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Nacala-Porto, 2020
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Nivaldo Carlos Tiquite
Supervisor:
_________________________________
Patrício Vasco Domingos
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EPÍGRAFE
(Che Guevara)
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RESUMO
A energia elétrica é uma das mais nobres formas de energia secundária. A sua facilidade de geração,
transporte, distribuição e utilização, atribuem à eletricidade uma característica de universalização. No
mundo de hoje, eletricidade é um direito humano básico. Contudo, atributos peculiares da eletricidade
a tornam uma mercadoria complexa de lidar e exigem ações permanentes de planejamento, operação e
manutenção.
A maior parte das atividades desenvolvidas durante o estagio estão relacionadas à área de sistemas de
energia, dentre elas destacam-se operação e supervisão do sistema de transmissão e distribuição de
energia da cidade de Nacala, estudo de integração da nova central flutuante e supervisão de trabalhos
de manutenção preventiva, entre outras actividades. Estas actividades foram realizadas com recurso a
várias ferramentas de Engenharia como aparelhos de testes de equipamentos de potência e softwares
de Engenharia.
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ABSTRACT
Electricity is one of the noblest forms of secondary energy. Its ease of generation, transport,
distribution and use, give electricity a characteristic of universalization. In today's world, electricity is
a basic human right. However, electricity's peculiar attributes make it a complex commodity to deal
with and require permanent planning, operation and maintenance actions.
This report presents the main activities developed during the supervised professional internship
carried out by the author. The internship was carried out at EDM- Electricity de Mozambique,
specifically at the Nacala-Porto substation.
Most of the activities developed during the internship are related to the area of energy systems, among
which stand out the operation and supervision of the energy transmission and distribution system in
the city of Nacala, study of integration of the new floating plant and supervision of works preventive
maintenance, among other activities. These activities were carried out using various engineering tools
such as power equipment testing devices and engineering software.
Key words: Substation, Transport, Power distribution, power equipment, integration studies
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LISTA DE TABELAS
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LISTA DE FIGURAS
Figura 15:Chave Seccionadora Unipolar de SE com Acionamento por Vara de Manobra .... 30
II
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GLOSSÁRIO DE ABREVIATURAS E SIGLAS
AT Alta Tensão
BP By-pass
MT Baixa Tensão
AT Alta tenão
PT Posto de transformação
CA Corrente Alterna
CC Corrente Continua
KV Kilovolt
MW Megawatt
SE Subestação eléctrica
III
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ÍNDICE
CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO ........................................................................ 11
5. CONCLUSão ...................................................................................... 41
ANEXOS............................................................................................... 43
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CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO
1.1 INTRODUÇÃO
Este relatório traz informações gerais sobre as atividades desenvolvidas durante o período de
realização do estágio, bem como os resultados obtidos, as dificuldades encontradas e as
afinidades identificadas com a experiência prática. O estágio desenvolveu-se na empresa
EDM-Electricidade de moçambique, Direcção de transporte Norte, concretamente na
Subestacão de Nacala-Porto na cidade do mesmo nome, EDM é a empresa concessionária de
energia electrica no nosso país, produz a energia eléctrica, transporta, distribui e comercializa
a mesma em todo o território Moçambicano.
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1.2 OBJETIVOS DO ESTÁGIO
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CAPITULO II: APRESENTAÇÃO DA EMPRESA
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Os dois transformadores principais de 35MVA operam em paralelo, recebem no seu circuito
primário uma tensão de 110kV e por sua vez baixam para uma tensão de 33kV debitada pelo
seu circuito secundario, o circuito secundário alimenta um barramento de 33kV, neste
barramento é onde estao conectados as linhas de distruicão para os diversos consumidores de
média tensão a 33kV e é o ponto de alimentacao dos transformadores de 33kV
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Figura 3:Parque da SE Nacala
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Esta unidade orgânica da EDM pertence a área de transporte de energia eléctrica da região
Norte do país, emprega de forma directa 8 funcionários técnicos electricistas, os quais velam
pelo sistema eléctrico, executam tarefas de operacao, supervisao, gestao de carga do sistema,
manutenao preventiva e corectiva dos equipamentos de potencia.
Apesar de ser um ambiente acolhedor pela boa recepção e convivência aí encontrada, a sala
de comando é o local onde maior parte de tempo o estágio foi desenvolvido apresenta uma
situacao que me apoquenta, por ser um espaço fexdo sem janelas, não há circulacao livre de
ar em momentos de limpeza, isso provoca muita acumulacao de poeiras o que bastante
prejudicial para o ambiente em se (para as pessoas) e para equipamento, os equipamentos de
controle, informáticos, de medidas alí existentes são bastante sensiveis, esta situação poderá
reduzir consideravelmente a vida util dos equipamentos.
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CAPÍTULO III: ACTIVIDADES DESENVOLVIDAS
Sendo a operação uma área fundamental na rede eléctrica, a operação e supervisão da rede de
alta tensão é guiada por procedimentos e engloba diversas actividades, nomeadamente:
supervisão e controlo da rede, manobras nos aparelhos/equipamentos, inspecção, manutenção
da primeira linha, etc
Esta actividade consistiu em realização de várias tarefas acima descritas de forma contínua
com o principal objectivo garantir a segurança das pessoas, dos equipamentos e o
fornecimento contínuo da energia a cidade de Nacala.
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Figura 7: SCADA da SE Nacala
Sempre que constatamos um abaixamento do nivel de SF6 fizemos o devido acrescimo para
garantir o bom funcionamento e operação segura do equipamento.
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Figura 8:Disjuntor Dead Thank de Alta tensão a SF6
3.2 Manobras
Pelo menos uma vez por semanas relizamos o round report, actividade que consistiu em
verificar o estado de toda a subestação, equipamento por equipamento incluindo a infra
estrutura de forma mais minunsiosa possível e reportar com destaque as anomalias.
Actividade efectuada em cada 15 dias, que consistiu em limpar a poeira nas baterias, verificar
as conexoes dos seus bornes, efectuar medições de tensão das unidades e medir a densidade
da água deslilado para garantir que estas estejam em permanente funcionamento, porque as
baterias são elementos vitais da subestação, alimentam todos os circuitos de protecções,
controle e comunicação.
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Figura 9:Banco de baterias de 110VDC e 48VDC
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3.6 Estudo de integração da Nova Central Flutuante
Esta acçao consistiu em vários preocessos e trabalhos em equipes, após a conexão da linha na
nova embarcacão, houve um estudo com recurso a softwares de Engenharia como PSSE-33 e
Power quality metter online, que levou a vários testes de carga e descarga da nova central no
A cidade de Nacala, antes da entrada da nova embarcação vinha sofrendo por sérios
produzia 102.6 Megawatts com 6 grupos de 17.1MWh apartir de Diesel ou óleo pesado e a
nova tem 109.92MW com 6 grupos de 18.32MWh cada, e a diferença não reside apenas na
Diesel, óleo pesado e a gás natural conforme a opção da EDM, enquanto o outro trabalhava
apenas a Diesel e óleo pesado e a outra vantagem por ventura a mais relevante é que a nova
central confere maior estabilidade no sistema, possui um equipamento chamado PSS (Power
Sistem Stabilizer) que ajuda a amortizar as oscilações na rede provocadas por perturbações
várias, pode haver qualquer oscilação, mantemos o fornecimento de energia, não abanamos e
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Figura 11:A esquerda a nova embarcação da KARPOWERSHIP
Por diversas vezes foram necessárias consulta aos manuais ou esclarecimento de dúvidas com
os Engenheiros envolvidos no trabalho. As dúvidas principais estavam relacionadas em como
trabalhar com o software de Engenharia PSSE-33 e obter dados consisos na execução de
simulações no desenho da configuração do sistema energético, a falta do conhecimento
prévio de detalhes e certos procedimentos tornaram difíceis o meu trabalho, pórem encarei o
trabalho como um bom desafio , com ajuda do pessoal consegui ultrapassar as dificldades.
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3.8 CONSIDERAÇÕES FINAIS SOBRE O ESTÁGIO
Não há dúvidas que o estágio traz benefícios ao estudante. Durante o tempo de realização das
atividades de estágio estreitamos conhecimentos técnicos e práticos, e dessa forma o convívio
com empresa e pessoas da mesma área e mais experientes, e as tarefas cotidianas da empresa
complementam o que outrora fora visto de forma teórica durante as aulas. Considero que
muitas dúvidas existentes com relação aos sistemas eléctricos de transporte e distribuição de
energia e o seu funcionamento, assim como circuitos de forma geral foram esclarecidas
durante os trabalhos de operação e estudos.. Por fim, considero que as experiências vividas
durante o estágio foram de suma importância na formação do estagiário. As diferentes linhas
de trabalho encontradas proporcionaram ricas experiências que vem a somar no currículo do
curso.
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CAPÍTULO IV: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Este capítulo fornece uma base teórica para a compreensão e validação das atividades
realizadas.
Um esquemático do Sistema Elétrico de Potência (SEP) pode ser visto na Fig. 1. Nele, pode-
se observar as quatro seções citadas anteriormente. Destacamos o fato de que esse
esquemático não contempla a geração distribuída, ou cogeração, que já é verdade em nossos
dias e que já faz parte do SEP.[1]
Fonte: desconhecida
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4.2 Subestações
A) Quanto à Função:
SE de Transformação;
SE Elevadora:
SE Abaixadora:
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C) Quanto ao Tipo de Instalação:
Abrigados;
Subestações Blindadas;
b. Subestações Semi-Automáticas:
c. Subestações Automatizadas
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4.2.3 Equipamentos de uma Subestação
− Barramentos
− Linhas e alimentadores
As subestações (SE) são compostas por conjuntos de elementos, com funções específicas no
sistema elétrico, denominados vãos (bays) que permitem a composição da subestação em
módulos. As SE distribuidoras, usualmente, são compostas pelos seguintes vãos: entrada de
linha (EL); saída de linha (SL); barramentos de alta e média tensão (B2 e B1); vão de
transformação (TR); banco de capacitor ou vão de regulação (BC) e saída de alimentador
(AL).
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Figura 13:Diagrama Simplificado de uma Subestação Típica de Distribuição
Fonte: www.dee.ufc.br/~rleao
4.2.3.1 Barramentos
– Barramento simples
– Barramento em anel
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4.2.3.2 Disjuntor
Fonte: www.dee.ufc.br/~rleao
B) Disjuntores a óleo;
C) Disjuntores a vácuo;
D) Disjuntores a ar comprimido;
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Figura 15:Chave Seccionadora Unipolar de SE com Acionamento por Vara de Manobra
Fonte: www.dee.ufc.br/~rleao
São chaves de segurança que garantem que uma linha seja aterrada durante operação de
manutenção na linha. As chaves de aterramento são operadas (abrir e fechar) somente quando
a linha está desenergizada e é utilizada para que se evitem energizações indesejadas do bay,
localizado no extremo oposto, como também para eliminação das induções devido à
proximidade de linhas ou em função de sobretensões de origem atmosféricas, as quais podem
assumir valores perigosos.[1]
4.2.3.5 Pára-Raios
São em geral localizados nas entradas de linha, saídas de linhas e na extremidade de algumas
barras de média tensão de subestações para proteção contra sobretensões promovidas por
chaveamentos e descargas atmosféricas no sistema. Os pára-raios são também localizados nos
transformadores de distribuição.[3]
Fonte: www.dee.ufc.br/~rleao
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4.2.4 Sistema de Proteção
− Segurança pessoal;
− Rapidez ou Velocidade
− Sensibilidade
− Confiabilidade
− Custo
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Figura 17:Esquema de Seletividade da Proteção
Fonte: www.dee.ufc.br/~rleao
4.2.4.1 Relés
O sistema de proteção não é composto apenas pelo relé, mas por um conjunto de subsistemas
integrados que interagem entre si com o objetivo de produzir a melhor atuação sobre o
sistema, ou seja, isolar a área defeituosa sem que esta comprometa o restante do SEP. Estes
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Figura 18:Equipamentos de um sistema de proteção
Fonte: www.dee.ufc.br/~rleao
Os relés de proteção atuam a partir da comparação dos dados medidos no sistema elétrico
com valores pré-ajustados no próprio relé. Os relés recebem sinais de tensão e/ou sinais de
corrente através de transformadores de instrumentos, TP e TC, respectivamente, compara
com valores pré-definidos, e caso identifiquem a existência de alguma anormalidade, ou seja,
as grandezas medidas pelo relé na zona de proteção sob a sua responsabilidade atingir valores
acima ou abaixo dos valores prédefinidos, os relés enviam comandos de abertura (trip) para
o(s) disjuntor(es) e este isola a parte do sistema elétrico sob falta, do restante do sistema.
Fonte: www.dee.ufc.br/~rleao
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4.2.4.2 Funções de Proteção
Os relés têm as suas funções de proteção identificadas por números, de acordo com a as
normas IEEE (Institute of Electrical and Electronics Engineers), ANSI (American National
Standards Institute) e IEC (International Electrotechnical Commission).
Função Descrição
27 Função de subtensão
59 Função de sobretensão
79 Função de religamento
87 Função de diferencial
25 Função de sincronismo
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26 Função temperatura do óleo
98 Função de oscilografia
86 Função de bloqueio
Fonte: www.dee.ufc.br/~rleao
Fonte: www.dee.ufc.br/~rleao
Alguns relés operam somente para faltas dentro de sua zona de proteção principal. Porém,
existem relés que são capazes de detectar faltas dentro de uma zona particular e também fora
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dela, usualmente em zonas adjacentes, podendo ser usados como proteção de retaguarda da
proteção principal. Um ponto essencial para garantir a confiabilidade do sistema, é o sistema
de proteção que deve ser capaz de isolar qualquer que seja a falta, mesmo que a proteção
principal associada não opere. Portanto, se possível, todo vão deve ser protegido pelos relés
de proteção principal e de retaguarda.
Fonte: www.dee.ufc.br/~rleao
proteção de retaguarda tem um elemento sensor que pode ser similar ou não ao do sistema de
proteção principal, mas que também inclui um retardo de tempo que facilita reduzir a
velocidade de operação do relé e deste modo permite a proteção principal operar primeiro.
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Barra de 15kV: 50/51, 50/51N, 50BF
Uma das principais funções de proteção é a função de sobrecorrente. Segundo a norma IEC
60255-3, 1992 as curvas características de corrente são do tipo:
− Normal inversa,
− Muito inversa,
− Extremamente inversa,
− Moderadamente inversa.
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Figura 22:Diagrama de Bloco da Hierarquia Funcional de um SDA para SE
Fonte: www.dee.ufc.br/~rleao
Os SDAs, conforme apresentado na Figura 4.52, são compostos de três níveis funcionais:
Sem dúvidas, a atuação profissional desempenhada forma um elo de ligação sólido entre a
teoria estudada em sala de aula e a prática. Contribuindo de forma significativa para a
qualidade da formação acadêmica, profissional e pessoal.
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A)Serviços Auxiliares de Corrente Alternada
Carga:
− Casa de Comando
− Iluminação/Tomada do Pátio
− Retificador, etc.
Cargas:
− Iluminação de emergência
− Medição.
− Religamento automático.
− Telecomandos.
− Intertravamentos.
− Controle de tensão.
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− Fluxo de reativos.
− Sincronização.
− Alarmes em geral.
− Oscilografia.
− Interface humana.
− Impressão de relatórios.
− Autodiagnose.
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5. CONCLUSÃO
· Qualidade de energia;
· Técnicas de medição;
· Conversão de energia;
· Instalações elétricas;
· Sistemas elétricos;
· Gestão Energética;
· Equipamentos elétricos;
· Distribuição de energia elétrica;
· Subestações;
· Legislação do setor elétrico;
· Sistemas supervisórios.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
42
ANEXOS
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ANEXO 1: Esquema unifilar da SE Nacala
44
ANEXO 2: SCADA , Monitores de comando e control SE Nacala
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ANEXO 4: Barramentos de 33KV e 11KV
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