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INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO PRIVADO DO UÍGE

Criado pelo Decreto Presidencial nº 132/17 de 19 de junho 1ª série nº 98

FUNDAMENTOS DE TELECOMUNICAÇÕES - II

Eng.º Manuel Mbenza


manueldjuna@gmail.com

CAPÍTULO I. INTRODUÇÃO ÀS
TELECOMUNICAÇÕES

LOGO
Uíge, 2020
CONTEÚDO

1. Conceitos de Telecomunicações

2. Resenha Histórica

3. Sinais de Telecomunicações

4. Unidades de medida em Telecomunicações

5. Redes

6. Serviços de Telecomunicações
1. CONCEITOS DE TELECOMUNICAÇÕES

Comunicação
A comunicação é o processo de
troca de informações.
O processo de comunicação é
inerente a toda a vida humana e
inclui processos verbais, não
verbais (linguagem corporal),
impressos e eletrônicos.

Se os indivíduos (origem e o destino da informação)


estiverem muito distanciados, é mais difícil haver
comunicação directa e eficiente entre eles. Logo, surge
o conceito de telecomunicações.
1. CONCEITOS DE TELECOMUNICAÇÕES

Mas o que é Telecomunicações?

Troca
DISTANTE
(grego) de
informações
1. CONCEITOS DE TELECOMUNICAÇÕES

Mas o que é Telecomunicações?

Webster chama de comunicação à distância.

O Dicionário Padrão IEEE define telecomunicações como


a transmissão de sinais a longa distância, como por
telégrafo, rádio ou televisão.

Segundo Ilčev, a palavra telecomunicações abarca todas as


formas de comunicação a distância através de sinais
eléctricos.

Carvalho e Badinhan, definem telecomunicações como a


transmissão de informações entre pontos distantes, por
meio de sistemas eletrônicos e meios físicos.
CONTEÚDO

1. Conceitos de Telecomunicações

2. Resenha Histórica

3. Sinais de Telecomunicações

4. Unidades de medida em Telecomunicações

5. Redes

6. Serviços de Telecomunicações
2. RESENHA HISTÓRICA

FUMAÇA
ESCRITA

ORIGENS

VOZ ARTE
2. RESENHA HISTÓRICA

O desenvolvimento das telecomunicações ocorreu


de maneira gradativa, impulsionado por invenções
como:
• O telégrafo, em 1844, por Samuel Morse (1791-
1872), utilizado pela primeira vez para transmitir
mensagens por código Morse entre as cidades de
Washington e Baltimore, nos Estados Unidos.
2. RESENHA HISTÓRICA

• O telefone, em 1876, por


Alexander Graham Bell (1847-
1922), capaz de transmitir a voz
de modo inteligível usando sinais
elétricos por fios condutores.
2. RESENHA HISTÓRICA

• O rádio, em 1895, por


Marchese Guglielmo
Marconi (1874-1937),
aparelho que transmite
sinais telegráficos sem
fios condutores.

• O telefone celular, em 1956, por técnicos da


empresa Ericsson, modelo que ficou conhecido
como MTA (Mobile Telephony A).
2. RESENHA HISTÓRICA

• O primeiro satélite artificial


Sputnik, lançado em 1957.

• O satélite de comunicações
Telstar, em 1962, que permitiu
a transmissão de conversações
telefônicas, telefoto e sinais de
televisão em cores.
2. RESENHA HISTÓRICA

• A rede Arpanet, depois chamada de internet,


em 1969, pelo governo dos Estados Unidos,
para a comunicação entre instituições de
pesquisa norte-americanas.

• Em 1980, o Desenvolvimento do TCP/IP

• Em 1993, a Invenção da Web


2. RESENHA HISTÓRICA
As Telecomunicações em Angola
• 1976 – Adesão de Angola à União Internacional
de Telecomunicações (UIT).

• 1976 – Criação da Empresa Pública de


Telecomunicações (EPTEL).

• 1979 – Passagem da tutela das comunicações


para o Ministério dos Transportes e
Comunicações (MINTEC).
• 1980 – Separação dos Correios das
Telecomunicações.
2. RESENHA HISTÓRICA
As Telecomunicações em Angola
• 1985 – Aprovação da Lei das Telecomunicações.

• 1989 – Implementação do Instituto Nacional de


Telecomunicações (ITEL).

• 1993 – Concretização da decisão de fusão da


ENATEL e EPTEL para criação da Empresa
Angolana de Telecomunicações (ANGOLA -
TELECOM).
• 1995 – Adesão a RASCOM- Organização Pan-
Africana de Comunicações por Satélite.
2. RESENHA HISTÓRICA
As Telecomunicações em Angola
• 1997 – Criação do Ministério dos Correios e
Telecomunicações.

• 1998 – Adesão ao Cabo Submarino em Fibra Óptica SAT-3.

• 1999 – Criação do INACOM.

• 2012 – Criação do Instituto Superior de Tecnologias de


Informação e Comunicação (ISUTIC).

• 2017 – Lançamento do primeiro satélite de comunicação


angolano (ANGOSAT-1).
CONTEÚDO

1. Conceitos de Telecomunicações

2. Resenha Histórica

3. Sinais de Telecomunicações

4. Unidades de medida em Telecomunicações

5. Redes

6. Serviços de Telecomunicações
3. SINAIS DE TELECOMUNICAÇÕES
Conceito de sinal

Para que as informações sejam transmitidas


em um sistema de telecomunicações, é
necessário transformá-las em sinais elétricos.

Um sinal é uma função representando uma


variável ou quantidade física e, tipicamente,
contém informação sobre o comportamento ou
a natureza de determinado fenômeno físico.
Matematicamente, o sinal é representado por
uma função. (LOURTIE, 2007)
3. SINAIS DE TELECOMUNICAÇÕES
Conceito de sinal

Exemplos de sinais: tensão ou corrente em um


circuito, vídeo, áudio, cotação diária do dólar,
eletrocardiograma, temperatura de uma sala,
etc.

Para a maior parte das análises e estudos


consideram-se três tipos principais de sinais
que circulam nas redes de telecomunicações:
voz, vídeo e dados.
3. SINAIS DE TELECOMUNICAÇÕES
Sinal analógico e sinal digital
Os sinais analógicos são sinais contínuos no tempo ou
contínuos na amplitude, isto é, eles assumem qualquer
valor de uma região contínua de um número incontável de
possíveis valores de amplitude.
3. SINAIS DE TELECOMUNICAÇÕES
Sinal analógico e sinal digital

Os sinais digitais são sinais discretos no tempo e também


discretos na amplitude, isto é, assumem valores de
amplitude dentre um conjunto de valores reais, discretos,
contáveis e finitos.
3. SINAIS DE TELECOMUNICAÇÕES
Sinal analógico e sinal digital

O sinal digital mais comum em transmissão de dados é o


trem de pulsos. Trata-se de um conjunto de bits
transmitido sequencialmente no tempo, em determinada
velocidade, expresso em bits por segundo.
3. SINAIS DE TELECOMUNICAÇÕES
Sinal analógico e sinal digital

Analógico vs Digital
3. SINAIS DE TELECOMUNICAÇÕES

Largura de banda
Um dos parâmetros que pode ser usado para caracterizar
sinais é a largura de banda de que a rede precisa para
transportá-los.
A largura de banda analógica dum sistema é, por definição,
o intervalo de frequências que são processadas ou
transportadas pelo sistema. No caso da transmissão digital,
que actualmente é mais importante, a largura de banda
pode ser definida como “o débito máximo disponível num
ponto”.
Se a transmissão for analógica, a largura banda é medida
em Hertz (Hz), enquanto que se a transmissão for digital, a
largura de banda é medida em bits por segundo (bit/s).
3. SINAIS DE TELECOMUNICAÇÕES
Perturbações dos sinais de telecomunicações

Deterioração do nível de
potencia de um sinal.
Atenuação
Modificação da forma de
onda do sinal por largura
Distorção de banda limitada.

Interferência Contaminação do sinal


útil com outros sinais
gerados pelo homem.

Ruído Contaminação do sinal


útil com sinais aleatórios.
3. SINAIS DE TELECOMUNICAÇÕES

Sinais de voz
Um sinal de voz representa as variações da pressão
acústica causadas pelo som. A voz está associada ao
serviço telefónico e representa, ainda, uma parte
significativa da informação transmitida actualmente sobre
as redes de telecomunicações, fixa e móvel. A faixa de
frequências da voz humana varia de 20 Hz a 10 kHz.
3. SINAIS DE TELECOMUNICAÇÕES

Sinais de voz
• Resposta do ouvido
Outro aspecto importante para a engenharia de
telecomunicações é as características da banda audível.

Um indivíduo normal com idade compreendida entre os


18 e 25 anos é capaz de detectar tons puros entre 20 Hz
e 20 kHz. Porém, com a idade, o limite superior de
frequência audível reduz-se significativamente (em média
um homem de 65 anos tem a 8 kHz, um perda de
sensibilidade de 40 dB).
3. SINAIS DE TELECOMUNICAÇÕES

Sinais de voz
• Resposta do ouvido
Os sistemas de
telefonia limitam a
faixa de frequência a
3,4 kHz, na qual a
perda de qualidade é
tolerável. Nessa faixa
está concentrada a
maior energia da voz,
com índice de
inteligibilidade de
aproximadamente
80% das palavras.
3. SINAIS DE TELECOMUNICAÇÕES

Sinais de voz
• Resposta do ouvido

Com base
nesses
estudos, foi
definida a
largura de
faixa do canal
telefônico em
4 kHz
3. SINAIS DE TELECOMUNICAÇÕES

Sinais de voz
• Atrasos

Uma das características mais vincadas dos sinais de voz é


a sua extrema sensibilidade aos atrasos introduzidos na
rede.

Os sinais de voz são sobretudo sensíveis à variações dos


atrasos, por exemplo, não é crítico haver um atraso
constante de 2 s na transmissão dum jogo de futebol, mas
é intolerável que esse atraso varie mais do que algumas
décimas de segundo.
3. SINAIS DE TELECOMUNICAÇÕES

Sinais de voz
• Erros

A comunicação oral é relativamente redundante, pelo que


são admissíveis erros de curta duração durante uma
conversação que não impeçam uma comunicação
inteligível.

Os sinais de voz são caracterizados por uma largura de


banda estreita, alguma resistência aos erros e uma grande
sensibilidade aos atrasos e às suas variações.
3. SINAIS DE TELECOMUNICAÇÕES

Sinais de vídeo
Um sinal de vídeo representa a potência luminosa de cada
um dos pontos em que uma imagem é dividida, enviada
sequencialmente, linha a linha.

Para dar a sensação de movimento contínuo é necessário


transmitir mais do que 16-18 imagens/s. Em televisão
transmitem-se 25 ou 30 imagens/s.
3. SINAIS DE TELECOMUNICAÇÕES

Sinais de vídeo

De acordo com a Figura, o número de elementos de imagem transmitidos


por segundo é dado por:
𝑀 =𝐴×𝐵×𝐶

Exemplo. Considerando C=25 imagens/s, A=575 linhas e para B um


valor típico de 720 pixels, tem-se M=10,35×106 elementos de imagem por
segundo.
3. SINAIS DE TELECOMUNICAÇÕES

Sinais de dados
Os dados dos computadores podem assumir débitos
variados e características de tráfego diversas desde os
sinais associados a telemetria, com a transmissão de
algumas centenas de bytes por hora, até à interligação de
supercomputadores com débitos da ordem das dezenas de
milhões de bytes por segundo.

Todavia, todos estes sinais têm algumas características


comuns, nomeadamente o tráfego de rajadas, uma grande
sensibilidade a erros e uma pequena sensibilidade a
atrasos. Os dados não admitem erros porque não existe
informação irrelevante.
3. SINAIS DE TELECOMUNICAÇÕES
Digitalização dos sinais
Entende-se por digitalização a transformação de um sinal
analógico num sinal digital PCM (Pulse Code Modulation),
enquanto é preservada a quase totalidade do seu conteúdo
informativo. Esta operação é realizada por um CODEC
(codificador/descodificador), que é responsável pela
realização das seguintes operações de processamento do
sinal:
• Filtragem;
• Amostragem do sinal analógico;
• Quantificação das amostras discretas no tempo;
• Codificação dos sinais discretos em amplitude e no tempo.
3. SINAIS DE TELECOMUNICAÇÕES
Digitalização dos sinais
• Filtragem
3. SINAIS DE TELECOMUNICAÇÕES
Digitalização dos sinais
• Amostragem
Amostragem é operação que retira valores de amostras do sinal
analógico em instantes de tempo uniformemente espaçados.
3. SINAIS DE TELECOMUNICAÇÕES
Digitalização dos sinais
• Amostragem
Amostragem é operação que retira valores de amostras do sinal
analógico em instantes de tempo uniformemente espaçados.
3. SINAIS DE TELECOMUNICAÇÕES
Digitalização dos sinais
• Amostragem
As amostras dos sinais são retiradas a uma cadência que
permite a sua reconstrução no receptor. Se se pretender
reconstituir o sinal original a partir das amostras sem
introduzir distorção, o teorema da amostragem diz-nos que
o ritmo de amostragem deve ser maior do que o dobro da
frequência mais elevada presente no sinal. A condição para
isto acontecer pode ser estabelecida como:
𝒇𝒂 > 𝟐 × 𝒇𝒎
em que: 𝑓𝑎 é frequência de amostragem ou número de amostras por
segundo e 𝑓𝑚 é a frequência máxima do sinal que se pretende codificar.
Esta equação é conhecida como Teorema de Nyquist.
3. SINAIS DE TELECOMUNICAÇÕES
Digitalização dos sinais
• Quantificação
Quantificação é a operação em que a faixa de valores possíveis do sinal
analógico é subdividida em um conjunto finito de intervalos (intervalos
de quantificação).
3. SINAIS DE TELECOMUNICAÇÕES
Digitalização dos sinais
• Quantificação
Observe que algumas amostras possuem valores intermediários entre os níveis de
quantificação. Esse é um erro inserido pelo processo de quantificação, denominado
de Erro de Quantificação. Quanto maior for o número de níveis de quantificação,
menor será esse erro.
3. SINAIS DE TELECOMUNICAÇÕES
Digitalização dos sinais
• Codificação
Uma forma de
codificação dos
níveis de
quantificação é
enumerar
sequencialmente
esses níveis e
adotar um
código digital
para representar
cada um dos
números.
3. SINAIS DE TELECOMUNICAÇÕES
Digitalização dos sinais
3. SINAIS DE TELECOMUNICAÇÕES
Compressão

Para além da digitalização, os sinais podem ser


submetidos a processos de compressão onde se
pretende obter uma redução do débito, com
recurso a uma série de técnicas que:
• Eliminam a redundância existente na fonte de
informação e/ou
• Introduzem perdas controladas, sobretudo em
informação irrelevante.
3. SINAIS DE TELECOMUNICAÇÕES
Compressão
• Redundância
A redundância existente na sequência de dados a ser transmitida é
utilizada, em sistemas sem perdas, para diminuir o débito. Estas
técnicas são igualmente utilizadas nos programas de compressão de
ficheiros, tão divulgados pelos utilizadores de PC onde não é admissível
perda ou corrupção da informação.

Exemplo. Consideremos a sequência 𝒂𝒃𝒄𝒅𝒂𝒃𝒂𝒃𝒄𝒅𝒄𝒅𝒂𝒃𝒂𝒃𝒂𝒃, para se


proceder à codificação com símbolos binários poder-se-ia usar uma
tabela como:

𝑎 → 00 𝑏 → 01 𝑐 → 10 𝑑 → 11
6 × 2 + 6 × 2 + 3 × 2 + 3 × 2 = 36 𝑏𝑖𝑡𝑠
Logo, são necessários 36 bits, 2 por cada símbolo, para codificar
toda a sequência.
3. SINAIS DE TELECOMUNICAÇÕES
Compressão
• Redundância
𝒂𝒃𝒄𝒅𝒂𝒃𝒂𝒃𝒄𝒅𝒄𝒅𝒂𝒃𝒂𝒃𝒂𝒃
No entanto, após uma análise mais cuidada à sequência,
verifica-se que apenas existem duas sequências de
símbolos diferentes: 𝒂𝒃 e 𝒄𝒅. Assim a tabela de conversão
poderá ser:
𝑎𝑏 → 0 𝑐𝑑 → 1

6 × 1 + 3 × 1 = 9 𝑏𝑖𝑡𝑠

Neste caso a sequência seria codificada com apenas 9


bits, em vez de 36 bits
3. SINAIS DE TELECOMUNICAÇÕES
Compressão
• Redundância
Consideremos outro exemplo: 𝒃𝒄𝒃𝒂𝒃𝒄𝒃𝒃𝒂𝒃𝒅𝒃𝒂𝒅𝒂𝒃

𝑎 → 00 𝑏 → 01 𝑐 → 10 𝑑 → 11
4 × 2 + 8 × 2 + 2 × 2 + 2 × 2 = 32 𝑏𝑖𝑡𝑠
Logo, são necessários 32 bits, 2 por cada símbolo, para codificar toda a
sequência. Mas se se utilizar outra tabela de conversão:

𝑎 → 10 𝑏→0 𝑐 → 110 𝑑 → 111

4 × 2 + 8 × 1 + 2 × 3 + 2 × 3 = 28 𝑏𝑖𝑡𝑠
O número de bits necessários para a codificação será 28 bits,
conseguindo-se uma redução de 4 bits.
CONTEÚDO

1. Conceitos de Telecomunicações

2. Resenha Histórica

3. Sinais de Telecomunicações

4. Unidades de medida em Telecomunicações

5. Redes

6. Serviços de Telecomunicações
4. UNIDADES DE MEDIDA EM TELECOMUNICAÇÕES

Quando o ouvido humano detecta um sinal emitido no ambiente, a


intensidade desse sinal varia em função de sua frequência. Cada
pessoa, no entanto, tem determinada percepção da intensidade sonora,
de acordo com a faixa de frequência que é capaz de ouvir.

A elevação da intensidade sonora percebida pela orelha humana


obedece à escala logarítmica. Assim, quando a intensidade do som
dobra, a potência foi elevada ao quadrado; para termos a percepção de
aumento de três vezes a amplitude, a potência foi elevada ao cubo, e
assim por diante. É por essa razão que adotamos as medidas sonoras
em decibéis (dB).
4. UNIDADES DE MEDIDA EM TELECOMUNICAÇÕES

Serão descritas, a partir de agora, algumas unidades de medida


utilizadas em telecomunicações, para mensurar ganho ou atenuação.

O Decibel (dB)
O dB (decibel) é uma poderosa ferramenta utilizada nos
cálculos de engenharia que permite operações com valores
1
de diferentes origens. O dB equivale a do Bel (B) e é obtido
10
da operação logarítmica na base 10.
𝑃1
Atenuação (A): 𝐴 = 10 log
𝑃2

𝑃2
Ganho (G): 𝐺 = 10 log
𝑃1
4. UNIDADES DE MEDIDA EM TELECOMUNICAÇÕES

O Decibel (dB)
• Cálculos em dB
Se o valor da potência estiver relacionado a 1 watt, o
resultado será expresso em dBW, decibéis acima ou
abaixo de 1 watt. Se cima de 1 watt, resultará num valor
positivo e se abaixo de 1 watt resultará num valor negativo.

Os valores de submúltiplos mili e mico das unidades de


potência e de tensão dão origem ao dBm e ao dBi.

A conversão em dB de valores numéricos n como figura de


ruído, ganho de antena, etc., aplica-se:

n (dB) = 10 log n
4. UNIDADES DE MEDIDA EM TELECOMUNICAÇÕES

O Decibel (dB)

• Cálculos de potência em dBW, dBm e dB𝝁

Para os cálculos de potência em watt [W], o resultado é


expresso em dBW; quando os valores forem expressos
em miliwatt [mW], o resultado será em dBm e para valores
em microwatt [𝝁W], o resultado será em dB𝝁.

Para converter dBW em dBm, somam-se 30; para


converter dBW em dB𝝁, somam-se 60; inversamente, de
dB𝝁 para dBW subtraem-se 60 e de dBm para dBW
subtraem-se 30.
4. UNIDADES DE MEDIDA EM TELECOMUNICAÇÕES

O Decibel (dB)
• Cálculos de potência em dBW, dBm e dB𝝁

Regras básicas de operação:


• Somam-se e subtraem-se dB com dBW, dBm e dB𝝁;

• Não se somam nem se subtraem dBW com dBW, dBm


com dBm e dB𝝁 com dB𝝁;
• A diferença entre dois valores em dBW, dois valores
em dBm ou dois valores de dB𝝁, é expressa em dB.
4. UNIDADES DE MEDIDA EM TELECOMUNICAÇÕES

Néper (Np)
Uma outra unidade alternativa do decibel é o neper, Np,
mas muito pouco usada em telecomunicações. A relação é
calculada na base e, em logaritmo neperiano.
𝑃2
𝐺(𝑛𝑝) = 0,5 ln
𝑃1
Para realizarmos a conversão entre as escalas de ganho
dB e Np, podemos considerar que:
G(dB) = 8,686

G(Np) = 0,115
4. UNIDADES DE MEDIDA EM TELECOMUNICAÇÕES

Exemplos
1. Calcular o ganho, em dB, de um amplificador, que excitado
com 1 W de sinal na entrada fornece 10 W na saída.
Solução:

𝑃2 10 𝑊
𝐺 = 10 log ⟺ 𝐺 = 10 log
𝑃1 1𝑊
𝐺 = 10 𝑑𝐵

2. Converter 13 dBW em dBm.


Solução:

13 dBW + 30 = 43 dBm
4. UNIDADES DE MEDIDA EM TELECOMUNICAÇÕES

Exemplos
3. Dois sinais de 20 dBW dão entrada num circuito
somador. Informar o valor na saída.
Solução:

P (dBW) = 10 log P(W) ⟺ 20 dBW = 10 log P(W) /:10


⟺ 2 dBW = log P(W) ⟺ P(W) =102 ⟺ P(W) =100 W
100 W + 100 W = 200 W
P (dBW) = 10 log P(W) ⟺ P (dBW) = 10 log 200W

⟺ P (dBW) = 23 dBW Resposta: X = 23 dBW


CONTEÚDO

1. Conceitos de Telecomunicações

2. Resenha Histórica

3. Sinais de Telecomunicações

4. Unidades de medida em Telecomunicações

5. Redes

6. Serviços de Telecomunicações
5. REDES
Introdução

Uma rede é um sistema de comunicação com duas ou


mais estações que podem se comunicar entre si.
5. REDES
Topologia de Redes

As topologias refere-se ao “Layout Físico” e ao


meio de conexão dos dispositivos na rede, como
eles estão conectados e distribuídos.
Existem duas categorias básicas de topologias de
rede:
• Topologia física
• Topologia lógica
5. REDES
Topologia de Redes
• Topologia Física

A topologia física é a verdadeira aparência ou layout da


rede, enquanto que a lógica descreve o fluxo dos dados
através da rede. A topologia física representa como as
redes estão conectadas (layout físico) e o meio de
conexão dos dispositivos de redes (nós ou nodos).

A forma com que os cabos são conectados, e que


genericamente chamamos de topologia da rede (física),
influencia em diversos pontos considerados críticos, como
a flexibilidade, velocidade e segurança.
5. REDES
Topologia de Redes
• Topologia Lógica
A topologia lógica refere-se à maneira como os sinais
agem sobre os meios de rede, ou a maneira como os
dados são transmitidos através da rede, a partir de um
dispositivo para o outro sem ter em conta a interligação
física dos dispositivos.

Topologias lógicas são frequentemente associadas à


Media Access Control, métodos e protocolos. Topologias
lógicas são capazes de serem reconfiguradas
dinamicamente por tipos especiais de equipamentos
como roteadores e switches.
5. REDES
Topologia de Redes

Ao se projetar uma rede, muitos fatores devem ser


considerados, mas a topologia a ser empregada é de
total importância para o bom desempenho e retorno do
investimento de uma rede.

O tipo de topologia depende da área a ser coberta, dos


dispositivos empregados , do meio físico e outros.
Existem varias topologias que variam das três básicas.
• Estrela
• Anel
• Barramento
5. REDES
Topologia de Redes
• Estrela

Em uma topologia física


estrela todos os dispositivos
da rede são conectados a
um dispositivo central, este
pode ser um computador
Mainframe, um dispositivo
comutador PBX, ou mais
comumente, em dispositivos
LAN’s atuais, um HUB ou
concentrador.
5. REDES
Topologia de Redes
• Estrela

A topologia lógica tipo estrela


é comum em ambiente de
rede de grande porte, ou em
ambiente de rede utilizando
PBX como um dispositivo
comutador central de dados.
Nos ambientes LAN mais
comuns, a estrela é
implementada como física e
não como uma topologia
lógica.
5. REDES
Topologia de Redes
• Estrela
Vantagens: Desvantagens
• Gerenciamento Centralizado; • O número de estações fica
limitado ao número de
• A adição de estações é feita
portas do HUB / Switch;
conectando-se as mesmas às
portas de comunicação que • Utiliza uma quantidade
estejam livres; maior de cabos tendo em
vista que cada estação
• A análise de problemas na rede é
deverá ter seu próprio cabo
feita de maneira mais simples;
para conexão ao dispositivo
• Uma máquina ou cabo defeituoso central, elevando o custo da
não afeta o restante da rede. rede.
5. REDES
Topologia de Redes
• Anel
Essa topologia é muito parecida
com a topologia Estrela, porém
seu funcionamento lógico é
completamente diferente. Os
maiores problemas desta
topologia são relativos à sua
pouca tolerância a falhas. Este
modelo de topologia utiliza um
HUB que internamente possui
um anel que faz a busca dos
computadores.
5. REDES
Topologia de Redes
• Anel

Vantagens:
• Fácil adição e remoção de estações.

Desvantagens:
• Mais cara;
• Muito complexa de instalar;
• Pouco conhecida.
5. REDES
Topologia de Redes
• Barramento
É a topologia mais fácil de instalar.
Nas redes de topologia barramento
cada nó é conectado a um único
cabo (espinha dorsal), porém esta
estrutura deve completar-se em
ambas as pontas com um conector
especial chamado Terminador.
O desempenho de um sistema em barra comum é determinado pelo
meio de transmissão, número de nós conectados, controle de acesso,
tipo de tráfego entre outros fatores. Isso faz da topologia barramento
a mais utilizada, que, ainda, possui alto poder de expansão utilizando
repetidores.
5. REDES
Topologia de Redes
• Barramento
Cada nó na barra pode ouvir todas
as informações transmitidas. Esta
característica facilita as aplicações
com mensagens do tipo difusão
(para múltiplas estações).

Existe uma variedade de mecanismos para o controle de acesso à


barra, que pode ser centralizado ou descentralizado. A técnica adotada
para acesso à rede é a multiplexação no tempo. Em controle
centralizado, o direito de acesso é determinado por uma estação
especial da rede, o Servidor. Em um ambiente de controle
descentralizado, a responsabilidade de acesso é distribuída entre
todos os nós.
5. REDES
Topologia de Redes
• Barramento
Vantagens:
• Muita facilidade na instalação;
• Baixo Custo;
• Requer menos cabos.

Desvantagens:
• No caso de ter problemas de transmissão, é difícil isolar a causa, já
que todos os nós estão conectados ao mesmo meio físico;
• Se o cabo danificar ou a ponta romper, os nós não poderão
comunicar-se e a rede deixará de funcionar;
• A rede fica mais lenta em períodos de uso intenso;
• Excesso de colisões.
5. REDES
Topologia de Redes
• Outras topologias

Encadeada

Esta topologia parece em cruzamento entre as topologias


de barramento e anel, isto é, cada nó é conectado
diretamente a outros dois por seguimento de cabo, mas os
seguimentos formam uma linha e não um anel e o sistema
operacional passa as informações para cima e para baixo
na cadeia até alcançar o endereço desejado.
5. REDES
Topologia de Redes
• Outras topologias

Grafo (Parcial)
Este modelo de topologia
engloba características de
várias topologias. Cada
ponto da rede possui uma
rota alternativa para caso de
congestionamento ou falha.
As rotas são definidas por
máquinas que tem a função
de rotear endereços que não
pertence a sua rede.
5. REDES
Topologia de Redes
• Outras topologias

Híbrida

Uma topologia híbrida é uma combinação de barramento


e anel, utilizado quando temos a necessidade de interligar
duas ou mais redes de diferentes topologias.
5. REDES
Topologia de Redes
• Outras topologias

Árvore

Uma topologia Árvore é utilizada principalmente na


ligação de Hub’s e repetidores, conhecida também por
cascateamento.
5. REDES
Arquitecturas de Redes

• Ponto-a-ponto (Workgroup)
A rede ponto-a-ponto também é
chamada de não hierárquica ou
homogênea, pois parte-se do
princípio de que todos os
computadores podem ser iguais,
sem a necessidade de um micro
que gerencie os recursos de forma
centralizada. O usuário pode
acessar qualquer informação que
esteja em qualquer um dos
computadores da rede sem a
necessidade de pedir permissão a
um administrador de rede.
5. REDES
Arquitecturas de Redes

• Ponto-a-ponto (Workgroup)
Neste tipo de rede o próprio sistema operacional possui mecanismos de
compartilhamento e mapeamento de arquivos e impressoras,
mecanismos de segurança menos eficientes, esta arquitetura é indicada
para redes com poucos computadores.
As redes ponto-a-ponto são utilizadas tanto em pequenas empresas
como em grupos de trabalho ou departamentos.

Características:
• Utiliza sistema operacional do tipo local;
• Possui limite de máquinas;
• Possui limite de acessos;
• Segurança limitada;
• Mais barata.
5. REDES
Arquitecturas de Redes

• Cliente/Servidor
A arquitetura Cliente/Servidor
é mais sofisticada, nesta
arquitetura o usuário fica
dependente do Servidor, uma
máquina central, que retém
todas as leis de utilização da
rede em um software chamado
Sistema Operacional de Rede
(NOS).
5. REDES
Arquitecturas de Redes

• Cliente/Servidor
Para instalação, configuração e gerenciamento mais
complexo, será necessário ter um profissional habilitado
para a função de administrar desta rede.

Características:
• Utiliza sistemas operacionais locais e de rede;
• Não possui limite de máquinas;
• Gerência o acesso aos recursos;
• Muita segurança;
• Mais cara.
5. REDES
Classificação das Redes

As redes de computadores podem ser classificadas de


acordo com a distância de abrangência em:
• Redes LAN (local area network)
• Redes MAN (metropolitan area network)
• Redes WAN (wide area network)
5. REDES
Classificação das Redes
• Redes LAN (local area network)

Uma rede LAN, conhecida como rede local, caracteriza-se


como sendo uma rede que permite a interconexão de
equipamentos de comunicação de dados numa pequena
região, na maioria das vezes pertencente a uma mesma
entidade ou empresa, como, por exemplo, um escritório, um
prédio ou um complexo de prédio de uma empresa.
5. REDES
Classificação das Redes
• Redes LAN (local area network)
Características:
• O número de computadores é limitado;
• Altas taxas de transmissão;
• Baixas taxas de erro;
• São geralmente de propriedade privada.

• Redes MAN (metropolitan area network)


São redes que ocupam o perímetro de um bairro ou uma
cidade. Permitem que empresas com filiais em bairros
diferentes se comuniquem entre si.
5. REDES
Classificação das Redes
• Redes WAN (wide area network)

Surgiu da necessidade de se compartilhar recursos


especializados por uma maior comunidade de usuários
geograficamente dispersos.

Por terem um custo de comunicação bastante elevado


(circuitos para satélites e enlaces de microondas), tais
redes são em geral públicas, isto é, o sistema de
comunicação, chamado sub-rede de comunicação, é
mantido, gerenciado e de propriedade pública. Por
questão de confiabilidade, caminhos alternativos devem
ser oferecidos de forma a interligar os diversos módulos.
5. REDES
Classificação das Redes
• Redes WAN (wide area network)

A conexão de todas essas redes, locais, metropolitanas e


geograficamente distribuídas, é o que chamamos de Internet.
5. REDES
Modos de transferência de informação

O ITU-T define o modo de transferência como as técnicas


usadas para a transmissão, multiplexagem e comutação
nas redes de comunicação e identifica três tipos básicos:
• Comutação de circuitos;
• Comutação de mensagens;
• Comutação de pacotes.
5. REDES
Modos de transferência de informação
• Comutação de circuitos
Em redes de comutação de circuitos, os recursos
necessários ao longo do caminho (buffers, taxa de
transmissão de enlaces) para prover comunicação entre os
sistemas são reservados pelo período de sessão de
comunicação entre os sistemas finais.
As redes telefónicas são exemplos de redes de comutação
de circuitos. Na comutação de circuitos usada nas redes
telefónicas é estabelecida uma conexão entre os extremos
(chamado e chamador) para a troca de informação que é
mantida durante a chamada. Essa conexão é denominada
circuito.
5. REDES
Modos de transferência de informação
• Comutação de circuitos
Quando a rede estabelece o
circuito, também reserva
uma taxa de transmissão
constante nos enlace de
rede durante o período da
conexão. Visto que foi
reservada largura de banda
para essa conexão
remente-destinatário, o
remente pode transferir
dados ao destinatário a uma
taxa constante garantida.
5. REDES
Modos de transferência de informação
• Comutação de mensagens
Na comutação por mensagens, não existe um caminho
estabelecido entre os sistemas. Cada mensagem enviada por
um sistemas é considerada uma entidade independente e
roteado como tal, ou seja, podem seguir rotas diferentes
contanto que chegam ao seu destino.
A mensagem propaga de um nó para outro na rede em direção
ao seu destino e, como nenhum caminho é reservado com
antecedência para ela, normalmente a mensagem deverá
esperar em cada nó, até que a linha de saída requerida esteja
livre. Portanto, os nós da rede que são unidades de
processamento de dados, devem ser capazes de armazenar as
mensagens, verificar se chegaram ou não com erros e roteá-las
para outros nós, em busca dos seus destinos.
5. REDES
Modos de transferência de informação
• Comutação de pacotes
A comutação de pacotes é uma tentativa de conjugar o
melhor dos dois sistemas apresentados (comutação de
mensagens e comutação de circuitos).
Em redes de comutação de pacotes, os recursos necessários
ao longo do caminho para prover comunicação entre os
sistemas não são reservados; as mensagens de uma sessão
usam os recursos por demanda e, como consequência,
poderão ter de esperar (isto é, entrar na fila) para conseguir
acesso a um enlace de comunicação.
5. REDES
Modos de transferência de informação
• Comutação de pacotes
Em redes de computadores modernas, o originador fragmenta
mensagens longas em porções de dados menores denominadas
pacotes que são transmitidos por cada enlace de comunicação a
uma taxa igual à de transmissão total do enlace.
5. REDES
Modelo OSI

Quando surgiram, os primeiros grandes sistemas informáticos


eram auto contidos com um número reduzido de interligações. As
interligações eram asseguradas por protocolos específicos.
Quando era necessária a interligação entre equipamentos de
fabricantes diferentes as opções correspondiam a soluções
onerosas que faziam a conversão de protocolos ou a sua
emulação.

Para ultrapassar estas questões foi definido um modelo de


arquitectura sobre o qual os fabricantes pudessem desenvolver
os seus equipamentos, com a garantia que poderiam ser
interligados com quaisquer outros que cumprissem os mesmos
protocolos. Este modelo de referência é conhecido pela sigla OSI
(Open System Interconnection).
5. REDES
Modelo OSI
O modelo OSI está estruturado em 7 (sete) camadas. As
camadas não têm definidos os protocolos, mas sim as funções
que cada uma deve desempenhar no processo da interligação.

7 Aplicação Interface com as aplicações de Rede

6 Apresentação Conversões de formatos ou códigos e criptografia

5 Sessão Estabelecimento e manutenção das sessões

4 Transporte Assegura a entrega dos dados (ponto-a-ponto)

3 Rede Estabelecimento de rotas através da rede

2 Enlace Formato dos quadros e verificação de erros

Física Interface com os meios físicos


1
5. REDES
Modelo OSI

Mensagem Mensagem

7 Aplicação C7 Mensagem Aplicação 7

6 Apresentação C6 C7 Mensagem Apresentação 6

5 Sessão C5 C6 C7 Mensagem Sessão 5

4 Transporte C4 C5 C6 C7 Mensagem Transporte 4

3 Rede C3 C4 C5 C6 C7 Mensagem Rede 3

2 Enlace C2 C3 C4 C5 C6 C7 Mensagem FCS Enlace 2

1 Física Física 1
1011100011110000 ........... 1110000011001001
Meio Físico
5. REDES
Estrutura básica duma rede de telecomunicações
5. REDES
Estrutura básica duma rede de telecomunicações
• Rede de núcleo
Na rede de núcleo os tráfegos com origem em vários
serviços surgem agregados e integrados. Temos nesta
secção comutadores e troços de interligação de grande
capacidade. Os comutadores podem ser de banda
estreita ou de banda larga, de circuitos ou de pacotes,
e os troços de interligação utilizam, na sua maioria,
tecnologia SDH (Synchronous Digital Hierarchy),
suportados em fibra óptica.
Nesta zona da rede os sinais de serviços diferentes,
voz, vídeo e dados partilham os mesmos
equipamentos, pelo menos ao nível de transmissão,
conduzindo a sistemas muito eficientes.
5. REDES
Estrutura básica duma rede de telecomunicações
• Rede de acesso
Esta parte da rede de telecomunicações é constituída por
cabos e equipamentos de transmissão e de multiplexagem e
oferece actualmente muitos desafios aos operadores devido
às incertezas em termos tecnológicos e de negócio.

Por outro lado, na rede de acesso a tecnologia a utilizar vai


estar dependente dos serviços que se pretende entregar ao
cliente. Se o cliente desejar apenas o telefone, uma rede de
cabos de pares simétricos de cobre é suficiente, mas se o
cliente pretender um acesso de banda larga para ligação à
Internet ou para serviços de vídeo, já é necessário pensar-se
em soluções alternativas como ADSL ou redes de cabo
coaxial.
CONTEÚDO

1. Conceitos de Telecomunicações

2. Resenha Histórica

3. Sinais de Telecomunicações

4. Unidades de medida em Telecomunicações

5. Redes

6. Serviços de Telecomunicações
6. SERVIÇOS DE TELECOMUNICAÇÕES
Definição

Uma rede de telecomunicações bem projectada tem de ser


capaz de suportar os serviços pretendidos pelos clientes, a
um preço que estes estejam dispostos a pagar.
Muitas vezes existem soluções tecnológicas interessantes
que não encontram receptividade junto dos clientes quando
são confrontados com o preço associado. Outras vezes, os
clientes têm dificuldade ema ceitar algumas limitações
tecnológicas.

Serviço de telecomunicações é o serviço oferecido por um


operador aos seus clientes para satisfazer um requisito
específico de telecomunicações.
6. SERVIÇOS DE TELECOMUNICAÇÕES
Caracterização e classificação
Os serviços podem ser classificados, no que diz respeito à
transferência da informação, em dois grandes grupos: serviços
interactivos e serviços distributivos.
SERVIÇOS EXEMPLOS
Serviços de Serviços telefónicos,
Serviços conversação Videoconferência
interativos Serviços de consulta WWW (World Wide
(retrieval) Web)
Serviços de Correio electrónico,
mensagens Correio de voz
Sem controlo da Difusão de televisão
Serviços apresentação
distributivos Com controlo da Teletexto
apresentação
6. SERVIÇOS DE TELECOMUNICAÇÕES
Atributos dos serviços

Os serviços de telecomunicações também podem ser


caracterizados segundo alguns parâmetros ou atributos que são
relevantes do ponto de vista da rede:
• Largura de banda;
• Simetria (unidireccional, bidireccional, simétrico, não simétrico);
• Características do tráfego (constante, variável, tempo real, etc.);
• Rapidez de resposta (tempos máximos de resposta a estímulos,
atrasos máximos no estabelecimento e terminação do serviço);
• Disponibilidade;
• Segurança.
6. SERVIÇOS DE TELECOMUNICAÇÕES
Atributos dos serviços
Esses requisitos podem normalmente reflectir-se de formas
diversas, afectando diferentes componentes:

• Meios de transmissão – tecnologias disponíveis em


função da largura de banda exigida;
• Equipamento terminal – quais as funcionalidades que o
equipamento terminal deverá suportar: tipo de interface
com o utilizador, capacidade de processamento, tipo de
sinalização, etc.;
• Servidores – quais as características mínimas exigidas ao
servidor, em função do tipo de serviço e do número de
utilizadores: capacidade de processamento e
armazenamento.
6. SERVIÇOS DE TELECOMUNICAÇÕES
Os agentes numa rede de telecomunicações
Os agentes presentes no sector das telecomunicações têm
aumentado em número e diversificado as áreas de intervenção.
Podem identificar-se vários operadores ou prestadores de serviços
que têm funções e posições diferenciadas na cadeia de valor:
• Operador de rede de acesso – é responsável pela ligação
entre as instalações do cliente e um ponto de agregação;
• Operador de rede – assegura o encaminhamento da
informação até ao seu destino através de recursos de
transmissão próprios ou contratados. Detém os equipamentos
de comutação;
• Prestador de serviço – é a face visível para o cliente na
prestação do serviço com quem mantém um contrato comercial;
• Fornecedor de conteúdos – detém os conteúdos que são
entregues ao cliente durante a prestação do serviço.
INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO PRIVADO DO UÍGE
Criado pelo Decreto Presidencial nº 132/17 de 19 de junho 1ª série nº 98

FIM...

Grato pela atenção dispensada!

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