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Universidade Federal de Campina Grande

Unidade Acadêmica de Fı́sica


Laboratório de Fı́sica Moderna
Professor: Danieverton Moretti
Aluno: Jhordan Santiago1
Matrı́cula: 120110053

Relatório II: Interferômetro de Michelson e de Fabry-Perot

Campina Grande, Brasil


2024

1B
jhordan.albherty@estudante.ufcg.edu.br
Sumário

1 Resumo 2

2 Introdução Histórica 3

3 Fundamentos téoricos: Interferômetro de Michelson 4


3.1 Objetivos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
3.2 Materiais utilizados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
3.3 Procedimentos experimentais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
3.4 Resultados e Discussões . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7

4 Fundamentos teóricos: Interferômetro de Fabry-Perot 10


4.1 Objetivos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
4.2 Materiais utilizados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
4.3 Procedimentos experimentais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
4.3.1 Medindo o comprimento de onda . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
4.3.2 Medindo a finesse dos refletores parciais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
4.4 Resultados e discussões . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14

5 Conclusão 15
1 Resumo

Interferometria é um termo genérico que descreve métodos de medição de padrões de interferência entre
vários tipos de ondas, através de dispositivos ópticos conhecidos como interferômetros2 . Neste relatório,
investigaremos o funcionamento do interferômetro de Michelson, proposto pela primeira vez por Abraham
Michelson nos anos 1880. Precisamente, calcularemos o comprimento de onda da fonte de luz utilizada no
experimento através da relação da medição da variação das distâncias entre os espelhos e a formação dos
padrões de interferência. Além disso, estudaremos também o interferômetro de Fabry-Perot, dispositivo
óptico utilizado largamente em instrumentos de metrologia de alta precisão [1], propondo um roteiro para
a realização do experimento na determinação do comprimento de onda utilizado e da finesse dos refletores
parciais.

2
No domı́nio clássico, em interferometria quântica conseguimos interferir fótons (“partı́culas”que constituem a luz) gerando
resultados mais exóticos, como os estados emaranhados.

2
2 Introdução Histórica

Interferômetros são dispositivos ópticos usados no estudo dos padrões de interferência produzidos por
várias fontes de luz. Em geral, desde a invenção do laser na década de 60, utiliza-se luz coerente, já que
ela permite a formação de padrões de interferência bem definidos. A luz coerente é aquela em que os
fótons oscilam na mesma frequência e os comprimentos de onda estão em fase, ou seja, as cristas e os
vales das ondas estão consistentemente alinhados.

O interferômetro foi inventado em 1881 por Albert Abraham Michelson (1852-1931), na Alemanha, com
o objetivo de medir a velocidade da Terra em relação ao éter. O aparelho comparava o tempo que a
luz percorria para ir e voltar ao longo dos dois braços do interferômetro, em direções perpendiculares.
Entretanto, como mostrou Alfred Potier (1840-1905), o experimento de 1881 apresentava erros teóricos ao
não considerar a variação do tempo de ida e volta do feixe perpendicular ao vento do éter, fazendo com que
a diferença entre os tempos para a luz ir e voltar nos braços fosse metade do efeito previsto inicialmente por
Michelson (cerca de 0.08 franjas de deslocamento). Como as observações feitas por Michelson mostravam
variações irregulares de 0.02 e 0.03 franjas, os erros experimentais eram praticamente equivalentes ao
efeito da qual se queria medir (0.04), ou seja, o experimento era inválido [2].

Já em 1887, Michelson com auxı́lio de Edward Williams Morley (1838-1923), montou um interferômetro
muito mais robusto que o primeiro, cerca de 10x mais sensı́vel. Entretanto, diferentemente da previsão
teórica de deslocamento de 0.04 franjas, Michelson e Morley observaram apenas pequenas variações de
cerca de um centéssimo de franja, que o fizeram concluir que o efeito era nulo e que não era possı́vel medir
a velocidade da Terra em relação ao éter, como previsto pela teoria de Fresnel. Posteriormente, estes
resultados foram utilizados no desenvolvimento da teoria da relatividade especial por Hendrik Lorentz
(1853-1928), Henri Poincaré (1854-1912) e Albert Einstein (1878-1955) [2].

No contexto atual, o exemplo mais iconoclástico de interferômetro é o Laser Interferometer Gravitational-


Wave Observatory (LIGO), dispositivo altamente sofisticado usado na detecção de ondas gravitacionais
provenientes de colisões de objetos astrofı́sicos superdensos, como estrelas de nêutrons e buracos negros [3].

3
3 Fundamentos téoricos: Interferômetro de Michelson

Neste experimento, vamos usar o interferômetro de Michelson para calcular o comprimento de onda do
laser He-Ne, na figura (1), temos uma fotografia do interferômetro utilizado:

Figura 1: Fotografia do interferômetro utilizada no experimento. Fonte: Autor.

Na ilustração abaixo, temos uma versão simplificada do interferômetro:

Anteparo

d2
Laser

M2

L
Mo
(Móvel)
d1

M1 (fixo)

Ilustração I: Representação esquemática de um interferômetro de Michelson. Fonte: baseado em T ikZ.

4
Considere que a luz coerente e monocromática proveniente de um laser3 passa através de um espelho semi-
transparente M0 , onde é dividida em um feixe parcialmente refletido M1 e outro parcialmente transmitido
M2 , em que são novamente refletidos para M0 sendo, portanto, recombinados e formando um padrão de
interferência no anteparo. A interferência4 será construtiva se estiverem em fase ou destrutiva, se não,
isso dependerá da diferença de distância dos braços do interferômetro ( d = |d2 − d1 |). A condição de
interferência construtiva5 é dada por

2d = nλ, n = 0, ±1, ±2, ±3, . . . (1)

e a destrutiva

 
1
2d = n + λ, n = 0, ±1, ±2, ±3, . . . (2)
2

Ao mover o espelho M2 , mudamos a diferença de comprimento de caminho óptico de cada braço e a fase
relativa dos feixes de luz, fazendo com que as franjas no anteparo apareçam e desapareçam no centro
do padrão de interferência em intervalos de meio comprimento de onda6 . Ao variar continuamente d2 ,
veriamos a destruição e criação de novas franjas de interferência, como o experimento é muito sensı́vel a
pequena vibrações, é necessário bastante controle para não interferir na coleta de medidas7 . Como M2
está restrito ao caminho paralelo ao laser, a distância percorrida por M2 é igual a mudança de separação
dos espelhos, ∆d. Ao contar o número de franjas deslocadas ∆n (que correspondem ao deslocamento do
espelho M2 ), conseguimos calcular o comprimento de onda do laser

∆d
λ=2 . (3)
∆n

3.1 Objetivos

• Estudar interferometria através de técnicas de medição.

• Determinar o comprimento de onda de um laser He-Ne através de interferometria.


3
Na verdade, existe uma lente convergente entre o laser e o beamsplitter, para dispersar o feixe de luz e facilitar a formação
do padrão de interferência.
4
Para detalhes de interferência, ver [4].
5
Note que a diferença de comprimento depende do ângulo dos feixes, ou seja, 2d cos θ, mas por razões práticas vamos
considerar que θ = 0, que corresponde ao centro do padrão de interferência.
6
Cada feixe percorre o mesmo caminho duas vezes, para ir e para voltar, ou seja, se aproximarmos o beamsplitter 1/4 de
comprimento de onda, haveria redução 1/2 de comprimento de onda de caminho óptico.
7
Por isso a base do interferômetro é consideravelmente pesado, para mitigar esse efeito.

5
3.2 Materiais utilizados

• Laser de He-Ne.

• Fontes de alimentação elétrica.

• Conjunto de espelhos (dois espelhos perfeitamente refletivos e um beamsplitter).

• Lente convexa.

• Base.

• Anteparo.

3.3 Procedimentos experimentais

1. Posicione o interferômetro na bancada e ligue-o. Faça com que a posição escolhida permita que o
anteparo esteja livre de obstáculos.

2. Alinhe o beamsplitter para que o feixe no centro do espelho M2 reflita diretamente de volta para
o orifı́cio do laser. Gire o beamsplitter em 45% em relação ao feixe, de forma que seja observada
dois feixes no anteparo, ajuste o beamsplitter de forma que esses feixes se sobreponham, aperte o
parafuso nessa posição.

3. Para que o padrão de interferência apareça no anteparo, posicione uma lente convexa entre o laser
e o beamsplitter. Ajuste-o até que as franjas se tornem o mais nı́tido possı́vel. Se tudo correr bem,
você verá um padrão semelhante a figura (2).

4. Escolha uma posição inicial para o botão de micrômetro e anote na tabela (1), a partir dela conte
o número de franjas deslocadas ao mover o ajustador8 . Faça 4 grupos de medidas diferentes, cada
um com um ∆n diferente (medimos para 40, 70, 100 e 130, respectivamente). Ao chegar na última
franja de cada grupo, anote os valores na tabela (1).

5. Prefira escolher posições iniciais diferentes em cada grupo de medidas, caso haja algum problema
mecânico no aparelho, nem todas as suas medidas a conterão.

8
ver figura (3).

6
Figura 2: Padrão de interferência encontrado. Fonte: Autor.

∆n 40 70 100 130
Posição inicial (mm) 1.750 1.750 1.750 1.750
Posição final (mm) 1.763 1.779 1.798 1.804
∆d (µm) 13 29 36 42
λ (nm) 650 657 720 646

Tabela 1: Medidas coletadas.

Figura 3: Ajustador de micrometros. Fonte: Autor.

3.4 Resultados e Discussões

Na tabela (1), usamos a eq. (3) para calcular o comprimento de onda de cada medida, onde

7
2 · 13000
λ40 = = 650 nm
40
2 · 29000
λ70 = = 657 nm
70 (4)
2 · 36000
λ100 = = 720 nm
100
2 · 42000
λ130 = = 646 nm
130

Como temos quatro medidas, podemos tirar a média

650 + 657 + 720 + 646


λ̄ = = 668.25 nm. (5)
4

Gerando o gráfico ∆d vs ∆n, temos

Figura 4: Gráfico - Interferômetro de Michelson

ajustado a equação Y = AX, onde o parâmetro A (inclinação da curva) é λ/2. Através do gráfico,
percebemos que existe uma relação de proporcionalidade entre a variação de distância e o número de
franjas deslocadas, em especial, quanto mais franjas deslocadas, mais próximo do valor real deve ser o
comprimento de onda encontrado.

Calculando o erro experimental [6]

8
Vexp − Vv
ϵ= · 100 (6)
Vv

Onde Vexp é o valor experimental e Vv é o valor verdadeiro. Portanto

668.25 − 632.8
ϵ= · 100
632.8 (7)
= 5.6%.

Levando em consideração que o erro percentual foi inferior a 10%, o experimento foi satisfatório, entre-
tanto, deveria-se ter medido as posições iniciais em posições diferentes, a fim de minimizar um possı́vel
erro mecânico no aparelho.

9
4 Fundamentos teóricos: Interferômetro de Fabry-Perot

O interferômetro de Fabry-Perot9 é um dispositivo óptico que interfere múltiplos feixes de luz. Em


situações onde se requer alta resolução, como em espectroscopia e metrologia [1, 5], o interferômetro de
Fabry-Perot é muito mais útil que o de Michelson. Esse interferômetro foi proposto pela primeira vez
em 1899, por Charles Fabry (1867-1945) e Alfred Perot (1863-1925) [8], e é constituı́do por dois espelhos
planos semitransparentes, os quais encontram-se dispostos ao longo de um eixo comum de modo que suas
superfı́cies semirrefletoras estejam paralelas entre si. Um dos espelhos é mantido fixo enquanto o outro
está montado sobre um suporte móvel. Abaixo, podemos ver um diagrama do interferômetro:

Figura 5: Representação esquemática de um interferômetro de Fabry-Perot. Fonte: Amy F. Fagan.

Entre os espelhos, existe uma cavidade com separação d. Para calcular o comprimento de onda λ utilizando
esse experimento, vamos supor que a diferença de separação entre os refletores é λ/2, ou seja, um feixe de
luz que vem do refletor esquerdo percorre λ/2 para chegar no refletor direito, onde é novamente refletido
para o refletor esquerdo, viajando, portanto, uma distância de λ, havendo interferência construtiva quando
d for um número inteiro de meios comprimentos de onda, e destrutiva se não, onde

λ
d=n . (8)
2

Agora, considere um raio de luz que incide com um ângulo θ, conforme a figura (6), a diferença p, entre
os feixes I e II é tal que

p = 2d cos θ, (9)
9
Curiosidade: Apesar de Alfred Perot escrever “Pérot”com acento em alguns de seus trabalhos cientı́ficos, seu sobrenome,
na verdade, é escrito sem acento, como consta em seu documentos oficiais [7].

10
onde d = A1 A2 cos θ é a separação de placas (o fator 2 se dá pelas duas reflexões entre as placas). Após
algunas manipulações algébricas10 , é possı́vel encontrar a intensidade de luz transmitida It e a finesse F :

I0
It = , (10)
1 + F sin2 2δ

em que F = 4R
1−R , R = r2 e δ = 2π λp é a diferença de fase entre feixes adjascentes transmitidos. Ou seja,
haverá interferência construtiva quando δ for múltiplo de 2π.

Figura 6: Fonte: York University [5].

4.1 Objetivos

• Desenvolver um roteiro para a realização do experimento do interferômetro de Fabry-Perot, com o


objetivo de calcular o comprimento de onda do feixe utilizado e a finesse dos semirrefletores.

4.2 Materiais utilizados

Usamos o simulador virtual da UFC, que possui:

• Dois refletores parciais.

• Régua milimétrica.

• Amperı́metro.

• Controles para escolher o comprimento de onda, mudar a posição dos refletores, ativar o medidor e
a régua.

• Emissor de micro-ondas.
10
Para detalhes, ver [5].

11
• Detector.

4.3 Procedimentos experimentais

Figura 7: Simulador virtual de um interferômetro de Fabry-Perot. Fonte: UFC.

4.3.1 Medindo o comprimento de onda

Descrição do experimento [9]: Dois refletores parciais são colocados entre um emissor de micro-ondas e
um detector, em posições fixas. Variando-se a distância de separação entre os refletores parciais é possı́vel
identificar as posições relativas para as quais há interferência construtiva (quando o medidor indica um
valor máximo) e as posições relativas para as quais há interferência destrutiva (quando o medidor indica
um valor mı́nimo). Uma régua permite a medida da distância de separação entre os refletores parciais.
Ou seja, nessa primeira parte iremos determinar o comprimento de onda utilizado.

1. Na simulação, escolha um dos cinco comprimentos de onda (λ) disponı́veis, eles são, a princı́pio,
desconhecidos.

2. Presione o botão “visualizar medidor”e mova o refletor parcial 2 (RP2) cuidadosamente até que um
máximo de intensidade apareça.

3. Pressione o botão “mostrar régua”, movimente-a e meça a distância entre os refletores parciais
(RPs). Anote a medida D0 na tabela (2).

4. Mantenha o refletor parcial 1 (RP1) fixo e mova RP2 a partir de um máximo e passe-o por vários
mı́nimos até que ele volte a marcar um máximo final. Ignore o máximo inicial e anote o número de
máximos medidos na tabela (2).

5. Meça a distância entre os RPs e anote Df na tabela (2).

12
6. Calcule ∆ = D0 − Df e anote na tabela (2).

7. Repita o experimento algumas vezes, a fim de melhorar a precisão. Sempre recomece e termine
as medidas em pontos diferentes, assim, se o primeiro grupo de dados estiver com algum erro
sistemático, as outras amostras não o terão.

8. Pela equação (8), calcule o comprimento de onda utilizado. Tome cuidado com as unidades.

Medida D0 (cm) Df (cm) ∆ = D0 − Df (cm) N o de máximos λ (cm)

Tabela 2: Medidas para determinar o comprimento de onda.

4.3.2 Medindo a finesse dos refletores parciais

Após encontrar o comprimento de onda utilizado na simulação, iremos agora calcular a finesse dos espelhos.
A finesse de um refletor é o quão “reflexivo”ele é [10], e podemos utilizar o interferômetro de Fabry-Perot
para medı́-la, para isso, será necessário medir a intensidade das franjas em diversos pontos da distância d
entre os espelho.

1. Seguindo a primeira parte do experimento, fixe o RP1 em um ponto e, com auxı́lio da régua,
centraliza o 0 da régua com o RP1, meça a distância d entre os refletores.

2. Cuidadosamente, mova o RP2 em direção ao RP1, pare em um ponto e meça novamente d bem
como a intensidade do sinal da franja no anperı́metro. Repita esse processo por diversos pontos, até
você possuir um número grande de amostras. Anote os resultados na tabela (3).

d (cm)
I (mA)

Tabela 3: Medidas para a finesse dos refletores.

Para calcular a finesse a partir de d, devemos nos lembrar que uma diferença de distância produz uma
diferença de fase entre as ondas11 . Portanto,


δ= d (11)
λ
11
Para detalhes, ver [4].

13
é a diferença de fase entre as reflexões dos espelhos. Como já temos I, λ e d, você pode plotar um gráfico
δ x I em um software estatı́stico como o Labfit, em que o parâmetro da curva é justamente a finesse dos
espelhos, conforme a eq. (10).

4.4 Resultados e discussões

1. Existe relação entre a quantidade de medidas e a precisão do valor calculado? Justifique.

2. Há equivalência entre manter o RP1 e mover o RP2 e vice-versa? Justifique.

3. Por que o interferômetro de Fabry-Perot é mais preciso que o de Michelson?

4. Qual é a relação entre o comprimento de onda da luz incidente e os padrões de interferência obser-
vados no experimento de Fabry-Perot?

5. Qual é a relação entre a finesse dos espelhos e a formação do padrão de interferência? Uma finesse
maior aumentaria a intensidade da interferência?

6. Sabendo que a separação máxima entre os refletores parciais nessa simulação é de cerca de 40 cm,
quantos máximos seriam possı́veis de observar ao deslocar o refletor parcial 1 em direção ao refletor
parcial 2, sabendo que quando os dois refletores estão na separação máxima a intensidade no visor
é mı́nima e que o comprimento de onda da micro-onda é de 16 cm? [9]

14
5 Conclusão

A proposta deste relatório foi estudar os padrões de interferência através de dois diferentes interferômetros,
o de Michelson e o de Fabry-Perot, ambos propostos no final do século XIX. No experimento de Michelson,
conseguimos estimar com razoável precisão o comprimento de onda do feixe utilizado (cerca de 668.25
nm), mesmo considerando erros experimentais, já que o cálculo de franjas deslocados foi feito através da
percepção visual. Observamos que, quanto maior a quantidade de franjas deslocadas, mais preciso será o
resultado. Já no experimento de Fabry-Perot, nos dedicamos a construir um roteiro para a realização do
experimento através de um simulador, onde o estudante deve manipulá-lo virtualmente para determinar
tanto o comprimento de onda do feixe de luz utilizado e a finesse dos refletores parciais.

15
Referências

[1] Interferômetro de Fabry-Perot, Instituto de Fı́sica de São Carlos - Universidade de São Paulo.

[2] Martins, R. A. A Origem Histórica da Relatividade Especial, Livraria da Fı́sica, 2015.

[3] Abbott, B. P. et al. Phys. Rev. Lett. 116, 061102, 2016.

[4] Santiago, J. A. T. Relatório I: fenda simples, dupla fenda e grade de difração, 2024.

[5] Lab 7: Fabry-Perot Interferometer, York University.

[6] Silva, W. P.; Silva, C. M. D. P. S. Tratamento de dados experimentais, 2.ed. João Pessoa: UFPB
Editora Universitária, 1998.

[7] Jean-Baptiste Alfred Perot.

[8] On the Application of Interference Phenomena to the Solution of Various Problems of Spectroscopy
and Metrology, Astrophysical Journal. 9, 1899.

[9] Dias, L. N. Roteiro para simulação: Interferômetro de Fabry-Perot para micro-ondas, Universidade
Federal do Ceará.

[10] Klein, B. Cavity Q and Finesse, Georgia Tech.

[11] Eisberg, R. M. Fundamentals of Modern Physics, John Wiley Sons, Inc., 1961.

[12] The Michelson Interferometer, Oxford University.

[13] Yang, T. F. Michelson Interferometer, NTHU General Physics Laboratory, 2023.

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