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FUNDAMENTOS DE
TELECOMUNICAÇÕES – I
Curso de Engenharia Electrotécnica
Elaborado por:
Uíge, 2022/2023
ÍNDICE
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Capítulo I. Introdução às Telecomunicações
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Capítulo I. Introdução às Telecomunicações
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Capítulo I. Introdução às Telecomunicações
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Capítulo I. Introdução às Telecomunicações
actualmente é mais importante, a largura de banda pode ser definida como “o débito
máximo disponível num ponto”.
Se a transmissão for analógica, a largura banda é medida em Hertz (Hz), enquanto que se
a transmissão for digital, a largura de banda é medida em bits por segundo (bit/s).
1.4.4. Perturbações dos sinais de telecomunicações
Os principais tipos de perturbações que podem ocorrer nos sinais de telecomunicações
são: atenuação, distorção, interferência e ruído.
a) Atenuação: deterioração ou diminuição do nível de potência de um sinal.
b) Distorção: modificação da forma de onda do sinal por largura de banda limitada.
c) Interferência: contaminação do sinal útil com outros sinais gerados pelo homem.
d) Ruído: contaminação do sinal útil com sinais aleatórios.
1.4.5. Sinais de voz
No estudo das telecomunicações, um fenômeno bastante observado é a transformação
das ondas acústicas (sonoras) em sinais elétricos por meio de equipamentos
transceptores.
O som é uma sensação causada no sistema nervoso pela vibração de membranas
presentes na orelha, resultado de uma energia transmitida pela vibração de um corpo
(diapasão, alto-falante etc.). O som não se propaga no vácuo, requerendo um meio
material para se propagar.
Um sinal de voz representa as variações da pressão acústica causadas pelo som. A voz
está associada ao serviço telefónico e representa, ainda, uma parte significativa da
informação transmitida actualmente sobre as redes de telecomunicações, fixa e móvel. A
faixa de frequências da voz humana varia de 20 Hz a 10 kHz.
Resposta do ouvido
Outro aspecto importante para a engenharia de telecomunicações é as características da
banda audível.
Um indivíduo normal com idade compreendida entre os 18 e 25 anos é capaz de detectar
tons puros entre 20 Hz e 20 kHz. Porém, com a idade, o limite superior de frequência
audível reduz-se significativamente (em média um homem de 65 anos tem a 8 kHz, um
perda de sensibilidade de 40 dB).
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Capítulo I. Introdução às Telecomunicações
Com base nesses estudos, foi definida a largura de faixa do canal telefônico em 4 kHz.
Atrasos
Uma das características mais vincadas dos sinais de voz é a sua extrema sensibilidade
aos atrasos introduzidos na rede.
Os sinais de voz são sobretudo sensíveis à variações dos atrasos, por exemplo, não é
crítico haver um atraso constante de 2 s na transmissão dum jogo de futebol, mas é
intolerável que esse atraso varie mais do que algumas décimas de segundo.
Erros
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Capítulo I. Introdução às Telecomunicações
A comunicação oral é relativamente redundante, pelo que são admissíveis erros de curta
duração durante uma conversação que não impeçam uma comunicação inteligível.
Os sinais de voz são caracterizados por uma largura de banda estreita, alguma resistência
aos erros e uma grande sensibilidade aos atrasos e às suas variações.
1.4.6. Sinais de vídeo
Um sinal de vídeo representa a potência luminosa de cada um dos pontos em que uma
imagem é dividida, enviada sequencialmente, linha a linha.
Para dar a sensação de movimento contínuo é necessário transmitir mais do que 16-18
imagens/s. Em televisão transmitem-se 25 ou 30 imagens/s.
De acordo com a Figura 1.6, o número de elementos de imagem transmitidos por segundo
é dado por:
𝑀 = 𝐴×𝐵×𝐶 (1.1)
Exemplo. Considerando C = 25 imagens/s, A = 575 linhas e para B um valor típico de 720
pixels, tem-se M = 10,35×106 elementos de imagem por segundo.
1.4.7. Sinais de dados
Os dados dos computadores podem assumir débitos variados e características de tráfego
diversas desde os sinais associados a telemetria, com a transmissão de algumas centenas
de bytes por hora, até à interligação de supercomputadores com débitos da ordem das
dezenas de milhões de bytes por segundo.
Todavia, todos estes sinais têm algumas características comuns, nomeadamente o tráfego
de rajadas, uma grande sensibilidade a erros e uma pequena sensibilidade a atrasos. Os
dados não admitem erros porque não existe informação irrelevante.
1.4.8. Digitalização dos sinais
Entende-se por digitalização a transformação de um sinal analógico num sinal digital PCM
(Pulse Code Modulation), enquanto é preservada a quase totalidade do seu conteúdo
informativo. Esta operação é realizada por um CODEC (codificador/descodificador), que é
responsável pela realização das seguintes operações de processamento do sinal:
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Capítulo I. Introdução às Telecomunicações
Filtragem;
Amostragem do sinal analógico;
Quantificação das amostras discretas no tempo;
Codificação dos sinais discretos em amplitude e no tempo.
Amostragem
Amostragem é operação que retira valores de amostras do sinal analógico em instantes de
tempo uniformemente espaçados.
As amostras dos sinais são retiradas a uma cadência que permite a sua reconstrução no
receptor. Se se pretender reconstituir o sinal original a partir das amostras sem introduzir
distorção, o teorema da amostragem diz-nos que o ritmo de amostragem deve ser maior
do que o dobro da frequência mais elevada presente no sinal. A condição para isto
acontecer pode ser estabelecida como:
𝒇𝒂 > 𝟐 × 𝒇𝒎 (1.2)
em que: 𝒇𝒂 é frequência de amostragem ou número de amostras por segundo e 𝒇𝒎 é a
frequência máxima do sinal que se pretende codificar. Esta equação é conhecida como
Teorema de Nyquist.
Quantificação
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Capítulo I. Introdução às Telecomunicações
Observe que na Figura 1.10, algumas amostras possuem valores intermediários entre os
níveis de quantificação. Esse é um erro inserido pelo processo de quantificação,
denominado de Erro de Quantificação. Quanto maior for o número de níveis de
quantificação, menor será esse erro.
Codificação
Uma forma de codificação dos níveis de quantificação é enumerar sequencialmente esses
níveis e adotar um código digital para representar cada um dos números.
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Capítulo I. Introdução às Telecomunicações
1.4.9. Compressão
Para além da digitalização, os sinais podem ser submetidos a processos de compressão
onde se pretende obter uma redução do débito, com recurso a uma série de técnicas que:
Eliminam a redundância existente na fonte de informação e/ou
Introduzem perdas controladas, sobretudo em informação irrelevante.
Redundância
A redundância existente na sequência de dados a ser transmitida é utilizada, em sistemas
sem perdas, para diminuir o débito. Estas técnicas são igualmente utilizadas nos
programas de compressão de ficheiros, tão divulgados pelos utilizadores de PC onde não
é admissível perda ou corrupção da informação.
Exemplo. Consideremos a sequência 𝒂𝒃𝒄𝒅𝒂𝒃𝒂𝒃𝒄𝒅𝒄𝒅𝒂𝒃𝒂𝒃𝒂𝒃, para se proceder à
codificação com símbolos binários poder-se-ia usar uma tabela como:
𝑎 → 00 𝑏 → 01 𝑐 → 10 𝑑 → 11
6 × 2 + 6 × 2 + 3 × 2 + 3 × 2 = 36 𝑏𝑖𝑡𝑠
Logo, são necessários 36 bits, 2 por cada símbolo, para codificar toda a sequência. No
entanto, após uma análise mais cuidada à sequência, verifica-se que apenas existem duas
sequências de símbolos diferentes: 𝒂𝒃 e 𝒄𝒅. Assim a tabela de conversão poderá ser:
𝑎𝑏 → 0 𝑐𝑑 → 1
6 × 1 + 3 × 1 = 9 𝑏𝑖𝑡𝑠
Neste caso a sequência seria codificada com apenas 9 bits, em vez de 36 bits.
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A onda ionosférica, quando recebida, sempre está acompanhada de forte ruído elétrico. O
ruído é reproduzido em áudio como chiado e, também, cliques resultantes de descargas
elétricas que ocorrem permanentemente na atmosfera terrestre.
As regiões da Terra em que as ondas não incidem e, portanto, não há recepção, são
denominadas áreas de silêncio rádio ou áreas de sombra.
Sistema rádio em visibilidade
É um sistema rádio, na faixa de microondas, que transporta a informação a longas
distâncias com repetições sucessivas do sinal. Para isso são usadas estações
radiorrepetidoras e antenas instaladas no alto de torres, distantes, em média, 50
quilómetros uma da outra, para vencer a curvatura da Terra. Do alto da torre, um
observador posicionado no lugar da antena “vê” a outra antena à sua frente, por isso o
nome enlace rádio em visibilidade ou microondas em visibilidade.
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áudio) e são superiores em qualidade de reprodução ao sinal AM, sendo, assim, mais
indicadas para a música.
A radiodifusão de televisão ocupa segmentos do espectro de frequências de 54 a 806
MHz, existindo espaços alocados a outros tipos de serviço.
Quanto às antenas transmissoras de FM e de TV, são fixadas em torres, em locais altos ou
elevações naturais do terreno, para maior alcance das transmissões. Retransmissões para
outras localidades costumam ser feitas via satélite.
1.6. Enlace de comunicação
Enlace ou link de comunicação é o estabelecimento de comunicação entre pelo menos
dois pontos. Sua classificação obedece a três características principais:
Número de pontos envolvidos;
Sentido de transmissão;
Mobilidade.
Quanto ao número de pontos envolvidos:
a) Enlace ponto a ponto: conforme o próprio nome sugere, refere-se ao enlace entre
apenas dois pontos, de um ponto ao outro.
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Capítulo I. Introdução às Telecomunicações
b) Enlace móvel: enlace estabelecido entre transmissores ou receptores móveis, por meio
de radiofrequência, veiculares ou portáteis.
c) Radiobase: enlace estabelecido entre estações de rádio fixas no terreno.
d) Enlace misto: enlace que utiliza rádios e rede fixa de comunicação.
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CAPÍTULO II. Unidades de Medida em Telecomunicações
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CAPÍTULO II. Unidades de Medida em Telecomunicações
𝑃1
𝐴 = 10 log (2.1)
𝑃2
2.1.2. Ganho
𝑃2
𝐺 = 10 log (2.2)
𝑃1
Nesses casos, emprega-se a unidade de medida decibel (dB), que é um submúltiplo do
bel; 1 dB corresponde à menor variação sonora perceptível pela orelha humana.
Conforme tais relações, percebemos que, se a potência de entrada (P1) for maior que a
potência de saída (P2), ocorreu atenuação positiva, ou seja, ganho negativo; se P2 for
maior que P1, ocorreu ganho positivo. Para maior conveniência, trabalharemos apenas
com relações de ganho.
O ganho total de um sistema será calculado da seguinte maneira:
𝐺𝑇 = 𝐺1 + 𝐺2 + ⋯ + 𝐺𝑛 (2.3)
em que:
GT é o ganho total do sistema.
G1, G2, ..., Gn são os ganhos dos diversos estágios independentes.
2.2. Néper (Np)
É a unidade de medida adotada por alguns países, em que a relação de ganho é dada pela
expressão:
𝑃2
𝐺(𝑛𝑝) = 0,5 ln (2.4)
𝑃1
Para realizarmos a conversão entre as escalas de ganho dB e Np, podemos considerar
que:
𝐺(𝑑𝐵) = 8 686 × 𝐺(𝑁𝑝)
𝐺(𝑁𝑝) = 0 115 × 𝐺(𝑑𝐵).
2.3. Nível de Potência (dBm)
Comumente, em telecomunicações, torna-se necessária a representação das grandezas
em unidades de potência na ordem de miliwatts – por exemplo, em níveis de transmissão
de aparelhos celulares. Nesses casos, a potência de um sinal pode ser comparada a um
sinal de referência de 1 mW e, para expressarmos as unidades logarítmicas, utilizamos o
seguinte recurso:
𝑃
𝑃(𝑑𝐵𝑚) = 10 × log (2.5)
1𝑚𝑊
O dBm é uma unidade de medida de potência: 0 dBm = 1 mW.
𝑃(𝑑𝐵𝑚) = 10 × log 𝑃(𝑚𝑊) (2.6)
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CAPÍTULO II. Unidades de Medida em Telecomunicações
Solução
𝑃2 10 𝑊
𝐺 = 10 log ⟺ 𝐺 = 10 log ⟺ 𝐺 = 10 𝑑𝐵
𝑃1 1𝑊
P (dBW) = 10 log P(W) ⟺ 20 dBW = 10 log P(W) /:10 ⟺ 2 dBW = log P(W)
⟺ P(W) =102 ⟺ P(W) =100 W ⟺ 100 W + 100 W = 200 W
⟺ P (dBW) = 10 log P(W) ⟺ P (dBW) = 10 log 200W ⟺ P (dBW) = 23 dBW
Exemplo 4: Calcular a diferença entre os níveis de potência: -110 dBm e - 70 dBm.
Exemplo 5: Calcular o ganho de um amplificador que fornece 180W sobre uma carga de
4Ω quando excitado por uma entrada de 540mV sobre 47kΩ.
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CAPÍTULO II. Unidades de Medida em Telecomunicações
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CAPÍTULO III. Canais de Comunicação
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CAPÍTULO III. Canais de Comunicação
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CAPÍTULO III. Canais de Comunicação
É o resultado da agitação térmica dos elétrons existentes na matéria. Pode ser percebido
nas formas de corrente elétrica, quando gerado internamente em dispositivos eletrônicos, e
de onda eletromagnética, no espaço livre.
Figura 3.1. Distorção dos pulsos em comunicações de dados via fio: a) pulsos transmitidos, b) pulsos
recebidos com distorção.
Nas comunicações digitais, a recuperação do sinal digital distorcido pode levar o usuário a
não identificar a voz de seu correspondente (a voz é reproduzida com o timbre modificado),
chegando até ao não-entendimento do que é falado.
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CAPÍTULO III. Canais de Comunicação
Sinais interferentes são sinais de outras comunicações que invadem o canal em uso,
atrapalham e dificultam as comunicações em andamento, como, por exemplo, a conhecida
linha cruzada na ligação telefônica. Também podem ocorrer nas comunicações rádio de
forma ocasional ou proposital. Quando um sinal de outra conversação interfere na nossa, é
considerado sinal espúrio ou indesejável.
Nas comunicações rádio, em particular nas radiomóveis, uma parte do volume de energia
irradiada pela antena transmissora forma uma onda direta, aquela que segue direto à
antena receptora; o restante da energia se dispersa subdividindo-se em ondas secundárias
com reflexões no solo, em elevações do terreno (morro ou montanha), nas paredes de
prédios e for em áreas urbanas, em veículos e outros obstáculos, fixos ou móveis,
conforme a figura 3.2, outras se perdem e não chegam à antena receptora.
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CAPÍTULO III. Canais de Comunicação
Figura 3.3. Soma vetorial instantânea de dois sinais senoidais de mesma frequência, com diferentes
amplitudes e desfasados de 𝜑.
Na prática, o efeito do multipercurso pode ser notado durante a escuta de uma estação de
radiodifusão AM, à noite, em lugar de boa recepção, quando ocorrem flutuações na
intensidade do áudio. O sinal recebido é resultante de duas ondas: uma de propagação
terrestre e outra refletida na ionosfera. Quando o resultante dos sinais assume zero de
intensidade, diz-se ocorrer um nulo de sinal e, momentaneamente, não se escuta a
estação.
Nas comunicações móveis, quando ocorre um nulo prolongado, o sistema entende que o
terminal móvel desligou e desfaz o enlace (telefonia móvel celular).
Figura 3.4. Fases das ondas: direta (não muda) e refletida no solo (altera a fase).
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CAPÍTULO III. Canais de Comunicação
Ocorre com a onda de rádio o mesmo efeito Doppler conhecido da onda sonora. Quando
um automóvel está em deslocamento e passa buzinando por uma pessoa parada à beira
da estrada, o som emitido pela buzina do automóvel é ouvido em frequência diferente
daquela que realmente é gerada. Quando o automóvel passa pela pessoa e se afasta, o
som da buzina dá a impressão de ter assumido uma nova frequência. De modo
semelhante, em telecomunicações, quando um radio móvel está se deslocando na
velocidade v, aproximando-se ou afastando-se de um receptor fixo no ponto P, a onda
transmitida pelo móvel é recebida numa frequência diferente, alterada de ± ∆𝑓 [Hz],
dependendo do sentido do deslocamento.
Esse efeito coloca em risco a continuidade das comunicações. Assim, em telefonia móvel
celular, quando o desvio ∆𝑓 é acentuado devido à velocidade de deslocamento do radio
móvel, o receptor da ERB perde a sintonia e o enlace é desfeito automaticamente (a
ligação cai), a contragosto do usuário.
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CAPÍTULO III. Canais de Comunicação
Os dutos são formados pelas inversões térmicas que ocorrem nas camadas de ar sobre a
superfície terrestre. Durante o dia, os causticantes raios solares aquecem o solo. Ao pôr-
do-sol, o solo quente começa a liberar calor, aquece a água existente na superfície e, à
noite, faz surgir, acima do solo, camadas de ar quente e úmido, com diferentes densidades
e índices de refração. Acima da camada de ar quente e úmido, sopram brisas frescas, ar
de temperatura mais baixa. Pela manhã, com o solo já resfriado, a camada de vapor sobe
e, algum tempo depois, se desfaz e, naturalmente, o processo remida.
Nas situações mencionadas há formação de dois tipos de duto, ilustrados na figura 3.6. No
primeiro, o duto de superfície, de maior duração e no segundo, o duto elevado de duração
mais curta.
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CAPÍTULO III. Canais de Comunicação
O duto atua como um túnel, guia a onda provocando o seu desvio da direção principal e,
em consequência, ocorrem desvanecimentos no sinal recebido. Também, algumas vezes,
podem ocorrer enlaces de longas distâncias, não previstos.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANGOLA. Ministério das Telecomunicações e das Tecnologias de Informação. Colectânea
de Legislação sobre Comunicações Electrónicas. 1ª ed. Luanda, WhereAngola Book
Publisher, 2015. 480 p.
ILČEV, Stojče Dimov. Global Mobile Satellite Communications: For Maritime, Land and
Aeronautical Applications. 1ª ed. Dordrecht, Springer, 2005. 494 p.
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