tempo, no caso onde não há uma força externa sendo aplicada e onde há uma força sendo
aplicada, gerando uma Oscilação Forçada.
Verificar variadas configurações do sistema para que uma corda vibre em diferentes modos
normais

2. Objetivos específicos
Os objetivos específicos do experimento serão divididos em dois tópicos
2.1 - Oscilador Amortecido Forçado
● Determinar a frequência natural de oscilação do sistema, bem como o seu fator de
amortecimento;
● Calcular o Fator de Mérito do sistema;
● Determinar o gráfico de ressonância do sistema massa-mola amortecido, por meio da
variação da amplitude em função da frequência da bobina;
2.2 -Modos Normais de uma corda
● Determinar a frequência da corda para cada um dos modos vibrantes fundamentais;
● Variar a tensão aplicada a corda, a densidade linear e a frequência do gerador,
verificando o comportamento dos modos de vibração da corda;
3. Fundamentos teóricos
Um oscilador é um sistema físico que oscila em torno de um ponto fixo, contendo pontos de
máximo. Para um sistema de oscilação, pode ter interferência de forças externas no sistema, no qual o
estudo é baseado em equações diferenciais.

3.1 Oscilador Harmônico Simples (OHS)

Um sistema-mola é descrito pela seguinte EDO linear homogênea :

, onde Equação 1

no qual ω0 é a frequência angular natural de oscilação do sistema k é a constante associada à mola e m


é a massa da partícula. Tal EDO possui a seguinte solução:

Equação 2
onde A é a amplitude e ϕ é o ângulo de fase inicial da oscilação, dados conforme as condições iniciais
do sistema físico.

3.2 Oscilador Harmônico Amortecido

Qualquer sistema físico que possua uma força resistiva ao seu movimento pode ser descrita
como uma dependência da velocidade, dada por meio da seguinte expressão:

Equação 3

no qual, γ é o coeficiente de amortecimento do amortecimento, podendo ser expresso por :

Equação 4

onde b é uma constante que depende de amortecimento relacionada à velocidade presente no sistema
físico. γ/2 < ⍵0 ,o amortecimento é descrito como subcrítico, onde a amplitude de oscilação decresce
conforme o movimento procede, logo a solução para a EDO descrita nesse caso é dada por :

Equação 5

O comportamento da onda no decorrer do tempo é dado pela figura 1, de acordo com a


equação anterior :

Figura 1 - Comportamento da amplitude de oscilação em função do tempo

3.3 - Oscilador Harmônico Amortecido Forçado


Um oscilador não amortecido forçado é uma EDO de segunda ordem, linear e não
homogênea, que pode ser expressa por meio da seguinte equação :

Equação 6

onde F0 é a intensidade de uma força externa aplicada ao sistema e ⍵ é a frequência angular da força
aplicada. É possível relacionar ⍵ com o período de oscilação do sistema, por meio de . Um caso de
amortecimento fraco consiste na situação onde (γ << ⍵0), assim temos o ângulo de fase e sua
amplitude bem definidos.
Equação 7

Considerando que quanto mais próximo for o valor da frequência do sistema da frequência
natural oscilação, maior será o valor da amplitude, então a frequência de ressonância pode ser obtido
2
2 γ 1/2
por meio da expressão ⍵ = (⍵₀ − 2
) . No geral, o ponto máximo de amplitude máxima é
definida como sendo

Equação 8

O fator de mérito trata-se de uma propriedade intrínseca que representa o fator de qualidade
do sistema, em outras palavras, quanto de energia é dissipada por ciclo, sendo dado por :

Equação 9
Quanto maior for o fator de mérito, mais estreita a curva se torna, conforme ilustra a figura a
seguir :

Figura 2 - Curva de ressonância de acordo com o fator de mérito

3.4 Modos Normais em uma Corda


Quando duas cordas estão presas em dois obstáculos fixos, torna-se possível verificar a
situação de superposição de ondas em sentidos opostos, conforme mostra a figura a seguir.

Figura 3 - Corda em três casos estacionários distintos


As chamadas frequências de ressonância são dadas por (fn) enquanto que o primeiro caso da figura
3 é fundamental, dado por n = 1, portanto é válida a seguinte relação :

Equação 10
onde L é o comprimento entre os dois pontos fixos da corda e T é a tensão aplicada à corda.
4. Material utilizado
Para o experimento, os seguintes equipamentos foram utilizados :
1. Carrinho;
2. Trilho de ar;
3. 2 molas acopladas ao carrinho;
4. Vela feita de cartolina;
5. Lente convergente;
6. Luz led branca;
7. Fotodetector da marca Phywe modelo 41736.5E;
8. Imã
9. Bobina de excitação com núcleo de ferro;
10. Gerador de sinais da marca RIGOL modelo DG1022;
11. Gerador de sinais da marca Phywe 13650.93;
12. Transdutor (alto-falante);
13. Cordas de densidades lineares de massa distintas;
14. Peça metálica para apoiar massas;
15. Peças metálicas de massas distintas;
16. Balança eletrônica Gehaka G4001 de precisão de 0,1g;
17. Trilho graduado em milímetros;
18. Suportes universais.
19. Osciloscópio da marca Tektronix modelo TDS1001B;

5. Procedimento Experimental
Esta prática foi separada em duas partes:
Parte A - Oscilador no sistema Massa-Mola
➔ Posicionar a lente focal sobre o trilho milimetrado, assim como p detector fotônico e o laser
para que se possa realizar as medições;
➔ Com o sistema de ar ligado, para a redução quase absoluta do atrito com o trilho, oscilar o
sistema para diferentes posições iniciais, a fim de comprovar que esta não influencia na
frequência de oscilação;
➔ Determinar, a partir de 10 medições dos valores de frequência, a Frequência Natural do
sistema.
➔ Repetir a etapa acima, mas desta vez acoplando uma vela no sistema. Esta é a frequência
natural do sistema com a vela.
➔ Agora, deve-se acionar o eletroímã que se encontra no trilho. Através do gerador de
frequência, variá-la da faixa de 2,5 hz a 4,0 hz. Obter, através do fotodetector, a amplitude da
frequência;
➔ Elaborar um gráfico Amplitude X Frequência. Realizar o mesmo procedimento, agora com a
vela amortecedora acoplada ao sistema.
Parte B - Modos Vibracionais
➔ Após selecionar um dos fios ou cordas disponíveis, acoplá-la no sistema, com uma ponta
ligada no Vibrador, e a outra com uma massa pendurada;
➔ Variar a massa do sistema ao menos 5 vezes. Em cada caso, determinar a frequência para a
qual a corda se encontra em modo 3, ou seja, possui dois nós;
➔ Plotar o gráfico da tensão T, gerada pela massa, pelo quadrado da frequência F;
➔ Após realizar o ajuste linear, calcular a densidade linear µ, tendo em vista que o coeficiente
2
𝑛
angular 𝑎 = 2 .
4𝑙 µ

6. Resultados esperados
Para a primeira parte, é esperado que a amplitude da frequência de ressonância tenha um fator

de mérito cada vez maior quando os picos estreitam-se, tendo uma amplitude cada vez maior,
conforme ilustra a Figura 2.
Já na segunda parte do experimento, é esperado que ao variar-se parâmetros como a densidade
linear da corda e a tensão aplicada, a frequência de um determinado modo de vibração mude em
relação a outras situações com determinados parâmetros.
7. Perguntas
1 - O que acontece quando duas cordas de densidades distintas são vinculadas entre si e são
colocadas para oscilar? Os modos de vibração irão sofrer alguma alteração?
2 - O que acontece com o movimento vibracional quando são inseridas massas na posições de
nó?

8. Bibliografia

Nussenzveig, H. M. Curso de Física Básica, vol. 2, São Paulo: Edgard Blucher, 2002,
314 p.
Sears, F. W. Zemansky; M. W.; Young, H. D. Freedman, R. A. Física II: Termodinâmica
e Ondas, 12a. ed., São Paulo: Eddison Wesley, 2009, 329 p.

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