Você está na página 1de 19

Tema nº1: Conceitos básicos de telecomunicações

Aula nº1: Resumo histórico das Telecomunicações e conceitos Básicos .


Introdução

A Comunicação é o processo básico da troca de informação. É o que os seres humanos


fazem para transmitir os seus pensamentos, ideias e sentimentos uns aos outros

A maioria dos seres humanos comunicavam através da fala, como o fazem nos dias de
hoje, mas tem uma boa parte que o fazem por comunicação não verbal

Duas das principais barreiras à comunicação humana são a língua e a distância

Iª Q/- Resumo da evolução das comunicações

A história das telecomunicações pode ser caracterizada a partir do final do século XVIII,
quando começaram a surgir os principais sistemas responsáveis pela transmissão de
informações. Alguns acontecimentos podem ser considerados marcos históricos na linha
do tempo das telecomunicações, eventos que permitiram novas interações entre os
indivíduos.

• Samuel Morse, em 1835, criou um aparelho elétrico que servia para enviar
mensagens de longas distâncias através de um cabo, que ficou conhecido como
telégrafo. Com isso, era possível a transmissão de informações através de um
código que era composto por pontos e traços, correspondendo a sinais curtos e
longos de forma alternada.

• Por volta de 1876, Alexander Graham Bell criou o telefone, que tinha o mesmo
princípio do telégrafo, transmitir primeiro ondas acústicas em oscilações elétricas,
passando por um fio, para depois transformá-las em novas ondas sonoras, do outro
lado da linha.

• O rádio, em 1895, por Marchese Guglielmo Marconi (1874-1937), aparelho que


transmite sinais telegráficos sem fios condutores.
• O telefone celular, em 1956, por técnicos da empresa Ericsson, modelo que ficou
conhecido como MTA (Mobile Telephony A).
• O satélite artificial Sputnik, lançado em 1957.
• O satélite de comunicações Telstar, em 1962, que permitiu a transmissão de
conversações telefônicas, telefoto e sinais de televisão em cores.
• A rede Arpanet, depois chamada de internet, em 1969, pelo governo dos Estados
Unidos, para a comunicação entre instituições de pesquisa norte-americanas.
• Em meados dos anos 1970, surgem as criações de protocolos, que criaram uma
linguagem comum entre as redes locais, que pode ser classificado como o
surgimento da internet.
por sinais com tambores e sinais de fumo. Outras formas antigas de comunicação à distância
eram o soprar de chifres, acendendo uma fogueira ou agitando uma bandeira. Mas apesar
destas tentativas de comunicação à distância, as distâncias de transmissão eram limitadas. Se o
sinal pode ser enviado de uma colina, montanha ou cadeia de torres altas, poderiam ser
geralmente conseguidas distâncias de vários km. Para além disso, era necessário encontrar
outras formas de comunicação.
• A Até meados dos anos 1990, a telefonia fixa foi o meio de comunicação mais
comunicação a longas distâncias foi expandida pela palavra escrita. As mensagens e as
utilizado
cartas para troca de
eram transportadas informações
de um entreDurante
lugar para outro. usuários distantes.
muitos anos, as comunicações a
longa distância estavam limitadas ao envio de mensagens verbais ou escritas pelo mensageiro
a pé, a cavalo, navio e mais tarde por combóio.
É possível analisar que cada época teve sua característica e seus valores sociais
implementados
A comunicaçãonashumana
criações tecnológicas.
atingiu uma viragemCom isso, anosociedade
dramática vemdezanove
final do século evoluindo cada vez
quando
foi descoberta a electricidade e foram exploradas as suas muitas aplicações.
mais, buscando novas alternativas para lidar com toda a abundância de informações O telégrafo foi que
inventado em 1844 e o telefone em 1876. Em 1887 foi descoberto o rádio e foi apresentado em
temos1895.
hojeAe,partir
principalmente, pensando
dessa altura, a troca em estratégias
de informação que solucionem
teve um grande os Aproblemas
salto em frente. fig. 3 é do
cotidiano das pessoas.
uma tabela dos marcos importantes na evolução das comunicações humanas.

MARCOS NAS COMUNICAÇÕES


DATA EVENTO
1140 Gutenberg inventa impressão de caracteres.
1844 Morse regista o telégrafo.
1866 Primeiro uso com sucesso do cabo telegráfico
transatlântico.
1876 Bell inventa e regista o telefone.
1879 Eastman desenvolve a película fotográfica.
1887 Hertz descobre as ondas de rádio.
1895 Marconi o telégrafo sem fios.
1906 De Forest inventa a válvula tríodo e a primeira
difusão radiotelefónica.
1923 É inventada a Televisão.
1940-45 O Radar é aperfeiçoado e ajuda a ganhar a II
Guerra Mundial.
1948 É inventado o transístor.
1954 Começa a difusão da televisão a cores.
1959 É inventado o circuito integrado.
1962 Primeiras comunicações via satélite.

FIG. 3
Conceitos básicos de comunicações

Transmissor:
NÃO CLASSIFICADO 4 ORIGINAL
Receptor:
Canal:
Frequência:
Modulação:
Potencia:
Ruído:
Tema nº1: Conceitos básicos de telecomunicações

Aula nº2: Conceitos Comunicações e Telecomunicações

Iº Conceitos Comunicações e Telecomunicações

Comunicar é transferir uma informação de um dado ponto (emissor) para outro ponto
(receptor), através de um dado meio físico (meio de transmissão ou canal).

Os elementos da comunicação

Define-se a informação como sendo um sinal cuja forma ou significado é único, capaz
de ser enviado pelo transmissor e detectado/reconhecido pelo receptor.
Uma comunicação só será completa e terá significado se tanto o transmissor como o
receptor associarem a mesma ideia e o mesmo significado ao mesmo símbolo.
O processo de comunicação é formado por seis elementos essenciais:
• emissor;
• receptor;
• mensagem;
• canal;
• código;
• contexto.

O emissor é a pessoa que produz e emite a mensagem, iniciando o ato comunicativo.


O receptor é a pessoa que recebe a mensagem emitida pelo emissor.
O canal é o meio no qual ou pelo qual a mensagem é transmitida.
O código é o conjunto de signos e sinais utilizados na transmissão da mensagem.
O contexto é a situação comunicativa em que se encontram os interlocutores: ambiente,
espaço, tempo.

Elementos da comunicação electrônica (Telecomunicações)

Telecomunicações pode ser definida como a transmissão de informações entre pontos


distantes, por meio de sistemas eletrônicos e meios físicos
Alguém ou algo que transmita a informação: terminal fonte.
Alguém ou algo capaz de receber a informação: terminal destino.
Um meio físico para transmitir a informação: canal de comunicação.
ansmissão de informações entre
cos e meios físicos. Seu desenvol- Esse conjunto de elementos para estabelecer uma comunicação é denominado
onado por invenções como: sistema de comunicação. A rede de telefonia e a internet permitem a troca de
informações diversas entre usuários, utilizando terminais tecnicamente compa-
(1791-1872), utilizado pela pri- tíveis com cada sistema. O diagrama da figura 1.1 representa um sistema de co-
ódigo Morse entre as cidades de municação analógico elementar.
os.
raham Bell (1847-1922), capaz Figura 1.1
usando sinais elétricos por fios Diagrama de sistema
de comunicação
o Marconi (1874-1937), aparelho Fonte de analógico elementar.
Informação Transdutor Transmissor
ndutores.
a empresa Ericsson, modelo que
hony A).
57.
2, que permitiu a transmissão de
e televisão em cores.
Canal de comunicação
ernet, em 1969, pelo governo
entre instituições de pesquisa

meio de comunicação mais uti-


distantes. Nessa mesma década, Receptor Transdutor Destinatário
celular, ocorreu uma revolução
na forma como as pessoas passa-

sair de casa para fazer compras,


desenvolvimento das telecomu-
mos conhecer lugares distantes, Cada um desses estágios tem funções específicas no sistema de comunicação:
Cada um desses estágios
udo isso sem sair da frente da tela
screver uma “carta” que em pou-
tem funções específicas no sistema de Telecomunicações:
Fonte de informação – Gera a informação. Ex.: um locutor narrando um
capaz disso. jogo de futebol ou uma pessoa falando ao telefone.

• Fonte de informação – Gera a informação. Ex.: um locutor narrando um jogo de 21

futebol ou uma pessoa falando ao telefone.


• Transdutor da transmissão – Converte um tipo de energia em outra. Ex.:
microfone, que converte as ondas sonoras da voz em sinais elétricos, e câme- ra
de vídeo, que converte a imagem em sinais elétricos.
• Transmissor (Tx) – Fornece a potência necessária para amplificar o sinal elétrico,
a fim de que ele percorra longas distâncias, uma vez que sua ener- gia vai se
perdendo ao longo da transmissão pelo canal de comunicação (fios elétricos ou
espaço livre) até ao receptor. Também é responsável pelos processos de
modulação e codificação, que serão detalhados nos próximos capítulos.
• Canal de comunicação – É o meio físico entre o transmissor e o receptor, pelo
qual transitam os sinais elétricos ou eletromagnéticos da informação. Ex.: par
trançado, fibra óptica, cabo coaxial, espaço livre.
• Receptor (Rx) – Recebe os sinais da informação, faz sua demodulação e de-
codificação e o direciona ao transdutor da recepção.
• Transdutor da recepção – Converte os sinais da informação em imagem, som,
texto etc. Ex.: alto-falante e tela de TV.
• Destinatário – É aquele a quem a mensagem se destina. Ex.: o ouvinte de uma
rádio ou o telespectador de uma emissora de TV.

Tema nº1: Conceitos básicos de telecomunicações


Aula nº3: Regulamentação Internacional e Nacional das Telecomunicações
Introdução

A comunicação entre os homens é essencial e sempre se mostrou presente desde os


primórdios da humanidade, ninguém vive isolado, e essa transmissão de vontades e
opiniões se concretiza de várias formas, sejam elas escrita, falada, codificada, etc... E
dessa forma, essa comunicação poderá ocorrer dentro de um Estado (entre a população
de um mesmo território), e ocorrendo também entre os Estados (entre populações de
diferentes territórios)

Devido ao carácter internacional das telecomunicações é fundamental a normalização


sobretudo em certos aspectos como:

-Questões técnicas – definição da qualidade de serviço e dos parâmetros que a


influenciam, especificação das interfaces, nomeadamente dos sinais usados na
transmissão e sinalização.
- Planificação geral da rede – estrutura da rede internacional, plano de transmissões,
distribuição de numeração telefónica, etc.
- Problemas de exploração e gestão – análise do tráfego, preçário para chamadas
internacionais, etc.

Mas não só a nível internacional se torna importante a normalização, também em termos


nacionais, os planos das redes deverão ser normalizados para que:
- Os sistemas que provenham de vários fabricantes sejam compatíveis;
- A qualidade do serviço mínima, seja assegurada para todos os utentes;
- As convenções internacionais sejam respeitadas.

Para que exista a uniformização nas telecomunicações, foi criada a International


Telecomunication Union (ITU). Desde a sua criação em 1865, a União tem sido
responsável pela padronização das indústrias, através do consenso sobre as tecnologias e
serviços de telecomunicações.

É responsabilidade da UIT a elaboração de regulamentações de âmbito internacional das


Telecomunicações, bem como o incentivo e a promoção do desenvolvimento, melhorias,
coordenação e planeamento das redes internacionais de telecomunicações e das
radiocomunicações espaciais.

Os trabalhos apresentados pelos vários grupos que trabalham para a ITU, toma a forma
de recomendações

As Recomendações da UIT-T são consideradas como elementos definidores da infra-


estrutura das informações e comunicações (TIC). Quaisquer troca de voz, dados ou vídeo
mensagens, em geral, qualquer comunicações só podem ser utilizadas por que existem
normas referentes, que permitem as ligações do remetente ao receptor.

A UIT tem duas secções:

- UIT Telecommunication Sector (UIT-T) que é o antigo Comité Consultatif


Télégraphique et Téléphonique (CCITT), e cujas funções passam por estudos sobre
questões técnicas, tarifas para comunicação de dados, telefónica e telegráfica. As
Recomendações da UIT-T são consideradas como elementos definidores da infra-
estrutura das informações e comunicações (TIC). Quaisquer troca de voz, dados ou vídeo
mensagens, só podem ser utilizadas por que existem normas referentes, que permitem as
ligações do Transmissor ao receptor.
- UIT Radiocommunication Sector (ITU-R) que é o antigo Comité Consultatif
International Radiocomunications (CCIR) estuda todas as questões técnicas e
operacionais que tenham a ver com as radiocomunicações. UIT-R Possui a obrigação de
gerir o espectro de rádio frequência internacional (a banda de frequência é um recurso
limitado e finito), bem como as órbitas dos satélites (facilitando o funcionamento seguro
dos serviços de satélites), uma vez que é crescente a demanda por serviços fixos, móveis,
de radiodifusão, rádio amador, a telecomunicações de emergências, de meteorologia,
sistemas de posicionamento global, observação ambiental.

Para regularizar as comunicações Nacionais de forma a cumprirem as normas


imanadas pelo UIT, foi criado o INACOM.
O INACOM, Instituto Angolano das Comunicações, foi criado pelo Decreto no
12/99, de 25 de Junho, e é o organismo responsável, em Angola, de assegurar a
regulamentação e monitorização da actividade de prestação de serviços de
telecomunicações.
Compete-lhe ainda a planificação, gestão e fiscalização da utilização do espectro
radioeléctrico, em todo o território nacional.
O INACOM é um instituto público, tutelado pelo Ministério dos Correios e
Telecomunicações, dotado de personalidade jurídica e com autonomia de gestão
financeira, administrativa e patrimonial.

Tema nº2: Radiação e Propagação das ondas Electromagnéticas.


Aula nº1-2: Conceito de campo electromagnético (Campo eléctrico e
magnético)

Campo eléctrico

O campo eléctrico é definido como o campo de forças gerado no espaço por uma carga
eléctrica sobre uma carga eléctrica unitária positiva (carga de teste).

O Campo Eléctrico é uma grandeza vectorial que se designa por 𝐸"⃗ , e a sua unidade S.I.
é o Newton / Coulomb
(N/C).
O campo magnético
O campo magnético é uma região do espaço onde as cargas elétricas em movimento são
sujeitas à ação de uma força magnética, capaz de alterar as suas trajetórias.
O campo magnético é resultado da movimentação de cargas elétricas, como no caso de
um fio que conduz corrente elétrica ou até mesmo na oscilação de partículas subatômicas,
como os eletrões. De acordo com o SI, a unidade de medida de campo magnético é o tesla
(T).
O campo magnético é vetorial, assim como o campo elétrico ou o campo gravitacional,
por isso, apresenta as propriedades módulo, direção e sentido.

Iª Q/- campo electromagnético

As ondas electromagnéticas encontram –se em toda parte do universo.


O Sol é a maior e mais importante fonte (natural) de energia do planeta, cuja a vida de
todos os seres terrestres depende do calor e da luz recebidos através de ondas
electromagnéticas
Há ainda as fontes terrestres ou artificiais de radiação electromagnética: As estações de
rádio e de TV, o sistema de telecomunicações à base de microondas ou ondas de rádio,
lâmpadas artificiais, corpos aquecidos, etc.
Definição:
Ondas eletromagnéticas são oscilações sinusoidais da carga elétrica que se propagam
no espaço livre com a velocidade da luz ou seja, C = 299.792,5 km/s (aproximadamente
3× 10' 𝑚/𝑠).

Ondas eletromagnéticas: são ondas geradas por cargas elétricas oscilantes e não
necessitam de uma meio material para se propagar, podendo se propagar no vácuo.
A teoria das ondas eletromagnéticas envolve a interação de campos elétrico e magnético,
variáveis no tempo, cuja formulação foi apresentada por James Clerk Maxwellem 1864 e
é conhecida com Equações de Maxwell.
As ondas eletromagnéticas são formadas pela combinação de campos elétricos e
magnéticos, e os mesmos são perpendiculares entre si.

FORMAS DE GERAR OE
• Através de um circuito oscilador;
• Pelo movimento de um condutor elétrico num campo magnético;
• Pelo método magnetostritivo (vibração mecânica de matérias ferromagnéticas
induz corrente alternada sobre um condutor elétrico enrolado);
• Pelo método piezoelétrico (vibração mecânica do quartzo produz corrente
alternada entre duas placas nos lados opostos do cristal);
• Pela natureza (oscilações ondulatórias que origina a luz, raios X, raios Gama e
outras radiações)

As características das ondas eletromagnéticas


• São formadas pela combinação de campos elétricos e magnéticos variáveis;
• O campo elétrico e o campo magnético são perpendiculares (entre si);
• O campo elétrico e o magnético são perpendiculares à direção de propagação, o
que significa que são ondas transversais;
.
• A velocidade de propagação dessas ondas no vácuo é 𝐶 = = 3. 10' 𝑚/𝑠
/ℰ1 .31
• Ao propagar em meios materiais, a velocidade obtida é menor do que quando a
propagação ocorre no vácuo.
Parametros que diferenciam as onda electromagneticas
Período: é o intervalo de tempo necessário para que os vetores campos elétrico e
magnético dessa onda voltem a se repetir.
A frequência é o número de ciclos completos numa unidade de tempo que normalmente
é o segundo ou um submúltiplo deste. são medidas em Hertz (Hz) correspondendo a um
ciclo por segundo
Amplitude da onda é a distância vertical entre um ponto da onda e a linha zero (eixo dos
X); assim, a altura da onda indica a sua intensidade (força)
Amplitude da onda é a distância vertical entre um ponto da onda e a linha zero (eixo dos
X); assim, a altura da onda indica a sua intensidade (força)
O comprimento de onda (λ) presenta a distância que separa dois pontos consecutivos
que se encontram na mesma posição de vibração.
O comprimento de onda (λ) presenta a distância que separa dois pontos consecutivos
que se encontram na mesma posição de vibração.
5
λ= 6 [metros]
Radiação indica qualquer forma de transmissão de energia através do espaço de um ponto
a outro (sem necessidade de uma ligação física entre os dois pontos)
Radiação Electromagnética define -se como a Energia transmitida por rápidas variações
(flutuações) de campos elétrico e magnético
Todos os tipos de radiação electromagnética viaja pelo espaço sob forma de ondas. Uma
onda é uma forma transmitir informação de um lugar a outro sem nenhum transporte de
matéria entre este estes lugares
Propagação, do latim propagatĭo, é a acção e o efeito de propagar.
Este verbo significa fazer com que algo chegue a diversos sítios para além daquele
em que se produz;
Pode entender também como estender, expandir ou dilatar algo; ou multiplicar algo
por geração ou outras vias de reprodução.
A maioria das ondas precisam de um meio para se propagar, mas a luz propaga-se no
espaço livre

Propagação em espaço livre

Como o seu próprio nome indica, nesta situação, apenas se consideram as duas antenas
(a de emissão e a de recepção) isoladas de quaisquer corpos ou campos que possam
perturbar as ondas electromagnéticas que se propagam. Neste caso, consideram-se as
antenas como sendo pontuais (quando a sua dimensão é muito inferior ao comprimento
de onda) e omnidireccionais
Tema nº2: Radiação e Propagação das ondas Electromagnéticas.
Aula nº3: Espectro electromagnético e o espectro de radiofrequência

Introdução

O espectro eletromagnético é o conjunto de todas as possíveis frequências de ondas


eletromagnéticas que existem ou seja, o intervalo de todas as frequências de ondas
eletromagnéticas existentes.

Em ordem crescente de frequência, as ondas distribuem-se no espectro eletromagnético,


classificando-se em: ondas de rádio, micro-ondas, infravermelho, luz visível, ultravioleta,
raios X e raios gama.
Iª Q/- Espectro electromagnético

Ondas de rádio
As ondas de rádio são um intervalo de frequências do espectro eletromagnético que são
largamente utilizadas nas tecnologias de telecomunicações. As ondas de rádio têm os
maiores comprimentos de onda do espectro eletromagnético esse tipo de onda é usado
para transmitir sinais de televisão, rádio, celular, internet e GPS.

Micro-ondas
As micro-ondas são ondas eletromagnéticas cujos comprimentos de onda estendem-
se entre 1 m e 1 mm ou 300 GHz e 300 MHz, respectivamente. As micro-ondas
encontram-se dentro do intervalo das ondas de rádio. Apesar de, apresentarem frequências
um pouco maiores que as ondas de rádio. Os principais usos tecnológicos das micro-ondas
são as redes sem fio (roteadores wi-fi), radares, comunicação com satélites, observações
astronômicas, aquecimento de alimentos, entre outros.

Infravermelho
O infravermelho é uma onda eletromagnética de frequência menor que a luz visível
(300 GHz a 430 Thz) e, portanto, invisível ao olho humano. A maior parte da radiação
térmica emitida pelos corpos que se encontram em temperatura ambiente é radiação
infravermelha. o infravermelho é utilizado para cocção de alimentos, para o aquecimento
de ambientes, para a produção de sistemas de detecção de presença e movimento,
sensores de estacionamento, controles remotos e câmeras de visão térmica.

Luz visível
O intervalo do espectro eletromagnético que pode ser visto pelo olho humano é
conhecido como luz visível, cujo comprimento de onda estende-se entre 400 nm e 700
nm, portanto, todas as imagens que vemos tratam-se da interpretação que o cérebro
produz das ondas eletromagnéticas que forem emitidas ou refletidas pelos corpos ao
redor de nós. O olho humano é capaz de perceber essas frequências de luz graças a dois
tipos especiais de células que revestem o fundo do olho: os cones e os bastonetes.

Ultravioleta
A radiação ultravioleta corresponde ao conjunto de frequência de ondas eletromagnéticas
que são maiores que as frequências da luz visível e menores que as frequências dos raios-
X. os raios ultravioletas podem ser utilizados para bronzeamento artificial, tratamentos
para combater o câncer de pele, e para a esterilização.

Raios X
Os raios X são uma forma de radiação eletromagnética de frequência mais alta que o
ultravioleta, no entanto, sua frequência é inferior à frequência característica dos raios
gama. Os raios X estendem-se pelo espectro eletromagnético entre as frequências de
3.1016 Hz e 3.1019 Hz, que correspondem a comprimentos de onda muito pequenos, entre
0,01 nm e 10 nm (1 nm = 10-9 m). Os raios X têm grande capacidade de penetração por
isso é largamente utilizado para a realização de exames de imagem, como a radiografia e
a tomografia.

Raios gama
Os raios gama são uma forma de radiação eletromagnética de alta frequência (entre
1019 Hz e 1024 Hz), geralmente, produzidos por elementos radioativos, ou ainda em
fenômenos astronômicos de grandes proporções. São usadas para o tratamento do
câncer e em cirurgias de remoção de tumores intracranianos.

IIª Q/- Espectro de radiofrequência

Ondas radioelétricas são ondas electromagnéticas com frequência inferiores a 3000


GHz e que se propagam no espaço sem guia artificial. A onda eletromagnética radiada
por uma antena tende, em geral, a se propagar para todas as direções, a menos que isso
seja alterado eléctrica ou mecanicamente.

• VLF (Very low frequency): Faixa que vai de 3kHz até 30kHz.
Aplicação: comunicação por sonar (submarinos), móvel marítimo
(telegrafia);
• LF (Low Frequency): Faixa que vai de 30kHz até 300kHz
Aplicações: navegação de longo alcance e comunicações marítimas radionavegação
marítima
• MF (Medium frequency): Faixa de 300 kHz até 3 MHz
Aplicações: rádio difusão AM, comunicações marítimas
• HF (High Frequency): Faixa que vai de 3 MHz até 30MHz
Aplicações: rádio amador, rádio difusão em ondas curtas, comunicações militares
comunicações com navios, comunicações comerciais de voz e dados
• VHF (Very High Frequency): Faixa de 30MHz até 300MHz.
Aplicações: televisão em VHF, rádio FM, comunicações militares, comunicações com
espaçonaves, telemetria de satélite, comunicações com aeronaves, auxílios á
radionavegação, enlaces de telefonia.
• UHF (Ultra High Frequency): Faixa de 300MHz até 3000MHz. Entre 300 e
1000 MHz esta faixa tem características bastante similares à faixa de VHF
Aplicações: televisão UHF, telefonia celular, wireless, wimax, auxílios á
rádio navegação, radar, enlaces de microondas e satélite.

Tema nº2: Radiação e Propagação das ondas Electromagnéticas.


Aula nº4: Fenómenos de propagação das ondas electromagnéticas e
características da atmosferas

Introdução
O comportamento das ondas eletromagnéticas é afetado pelo meio que atravessam. Os
efeitos da atmosfera e da superfície da Terra afetam diretamente a propagação e o
desempenho dos sistemas de comunicação por radiofrequência.
De uma forma geral, os fenômenos básicos que devem ser destacados quando se considera
o ambiente de propagação são: Reflexão, Atenuação e Absorção, Desvanecimento,
Dispersão, Refração e Difração.

Reflexão – quando a onda eletromagnética incide na superfície de separação de dois


meios, parte da energia é refletida e parte é transmitida, penetrando no segundo meio. As
parcelas correspondentes de energia são calculadas através dos coeficientes de reflexão e
transmissão (ou refração). Tais coeficientes dependem das propriedades elétricas dos
meios em questão (permissividade elétrica e condutividade), da polarização da onda, da
frequência e do ângulo de incidência sobre a superfície de separação, a qual deve ter
dimensões muito maiores do que o comprimento de onda. Este fenômeno é usualmente
analisado pela óptica geométrica, fazendo-se uso da teoria de raios, sendo de fundamental
importância nos enlaces em visibilidade.

Atenuação e Absorção
As ondas de rádio enfraquecem à medida que se propagam, seja no quase vazio do cosmos
ou na atmosfera terrestre. A atenuação no vácuo resulta da dispersão da energia a partir
da fonte. Energia é perdida por absorção quando as ondas de rádio atravessam outros
meios que não o vácuo. As ondas de rádio propagam-se através da atmosfera ou materiais
sólidos (como um fio condutor).
A quantidade de energia perdida desta forma depende das características do meio e da
frequência. A atenuação na atmosfera é desprezível dos 10MHz aos 3 GHz, mas, nas
frequências mais elevadas, a absorção devida ao vapor de água e oxigênio podem ser e
Desvanecimento
O desvanecimento ocorre quando um enlace está submetido a condições de elevada
atenuação, prejudicando assim a capacidade de comunicação do sistema. Entre as
inúmeras causas de desvanecimento estão:
• Atenuações por chuva e outras alterações atmosféricas;
• Reflexões especulares;
• Obstruções;
• Espalhamento;
• Efeito Doppler, etc.

Dispersão
A direção das ondas de rádio também pode ser alterada por dispersão. O efeito observado
num feixe de luz que tenta atravessar o nevoeiro é um bom exemplo da dispersão de uma
onda luminosa. As ondas de rádio dispersam-se da mesma forma quando encontram
objetos dispostos de forma aleatória, de dimensão igual ou menor ao comprimento de
onda, como massas de eletrões, ou gotículas de água

Refração
As ondas eletromagnéticas propagam-se em linha reta até serem defletidas por algo. As
ondas de rádio são ligeiramente refratadas, ou dobradas, quando passam de um meio para
outro. Neste aspecto as ondas de rádio comportam-se da mesma maneira que outras
formas de radiação eletromagnética. A refração é causada pela mudança de velocidade
da onda quando atravessa a fronteira entre um meio de propagação e o seguinte.
Difração
As ondas de rádio podem ser difratadas ou dobradas em torno de objetos sólidos com
arestas vivas. O grau de refração é diretamente proporcional à diferença entre os índices
de refração dos meios. O índice de refração não é mais do que a velocidade de uma onda
de rádio no vácuo dividida pela velocidade no meio em questão.
As ondas de rádio são geralmente refratadas quando atravessam diferentes camadas da
atmosfera, seja a ionosfera a 100 ou mais quilômetros de altitude, ou as camadas
inferiores da atmosfera.
IIª Q/- Características da atmosfera

Para ampliar o entendimento da radiopropagação, é necessário conhecer a com- posição


das camadas da atmosfera terrestre e os fatores que a afetam, além das características de
relevo e condutividade da região na qual se deseja implantar um enlace.
A atmosfera terrestre é dividida em cinco camadas, de acordo com a altitude, densidade,
concentração de gases e ionização: troposfera, estratosfera, mesosfera, ionosfera e
exosfera. Aqui nos interessa as quatro primeiras

A troposfera é a camada mais baixa, estendendo-se do solo até cerca de 15 km de


altitude. Com alta concentração de gases, nela ocorrem praticamente todos os fenômenos
climáticos (chuva, neve etc.) do planeta. Por causa desses fenômenos, a propagação de
ondas se dá por meio de atenuações

A estratosfera é uma região isotérmica, ou seja, apresenta temperatura


praticamente constante; portanto, não está sujeita a inversões térmicas e, por
consequência, não há refrações significativas. Na propagação das ondas de rádio, é
considerada uma camada inerte.

ionosfera é uma região de constituição não homogênea e de grande ionização,


devido à baixa concentração de gases e da intensa radiação. O grau de ionização varia no
decorrer do dia, sendo menos intenso no período noturno, por causa da ausência de
radiação solar, o que permite maior recombinação de partículas. A ionosfera é dividida
em três camadas – D, E e F, de acordo com a altitude em relação à superfície terrestre.

A camada D ocupa uma faixa entre 50 e 90 km de altitude em relação à superfície


terrestre e apresenta fraca densidade de ionização. Ela se forma durante algumas horas do
dia e inexiste à noite, pois depende da posição do Sol. A refração das ondas acontece
apenas nas faixas de VLF e HF.
A camada E está situada entre 100 km e 140 km de altitude, com maior ionização,
porém de volume irregular. Chamada de esporádica E, pode se formar a qualquer instante,
com duração e dimensão imprevisíveis. Aparece também no período noturno, alterando
o percurso das ondas transmitidas, que seriam refratadas a uma altura inferior. Nessa
camada são feitas comunicações em HF a longas distâncias (até 2 000 km) durante o dia
e em MF durante a noite, atingindo no máximo 200 km.
camada F é dividida em duas subcamadas: F1, de 180 km a 240 km, que existe
somente durante o dia, e F2, de 240 km a 400 km, que é a principal camada para reflexões
a longa distância.
A ionosfera apresenta variações de comportamento a intervalos de tempo deter- minados:
Variações ao longo do dia – Ocorrem porque a ionização varia de acordo com a
posição do Sol, aumentando progressivamente pela manhã até alcançar grau máximo no
início da tarde e diminuir substancialmente à noite, devido à ausência de atividade solar
Variações sazonais – Provocam alterações nas frequências máximas de operação, em
função das estações do ano. Essa é uma das razões pelas quais ocorre o mudanças de
frequências pelas emissoras de ondas curtas pelo menos duas vezes por ano
Variações causadas pelo ciclo solar – A atividade solar obedece a um ciclo que se
renova cada 11 anos, aproximadamente, chamado ciclo solar. Quando o número de
manchas solares é elevado, a ionosfera apresenta maior densidade de elétrons;
consequentemente, a propagação melhora para as frequências mais altas.
Variações em função da latitude – Um exemplo é a região dos polos terrestres, que têm
baixa ionização por causa da pouca incidência de radiação solar.

Tema nº2: Radiação e Propagação das ondas Electromagnéticas.


Aula nº5: Modos de propagação das ondas de radiofrequência.
Introdução

Sabemos que a Terra tem formato próximo ao de uma esfera, com ligeiro achatamento
nos polos, e que três quartos de sua superfície são ocupados por água e um quarto por
terra. Tanto o solo como a água são capazes de conduzir as ondas de rádio.

Cada tipo de solo, o mar, os rios e os lagos possuem diferentes características de


condutividade das ondas. Enquanto as florestas absorvem as ondas de maneira
considerável, a água do mar, devido à salinidade, favorece a radiopropagação de
superfície.

Iª Q/- Modos de propagação das ondas de radiofrequências

A energia radiada por uma antena transmissora pode alcançar a antena receptora por
diferentes caminhos de propagação. A onda pode, por exemplo, propagar - se nas
proximidades e paralela a superfície da terra. Nesse caso, ela é afetada por absorção em
prédios e árvores, pela densidade de gases da atmosfera e por objetos no seu caminho de
propagação. Elas também podem ser espalhadas por objetos refletores de radiofrequência.
Esse tipo de sinal é denominado de onda terrestre e é a principal fonte de energia na área
de cobertura primária de uma estacão. As ondas terrestres podem ser convenientemente
divididas em onda de superfície e onda espacial, que por sua vez pode ser subdividida em
onda direta e onda refletida.

Ondas Ionosféricas: Por este processo de radiocomunicação, a onda eletromagnética


alcança a antena receptora após refletir-se ou propagar-se em determinado trecho no
interior da ionosfera, retornando em seguida Terra, este tipo de propagação alcança
grandes distancias (4000 km), e realiza – se nas de frequências que de 2 MHz até 30MHz.
Ondas de Solo:
- Ondas Superficiais (Ondas Terrestres) - As ondas de superfície aparecem em
frequências mais baixas (Propagação abaixo dos 3 MHz.) e se caracterizam por
acompanhar a superfície da terra (superfície da Terra que serve de guia) atingindo longas
distâncias. Estas ondas induzem correntes na superfície da terra sobre à qual ela passa,
isto produz uma perda por absorção.
- Ondas Espaciais: São formadas por ondas directas (se houver linha de vista) e por
ondas reflectidas convergentes. Propagação próxima a superfície da Terra (1 a 4 km de
altura), nas faixas de VHF e UHF (30 MHz a 3 GHz).
• Ondas Directas: formada pela ligação entre a antena transmissora e a receptora
sem nenhuma interferência de obstáculos que possam alterar sua amplitude ou
modificar sua direção de propagação. Tipo de comunicação comumente referido
como sistema em visada direta ou comunicação em linha de visada. Por exemplo,
o enlace de satélite é feito, em princípio, na forma de visada direta.
• Onda refletida: Na presença de obstáculos dá origem a reflexões e parte dessa
energia atinge a antena receptora consistindo na onda refletida. Componente de
grande importância para as comunicações nas freqüências das faixas de VHF,
UHF e SHF.

Ondas Troposféricas: Na região entre 10km e 20km encontra-se a troposfera. Essa


região caracteriza-se por uma alta heterogeneidade e variações acentuadas do índice de
refração. Todas estas características, que em outras situações seriam indesejadas,
permitem que uma onda propagada em direção a esta camada, sofra consecutivas
mudanças de direção até que esta retorne a superfície da terra. Esta comunicação é feita
principalmente entre 1GHz á 2GHz, para transmissão é comum a utilização de antenas de
alta eficiência, transmissores de alta potência e receptores muito sensíveis. Atualmente, a
transmissão troposférica foi substituída por enlaces de satélite.

Tema nº2: Radiação e Propagação das ondas Electromagnéticas.


Aula nº6: Polarização das ondas de rádio .
Introdução

• A polarização da onda electromagnética é definida como a forma que os campos


(E e H)se orientam no espaço e é determinada pela orientação do campo elétrico
em um ponto fixo do espaço.
Tipos de polarização:
• Polarização linear;
• Polarização circular;
• Polarização elíptica;
Polarização linear divide – se em :
• Polarização Vertical
• Polarização Horizontal

• Polarização vertical: O campo elétrico é perpendicular à superfície da terra;

A polarização vertical é utilizada nas faixas de baixa frequência, e pela conductividade


da terra a onda sofre menos atenuação.

• Polarização horizontal: O campo elétrico é paralelo à superfície da terra;

Nas faixas de VHF e UHF é comum a utilização da polarização horizontal.


• Polarização circular: o campo elétrico e magnético permanecem constantes em
magnitude, mas giram ao redor da direção de propagação.
é menos comum que a polarização linear sendo empregada em alguns casos especiais.
Um exemplo típico é na transmissão de radiodifusão FM na faixa entre 88MHz e
108MHz.

• Polarização elíptica: amplitude das componentes ortogonais do campo elétrico


são diferentes.

II-Q/E- Fatores de degradação de sinais em radiopropagação

Desvanecimento refere-se a flutuações ou variações na intensidade de um sinal


durante sua recepção. Esse fenômeno pode acontecer em todos os modos de pro- pagação
via rádio. Na propagação por onda terrestre, as duas frentes de onda – a direta e a oriunda
de multipercurso – chegam defasadas ao receptor, causando, por vezes, o cancelamento
do sinal. Em áreas onde prevalece a propagação por onda celeste, o desvanecimento pode
decorrer de duas frentes de onda celeste que te- nham percorrido percursos diferentes,
chegando, portanto, defasadas ao receptor.

As variações na absorção e no comprimento do caminho da onda na ionosfera


também podem provocar desvanecimento. Uma variação repentina na ionosfera causa a
completa absorção de toda a irradiação da onda celeste. O desvaneci- mento se manifesta,
ainda, quando o receptor se localiza perto da fronteira da zona de silêncio ou quando a
frequência de operação está próxima ao valor da MUF. Nesses casos, pode ocorrer queda
da intensidade do sinal recebido a níveis praticamente nulos.

Para tentar amenizar os efeitos do desvanecimento, aplica-se a técnica de diver-


sidade, que consiste em utilizar mais de um receptor em regiões com desvane- cimento
profundo, combinando-os ou selecionando-os mutuamente para obter a melhor recepção
possível. Esses receptores devem ter pouca correlação entre si em termos de qualidade de
recepção, ou seja, não podem sofrer deterioração de qualidade ao mesmo tempo. Para
implementar a técnica de diversidade, muitos são os recursos possíveis:
a) Diversidade de espaço – Recepção por diferentes antenas(em diferentes
posições).
b) Diversidade de frequência – Diferentes frequências de RF, sempre com as
mesmas informações de banda básica.

Diversas fontes de ruído afetam a recepção da onda de rádio. Elas podem ser
naturais, quando o ruído é originado na natureza, ou artificiais, quando o ruído é gerado
pelo ser humano.

No primeiro caso enquadram-se o ruído atmosférico, geralmente a maior causa de


ruído na faixa de alta frequência, sendo maior nas regiões equatoriais, diminuindo com a
latitude crescente, e o ruído cósmico, oriundo do espaço sideral, afetando mais as altas
frequências.

Entre os ruídos provocados pelo ser humano encontram-se a ignição de motores de


combustão, linhas de transmissão, lâmpadas fluorescentes, máquinas em ge- ral e cabos
elétricos. Como os ruídos artificiais atuam, em geral, verticalmente polarizados, a
utilização de uma antena polarizada horizontalmente auxiliará na redução dos efeitos do
ruído.

A camada D da ionosfera atenua as ondas que a atravessam. A capacidade de ate-


nuação varia de acordo com o ciclo solar, sazonalmente e ao longo do dia, sendo maior
no verão e ao meio-dia, conforme o grau de ionização da camada D.

As condições climáticas influenciam a propagação, determinando princi- palmente


as distâncias dos percursos e atenuações. A chuva, por exemplo, provoca atenuação por
absorção de energia, atuando como um dielétrico que dissipa a potência absorvida na
forma de aquecimento ou espalhamento. Seu efeito é mais significativo para as
frequências acima da faixa de VHF. O nevoeiro causa efeito parecido, sendo mais crítico
em altas frequências, acima de 2 GHz.

Você também pode gostar