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GUIA DE ESTUDO
DISCIPLINA: EE-2005-0610
TÍTULO: Telecomunicações I
OSTENSIVO CIAA 117-076
TELECOMUNICAÇÕES I
MARINHA DO BRASIL
2020
FINALIDADE: DIDÁTICA
1ª REVISÃO
OSTENSIVO CIAA 117-076
ATO DE APROVAÇÃO
Rio de Janeiro, RJ
Em 15 de setembro de 2020
- II –
OSTENSIVO CIAA 117-076
ÍNDICE
PÁGINAS
Introdução ............................................................................................................................ V
CAPÍTULO 5 – RADIOPROPAGAÇÃO
5.1 – Modos de propagação ......................................................................................5-1
5.2 – A superfície da terra .........................................................................................5-1
5.3 – A atmosfera da terra .........................................................................................5-3
5.4 – Tipos de propagação ........................................................................................5-3
-III-
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CAPÍTULO 6 – MODULAÇÃO
6.1 – Modulação analógica .......................................................................................6-2
6.2 – Modulação digital ............................................................................................6-7
6.3 – Modulação por pulso ........................................................................................6-16
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INTRODUÇÃO
1 – PROPÓSITO
Esta publicação foi elaborada com o propósito de apresentar aos alunos dos Cursos de
Aperfeiçoamento em eletrônica, eletricidade e comunicações interiores os conteúdos da
disciplina TELECOMUNICAÇÕES.
2 – DESCRIÇÃO
Esta publicação está dividida em seis capítulos. São estudados, no capítulo 1, os
conceitos básicos em telecomunicações; capítulo 2, os sinais elétricos da informação; capítulo
3, os canais de comunicações e o ruído elétrico; capítulo 4, as ondas de rádio; capítulo 5, a
radiopropagação; e no capítulo 6, a modulação.
3 – AUTORIA E EDIÇÃO
Esta publicação é de autoria do 1ºSG-CI FRISAN GOMES FERREIRA e foi elaborada e
editada, no CENTRO DE INSTRUÇÃO ALMIRANTE ALEXANDRINO (CIAA).
4 – DIREITOS DE EDIÇÃO
Reservados para o CENTRO DE INSTRUÇÃO ALMIRANTE ALEXANDRINO.
Proibida a reprodução total ou parcial, sob qualquer forma ou meio.
5 – CLASSIFIAÇÃO
Esta publicação é classificada como pertencente à Marinha do Brasil, não controlada,
ostensiva, didática e manual.
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1 – CONCEITOS BÁSICOS EM TELECOMUNICAÇÕES
1.1 – Introdução
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1.2 – Conceituações
1.2.1 – Informações – são mensagens de diversos tipos produzidas pelo cérebro do homem
ou por dispositivo por ele inventado e construído. Como se originam no cérebro do homem,
as informações são consideradas mensagens inteligentes e, em princípio, possuem um
conteúdo significativo.
1.2.2 – Sinais elétricos da informação – são tensões elétricas variantes no tempo, obtidas da
conversão da mensagem inteligente em eletricidade. Os sinais elétricos da informação são de
dois tipos: analógicos e digitais.
Sinais digitais – são pulsos elétricos binários ou bits na forma de 1 ou 0 ou tem e não
tem tensão, respectivamente, gerados por dispositivos da eletrônica digital, por
exemplo: em geradores de caracteres alfanuméricos, computadores, conversores do
sinal analógico em digital (A/D) e outros.
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Os sinais elétricos da informação podem ser convertidos de analógicos em digitais e de
digitais em analógicos por dispositivos conversores A/D e D/A respectivamente.
1.2.3 – Dados – são seqüências de bits (bit stream) que constituem a informação digital.
Por assumir sempre um dos dois valores, o sinal de dados é chamado também de SINAL
BINÁRIO, onde cada unidade é chamada de BIT (Binary Digit – Dígito Binário). Um bit (“0”
ou “1”) é a menor unidade de informação que um computador pode manipular. A uma cadeia
de bits tratada com uma unidade chamamos de byte. Pode ter, por exemplo, 6, 7 ou 8 bits de
comprimento.
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Um simples exemplo, que corresponde ao diagrama em bloco da figura 1.5, é o de duas
pessoas que se comunicam por telefone. Nesse caso, as partes integrantes do sistema, com
transmissão e recepção, podem ser assim descritas:
OBS.: Ruído (sinal aleatório, produzido por fontes naturais), interferência (sinal indesejável,
gerado por processos criados pelo homem) e distorções (mudanças na forma de onda devido à
resposta imperfeita do sistema em relação ao sinal) podem ocorrer em qualquer ponto do
sistema de comunicação, mas é convencional concentrar o seu estudo no canal de
comunicação, tratando o transmissor e receptor como ideais. Esses fatores (ruído,
interferência, distorção), que também ocorrem no transmissor e no receptor, são
dimensionados nesses dispositivos nos limites da qualidade aceitável ou possível e, portanto,
pode-se ignorá-los no estudo do sistema de comunicação em questão.
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1.4 – Exemplos de sistemas de comunicações
Nesse sistema, os equipamentos terminais da ponta da linha são os telefones dos assinantes e
o equipamento de comutação, responsável pelos enlaces, é uma central telefônica. Os
telefones são ligados à central por fios e cabos telefônicos, que constituem a rede fixa do
sistema.
A CPA disponibiliza inúmeros serviços tais como: conferência telefônica, siga-me, chamada
em espera, chamada programada, identificação da chamada (bina), conferência telefônica, etc.
Os sinais telefônicos da rede fixa permitem a utilização do videofone, ainda raramente usado,
possivelmente pelo elevado custo do aparelho, e do sistema de teleconferência, comunicações
em áudio e vídeo entre grupos de pessoas situados em diferentes locais. Em ambos os casos,
a imagem fica restrita às cenas de pouco movimento, pela limitação do canal em largura de
banda. Usuários da internet podem usufruir da tecnologia ADSL (Asymmetric Digital
Subscriber Line), ou Linha Digital Assimétrica para Assinante, que permite a transferência de
dados, em velocidade, sobre linhas telefônicas do sistema de rede fixa, sem prejuízo das
conversações telefônicas.
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1.4.2 – Sistema de comunicações por fibras ópticas
A fibra óptica é um elemento monofilar condutor de luz, feito de material com estrutura
cristalina. Um sistema de comunicações por fibra óptica é dotado de inúmeros dispositivos
ópticos, sensores e amplificadores. Cada elemento de fibra empregado encaminha a luz num
sentido. Um par de fibras ópticas forma um circuito de comunicações (um canal de
transmissão e um de recepção).
Figura 1.8 – (a) Perspectiva lateral de uma fibra. (b) Extremidade de um cabo com 3 fibras.
O sinal é seguro, imune a campos eletromagnéticos externos, não irradia e opera com elevada
taxa de transmissão de dados, da ordem de 10 Mbits/s. Hoje, as redes de fibras ópticas estão
presentes nos principais sistemas de comunicações digitais que interligam bairros, cidades e
estados. Cabos submarinos com fibras ópticas interligam continentes.
É um sistema rádio monocanal, usado para alcançar longas distâncias, geralmente superiores a
100 quilômetros, na faixa de HF, 3 a 30 Mhz, sem emprego de estações repetidoras. Com
estas caraterísticas, operam sistemas militares, navegação aérea e marítima e radioamadores.
A onda direcionada ao espaço que sofre reflexão na ionosfera e retorna à Terra é denominada
onda ionosférica. Ao retornar á Terra, pode também refletir na superfície terrestre e voltar
novamente à ionosfera. Assim, podem ocorrer diversas reflexões sucessivas ou diversos
saltos.
A onda ionosférica, quando recebida, sempre está acompanhada de forte ruído elétrico. O
ruído é reproduzido em áudio como chiado e, também, cliques resultantes de descargas
elétricas que ocorrem permanentemente na atmosfera. As regiões da Terra em que as ondas
não incidem e, portanto, não há recepção, são denominadas áreas de silêncio rádio ou área
de sombra.
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Modernamente, enlaces entre pontos distantes em até dois quilômetros sem obstruções no
percurso podem ser feitos em visibilidade com equipamento transceptor a laser. São
consideradas obstruções no percurso: as elevações naturais do terreno, as edificações e as
florestas que, na trajetória da onda, dificultam ou impedem a sua propagação.
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É um sistema rádio, na faixa de 900 Mhz a 2 Ghz, usado para efetuar o enlace entre dois
pontos distantes de 100 até cerca de 400 quilômetros, valendo-se da reflexão das ondas no
alto da troposfera. Uma única onda portadora transporta informações em canais de voz e
dados multiplexados, da ordem de 100 a 300 canais.
É um sistema pouco usado em relação aos demais, mas é eficiente em regiões tecnicamente
inviáveis ao emprego de outros tipos de sistemas terrestres, por exemplo, a Região
Amazônica.
Ao contrário do sistema em visibilidade, uma antena não vê a outra e por esta razão as
comunicações troposféricas são conhecidas também por comunicações transorizontes.
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1.4.6 – Sistema de comunicações por satélite
O transceptor é a unidade rádio do satélite, que recebe o sinal captado pela antena, converte a
frequência, amplifica em potência e devolve à antena. Um satélite costuma ter vários
transceptores. A potência de transmissão do satélite é da ordem de 10 watts e das antenas
terrestres bem mais.
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1.4.7 – Sistema de ondas portadoras sobre linhas de potência
Nesse sistema as comunicações se desenvolvem com ondas de rádio moduladas por canais de
voz ou dados e aplicada sobre cabos da rede elétrica de alta tensão. Além de condutores de
eletricidade, os cabos são usados como meio de condução das ondas de rádio, na faixa de 24 a
500 kHz.
É um sistema diferente dos demais, de uso restrito e limitado. É utilizado nas comunicações
entre pessoal da usina geradora e as subestações e com sinais gerados por dispositivos de
proteção e medição instalados ao longo das linhas.
1.5.1 – Comunicações fixas: quando os enlaces são estabelecidos entre pontos fixos através
de rede fixa, composta de fios, cabos ou fibra óptica.
1.5.2 – Comunicações rádio móveis: quando os enlaces são estabelecidos entre rádios
móveis, veiculares ou portáteis. Cabe, ainda, ao grupo móvel a subdivisão: móvel terrestre,
móvel marítimo e móvel aeronáutico.
1.5.4 – Comunicações mistas: quando os enlaces são estabelecidos entre rádios e a rede fixa,
numa integração rádio-fio.
a) Enlace ponto a ponto: é a ligação em que a comunicação é feita apenas entre dois pontos
(estação A e estação B). Uma das estações é denominada "estação primária" e a outra "estação
secundária". A figura abaixo é de uma ligação ponto-a-ponto.
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b) Enlace ponto-multiponto: quando a trans missão é feita de um ponto para a recepção em
diversos outros pontos. Exemplo: transmissão de uma estação de radiodifusão (AM) ou FM)
e os inúmeros receptores dos ouvintes.
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2 – OS SINAIS ELÉTRICOS DA INFORMAÇÃO
Toda grandeza elétrica variável no tempo pode ser considerada um sinal elétrico (tensão,
corrente), podendo ser classificado conforme o tipo de variação no tempo. Um sinal elétrico
pode receber as seguintes denominações:
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e) Pseudo-aleatório: é um tipo de sinal aparentemente aleatório, mas de certa forma
previsível. Uma fonte eletrônica geradora de sinais pseudo-aleatório pode ser usada, por
exemplo, para efetuar mudanças de chaves em equipamentos de sigilo (criptossistemas).
O estudo e a geração dos sinais ficam facilitados quando se trata de sinal periódico. O
intervalo de repetição denomina-se período, representado pela letra T e medido em segundo
(s). Um período equivale a um ciclo e a quantidade de ciclos por segundo é denominada
frequência, medida em hertz (Hz).
a) Tensão, E: medida em volt (V), nos valores instantâneo (em determinado instante do
sinal), médio, eficaz ou RMS, máximo ou pico ou, ainda, pico a pico.
Eletricamente, a tensão E, em volt (V), aplicada sobre uma carga resistiva R, em ohm (Ω) ) ) )
desenvolve no circuito uma corrente elétrica de intensidade I, em ampère (A). Pela lei de
Ohm.
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b) Intensidade da corrente elétrica, I: medida em ampère (A), cujo valor, nos circuitos de
potência, pode ser obtido de um amperímetro ligado em série com a carga R.
e) Potência elétrica, P: medida em watt (W), equivale à energia elétrica gerada por uma fonte
ou dissipada por uma carga.
2.4 – Onda
A onda portadora é obtida de um oscilador senoidal, geralmente em frequência acima dos 100
kHz, para radioemissões. A onda pode ser transmitida pura, sem modulação, ou modulada.
Quando modulada, é usada nas comunicações em amplitude (AM) ou frequência (FM),
transporta os sinais da informação.
Existem esquemas de circuitos eletrônicos específicos para gerar sinais periódicos com
diferentes formas de ondas, por exemplo: senoidal, trem de pulsos, dente de serra, triangular,
etc. Em laboratório, o aparelho chamado de gerador de funções fornece ondas com algumas
dessas ondas.
Figura 2.6 – Tipos de ondas: a) senoidal, b) trem de pulsos, c) dente de serra e d) triangular.
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2.5 – Filtros de ondas elétricas
Os filtros podem ser de dois tipos: passivos ou ativos. O filtro passivo é formado por
componentes passivos R, L e C, que dissipam energia e por isso o sinal na saída do filtro
sempre está atenuado. O filtro ativo opera, geralmente, com um ou mais CI operacional e tem
a vantagem de proporcionar ganho ao sinal, unitário ou maior.O filtro ativo filtra
amplificando o sinal.
Os filtros encontram inúmeras aplicações em circuitos de áudio, vídeo e RF. São por
exemplo: a seleção das frequências da voz no espectro de áudio e para eliminar um tom de
áudio indesejável. O equalizador de áudio, parte integrante de muitos equipamentos de som,
nada mais é que um conjunto de filtros ativos, do tipo passa-faixa, cada um centrado numa
frequência.
O filtro passa-altas permite a passagem dos sinais elétricos no intervalo entre ω c e o infinito
(teoricamente), o passa-baixas permite entre zero e a frequência de corte ω c, enquanto o passa-
faixa permite sinais entre ω 1 e ω2. Inversamente, o filtro rejeita-faixa atenua os sinais entre as
frequências ω 1 e ω 2. O último deles, o passa-tudo, não teve a curva de resposta apresentada
pelo fato de produzir um efeito de retardo, geralmente especificado em ângulo, em sinais de
uma certa faixa de frequência.
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3 – OS CANAIS DE COMUNICAÇÃO E O RUÍDO ELÉTRICO
Canal ou meio de comunicações é o meio físico entre o transmissor e receptor por onde
transitam os sinais elétricos ou eletromagnéticos da informação.
Consiste em pelo menos dois fios condutores elétricos usados para conduzir os sinais da
informação.
Uma rede telefônica fixa é feita com fios e cabos. Os cabos são constituídos internamente de
múltiplos condutores isolados, podendo abrigar, em seu núcleo, cabos coaxiais e fibras
ópticas.
Um cabo pode ser instalado de modo aéreo (suspenso em postes), enterrado, subterrâneo (em
túneis ou galerias) ou ainda submerso em rio, lago ou oceano, sendo especialmente fabricado
para esta finalidade. Em casas e edifícios, quando embutidos nas paredes e pisos, passam em
condutores destinados exclusivamente à rede telefônica/áudio/TV, separadamente dos
condutores com fios da rede elétrica.
Deve ser entendido como um segmento do espectro de frequências ocupado pela onda
eletromagnética de um equipamento emissor. A onda de rádio se propaga no espaço livre
transportando os sinais elétricos da informação.
O espaço livre é o meio físico das comunicações rádio.
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O canal rádio é mais fácil de se ocupar. Enquanto os canais fio e fibra óptica precisam ser
constituídos, para o canal rádio basta ter em mãos os equipamentos transceptores para o
fechamento do enlace. Contudo, no espaço livre, as ondas eletromagnéticas encontram
problemas de distúrbios e interferências, que evidenciam a fragilidade do canal.
A fibra óptica é um elemento monofilar de estrutura cristalina, condutor de luz, que transporta
a informação sob a forma de energia luminosa. É também chamada de guia de luz. Possui
alto índice refração e a luz, ao se propagar na fibra, sofre atenuação e dispersão.
O canal fibra óptica apresenta algumas vantagens sobre os demais meios, dentre eles:
Dois tipos diferentes de fibra recebem as denominações: monomodo e multimodo, sendo este
mais usado em pequenas distâncias.
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3.3 – Propriedades dos canais de comunicações
Cada tipo de canal possui características próprias e utilização específica, mas todos têm
algumas propriedades em comum. Dentre elas podem ser citadas:
Por exemplo, um canal telefônico representado por um par de fios, comumente chamado de
linha telefônica, tem impedância característica nominal de 600 ohms. O valor preconizado
para o sinal aplicado à entrada da linha é de um miliwatt (1 mW sobre 600 Ω) ) ) ). Linhas muito
longas (acima de 10 km) e em mau estado de conservação atenuam consideravelmente o sinal.
A atenuação é medida com um sinal de teste na frequência de 1 kHz. Na efetivação do
enlace, o valor da atenuação do sinal deve permanecer na faixa entre 13 a 18 dB. O recurso
encontrado para restaurar o nível do sinal é o emprego do amplificador de linha.
Dentre os canais, o canal fibra óptica é o que possui maior banda passante.
3.3.3 – Retardo
Retardo (delay) é o nome dado ao tempo gasto para o sinal atravessar o canal de
comunicações. O tempo de retardo bt é calculado dividindo-se a distância percorrida pela t é calculado div
onda no enlace dos dois pontos, velocidade de propagação da onda no meio de propagação.
Tem valor significativo nos enlaces entre dois pontos muito distantes, como nos enlaces via
satélite. O retardo provoca um efeito de eco, percebido algumas vezes em ligações
telefônicas via satélite geoestacionário, quando o dispositivo de cancelamento de eco não
opera corretamente. Dois pontos distantes do satélite de 40 mil quilômetros cada um,
viajando na velocidade de propagação da luz no vácuo, de 3.10 8 m/s, para percorrer os 80 mil
quilômetros a onda sofre um significativo retardo bt é calculado dividindo-se a distância percorrida pela t d
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Numa partida de futebol televisionada e assistida simultaneamente em dois receptores,
posicionados lado a lado, um sintonizado no canal local e o outro no sistema satélite, dá para
notar que as imagens estão defasadas no tempo: a do canal local viaja menos e acontece se
notar primeiro.
Em alguns casos, grupos de frequência do sinal sofrem um retardo maior que outras
frequências, no conhecido retardo de grupo.
Os sinais estão sujeitos à ocorrência de distúrbios no canal, promovidos por fenômenos que
prejudicam e, por vezes, até inviabilizam a recepção. Os principais distúrbios que ocorrem
nos canais são:
Nas comunicações digitais, a recuperação do sinal digital distorcido pode levar o usuário a
não identificar a voz de seu correspondente (a voz é reproduzida com timbre modificado),
chegando até ao não-entendimento do que é falado.
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3.4.3 – Sinais interferentes ou espúrios
Sinais interferentes são sinais de outras comunicações que invadem o canal em uso,
atrapalham e dificultam as comunicações em andamento, como, por exemplo, a conhecida
linha cruzada na ligação telefônica. Também podem ocorrer nas comunicações rádio de
forma ocasional ou proposital. Quando um sinal de outra conversação interfere na nossa, é
considerado sinal espúrio ou indesejável.
Nas comunicações rádio, em particular nas radiomóveis, uma parte do volume de energia
irradiada pela antena transmissora forma uma onda direta, aquela que segue direto à antena
receptora; o restante da energia se dispersa subdividindo-se em ondas secundárias com
reflexões no solo, em elevações do terreno (morro ou montanha), nas paredes de prédios se
for em áreas urbanas, em veículos e outros obstáculos, fixos ou móveis, outras se perdem e
não chegam à antena receptora.
Na prática, o efeito do multipercurso pode ser notado durante a escuta de uma estação de
radiodifusão AM, à noite, em lugar de boa recepção, quando ocorrem flutuações na
intensidade do áudio. O sinal recebido é resultante de duas ondas: uma de propagação
terrestre e outra refletida na ionosfera. Quando o resultante dos sinais assume zero de
intensidade, diz-se ocorrer um nulo de sinal e, momentaneamente, não se escuta a estação.
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Figura 3.6 – Fases das ondas: direta (não muda) e refletida no solo (altera a fase).
Os dutos são formados pelas inversões térmicas que ocorrem nas camadas de ar sobre a
superfície terrestre. Durante o dia, os causticantes raios solares aquecem o solo. Ao pôr-do-
sol, o solo quente começa a liberar calor, aquece a água existente na superfície e, à noite, faz
surgir, acima do solo, camadas de ar quente e úmido, com diferentes densidades e índices de
refração. Acima da camada de ar quente e úmido, sopram brisas frescas, ar de temperatura
mais baixa. Pela manhã, com o solo já resfriado, a camada de vapor sobe e, algum tempo
depois, se desfaz e, naturalmente, o processo reinicia.
O duto atua como um túnel, guia a onda provocando o seu desvio da direção principal e, em
consequência, ocorrem desvanecimentos no sinal recebido. Também, algumas vezes, podem
ocorrer enlaces de longas distâncias, não previstos.
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A situação mais desfavorável ao enlace acontece quando uma das antenas, a transmissora ou a
receptora, fica fora do duto.
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4 – ONDAS DE RÁDIO
4.1 – Introdução
Ondas de rádio ou ondas hertzianas são campos eletromagnéticos de alta frequência, não
audíveis e não visíveis pelo homem, irradiados pela antena do radiotransmissor.
As ondas hertzianas podem ser geradas em qualquer freqüência, entretanto são mais usadas
em telecomunicações acima de 100 kHz.
A onda irradiada pela antena transmissora vai perdendo potência ao longo do percurso no
espaço livre e se contamina com ruído elétrico, sempre presente no canal de comunicações.
Gerada pelo transmissor, a onda portadora ou carrier, quando modulada pelo sinal de
informação, em amplitude (AM), freqüência (FM) ou fase (PM), no transmissor, pode
transportar a voz, a música, a imagem e os dados das comunicações digitais.
A linha de transmissão (LT) pode ser um cabo coaxial, um par de fios trançados ou
paralelos. Quando em freqüências superaltas (microondas), a linha de transmissão é um guia
de onda, uma peça metálica oca, geralmente de seção circular ou retangular.
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Sabe-se que uma corrente contínua de intensidade I, ao fluir por um condutor elétrico, faz
surgir ao seu redor um campo magnético H, com intensidade proporcional à da corrente I e
polarizado de acordo com o sentido do fluxo da corrente.
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O campo E, de modo semelhante ao campo H, também pode ser representados por linhas,
conforme a figura 4.4.
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4.5 – Velocidade de propagação e comprimento de onda
λ = vc/f (m)
em que: λ → comprimento em m (metro);
vc → 3 . 108 m/s;
f → freqüência em Hz; e
T → período, em s, o tempo de duração de um ciclo da onda.
Embora o significado exato de λ seja metro por ciclo, a unidade de medida é o metro.
Uma onda é dita circularmente polarizada quando a extremidade do vetor campo elétrico
descreve um círculo num plano perpendicular à direção de propagação, fazendo uma
revolução completa durante um período de onda.
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O espectro de frequência está indicado na figura a seguir que exibe os segmentos de maior
interesse e conhecimento do homem.
Para fins de estudo e aplicações das ondas, as frequências são agrupadas em faixas e são
denominadas em função de λ, conforme apresentado em seguida:
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Quando 4.1
O quadro 4.2 mostra designação por letras das faixas GHz, muito usada para as bandas
satélites de comunicações.
Quadro 4.2
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5 – RADIOPROPAGAÇÃO
Em princípio, as ondas de rádio podem ser geradas em qualquer frequência, mas são
comumente utilizadas a partir dos 100 kHz. Em algumas situações particulares, ondas de
frequências bem mais baixas, por exemplo, entre 10 kHz e 20 kHz, são usadas em sistemas de
comunicações marítimas, CW.
O modo como a onda se propaga depende da faixa de frequência na qual a onda se enquadra.
Basicamente, são observados três modos de propagação:
De 10 kHz até cerca de 3MHz: a onda se propaga sobre a superfície da Terra, por isso recebe
a denominação de onda terrestre.
De 3 a 30 MHz: ocorre reflexão da onda numa das camadas da ionosfera, a qual recebe o
nome de onda ionosférica. Em função do ângulo de partida, a onda pode atravessar as
diferentes camadas que envolvem a Terra e prosseguir em direção ao espaço sideral, e quando
isso acontece, é denominada onda espacial.
É sabido que o planeta Terra tem a forma aproximada de uma esfera, ligeiramente achatada
2
nos pólos, com um raio de 6.370 km e uma superfície de 510 milhões de km , sendo três
quartos da superfície constituídos de água e apenas um quarto de terra. Tanto a terra quanto a
água conduzem as ondas de rádio.
As diferentes regiões da superfície da Terra, com diferentes tipos de solo, a água salgada dos
oceanos e dos mares e a água doce dos lagos e dos rios, possuem diferentes valores de
condutividade. Enquanto as florestas absorvem consideravelmente as ondas de rádio, a água
salgada favorece significativamente a propagação de superfície.
Quanto mais baixa a frequência, maior é a profundidade de penetração da onda no solo. Por
outro lado, se duas estações de mesma frequência, de mesma potência e antena idênticas, em
princípio, aquela cuja antena está localizada sobre solo de maior condutividade terá maior
alcance de transmissão.
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5.3 – A atmosfera da Terra
A atmosfera é a camada gasosa que envolve um astro qualquer, em particular, para o nosso
planeta é a atmosfera terrestre. A atmosfera terrestre, segundo a distribuição de temperatura,
divide-se em diversos estratos, a saber:
a) Troposfera: é o ambiente onde vivemos. Contém cerca de 80% dos gases de toda
atmosfera. Sua altura média é de 10 km, mas na linha do equador terrestre atinge
cerca de 15 km e nos pólos apenas 8 km. Estas diferenças devem-se às variações de
forma e posição das radiações solares: da Terra em relação ao Sol, das estações do
ano e da situação meteorológica do momento. É a região das correntes aéreas
verticais, de contínua agitação: vento, variações de temperatura e pressão, chuvas,
tempestades e nevascas.
e) Exosfera: é a camada da atmosfera mais elevada, estendendo-se de 640 aos 9.600 km.
É composta principalmente de hidrogênio.
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5.4 – Tipos de propagação
Figura 5.2 – Antena vertical λ e as radiais usadas para radiar ondas terrestres.
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6 – MODULAÇÃO
Surgiu com a necessidade de transmitir sinais rádio a grandes distâncias. O ser humano é
capaz de emitir e captar sinais em uma faixa de freqüências que vai de 20Hz a 20KHz mas
fisicamente é impossível a transmissão de um sinal nessa faixa devido a:
• Comprimento da antena seria muito grande, pois seu comprimento físico está
associado ao comprimento de onda do sinal;
• Somente uma estação seria transmitida por vez; e
• Necessidade de transmissores de grandes potências em função da perda de energia na
superfície da terra.
Todos estes problemas são solucionados com o uso de freqüências bem maiores que as de
áudio, servindo essas freqüências como portadoras para a freqüência de áudio. Na
transmissão, o sinal de áudio (informação), é convertido para uma freqüência alta e este
processo é chamado Modulação; na recepção, é recuperado em sua freqüência original e o
processo é chamado de Demodulação.
Na tecnologia atual, existem dois tipos de portadora: portadora analógica e a portadora digital
(trem de pulsos). O sinal modulador pode ser analógico (como a voz) ou digital (dados).
O sinal modulante pode ser qualquer tipo de informação (áudio, trem de pulso digital, sinal de
vídeo, etc.).
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Pode-se ter os seguintes tipos de modulação com portadora analógica:
O sinal modulado em amplitude possui além da portadora duas bandas laterais que possuem a
mesma amplitude e carregam a mesma informação. Uma das bandas contém as freqüências
soma (BLS) e a outra as freqüências diferença (BLI). Esta modulação é conhecida como AM
convencional ou AM-DSB (Modulação em Amplitude com Banda Lateral Dupla).
Para a onda de rádio transportar os sinais elétricos da informação (voz, música, imagem ou
dados), procede-se à modulação da onda portadora de RF.
Como a onda portadora senoidal e o sinal da informação são analógicos, a modulação é dita
analógica.
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Conhecendo-se a expressão matemática da onda senoidal: e(t) = Em cos (2π fp t + Φ) volt, ) volt, ) volt, ) volt,
conclui-se que, para modificá-la, no processo de modulação, só podem ser alterados três
valores: Em (amplitude), fp (frequência da portadora) ou Φ) volt, ) volt, ) volt, (fase).
Quando ocorrem tão somente variações de amplitude na onda modulada por ação do sinal
modulante, permanecendo constante a frequência da onda portadora, a modulação é dita em
amplitude (AM).
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Sendo Po a potência eficaz da onda portadora, tem-se: Po = Eo2/2
As potências dessas bandas laterais, BLS e BLI, são:
PBLS = PBLI = (m2 Eo2)/8 ou PBLS = PBLI = (m2 Po)/4
Em que: m → índice de modulação AM, onde o ≤ m ≤ 1
Po → potência da onda portadora, em watt
Eo → tensão de pico da onda portadora, em volt de pico
Em → tensão de pico do sinal modulante, em volt de pico
A figura 6.3 mostra as formas de onda, no domínio do tempo, da onda portadora, do sinal
modulador ou modulante e da onda modulada em amplitude.
A onda modulada exibe variações da amplitude, acima e abaixo do eixo do tempo,
“modeladas” pelo sinal modulante. A linha imaginária que une os picos da onda é chamada
de envoltória ou envelope da onda.
Figura 6.3 – Formas de ondas: (a) sinal modulante, (b) onda portadora e (c) onda modulada.
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I) Como vantagens:
• Equipamentos de transmissão e recepção mais simples e baratos.
• Mais tolerante com erros de rastreio.
II) Desvantagens:
• Maior parte da potência transmitida é perdida, pois se concentra na portadora;
• Largura de faixa transmitida é duas vezes maior que o necessário para transmitir a
informação;
• As faixas laterais e a portadora devem ter amplitudes precisas e relacionamento de
fases, o que é difícil de ser mantido;
• As duas faixas laterais e a portadora devem ser recebidas, exatamente, como foram
transmitidas, o que nem sempre acontece quando as condições de propagação forem
péssimas. Isto nos indica que o sinal AM estará sempre sujeito a desvanecimento e
interferências.
As transmissões se processam no estreito canal de 3,1 kHz, após ter sido feita a supressão
total ou quase total da onda portadora, além da eliminação de uma das bandas laterais. Estas
duas diferenças do AM/DSB aumentam significativamente o rendimento da transmissão SSB.
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6.1.2 – Modulação em freqüência
A modulação em frequência é feita quando o sinal modulante altera para mais e para menos a
frequência da onda portadora (f o ± ∆f), ficando inalterada a sua amplitude. É um tipo de
modulação angular (variando de Φ) volt, ) volt, ) volt, ). Em função do índice de modulação pode haver um sinal
de faixa estreita, FMFE, de pouco interesse em telecomunicações ou de faixa larga, FMFL,
mais usado e que será estudado.
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A banda ocupada pela transmissão FM, em HZ, pode ser calculada de duas maneiras:
A variante é o sistema com dois níveis de amplitude da portadora, que ocupa com energia o
espaço correspondente ao bit 0 deixado vazio no sistema OOK.
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Se o sinal for binário, variando-se dois níveis (onde 0, espaço e 1, marca) teremos o ASK
binário ou BASK. Se o sinal tiver m níveis, teremos o ASK multinível, também chamado
MASK.
O sinal Bask admite dois níveis de amplitude E1 e E2. Podemos, escrever então:
· Estado 1: Em (t) = E1 cos Wo t
· Estado 0: Em (t) = E2 cos Wo t
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Considerando ainda E1 > E2, como demonstrado na modulação AM-DSB, definimos o
índice de modulação exclusivamente para o sinal modulador senoidal, mas é possível ampliar
este conceito para o sinal modulador digital. Assim, o índice de modulação será expresso por:
Podemos definir também uma portadora virtual como aquela que seria empregada no
processo convencional equivalente de modulação que desse origem ao mesmo sinal obtido
com o processo de seleção, sendo interpretada na figura abaixo.
Outro aspecto importante a considerar é o que diz respeito à potência associada ao sinal
modulado. Da analise direta do mesmo concluímos:
sendo:
O caso particular onde m D=1 é aquele mais importante. O sinal OOK equivale simplesmente
a uma senóide interrompida, acompanhando o sinal digital O sinal OOK é o mais antigo e o
mais simples dos métodos de modulação por sinal digital. Dispondo-se apenas de um
oscilador e de estágios amplificadores de potência, a manipulação apenas atua cortando o
sinal quando desejado.
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A analise anterior feita para o sinal BASK pode ser adaptada para o sinal OOK, mediante a
substituição mD=1. Assim o espectro OOK assume o aspecto mostrado abaixo e a largura de
faixa necessária para transmissão é a mesma isto é: Bmín. = 2w
Na figura que segue está a estrutura básica de um modulador ASK. O filtro passa-baixa corta
os harmônicos do sinal modulante digital, reduzindo a largura de faixa do sinal modulante.
O modulador de amplitude gera o sinal digital filtrado e do sinal senoidal proveniente do
oscilador que irá determinar a freqüência central do sistema ASK. A saída do modulador
será um sinal ASK contendo um par de faixas laterais.
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Costuma-se classificar o sinal obtido de acordo com a natureza do sinal de entrada:
• Se o sinal for binário teremos o FSK ou BASK.
• Se o sinal tiver m níveis teremos o FSK multinível ou MFSK.
A modulação FSK pode ser obtida pela aplicação do sinal digital, com a banda de frequência
limitada, na entrada em um VCO, conforme diagrama abaixo:
O sinal MFSK pode ser produzido pela seleção de vários geradores, no receptor podem-se
usar filtros sintonizados para cada freqüência. O resultado deste filtragem equivale a um sinal
OOK e pode ser demodulado com um detetor de envoltória.
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Em PSK, chaveamento por desvio da fase, o chaveamento é feito de modo a alterar a fase da
portadora em um ou mais pontos do período da senóide (entre 0 e 2π), mantendo-se
constantes a amplitude e a frequência da onda.
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Por exemplo, chavear uma portadora em PSK, nos pontos Φ) volt, ) volt, ) volt,
1 = π = 180º e Φ) volt, ) volt, ) volt,
2 = 2π = 360º,
pelos bits 1 0 1, conforme indica a figura 6.10. Observe que na mudança do bit 1 para o bit 0,
a fase da portadora sofre alteração em 2 Φ) volt, ) volt,
=) volt, 2π, ponto em que a senóide tem a fase
interrompida e reinicia. Quando o bit muda de 0 para 1, a fase da portadora sofre alterações
em Φ) volt, ) volt, )1 =
volt,
π.
O sinal MPSK tem m níveis de fase presentes e pode ser produzido pela seleção de saídas
defasadas produzidas a partir de um mesmo gerador, no receptor pode-se usar detectores de
fase em montagem apropriada para comparação. Nas saídas teremos sinais diferentes, sendo
que a saída máxima corresponderá ao detector para o qual o sinal recebido estiver em fase
com a referência local.
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Por existir também em diversos outros níveis, é tratado por M-QAM, sendo M um múltiplo de
dois, como 16-QAM (16, 32, 64, 128, 256, 512 QAM).
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Observe no diagrama espacial QAM que os módulos dos vetores representam os valores das
amplitudes da onda chaveada que são de 3 ou 5 V PP sobre os eixos coordenados φ 1 e φ 2 (0º,
180º, e 90º, 270º); √2 e 3√2 sobre os eixos auxiliares φ 3 e φ 4 (45º, 225º e 135º, 315º). A
tabela 6.15 do 16-QAM é apresentada em seguida.
O trem de pulsos periódico é um sinal de natureza discreta, que tem como características a
amplitude, a largura e o período.
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A partir da figura vista acima, vê-se que podemos variar três componentes do trem de pulsos
para imprimir uma informação. Assim, variando amplitude, período ou a duração do pulso,
podemos "modular" a informação de acordo com a variação do sinal modulador (que contém
a informação).
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A modulação padrão para transformar o sinal analógico (voz, por exemplo) em um sinal
digital para ser transmitido através de linhas digitais é o PCM, e será visto com maiores
detalhes a seguir.
O sistema PAM é aquele onde se aplica diretamente o conceito de um sinal amostrado, pois o
sinal modulado pode ser compreendido como o produto do sinal modulante pelo trem-de-
pulsos da portadora.
A figura abaixo mostra as seguintes seqüências de formas de onda que caracterizam o sistema
PAM:
1. Sinal modulante cossenoidal;
2. Sinal modulante adicionado a um nível contínuo EDC, que servirá para evitar o
corte do transistor no circuito modulador;
3. Sinal de portadora;
4. Sinal modulado resultante.
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Podemos afirmar que em PAM a freqüência da portadora deve ser dada por:
O espectro do sinal modulado em PAM tem como conteúdo baixas freqüências estando
inclusive a porção a ser demodulada na faixa de áudio. Em vista disso podemos criar sinais
modulados em PAM/AM ou PAM/FM usando as técnicas de modulação ASK e FSK.
Uma outra aplicação do PAM é o TDM (Time Division Multiplex), que consiste em
aproveitar o tempo da portadora trem-de-pulsos, aumentando sua frequência com o
intuito de amostrar vários sinais simultaneamente.
A largura do pulso modulado PPM é constante, mas o intervalo entre os pulsos não é, sendo
necessário avaliar o menor intervalo entre dois pulsos onde chega a ser menor que a largura
de um pulso. Analisando o sistema percebemos que o menor intervalo entre dois pulsos
consecutivos também é dado por τo, de maneira que a largura de faixa pode ser definida por:
B = 1/τo.
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Quando o interruptor está aberto não há corrente na carga e a potência aplicada é nula. No
instante em que o interruptor é fechado, a carga recebe a tensão total da fonte e a
potência aplicada é máxima.
Como fazer para obter uma potência intermediária, digamos 50%, aplicada à carga?
Uma idéia é fazermos com que a chave seja aberta e fechada rapidamente de modo a ficar
50% do tempo aberta e 50% fechada. Isso significa que, em média, teremos metade do tempo
com corrente e metade do tempo sem corrente, veja a figura 6.21.
A potência média e, portanto, a própria tensão média aplicada à carga é neste caso 50% da
tensão de entrada. Veja que o interruptor fechado pode definir uma largura de pulso pelo
tempo em que ele fica nesta condição, e um intervalo entre pulsos pelo tempo em que
ele fica aberto. Os dois tempos juntos definem o período e, portanto, uma frequência de
controle.
A relação entre o tempo em que temos o pulso e a duração de um ciclo completo de operação
do interruptor nos define ainda o ciclo ativo, conforme é mostrado na figura 6.22.
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O objetivo da modulação PCM é fazer com que um sinal analógico possa ser transmitido
através de um meio físico com transmissão digital. O equipamento que faz esta tarefa é
conhecido como CODEC, que é uma contração das palavras coder / decoder, similarmente ao
modem (modulador / demodulador).
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As fases da modulação PCM serão analisadas com maiores detalhes a seguir.
• Amostragem
A amostragem tem por objetivo obter parcelas do sinal de informação, pois através dessas
parcelas é que o sinal será digitalizado e, posteriormente, recuperado. Para fazer a
amostragem, utiliza-se um circuito de amostragem, mostrado esquematicamente na figura a
seguir.
O número de amostras por segundo utilizado pelos CODECS foi definido através do teorema
da amostragem de Nyquist, que diz que um sinal analógico em uma determinada freqüência f
(Hz), pode ser recuperado desde que seja amostrado em intervalos regulares com um número
de amostras por segundo igual ou superior a 2f. Assim, como a freqüência atual das linhas
telefônicas é de 4KHz, utiliza-se 8.000 amostras por segundo. Esse valor não precisava ser tão
grande, pois a largura de faixa do sistema telefônico é pouco maior de 3000 Hz, o resto é
banda de guarda. A figura a seguir mostra a conclusão da demonstração da amostragem, onde
fm é a freqüência máxima do sinal analógico, e fa é a freqüência de amostragem, que deve
ser, no mínimo, igual a 2.fm, a fim do sinal poder ser completamente recuperado.
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• Quantização
A grosso modo, pode-se dizer que a quantização é dividir a faixa de sinal (eixo Y) em níveis.
A cada nível corresponde uma seqüência de bits, que se transformam no sinal digital de saída,
como mostra a figura a seguir.
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Assim, como sugere a figura, cada amostra corresponde a um nível de tensão, que pode ser
traduzido em bits de informação, gerando um sinal digital. Na figura, existem 8 níveis, ou
seja, cada amostra gera 3 bits na saída. Nos CODECS comerciais, são 13 bits, ou 8.192 níveis,
entretanto, é feita uma compressão do sinal, fazendo com que a saída seja em 8 bits.
A lei de formação utilizada nos Estados Unidos e Japão é a lei µ. Já a maioria dos países da
Europa e Brasil utilizam a lei A, que foi definida pelo ITU-T (International
Telecommunications Union) e é utilizada nos enlaces internacionais.
Resumindo, o objetivo principal das leis A e µ é transformar o código linear de 13 bits obtido
pela codificação PCM em 8 bits e vice-versa.
• Codificação
Após a etapa de quantização, o sinal está pronto para ser codificado em 256 níveis (8 bits),
pois já foi feita a equalização do sinal através da lei de formação adequada.
O código empregado para a formação das palavras PCM utilizando a lei A está mostrado na
tabela a seguir. O bit P significa a polaridade da amostra (1 = +, 0 = -), os bits S indicam o
segmento a que pertence o sinal (são 7 segmentos). Os bits 3 a 0 indicam o código do
intervalo de quantização.
Tabela 6.2.
A codificação é a operação que associa um determinado código a cada valor de pulso PAM
após serem quantizados e comprimidos. A necessidade da codificação dos pulsos PAM vem
do fato de que caso estes pulsos fossem transmitidos diretamente, as amplitudes dos sinais
seriam facilmente distorcidas pelo meio de transmissão, e os circuitos de identificação dos
diversos níveis dos pulsos sem a codificação seriam extremamente complexos, já que
teríamos pelo menos cerca de 100 níveis para transmitir sinais de voz.
Utilizando o código binário os pulsos são codificados por dois níveis de amplitude possíveis,
expresso por 1 ou 0 o que simplifica em muito os circuitos de reconhecimento destes sinais.
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Tabela 6.1
Nos atuais sistemas PCM, o codificador converte as amplitudes dos pulsos PAM num código
binário de 8 bits, que já se encontra na forma comprimida. Este código de 8 bits, que é
denominado palavra PCM, apresenta as seguintes características:
• Decodificação e Filtragem
Quando o sinal atinge o receptor, deve ser decodificado, ou seja, o processo inverso de
codificação deve ser feito. Vai ocorrer um erro de quantização, devido à aproximação do sinal
original a um determinado nível. Além disso, o sinal vai ficar meio quadrado no destino. Para
corrigir esses problemas, utiliza-se a filtragem do sinal, que faz uma suavização do sinal
decodificado, tornando-o bastante semelhante ao sinal original.
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ANEXO A
BIBLIOGRAFIA
− GOMES, A.T. Telecomunicações: Transmissão, Recepção AM-FM. 16ª ed. São Paulo:
Érica,1999;
− HAYKIN, SIMON. Introdução aos Sistemas de Comunicações; Tradução Gustavo
Guimarães Parma. 2ª ed. Porto Alegre: Bookman, 2008;
− MEDEIROS, J. CÉSAR DE OLIVEIRA. Princípios de Telecomunicações: Teoria e
Prática. 2ª ed. São Paulo: Érica, 2007;
− NETO, VICENTE SOARES. Telecomunicações: Sistemas de Modulação. 1ª ed. São
Paulo: Érica, 2005; e
− SILVEIRA, J. LUIS DA. Comunicações de Dados e Sistemas de Teleprocessamento.
1ª ed. São Paulo: Makron Books, 1995.
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